Madrid

Madrid é uma das mais belas e agitadas capitais da Europa. Situada na região centro da Espanha, cercada por terras áridas, Madrid é a capital de maior altitude na Europa. A cidade foi edificada nas margens do rio Manzanares, e devido à sua localização geográfica e histórica, é juntamente com Lisboa, o centro financeiro e político da Península Ibérica.

No seguimento da restauração da democracia, em 1976, e a adesão à CEE, em 1986, a cidade de Madrid tem vindo a desempenhar um papel importante na economia europeia, tornando-se num dos principais polos financeiros do Sul da Europa.

Apesar do local onde actualmente está situada a cidade ter tido ocupação humana desde a pré-história, foi fundada pelos árabes como uma fortaleza. Durante o reinado de Muhammad I, foi mandado construir um pequeno palácio na localidade, (hoje em dia, no sitio onde antes se erguia esse edifício, está o Palácio Real de Madrid).

Em torno desse palácio desenvolveu-se uma povoação de poucos habitantes chamada al-Mudaina. Perto do palácio, corria o rio Manzanares ao qual os muçulmanos chamaram al-Majrī ("fonte de água"), nome que evoluiu para Majerit, e mais tarde transformou-se em Madrid, assim permanecendo até que Afonso VI a ocupou, em 1083.
Após um grande incêndio que destruiu parcialmente a cidade, o rei Henrique III de Castela (1379–1406) ordenou a reconstrução da mesma, e o monarca ficou instalado num palácio no exterior da cidade, El Pardo. Mais tarde, Felipe II fez dela pela primeira vez, a capital da corte em 1561.

Madrid sofreu muito com a Guerra Civil Espanhola, e as ruas da cidade eram autênticos campos de batalha, devido ao facto de ser um dos principais núcleos republicanos em Espanha. Durante esta guerra, a cidade foi alvo dos primeiros bombardeamentos aéreos contra civis da história da Humanidade.

Já durante a ditadura de Francisco Franco, principalmente nos anos 60, o sul de Madrid tornou-se numa área muito industrializada e assistiu-se a um êxodo rural a grande escala que fez disparar a população da cidade. Desde então a cidade floresceu, tornando-se vibrante, dinâmica e moderna, sem deixar de preservar o seu património histórico e cultural.

Percorrer as ruas desta cidade é descobrir em cada recanto, atractivos e prazeres diferentes. A sua arquitectura é notável, com prédios e monumentos imponentes espalhados por toda a cidade.

A Gran Vía é uma das principais ruas da cidade. Começa na calle de Alcalá e termina na Plaza de España. É uma importante área comercial, turística e de lazer, com os seus muitos cinemas, apesar de alguns terem fechado para dar lugar a teatros para musicais, pelo que o troço da Gran Vía, compreendido entre a Plaza del Callao e a Plaza de España, seja conhecido como a Brodway madrilena.

O Paseo de la Castellana é uma das principais e mais largas avenidas de Madrid e tem actualmente seis faixas de rodagem centrais e mais quatro laterais e é aí se erguem os muitos edifícios de companhias financeiras e de negócios. Percorre a cidade desde a Plaza de Colón, e segue para norte e a sua direcção, corresponde ao curso de um antigo rio que por aí passava.

São visitas imperdíveis: a Ópera, a Plaza Mayor, o Palácio Real, e o Museu do Prado. Os elegantes madrilenos são muito orgulhosos de sua encantadora cidade. Nenhuma outra metrópole abriu suas portas para a Europa moderna como Madrid, após o rei D. Juan Carlos subir ao trono, em 1975. O monarca tem a seu mérito o facto de ter administrado de forma imparcial a transição da ditadura para a democracia.

A cidade de Madrid, para além de ser a capital e sede da Casa Real, das instituições políticas e administrativas do Estado espanhol e do Arcebispado católico, é um centro de grande importância comercial, financeira e cultural a nível nacional e internacional. Em Madrid encontram-se cinco universidades públicas, numerosos teatros, museus e exposições.

As principais atracções, são: O Museu do Prado que perde somente para o Louvre em Paris, como o museu com mais obras de arte. com obras de Bosch, Goya, Dürer, Tiziano, Tinteretto, El Greco, Velasquez, Rubens... O Museu de Arte Contemporânea (Centro del Arte Reina Sofia) que possui trabalhos de artistas do século XX, como: Miró, Dali, Picasso,etc.. O Museu Thyssen com a colecção mais vasta do mundo. O Palácio Real e a Plaza Mayor do século XVII.

O Teatro Espanhol apresenta todos os tipos de arte, seja tradicional ou contemporânea. A maioria dos "clubs" e casas de diversão nocturna, fica em Castellana, que é o ponto de encontro dos boémios. O Flamenco e o antigo teatro espanhol podem ser encontrados na "Casa del Pueblo", nos subúrbios de Madrid.

