Girona

No dia seguinte deixámos Barcelona a caminho de Figueres, onde pretendíamos pernoitar, para no dia seguinte irmos mais uma vez visitar, o Teatro Museu Gala Salvador Dalí, que o elemento mais novo da família ainda não conhecia. Passámos de raspão por algumas praias da Costa Brava e pelo final da tarde decidimos parar para um lanche, seguido de visita à encantadora cidade interior de Girona.
A cidade de Girona, tem uma história rica, detalhada e dramática. Os primeiros habitantes da região foram os ibéros que ali viveram à 2.500 anos atrás. Depois vieram os romanos que construíram estradas (como a Via Augusta, que funcionou como ligação de Roma a Cadiz) e uma fortificação, que se denominava “Oppidum Gerunda”.

Depois de ter sido ocupada por um bom número de outras culturas, Girona finalmente, caiu sob o controle do Sacro Império Romano. No século XII, a comunidade judaica floresceu em Girona, e nessa época foi ali fundada uma escola cabalística. No entanto, os reis católicos expulsaram os judeus para fora da Espanha em 1492.

Mais tarde, no século XVII até o XVIII, Girona caiu sob um cerco pelos franceses, sendo assim conquistada por Napoleão Bonaparte em 1809. Os muros da cidade foram destruídos no século XIX. Hoje, a cidade é um local cheio de um rico património histórico e cultural de grande beleza.

Girona é uma linda colcha com uma mistura de estilos arquitectónicos modernos e clássicos, mas o seu ponto focal é sem dúvida a antiga cidade medieval, que se espalha abaixo das antigas muralhas e torres numa colina na margem leste do rio Onyar.
É uma pequena e atraente cidade catalã, que se encontra a 103 km a nordeste de Barcelona e localizada a apenas 35 quilómetros da fronteira francesa e perto da Costa Brava, que oferece tanto praias isoladas, como belas enseadas rochosas.

A cidade vira o seu melhor para o rio Onyar, onde altos edifícios em tons pastel se ergem sobre as águas. Por detrás deles, a Rambla de la Llibertat é flanqueada por cafés e restaurantes com frescas esplanadas e lojas debaixo de arcos a perder de vista.

A cidade tem uma atmosfera pacífica e é um excelente lugar para desfrutar de tudo o que uma pequena cidade tem para oferecer e ao mesmo tempo fugir da multidão de turistas e da azáfama da sua região litoral.

A antiga cidade é compacta mas facilmente acessível, onde a peça central é a sua grande Catedral Gótica, com uma fachada barroca pousada sobre uma escadaria imponente. O local onde se encontra a catedral tem sido um espaço de culto ao longo dos anos, com uma mesquita e uma sinagoga que ocupam terrenos nas proximidades.

A sua construção foi iniciada em 1292 e grande parte da sua estrutura data dos séculos XIV e XV. A torre do sino é românica e gótica é a sua nave única, é uma das mais amplas do mundo. Mas, a Catedral é apenas uma das antigas igrejas, edifícios e monumentos da cidade, que ali se podem encontrar nas suas belas ruas de paralelepípedos.

A poucos minutos a pé ao lado dos muros medievais intactos encontra-se o bairro judeu, conhecido como "el Call", um labirinto de íngremes ruas estreitas e becos sombreados. Foi sede de uma das mais prósperas comunidades judaicas da Ibéria, no século XIII, totalizando cerca 20% da população da cidade nessa época.

Uma boa maneira de se visitar a cidade velha é percorrendo a Rambla de la Llibertat, paralela ao rio Onyar, cheia de cafés e restaurantes e ir até ao bairro judeu, subir pelas íngremes e estreitas ruelas até ao topo. Isso levará cerca de 30 minutos para ir da Plaza Catalunya até ao topo norte, subindo até à Catedral e aos Banhos árabes, que apesar do seu nome, foram construídos no final do séc. XII, 300 anos depois da partida dos Mouros.

Fonte: Skylla.co.uk/virtualtourist.co

Las Ramblas

Oficialmente, Las Ramblas são uma série de pequenas ruas que se juntam. As Las Ramblas de Barcelona têm ao todo 1km e 200 metros e ligam a Praça de Catalunya ao porto da cidade.

Elas têm vários nomes que sucessivamente a partir da Praça de Catalunya em direção ao porto, La Rambla de Canaletes, La Rambla dels Estudis, La Rambla de Sant Josep, La Rambla dels Caputxins, e La Rambla de Santa Monica.

