Visita a Roma - 1º Dia, Parte II





Quando se entra na Basílica di San Pietro, sentimos logo uma sensação de verdadeiro acolhimento, que não sabemos muito bem de onde provêm. Será do mármore rosa?

Uma coisa é certa, a Basílica di San Pietro produz uma sensação de bem-estar inexplicável, como a maioria das igrejas italianas. Tudo é belo!... O seu tecto direito e altíssimo favorece uma boa ventilação e as luzes e claridade projectadas nas obras, reflectem coloridos diversos em todo o interior e a graça fica por conta dos detalhes iluminados, dando-nos uma absoluta sensação de pisar nas nuvens.


Num dos quatro nichos redondos da basílica, pode observar-se a imagem de São Longuinho. Realizada por Gian Lorenzo Bernini entre 1633 e 1639, representa o soldado romano que segundo a lenda, teria perfurado o corpo de Cristo crucificado e recebido o milagre do sangue respingado em seus olhos, operando a cura de uma grave doença ocular.


Paramos depois diante da estátua em bronze que representa o apóstolo Pedro, que dá o nome à basílica, que se encontra sentando em seu trono, a quem alguns beijam os pés e que segura as chaves do paraíso. A caminho do altar vamos ficando impressionados com a quantidade de esculturas, ouro e bronze que vê no caminho.


Mas nada se compara ao que Gian Lorenzo Bernini criou para o altar papal, as quatro colunas que se erguem dos preciosos mosaicos em mármore do pavimento, em espiral sustentando o peso do baldaquin encimado por um globo e uma cruz e construída com cerca de 60 mil quilos de bronze.


Mas se quisermos fortes emoções, não há como visitar as criptas, ricas em obras de arte provenientes da antiga basílica e onde se encontram os túmulos de papas e líderes religiosos, como o corpo exposto aos fiéis do Papa João XXIII, e o túmulo do próprio São Pedro, bem como numerosas tumbas de Papas entre os quais João Paolo II.


A visita desta feita, culminou com uma visita detalhada à Piazza di San Pietro (Praça de São Pedro), também uma obra de João Lourenço Bernini, concluída em 1661.


Bernini projectou a grande praça cercada por duas colunatas semicirculares cobertas, apoiadas em fileiras de quatro colunas sob a arcada. Ele planejou as arcadas flanqueando o imenso espaço oval como se fossem os braços maternais da Igreja acolhendo os peregrinos na Basílica di San Pietro.


Quatro enormes colunas emolduram a entrada trapezoidal para a Basílica e a grande área elíptica que a precede. O eixo da elipse, paralela à fachada da basílica, cria uma pausa na sequência de movimentos para a frente, que é característica de uma abordagem barroco monumental.


As colunatas definem a praça. O centro da elíptica da praça, contrasta com a entrada trapezoidal, que envolve o visitante como "braços maternais da igreja-mãe", na expressão de Bernini.


No lado sul, as colunatas definem e formalizam o espaço, com os jardins Barberini continuando a crescer para um horizonte de pinheiros mansos. No lado norte, uma grande variedade de outros edifícios do Vaticano e os andares superiores do Palácio do Vaticano.


No centro da elipse formada pelas colunatas, está um enorme obelisco egípcio de granito vermelho, com 25,5 metros de altura, apoiado sobre leões de bronze. Foi originalmente construído em Heliópolis, por um faraó desconhecido da quinta dinastia do Egipto.


O imperador Augusto tinha-o levado para o Fórum de Julian em Alexandria, onde permaneceu até o ano 37 d.C, quando Calígula ordenou a demolição do fórum, sendo o obelisco transferido para Roma.


Fonte: http://www.guideroma.com/ / http://turismo.ig.com.br/destinos_internacionais / Wikipédia

Visita a Roma - 1º Dia, Parte I

A chegada a Roma ao cair da noite, levou-nos logo para o parque de campismo Flaminio Village, um dos parques melhor situados da cidade, com transporte ferroviário e rodoviário praticamente à porta (GPS 41 ° 57 '22 24''N 12 ° 28 '56''E 0,63).

Situado dentro da zona urbana, o parque está localizado ao norte de Roma, na Via Flaminia Nuova, dentro do anel rodoviário e perto do novo Auditório Parco della Musica e do Foro Italico Ponte Milvio. É um parque de 4 estrelas, com excelentes condições, oferecendo o sossego necessário ao descanso após as visitas à cidade.