A Plaza Mayor, mandada construir por Felipe V é considerada a mais bela de toda a Espanha e uma das praças mais espectaculares e maiores da Europa, onde outrora tiveram lugar os "autos-de-fé" (execuções em fogueiras públicas) realizados durante a Inquisição, casamentos reais, danças e touradas.

Hoje em dia é bem mais calma, porém ainda é o lugar onde são realizados vários eventos, como, feiras, bazares e espectáculos ao vivo. É um óptimo lugar para descansar, depois de uma bela passeata pela cidade, onde se pode degustar uma excelente sangria ou uma paelha ao ar livre.

A cidade velha está situada entre o Palácio Real e o Parque del Retiro, e entre Lavapies ao sul e Glorieta de Bilboa, a norte. No centro da cidade, fica a Puerta del Sol, onde está situado o km 0, ponto de onde são medidas todas as distâncias em Espanha.

Las Ventas é a maior praça de touros em Espanha, e a segunda a nível mundial, sendo a maior, a Praça de touros da cidade do México. Foi inaugurada a 17 de Junho de 1931, com o nome de Plaza de Las Ventas del Espíritu Santo, por ser o nome da zona da cidade nessa época.

A vida nocturna de Madrid é muito buliçosa. É à noite que Madrid realmente acorda. É dito que os madrilenos raramente dormem e é fácil ver porque. Velhos e jovens saem para a rua, e a noite não acaba à meia-noite, mas começa.... Se for jantar antes das 09h00 da noite, corre o risco de estar sozinho. Só após as 10h00 é que os madrilenos aparecem, e é só depois do jantar que começam as intermináveis noites de Madrid.

O trânsito é terrível e os estacionamentos são caros, e para se conhecer a cidade é melhor andar a pé, ou tomar um táxi, pois a cidade é plana e muito bela, sendo feita para passear e para ser contemplada. Além disso, utilizando o metro depressa se chega a qualquer lugar.


Basta percorrer seus principais pontos turísticos para conferir sua imponência, beleza, alegria e elegância. Madrid é uma cidade acolhedora na qual vive gente de toda a Espanha. A cidade atrai pela sua saborosa comida, pelos preços baixos e pelos belos monumentos e prédios.

Se viajar é sinónimo de festejar, Madrid é esse lugar...

A Catedral de Toledo



A bela Catedral de Toledo, é notável por sua incorporação de luz, e nada é mais notável que as imagens por trás do altar, bastante altas, com figuras fantásticas em estuque, não esquecendo as suas pinturas de autores famosos, peças em bronze, e as múltiplas tonalidades de mármore, que esta Catedral possui, fazendo dela, uma obra-prima medieval.

Foi construída com pedras de Olihuelas, perto de Toledo. Uma de suas partes mais magníficas é o altar barroco denominado El Transparente, construído pelo arquitecto e escultor espanhol Narciso Tomé (1690 - 1742). O banho de luz que vem de uma apropriada fenda no tecto, faz com que o altar, por alguns minutos, pareça estar a elevar-se aos céus, o que originou o seu nome.

É uma das três catedrais góticas espanholas do século XIII, sede da Arquidiocese de Toledo, sendo considerada a obra magna desse estilo em Espanha. Foi construída de 1226 a 1493 e foi projectada a partir da Catedral de Bourges. Combina também algumas características muçulmanas do estilo Mudéjar, principalmente no seu claustro.

A Catedral é enorme, e possui cerca de 750 magníficos vitrais, 26 capelas, e tem 120 metros de comprimento por 32 metros de altura. Foi erguida sobre a antiga Igreja de Santa Maria de Toledo, inicialmente construída em 578. A "Sacristia Mayor" é um museu de obras religiosas com trabalhos de El Greco, Goya, Van Dyck, Tristán, entre outros. A Capela Maior é impressionante, toda dourada e com muitos, mas muitos detalhes que "narram" a paixão de Cristo.

Toledo


A chegada a Toledo no início da tarde, proporcionou uma agradável visita à cidade, tendo sido recebidos logo à saida do parque subterrâneo, onde deixámos o carro, por D. Quixote de la Mancha e e seu fiel escudeiro Sancho Pança, que à porta de uma loja de lembranças nos esperavam.
A Cidade de Toledo tem seu antecedente em Toletum, nome que os romanos deram a esse assentamento nas margens do rio Tejo, depois de sua conquista em 190 a.C.. Conhecida como a “cidade das três culturas”, árabe, judia e cristã, Toledo conserva um importante legado artístico e cultural. Essa grande diversidade de estilos, converte a parte antiga num autêntico museu ao ar livre, facto que permitiu que fosse declarada Património da Humanidade, pela UNESCO.

Cervantes descreveu Toledo como a "glória da Espanha". A parte antiga da cidade está situada no topo de uma montanha, cercada em três lados por uma curva no rio Tejo, e tem muitos e importantes sítios históricos, incluindo o Alcázar, a Catedral (a igreja primaz da Espanha), e o Zocodover, seu mercado central.