A construção do Maremàgnum nos anos 90 resultou na continuação das Las Ramblas de Barcelona através de uma passarela de madeira, sendo esta última construção, chamada de La Rambla de Mar. Embora seja mais de uma, é mais comum elas serem chamadas somente de La Rambla de Barcelona.

Las Ramblas são, naturalmente, o mais conhecido marco de Barcelona e para quem visita a cidade, este é um lugar que não se pode deixar de visitar. Possuem uma grande e larga calçada, onde se pode caminhar livremente e são margeadas por ruas onde carros passam.

Desde a estátua de Colombo até à Plaza de Catalunya, a rambla está cheia de várias lojas, cafés, restaurantes, floriculturas e performances de vários tipos (mímicos, actores, músicos, etc.), sendo sem dúvida, o lugar em Barcelona, onde todos se reúnem, desde turistas a moradores locais, desde os mais discretos até aos mais extrovertidos ou exagerados e onde se podem encontrar todo o tipo de cambiantes nas fisionomias urbanas e raciais. Na maioria das vezes, há muitos mais turistas do que moradores ocupando a Rambla.

Ali também se podem visitar pontos de interesse, como a Ópera do Liceu e a Praça Real, o lindo Mercado de la Boqueria ou centros de exposições, como o Palau de la Virreina e o Centro d'Art Santa Mónica.

Quando se parte do final do Passeio de Colón para Las Ramblas, pela Rambla de Mar, não se entra logo na Cidade Velha, uma vez que estamos na zona do Bairro el Born, onde se encontra o Museu Picasso e a austera Igreja de Santa Maria del Mar, o exemplo mais representativo do estilo gótico catalão. Esta área é rica em restaurantes e bares onde se pode tomar uma bebida a qualquer hora do dia ou da noite.

Mais acima a rambla leva-nos à zona do Bairro Gótico, onde a melhor coisa a fazer é a vaguear pelas suas ruas estreitas. Ali se pode encontrar a Plaza de de Sant Josep Oriol, com concertos de tarde, a Plaza de Sant Felip Neri, a mais romântica da cidade, a Catedral Gótica, com o seu belo claustro, a rua del Bisbe e a Plaza del Rei.
O Passeio pelas Ramblas, continuou até se encontrar à direita, o Bairro del Raval, anteriormente conhecido como "Bairro Chinês", que é o bairro da luz vermelha da cidade. No Raval encontram-se muitos restaurantes pequenos e bares nocturnos, onde pode passar uma noite muito agradável. Na rua Montalegre, encontra-se o Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona.

Um pouco mais adiante o passeio clássico de Las Ramblas termina na famosa Plaza de la Catalunya.

Fonte: Wikipédia

O Passeio de Colón


O Passeig de Colón (Passeio de Colombo), é uma enorme e larga calçada frente ao Port Vell e que vai até à Porta de la Paz, no início de las Ramblas.

Ali o monumento a Cristóvão Colombo, marca o local onde desembarcou o navegador em 1493, depois de ter regressado da América, trazendo a bordo seis índios das Caraíbas.

Neste monumento um elevador leva os visitantes até uma plataforma no alto do mesmo, de onde se desfruta uma bela panorâmica do Port Vell.

A estátua em bronze representa Colombo a apontar para a sua terra natal, Génova na Itália, foi desenhada por Rafael Arché.

Segundo reza a história, Colombo teve nesta cidade uma recepção de estado por parte dos Reis Católicos e o baptismo dos seis índios vindos das Américas, está assinalado na Catedral Gótica.

O Port Vell

Bem localizado e situado no coração de Barcelona, a cidade portuária ou Port Vell é uma atracção que se pode visitar livremente e desfrutar do seu magnifico ambiente.
Antes dos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992, o Port Vell era o porto antigo e obsoleto da cidade, com uma área com armazéns vazios, edifícios industriais, recipientes com lixo e linhas de comboios de mercadorias.

As obras do novo Port Vell para o transformar numa nova e extensa marina, foi um dos mais drásticos projectos de renovação urbana para os Jogos Olímpicos de 1992. O novo porto/marina foi completamente transformada numa enorme área de iates e centro de entretenimento aquático, abrindo a cidade ao mar.