Esta antiga cidade medieval conserva ainda o seu antigo plano rodoviário, e nas nossas visitas a Toledo, explorando os seus caminhos por conta própria, muitas vezes nos perdemos, devido à torção das vielas, ao terreno irregular e à constante mudança de direcção das suas ruas e ruelas medievais.O Alcázar de Toledo é um palácio fortificado sobre rochas, situado na parte mais alta de Toledo, de onde se domina toda a cidade, e foi a residência oficial dos Reis de Espanha, e durante a Guerra Civil Espanhola, o Alcázar foi utilizado, como ponto defensivo e de resistência da Guardia Civil, tendo sido totalmente destruído pelas tropas apoiantes da Segunda República durante o cerco que durou 70 dias.

O contributo do Alcázar de Toledo durante a Guerra Civil, fizeram da estrutura um símbolo do Nacionalismo Espanhol e inspirou o nome de El Alcázar, um jornal de direita que começou a ser publicado durante a Guerra Civil e foi extinto com a transição espanhola para a democracia, depois da morte de Francisco Franco.

A bela Catedral de Toledo, é uma obra notável de arquitectura, e é famosa por sua incorporação de luz, e nada é mais notável que as imagens por trás do altar, com figuras fantásticas em estuque, muitas pinturas de famosos autores, peças em bronze, e múltiplas tonalidades de mármore, que podemos apreciar nesta obra-prima medieval. A visita a esta catedral é imperdível, devendo ser guardadas pelo menos 2 horas para conhecer cada detalhe. Ela é imensa, tem 26 capelas e 120 metros de comprimento por 32 metros de altura.

A cidade de Toledo manteve a sua importância durante muitos séculos e na época visigoda, chegou a converter-se no séc.VI, a capital da Espanha visigótica, desde o reinado de Leovigildo, (rei dos Visigodos de Toledo no período de 572 a 586), até a conquista moura da península Ibérica.

A chegada dos árabes no século VIII, unida há presença dos cristãos e judeus, fez de Toledo a “cidade das três culturas”. Sob o Califado de Córdoba, (governo islâmico que dominou a maior parte da península Ibérica e do Norte de África a partir da cidade de Córdova), Toledo conheceu uma era de prosperidade. Nessa época de esplendor foi fundada a célebre Escola de Tradutores de Toledo.

A 25 de Maio de 1085, Afonso VI de Castela ocupou Toledo e estabeleceu controle direto sobre a cidade moura. Este foi o primeiro passo concreto do reino de Leão e Castela na chamada Reconquista de Espanha.

Posteriormente, com a subida ao trono de Carlos V, em 1519, a cidade convertia-se em capital imperial. Toledo era famosa por sua produção de aço, especialmente espadas, armaduras, e armas medievais de todo o tipo, sendo ainda hoje um centro de manufactura de facas e pequenas ferramentas de aço. Em Toledo podemos encontrar muitas lojas que vendem armas e armaduras medievais, como em nenhuma outra cidade. Após Filipe II de Espanha mudar a corte de Toledo para Madrid em 1561, a cidade entrou em lento declínio, do qual nunca se recuperou.
No século XIII, Toledo era um importante centro cultural sob o domínio de Afonso X, cuja alcunha era "O Sábio", por seu amor ao conhecimento. A escola de tradutores de Toledo tornou disponíveis grandes trabalhos académicos e filosóficos originalmente produzidos em árabe e hebraico ao traduzi-los para o latim, disponibilizando pela primeira vez uma grande quantidade de conhecimentos para a Europa.

Toledo era uma cidade famosa por sua tolerância religiosa e possuía grandes comunidades de judeus e muçulmanos, até que eles foram expulsos da Espanha em 1492; por isto a cidade tem importantes monumentos religiosos, como a sinagoga de Santa Maria la Blanca, a sinagoga de El Transito, e a mesquita de Cristo de la Luz.

A cidade foi local de residência de El Greco no final de sua vida, e é tema de muitas de suas pinturas, incluindo "O Enterro do Conde de Orgaz", exibido na Igreja de Santo Tomé.

O Parador de Oropesa

O Parador de Oropesa, Castelo-Palácio do séc. XIV, é uma casa solarenga dos Alvarez de Toledo, Condes de Oropesa, que foi refugio de soldados, religiosos e nobres em várias épocas, e que apresenta excepcionais panorâmicas da Serra de Gredos.
O Parador de Oropesa, de nome, "Virrey de Toledo", assim baptizado em memória do 5º Vice-Rei de Peru, D. Francisco Alvarez de Toledo, que ali teve a sua residência. Este palácio é um testemunho, em grande parte, da história de Oropesa, desde os tempos da era Cristã e muçulmana. Foi construído no séc. XIII, sob o mandato de D. Garcia Toledo e erguido sobre um primitivo palácio destruído durante a Reconquista. Até o século XVIII, foi a residência de Alvarez Toledo, Conde de Oropesa.