As infra-estruturas de acesso à nova marina também sofreram ampla renovação. A estrada costeira foi retirada e foi construída uma rua pedonal que se estende desde o monumento a Cristóvão Colombo (Passeio de Cólon, no início de la rambla) para o bairro de la Barceloneta.

Foi ainda ali construído o Maremàgnum, um complexo de lojas, cinemas, bares e restaurantes, que está ligado às ramblas por uma nova ponte pedonal de madeira com estruturas inspiradas num quadro de Van Gogh, que retrata a ponte de Arles.

No final do cais, no início do Passeio de Cólon, encontra-se el Cap de Barcelona (chefe de Barcelona), uma magnífica escultura de 20 metros de altura, do artista pop, Roy Lichtenstein.

Fonte: aviewoncities.com

La Barceloneta

O bairro de La Barceloneta ou Pequena Barcelona foi construído depois do rei Felipe V, ter ordenado a construção de uma nova fortaleza, La Ciutadella (hoje um parque), afim de controlar e punir os cidadãos da cidade de Barcelona, que lutaram contra ele durante a guerra da sucessão espanhola.

A fortaleza foi planejada muito perto da cidade, de modo que um décimo de Barcelona foi demolida, e as pessoas que habitavam essa zona da cidade foram obrigadas a deixar demolir as suas casas.

Os ex-moradores da zona demolida de Barcelona, tiveram que se mudar para um novo bairro construído pelo exército francês, que ficou a chamar-se de La Barceloneta (Pequena Barcelona). La Barceloneta foi construída 1753, a partir de um projecto do engenheiro militar Juan Martín de Cermeño.

Este bairro que foi construído durante o século XVIII para os moradores do bairro da Ribeira, deslocados pela construção da Cidadela, é aproximadamente triangular e limitado pelo mar Mediterrâneo, o Muelle de España (molhe de Espanha), do Port Vell e do bairro el Born.

As casas estreitas de dois e três pisos têm quartos com uma única janela para a rua. Existem ainda algumas casas deste período, fáceis de reconhecer, porque são prédios muito mais baixos do que os outros e têm uma simples decoração neoclássica.


Na pequena praça de la Barceloneta, no centro do bairro, encontra-se a igreja barroca de Sant Miquel del Port, também projectada por Juan Martín de Cermeño.

Historicamente um bairro de pescadores, Barceloneta sempre foi um bairro pobre, com ruas escuras e estreitas, embora esteja a ser lentamente modificado a partir dos Jogos Olímpicos de 1992. No entanto esta modificação é mais visível ao longo da orla marítima.

As praias de Barcelona

Barcelona é uma verdadeira Meca para os turistas que estão em busca de sol. Com 5 km de praias, o atractivo da cidade aumenta consideravelmente durante os meses de verão.

Barcelona conta com seis zonas para banhistas, distribuídas desde o Sul ao Norte da cidade, entre as praias de Sant Sebastià, la Barceloneta, Nova Icària, Bogatell, Mar Bella e Nova Mar Bella.
Tanto a praia de Mar Bella como a de Sant Sebastià contam com uma área para nudistas. A praia de la Barceloneta é a principal da cidade. É uma praia ampla, repleta de bares e restaurantes à beira-mar, sendo alguns de peixe e marisco, mas na maior parte de fast food. La Barceloneta pode não ser a praia mais limpa do mundo, mas é certamente um dos locais mais agradáveis de Barcelona.

A praia de Nova Icària, onde almoçámos, fica perto do Porto Olímpico e encontra-se também cheia de fantásticos bares e restaurantes à beira-mar e devido à sua grande e larga calçada é um paraíso para os patinadores, ciclistas e corredores. A praia de Bogatell é, na verdade o dobro do tamanho de Nova Icària, é uma praia mais tranquila com poucos bares e restaurantes.
Todas as praias contam com os equipamentos e instalações indispensáveis para o bem-estar dos banhistas, como posto da Cruz Vermelha, casas de banho, bares e quiosques. Nestas praias há também zonas específicas para a prática de inúmeras modalidades desportivas, desde o voleibol até o windsurf, nos dias de mais vento.

Para além destas, a poucos quilómetros, existem muitas outras praias que proporcionam a fuga de aglomerações, fora do núcleo urbano de Barcelona, como a praia de Sitges ou todas as praias da Costa Brava.
Fonte: Costasur.com

Um passeio por Barcelona


Após o descanso entrecortado, lá pela hora do almoço, agarramos nas bicicletas e lá fomos nós à verdadeira descoberta de Barcelona.