Este palácio foi convertido em Parador no ano de 1930, e é o primeiro de Espanha, instalado num monumento histórico nacional. Numa carta do presidente dos Paradores Nacionais espanhóis ao presidente da Câmara de Oropesa, e traduzindo, pode ler-se..."Há mil circunstâncias que farão com que na localidade de Oropesa, se irá instalar um Parador de primeira, num edifício senhorial da vila, para o qual a Câmara Municipal deve facilitar o sim, no bem colocado Palácio dos Duques de Frías, propriedade municipal."...

Suas paredes deram ouvidos às preocupações da mística Santa Teresa Jesus ou às decepções e ambições de Carlos V, que tinha um amor verdadeiro por estas paragens. Don Juan de Borbón também fez aqui frequentes paragens, ainda presentes na memória dos habitantes de Oropesa, quando ia a caminho do seu longo exílio no Estoril.
Seja pelo seu elegante clima de paz, quer pela sua peculiar cozinha, este Parador tem sido escolhido por ilustres visitantes, como Giscard d'Estaing, nas suas frequentes escapadas como um caçador, ou John Major. Hoje, o castelo e seu belíssimo terreiro são palco frequente de desfiles, ou como pano de fundo a peças de teatro, dança ou opereta durante os meses de verão.

No decorrer da história recente, tem servido como local escolhido para as filmagens, de filmes como "A Malquerida", com Carmen Viance, ou "Comboio Expresso", com Jorge Mistral ou ainda, "Orgulho e Paixão" com Frank Sinatra.

A nossa estadia neste belíssimo parador espanhol, encantou-nos quer pela sua grandiosidade, quer pela bonita vista que do nosso quarto se desfrutava, quer ainda pela paz e ambiente verdadeiramente repousante, que nos proporcionou.

Oropesa

A chegada a Oropesa já se fez pelas 22h30, e com algum espanto verificámos que havia ainda muita movimentação de rua, para uma pequena vila histórica. Rapidamente nos apercebemos que decorriam as festas da vila, e ainda havia grande alarido e animação nocturna no centro desta, com bailarico e todo o resto, que tão bem caracteriza todas as festas de aldeia ou vila provinciana.

Fomos direitos ao Parador Nacional "Virrey de Toledo", onde iríamos prenoitar, e após termos levado a bagagem para o quarto, lá fomos nós rumo à festança, pois não há melhor forma de se conhecer um lugar do que conhecer as suas gentes e a forma como convivem. A festa estava no auge, e não se diferenciava em nada de qualquer uma das nossas festas tradicionais.

Oropesa é uma bonita vila medieval, que mantém todo o seu charme histórico e rural, e que é, acima de tudo, um ponto no caminho da história. Oropesa é uma encruzilhada da própria história que nasceu e viveu como ponto estratégico. Na Sierra de la Ventosilla, óptimo local para controlar a passagem a partir da Serra de Gredos e as margens do Tejo.

Há muito, muito tempo, presume-se que pelo séc. IV a.C., a região já era habitada por um povo celta, os vettones. Depois vieram, os romanos, que ocuparam toda a região (o chamado Campo Arañuelo), dentro da jurisdição da Lusitânia, com a capital em Emerita Augusta (hoje Mérida). Depois, bem depois, os árabes invadiram a Península Ibérica, que em breve, também, perceberam a importância estratégica de Oropesa, construindo um castelo no topo da colina.

Durante três séculos estas terras muçulmanas estavam sob vigilância constante. Foram momentos de uma convivência mais pacífica do que poderia parecer, até que, no Século XII, Alfonso VI, conquista Toledo e domina toda a sua área de influência, com Oropesa integrada.

Após um longo período de guerras e escaramuças, com Oropesa como ponto estratégico de grande importância, Alfonso X concede aos habitantes da aldeia uma série de privilégios. Don Garcia Alvarez de Toledo, foi o primeiro Senhor de Oropesa. Estes são momentos de glória, e Oropesa cresce, e aqui se instalam indústrias de couro e seda, paralelamente ao desenvolvimento pecuário, da agricultura e do artesanato.

Oropesa conheceu também o esplendor do Renascimento, como atestam muitos edifícios que lá se mantêm até hoje. Um deles é o palácio onde é hoje o Parador "Virrey de Toledo", e ainda o Hospital de San Juan Bautista, fundado no século XVI, por Dona Maria Figueroa, que foi a mãe do 5º vice-rei do Peru, Don Francisco de Toledo. Ou a passagem de Los Arcos, para que a Condessa e seus servos, pudessem ir à Missa na igreja, sem necessidade de pisar a cidade. E ainda, a antiga Câmara Municipal, na Plaza Vieja, (Praça Velha) testemunham a vida quotidiana de Oropesa até 1871.
O Parador de Oropesa, foi uma das primeiras pousadas da cadeia hoteleira de paradores espanhola. Esta casa é um bonito e bem estruturado palácio do século XVI a XVII. A vila possui cerca de 2.000 moradores e possui vários edifícios de interesse, sendo possível visitar a aldeia em apenas 2 horas.

Cáceres

A chegada à tarde a Cáceres, deu-nos tempo para podermos visitar a cidade e o seu centro histórico, e no final da visita jantámos num dos restaurantes de sua belíssima Praça Maior. Depois do jantar, e após uma breve passeata pelos arredores desta deslumbrante praça, partimos em direcção de Oropesa, onde pernoitámos.

Capital da província e segunda maior cidade da Estremadura, Cáceres possui um centro medieval conservado na perfeição (séc. XV e XVI), pelo que não é de estranhar que tenha sido a primeira cidade de Espanha a ser declarada Património Mundial pela UNESCO, em 1949.

O coração histórico desta cidade parece mágico, como que saído de algum filme da época medieval, tudo tão impecavelmente conservado e limpo, onde apesar de haver um considerável número de turistas, conseguimos ouvir o silêncio.
A bela cidade medieval, praticamente circunscrita ao recinto amuralhado, parece dormindo no século XV ou XVI, e com a ajuda do vento quente e das sombras do ocaso, parecem escapar cavaleiros de capa e espada, legiões de soldados, mercadores, freiras e frades, revivendo o esplendoroso passado da urbe.
O coração de Cáceres, conhecido como Cidade Monumental, exibe no interior das muralhas tesouros arquitectónicos como a Igreja de Santa Maria (do século XV, em estilo gótico), a bela Casa de los Golfines de Abajo (século XVI), o Museu Provincial, alojado num palacete do século XVI construído sobre uma cisterna árabe do século XII, e a elegante Torre de las Cigüeñas (torre das cegonhas), entre muitas outras mansões e igrejas. Há semelhança de todas as cidades espanholas a Praça Maior é o ponto de entrada para a zona histórica.

Em cada recanto do centro antigo de Cáceres nota-se a presença constante da história antiga. A origem da cidade remonta ao Paleolítico Superior, do qual se conservam vestígios na cova de Maltravieso. Os Romanos, em 34 a. C., pela mão do Procônsul Caio Norbano Flacco, fundam a cidade a que dão o nome de Norba Caesarina. Vestígios desta época são as fundações das muralhas e o chamado Arco del Cristo.

Durante a dominação árabe começa a ressurgir a cidade que atingirá o máximo esplendor após a reconquista Cristã, coincidindo com o descobrimento da América. Muitos palácios foram construídos por famílias de aristocratas e recheados com tesouros e riquezas vindos do outro lado do Atlântico.

A cidade foi fortificada com uma muralha de adobe, mas esta não serviu de muito pois o rei Afonso IX, monarca do Reino de Leão, tomou a cidade anos depois, a 23 de Abril de 1229, dia de São Jorge, que desde então é o padroeiro da cidade.

A partir desse momento, Cáceres começa a transformar-se, construindo igrejas no lugar das mesquitas e palácios cristãos sobre os palácios muçulmanos. Com algumas modificações desde o século XVIII, a cidade chega aos nossos dias quase sem alterações, sendo uma das cidades monumentais mais bem conservadas do Mundo. Uma visita nocturna a Cáceres torna-se imprescindível e inesquecível. É também obrigatória uma ida ao Museu Provincial.

Para se conhecer a cidade, existem duas zonas que podem servir de partida: a Praça de San Mateo e a Praça de Santa Maria. Na primeira a Igreja de San Mateo, construída sobre uma mesquita árabe, entre os séculos XIV e XVIII, com portada Plateresca e um retábulo do séc. XVIII. Poderemos apreciar ainda o Palácio dos Ulloa, o Convento de San Pablo, a Casa del Sol, a Casa Mudéjar e a Casa de Los Golfines de Arriba, para além da Casa e a Torre dos Sande.

Na Praça de Santa Maria encontra-se a igreja do mesmo nome, um edifício gótico do séc. XV, em cujo interior se poderá admirar um retábulo plateresco do séc. XVI. No mesmo largo encontra-se ainda o Palácio Episcopal, o dos Ovandos, o de Mayoralgo, o dos Duques de Valência e o famoso de Los Golfines de Abajo, em estilo plateresco, (estilo arquitectónico surgido em Espanha, durante o Renascimento, que combina características góticas e renascentistas, tão complexamente trabalhadas que mais fazem lembrar finas peças de ourivesaria), que foi residência dos Reis Católicos durante a visita à cidade.