Barcelona é uma cidade que se revela aos poucos. Na primeira visita, o visitante ávido não deixa por visitar os seus principais monumentos, as obras de Gaudi e as principais ruas e avenidas, como Passeio de Gracia e as Ramblas, buscando nos pontos turísticos e nas suas principais ruas a sua identidade.

No entanto, Barcelona é muito mais do que isso. Uma visita completa só se encerra quando temos contacto com a vida urbana tão intensa, com a diversidade de suas identidades, encontrada em cada um dos seus bairros e até dos seus habitantes.

A mistura de imigrantes, turistas, verdadeiros catalães e moradores temporários que ali estão, muitas vezes só para passar um período curto de suas vidas, fazem de Barcelona uma cidade única.

Assim sendo nas outras visitas a Barcelona, o visitante começa a aperceber-se que a cidade esconde um mundo de vivências que para se conhecerem têm que sentir de perto. Caminhar ou pedalar pela cidade é muito importante e revelador.

Cada rua, cada praça e cada lugar nos revela novos caminhos, novas perspectivas, novas imagens e vivências incríveis que ficam gravadas para sempre na retina.

A visita, desta feita começou pedalando pelas ruas e avenidas da Cidade Nova, em direcção ao mar e depois percorrendo toda a marginal de praias de areia branca, vento quente e cheiro a maresia.

Desde a Praia Nova de la Mar, na parte Norte, à Praia de San Sebastián, na parte Sul, encontramos 5 km de praias de fina areia dourada, águas tranquilas, abundantes equipamentos e numerosas actividades náuticas para praticar. Mas nos arredores, encontramos outras praias igualmente com um grande encanto, sendo na sua maioria praias urbanas.

A meio caminho entre a Cidade Nova e a Cidade Antiga, parámos para o almoço tardio numa esplanada frente à praia, onde se degustaram entradas de “polvo à galega” e depois uma bela “paella de marisco”.

Ali junto à praia, com tanto para se ver e se apreciar, em dado momento algo nos chama a atenção, a presença de dois naturistas convictos que caminhando pela calçada, tentando em vão a mistura entre a multidão, mostravam os seus tão venerados atributos, com a naturalidade de crianças inocentes.

Recompostas as energias, seguimos até Barceloneta, o bairro de pescadores de Barcelona, situado numa restinga que penetra mar dentro, perto do centro da cidade e do Port Vell e que é famosa pelos seus restaurantes de peixe e mariscos e cafés à beira-mar. A sua praia é também a mais importante praia de Barcelona, a Praia de La Barceloneta.

Depois de um passeio atento por Barceloneta, seguimos para o Port Vell, a nova marina da cidade que se encontra aos pés de Las Ramblas e junto da antiga alfândega.

Ali estivemos parados bastante tempo, à sombra, numa pequena esplanada de um bar de tapas, para lanchar, retemperar energias e para nos deixarmos impregnar pela ambiência do lugar.

Esta ambiência difícil de descrever, está cheia de vida e para além dos lugares comuns já escritos e lidos inumeráveis vezes, espanta-nos com os seus pormenores de aldeia que se notam nos movimentos, onde transpira um forte sentido de comunidade característica de terra pequena, mas onde também parece haver espaço para todo o tipo de gentes, de uma enorme diversidade e beleza de traços faciais, própria de comunidades com muitas cambiantes.

Por toda a cidade se observam fisionomias características do árabe, sul-americana, africana, europeia, espanhola ou catalã e uma enorme diversidade de turistas das mais diversas proveniências, sendo por isso comum ouvir-se falar as mais diversas línguas.

Dirigimo-nos depois para o Passeio de Cólon, onde se fez mais uma pausa, para o desfrutar do espaço, ver, ouvir e gostar do grupo musical "Universong", que ali actuava ao vivo e ainda observar os estilos de vida que emanam das diferentes culturas dos passantes ocasionais.

O roteiro continuou com o atravessar de Las Ramblas, como sempre e a todas as horas atulhadas de gente. É um lugar de surpresas constantes, praticamente com uma por metro quadrado, com muitos e diversificados restaurantes, bares e cafés.