Um dos elementos que simbolizam a cidade de Cáceres é, sem dúvida, o Arco de La Estrella. Este arco substituiu a Puerta Nueva, medieval, que ligava a Praça Maior com o interior da cidade. A sua construção foi iniciada no séc. XVIII. A porta é formada por um grande arco esconso, rematado com ameias e serve para ligar a Praça Maior à Cidade Velha.
Fora do conjunto amuralhado pode ainda visitar-se a Igreja de Santiago, de origem românica e transformada por Gil Montañón no séc. XVI, com um belíssimo retábulo mor, obra de Pedro Berruguete (1450 - 1504), que foi um pintor espanhol cuja arte é considerada um estilo de transição entre a arte do Gótico e o Renascimento, e que foi pai de um importante escultor, Alonso Berruguete, considerado o escultor mais importante da Espanha da Renascença; a Igreja de San Juan, construída nos séculos XIII a XV, e o Convento de San Francisco, como o anterior, em estilo gótico.
O casco velho de Cáceres, constitui um conjunto monumental dos melhores de Europa, surpreendendo sempre, tanto aos que pela primeira vez desfrutam dela, como a todos aqueles, que atraídos por sua beleza, vão repetidamente percorrer as suas ruas e vielas.
A cidade de Cáceres, para além deste núcleo histórico é uma cidade moderna e bastante grande, com uma atmosfera muito agradável, apetecendo ficar...

A caminho de Barcelona


Esta viagem por terras de Espanha, em 2003, foi feita a pensar no membro mais novo da família, uma vez que a Espanha já fora visitada muitas vezes por nós. No entanto ela acabou por ser também para nós, membros mais velhos, uma caixinha de belas surpresas. Ao viajar, mesmo que para locais já visitados, há sempre coisas novas para ver e que se descobrem em todas as paragens e locais, que tornam sempre motivante uma viagem.

O percurso para ir e voltar foi decidido mais uma vez, mas desta feita, com a ajuda e conivência do membro mais novo da família. Uma viagem começa sempre muito antes do seu início, tendo de ser feito o trabalho de casa, porque é certo e sabido que um turista mal informado acaba por perder o melhor da viagem.

1º Dia - Partida de casa /Cáceres /Oropesa;

2º Dia - Oropesa /Toledo;

3º Dia - Toledo;

4º Dia - Toledo /Madrid;

5º Dia - Madrid;

6º Dia - Madrid /Zaragoza;

7º Dia - Zaragoza /Barcelona;

8º, 9º, 10º, 11º e 12º Dia - Barcelona;

13º Dia- Barcelona / Zaragoza;

14º Dia - Zaragoza / Salamanca;

15º Dia - Salamanca / Chegada a casa.

Adeus Bruxelas/ Final da Viagem


Durante a nossa estadia de três dias em Bruxelas, ficámos hospedados no Hotel Bedford, situado a apenas 450 metros da Grand Place e perto do Royal Palace, dos museus e da principal zona comercial. Tivemos uma sorte enorme, uma vez que o hotel não foi escolhido por nós, e sim pela agência de viagens, dispondo da localização perfeita para visitar o histórico centro da cidade.

Foi nele que nos despedimos de Bruxelas, e partimos para o aeroporto, com a antecedência necessária para se proceder quer à entrega do carro que tinhamos alugado, quer ao despacho da bagagem, ficando ainda com tempo disponível para se deambular pelas lojas do aeroporto, afim de se comprarem as lembranças e presentes de última hora.

A época ideal para visitar Bruxelas é sem dúvida o Verão. em que a temperatura ronda geralmente os 15º C, embora nós tivessemos mais sorte porque estava mais calor quando a visitamos. No entanto os habitantes de Bruxelas, dizem que a cidade pode ser visitada entre os meses de Maio e Setembro, quando o clima é mais agradável. O frio e a chuva intensa que se fazem sentir entre Novembro e Março, tornam pouco convidativa uma visita à capital da Europa, embora seja o período mais tranquilo da cidade, com menos turistas e com diárias mais em conta.

Os habitantes da cidade passam de início a impressão de distancia e frieza, mas, qual não foi a minha surpresa ao descobrir que basta tentar puxar algum assunto, e estes logo se mostram curiosos e de um senso de humor incrível, e ficamos a perceber que na verdade os belgas não são frios, mas sim tímidos e extremamente educados, escondendo a sua curiosidade sob a aparência de distância.

Bruxelas não merece uma só visita, mas sim ser visitada várias vezes. Ao lado do Hubert de Ville (um dos prédios da Grand Place), encontra-se a Gilded Plaque, um monumento "art nouveau", com uma enigmática escultura em bronze, que segundo uma lenda popular, diz que passando a mão nessa escultura (que parece um Jesus Cristo deitado), assegurar-se-á a volta a Bruxelas.

Eu espero lá voltar um dia, mesmo sem o ter feito...

Bruxelas


Bruxelas (em neerlandês Brussel e em francês Bruxelles) é a capital da Bélgica, capital da comunidade flamenga e, desde 2003, capital oficial da União Europeia. É uma cidade de negócios, cosmopolita e vibrante.

Como em quase todas as cidades europeias, Bruxelas também tem um centro velho e uma praça central, a Grand Place. Muita gente a considera uma das praças mais bonitas do mundo, e com razão. Construída entre os séc. XIII e XV, a Grand Place de Bruxelas preserva carinhosamente casas que pertenceram a reis e nobres no passado, numa surpreendente harmonia arquitectónica. O edifício do Hotel de Ville, (Câmara Municipal), um dos prédios mais emblemáticos da cidade, também ali se encontra.

A Grand Place é a maior atracção turística da cidade, e é também chamada de Grote Markt (Praça do Mercado), onde acontecem todos os principais eventos de Bruxelas. Rodeada de prédios históricos remanescentes dos séculos XV e XVI, com o mercado de flores pelo chão e rodeada de restaurantes com mesas nas ruas, tudo é uma festa para os olhos e os sentidos.

À noite, sob luzes especiais, a Grand Place fica ainda mais sedutora. Nessa praça encontra-se o melhor de Bruxelas. São museus, cafés, cervejarias e lojas de chocolate, em ambientes acolhedores, que num primeiro olhar combinam apenas com os ventos frios do Inverno. Na primavera e no verão, porém, o cenário muda, e a praça vira um teatro aberto para artistas de rua, com shows e concertos de primeira linha.

Sob a luz do sol, as cafetarias também se transformam, colocando as mesas na calçada para servirem de camarote a festa ao ar livre na praça. Esse lado mais espontâneo de Bruxelas é quase um segredo, uma vez que se fala mais sobre a solidez das empresas belgas do que sobre a animação de suas cervejarias. Durante as festas da cidade a calçada central desta praça, é coberta com um enorme tapete de flores.

O espírito livre e criativo de Bruxelas, que a Grand Place confirma tão bem, pode não transitar tanto pelos satélites da informação, mas observa-se nos ateliers de design, nos antiquários da Praça du Grand Sablon e até nas vitrinas das incontáveis lojas de chocolate. Há um bom gosto permeando quase tudo, algo que está impresso no código genético da cidade, uma vez que ela nasceu de uma pequena colónia de artesãos e ardorosos comerciantes que, no final do séc. X, se estabeleceu ao redor de um grande castelo.

Foi em Bruxelas que, em 1847, numa atitude pioneira, alguns arquitectos construíram uma cúpula sobre uma pequena rua de comércio, criando as Galerias Saint-Hubert, depois divididas com nomes sugestivos, tais como, Galeria do Rei, da Rainha e da Princesa. Mais tarde, o lugar atraiu lojas chiques e tornou-se o embrião dos modernos shopping centers.

As Galerias Saint-Hubert preservam ainda o charme daqueles tempos. Mas hoje, as lojas de designers famosos espalham-se também ao longo da Avenue Louise, uma zona onde Bruxelas se revela bastante cosmopolita, e com ares bem diferentes que os do centro velho. Como centro da Comunidade Europeia tornou-se ainda mais importante, e graças a isto a capital da Bélgica tem sempre congressos e eventos internacionais que dão à cidade um toque global e fazem com que um terço dos habitantes da cidade sejam de outros países.

O melhor exemplo dessa outra Bruxelas é o centro multimédia, Atomium, uma obra “high tech” que, como o nome sugere, tem o formato de um átomo, obviamente em versão ampliada 165 biliões de vezes. Construído para a Exposição Mundial de 1958, o Atomium domina a paisagem com sua aparência futurista, no meio da zona verde do Boulevard du Centenaire. Lá dentro, percorrendo os estranhos e inclinados corredores que unem as esferas desse átomo gigantesco, descobre-se um centro cultural bem equipado, salas de exposição e, bem no alto, uma vista maravilhosa da cidade.

Esta enorme estrutura composta de 9 esferas interligadas por tubos, tem 102 metros de altura e fica no Parc D´Ossegem, a norte da cidade. Na hora de escolher um símbolo para a exposição, decidiram homenagear a importância da Bélgica na produção do aço, por isto foi feito este monumento na forma de uma molécula de cristal de ferro. Quase todas as esferas são interligadas por passadeiras e escadas rolantes.

Em cada uma delas há atracções e exposições audiovisuais. Da esfera mais alta, que fica numa altura equivalente a um prédio de 30 andares, tem-se uma vista fantástica de toda a cidade. Foi inicialmente planejado para durar apenas seis meses pelo arquiteto André Waterkeyn, mas sobreviveu, tornando-se num local de visita obrigatória para os turistas. Muitos consideram o Atomium um ícone nacional, rivalizando com o Manneken Pis.

A arquitectura em Bruxelas é uma mescla de construções históricas do centro da cidade, edifícios "Art Nouveau" e uma amalgama de prédios ultramodernos da zona nova da cidade. Esta zona nova, que aparentemente parece ter crescido sem planeamento urbanístico qualificado, ainda suporta as modernas infra-estruturas e edifícios da administração da União Europeia, como o Edifício Berlaymont, sede da Comissão Europeia e o Edifício do Parlamento Europeu.

Um dos passeios obrigatórios em Bruxelas é o Centro Belga de Histórias aos Quadrinhos e a Boutique do Tintin. Esta personagem foi criada pelo desenhista Belga Hergé, e até hoje Tintin e seu cachorro Milou são praticamente heróis nacionais, e por todo o lado podem ver-se edifícios com pinturas murais com o personagem dos quadradinhos. Com uma exposição permanente, esta casa foi projectada pelo arquitecto Victor Horta, um dos criadores do "art noveau", um estilo que nasceu em Bruxelas e se espalhou em inúmeras obras de arte e construções por todo o mundo.