Fez-se noite e nas Ramblas ainda se fez pausa para jantar, rodeados da festa constante do lugar. “Após o jantar andámos sem parar”… desde a Cidade Velha até à “… Cidade Moderna onde nesta zona um segundo falo nos faz os olhos marcar. Depois de 10 km corridos que percorremos aguerridos, a noite acaba com discrepâncias entre Norte e Sul, Espanha e Portugal onde a malta birrenta já tudo leva a mal”.*

*in CoaBreca

A chegada a Barcelona

A chegada a Barcelona já se fez muito tarde e fomos direito à zona onde pertendíamos dormir, no Maremagnum, isto é junto ao porto de Barcelona. Embora a esperada AA já estivesse desactivada, foi ali mesmo que pernoitamos uma vez que não fomos impedidos por ninguém, talvez por a hora já ser tardia.

O parque de estacionamento era muito usado pela polícia e foi interessante sentir por dentro a noite barcelonesa, o actuar constante da polícia, com a apreensão de carros e até observar algumas detenções. Como é óbvio, o lugar não nos pareceu dos mais seguros para uma pernoita, mas com tanta polícia ali à volta deixámo-nos ficar.

O mais desagradável estava para vir! Por volta das 6h30 da madrugada, os polícias acharam que já tínhamos dormido o suficiente e resolveram acordar-nos para que dali saíssemos.

Com a autocaravana em andamento foi difícil encontrar lugar para a continuação do merecido descanso, até que o GPS resolveu proporcionar-nos o auxilio há muito esperado e lá nos levou para uma AA, junto ao Fórum na Cidade Nova, sem grandes condições, sem sombras e apinhado de autocaravanas, não fosse o ar condicionado e não poderíamos continuar o descanso.

Uma vez mais em Barcelona, queríamos desta vez sentir o autêntico, o original, a Barcelona profunda... Não queríamos desta vez ir a museus, mas sentir a cidade no seu todo, como se fossemos seus cidadãos. Queríamos sentir aquilo que se não vê em fotografias ou filmes, uma vez que estes não reproduzem a grandiosidade de uma cidade como Barcelona e o que se vive na realidade em certas zonas da cidade, praças, monumentos ou ambiências...

Ter acesso a imagens e textos acerca de um local nunca é a mesma coisa que estar lá in-loco. É por isso que se viaja. Não nos podemos esquecer porém, que cidades como Barcelona se moldam rápida e oportunamente ao turismo, reconvertendo-se à imagem de um modelo vendável.
Barcelona é no entanto e sempre uma cidade de festa, de cultura, de edifícios emblemáticos de arquitectos famosos, de sol e de vida nocturna. "É um caso de paixão, Barcelona é a mais cosmopolita cidade da Península, é uma mistura de gentes e formas de estar, onde vibram mais intensamente todos os nossos sentidos." *
*Clara Macedo, in Evasões

Expo 08 - Zaragoza


“Corre-se a cidade a duas rodas pelos arcanjos jardins do Parque da Água que animaram a Exposição Internacional e lá se acaba num manancial de sensações, resultado de reprovações que nascem do abandono do potencial.” *

Em 2008 a cidade acolheu a Exposição Internacional, “a Expo'08” que decorreu entre 14 de Junho e 14 de Setembro. A importância do rio Ebro foi o principal motor do projecto, cujo conceito se fixou nas novas formas de aproveitamento da água, com o tema "Água e Desenvolvimento Sustentável".

A localização da exposição ocupa uma zona de mais de 200 hectares junto ao rio Ebro, onde 125 dos quais foram destinados ao novo Parque Metropolitano da Água.

A localização dos pavilhões destinados aos mais de 90 países participantes e que foram agrupados por zonas ecogeográficas, ainda ali estão sem utilização aparente. Podem ver-se ainda todos os edifícios colectivos, que também se encontravam fechados e sem utilização aparente.
No entanto a visita vale sempre a pena, mais que não seja pelos edifícios específicos e as construções emblemáticas como o Aquário Fluvial, a Torre da Água, um edifício com 73 metros de altura em forma de gota concebido pelo arquitecto Enrique de Teresa e o Pavilhão Ponte, concebido pela prestigiosa arquitecta iraquiana Zaha Hadid, além do Parque da Água, área verde com 1.260.000 m2, que se encontrava cheio de gente.

Depois de pedalarmos alegremente por toda a Expo e já ao final da tarde, rumamos novamente à zona centro de Zaragoza.

Como o dia estava a acabar e tínhamos muitos quilómetros ainda por percorrer, pedalámos até à autocaravana, para nos pormos a caminho de Barcelona.

*(in CoaBreca)