Outro local a visitar é o Parque da Mini-Europa, que infelizmente não tivemos tempo de conhecer, que é uma espécie de "Europa dos Pequeninos", onde se podem ver réplicas em miniatura dos mais emblemáticos monumentos das principais cidades europeias.

Bruxelas também soube assimilar influências que determinariam sua natureza multicultural. Durante os séculos XVI e XVII, foi o domínio dos Habsburgos espanhóis. Depois, foi capital dos Países Baixos, constituídos pela Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Mais tarde ainda, o país passou por mãos austríacas, francesas e alemãs. Ainda hoje, Bruxelas é o umbigo de um país cujo norte é flamengo (de língua e cultura holandesas) e o sul, valão (de língua e cultura francesa). E embora haja discordâncias crescentes entre essas duas zonas, Bruxelas transformou-se numa espécie de território neutro e muito tranquilo.

Se há um lugar onde todos se tornam iguais nessa cidade é na Petite Rue des Bouchers, que concentra alguns de seus melhores restaurantes. A especialidade culinária da cidade são os moules, que nós conhecemos como mexilhões. Na Bélgica eles são gratinados, servidos ao molho de tomate ou, simplesmente, cozidos com ervas, sempre acompanhados das prosaicas batatas fritas. Os restaurantes mais caprichosos arrumam as mesas do lado de fora, expondo os frutos do mar ao desejo dos passantes.

Para sobremesa, Bruxelas tem o chocolate Godiva, tido como um dos melhores do mundo e há lojas desta marca de chocolates espalhadas por todo o lado. Outra sobremesa famosa é o waffle, que é outra paixão nacional, que enche as ruas com um irresistível cheirinho adocicado.

Outra especialidade são os mais de 400 tipos de cerveja produzidos na cidade. Uma das mais tradicionais chama-se La Mort Subite (A Morte Súbita), cujo nome vem de quando ainda era costume jogar dados nas cervejarias, em disputas que acabavam de repente, e quem perdia pagava a conta.

Outro local de interesse é o Palácio Real de Bruxelas que é o palácio oficial do rei belga. Localiza-se ao lado oposto do prédio do Parlamento, no outro lado do Parque de Bruxelas. Os dois edifícios simbolizam o sistema de governo da Bélgica, que é uma monarquia constitucional.

Embora não seja usado como uma residência real, já que o rei e sua família vivem no Castelo Real de Laeken, o Palácio funciona como o local onde Albert II realiza suas prerrogativas como Chefe de Estado, concede audiências e lida com os negócios de Estado.

Além dos escritórios do rei e da rainha, o Palácio Real abriga os serviços de marechal-mor da Corte, do chefe do gabinete do rei, do chefe da casa militar do rei e do intendente da lista civil do rei. Seus interiores também são utilizados para grandes eventos e para a recepção de chefes de Estado estrangeiros.

A fachada que pode ser vista hoje, foi construída depois de 1900, sob a iniciativa do rei Leopoldo II. A estrutura original do palácio remonta ao fim do século XVIII. Entretanto, o terreno em que se encontra, fazia parte de um complexo palacial muito antigo, erguido durante a Idade Média.

Mas, por incrível que pareça, o lugar mais visitado de Bruxelas ainda é a fonte do Menekken Pis, que está situada numa rua nas vizinhanças da Grand Place. Há muitas histórias tentando explicar o carisma desse pequeno monumento. A versão mais aceite é a que lembra o episódio da destruição da Grand Place, por um bombardeio no séc. XVII. Reza a lenda que um menino teria apagado o incêndio assim, fazendo xixi.

A estátua deste menino é uma das principais atracções da cidade. A história começou na idade média, quando aqui havia uma fonte, e em 1619, e o escultor Jerome Duquesnoy fez a estátua do menino para embelezar o local. O monumento fica na esquina das ruas Stoofstraat/Rue de L'Etuve e Eikstraat/Rue du Chêne e geralmente está sempre rodeada de pessoas fotografando a escultura ou sendo fotografadas junto desta.

A estátua passa a maior parte do ano vestida, uma tradição iniciada em 1698, e seu guarda roupas com mais de 600 peças pode ser visto na Casa Real e no Museu da Cidade. Este cartão-postal de Bruxelas tem pouco mais de 60 centímetros, e não exalta as glórias do país, tão pouco homenageia algum herói conhecido.

O Menekken Pis, não passa de um "João Ninguém", mas resume a personalidade da capital belga, muito mais famosa pela austeridade dos negócios do que pelo desprendimento no dia-a-dia. Não fosse esse menino de bronze, demoraria para descobrir que, fora do horário de trabalho, Bruxelas é também, uma cidade criativa, versátil e muito bem-humorada.