Pretendíamos ficar em Roma 5 dias, para conhecer bem a cidade, sendo o primeiro deles dedicado ao descanso no parque de campismo, fazendo piscina.

Só no segundo dia descemos à cidade de Roma. Saímos do parque de campismo após o almoço e rumamos à cidade de comboio, a partir da Stazione Due Ponti, situada a cerca de 300 metros para Norte da entrada do parque de campismo.


O comboio leva-nos até à principal estação de comboios em Roma, a Stazione Termini, localizada no coração de Roma com o Metro mesmo ali junto à porta da estação, na Piazza dei Cinquecento, que nos leva a qualquer zona da cidade.

A visita à cidade foi iniciada pelo Vaticano, mais precisamente à Basílica de San Pietro e à grandiosa, Piazza di San Pietro.

Iniciamos com a visita da Basílica de San Pietro, a maior basílica do mundo cuja superfície supera os 15.000 metros quadrados. É uma basílica imponente e belíssima e foram necessários mais de cem anos, para erguer o edifício, que foi pensado e adornado por importantes nomes da Renascença, como Michelangelo, Rafael e Giacomo della Porta.

Tem uma carga histórica enorme, uma vez que foi construída no mesmo lugar de uma antiga igreja erguida em 319, por ordem do Imperador Constantino e sobre o túmulo do apóstolo S. Pedro.
Quando se entra na Cidade do Vaticano logo se observa a cúpula da Basílica de São Pedro, pois tem 42 metros de diâmetro e está a 132 metros de altura. Foi projectada por Michelangelo que, infelizmente, não conseguiu terminar a sua maior obra e após a sua morte Giacomo della Porta deu continuidade ao trabalho com mínimas modificações do desenho original proposto pelo antecessor.

Logo que se entra na Basílica de São Pedro, vê-se logo do lado direito uma multidão tentando tirar fotos de vários ângulos, em frente de uma das mais belas obras de Michelangelo: A Pieta, uma belíssima escultura em alabastro representando a Virgem, que segura Jesus morto nos braços. Com 174 centímetros de altura, a escultura em mármore branco, impressiona pela perfeição e pela mensagem, absolutamente comovente. A perfeição é tanta, que qualquer um fica realmente espantado, em especial se não esquecermos que o autor tinha apenas 23 anos quando realizou a obra.

Fonte: http://turismo.ig.com.br/destinos internacionais / http://www.guideroma.com


“Penso, logo existo”

Descartes


A preguiça de pensar, a falta de educação e as carências socioeconómicas, são os 3 factores que estão intimamente associados ao auto-engano. Entenda-se por "educação" aqui a educação convencional, que deveria ser oferecida pelas escolas públicas, nas quais deveria ser (mas não é) formada a imensa maioria da população.

Não é necessária uma detalhada pesquisa estatística para afirmar que existe no ser humano, genericamente considerado, uma tendência ao comodismo e uma aversão à introspecção e ao pensamento crítico. São poucos aqueles que se dedicam a questionar a própria existência, o grupo, a sociedade e o mundo em que estão inseridos. Larga parcela da população acha que fazer isso é pura perda de tempo e que os filósofos são pessoas que não têm nada melhor para fazer ou então têm tempo de sobra para investigar essas coisas.

É claro que milhões de pessoas, têm que garantir a sua sobrevivência e a da sua família e, ainda que quisessem, não encontram tempo nem disposição para uma autocrítica, para a análise da sua situação socioeconómica, e muito menos para agir visando modificar a situação.

Por outro lado, muitas pessoas mais afortunadas tiveram acesso a uma educação de qualidade e vivem em boas condições, mas mesmo assim se recusam a pensar, da mesma maneira que há outros que não tiveram nada disso e se tornam grandes pensadores, mas essas são excepções que, a meu ver, apenas confirmam a regra.

Infelizmente e juntamente com todos estes, também há muita gente ingénua ou incauta, que facilmente se deixa manipular por pessoas sem escrúpulos. Pessoas que querem melhorar a todo o custo o seu nível social, e aí são capazes de comportamentos aberrantes, acreditando com a maior facilidade em tudo o que se lhes conta, nunca se questionando sobre a real veracidade dos factos, pois a possibilidade de prosperidade rápida e sem esforço lhes é muito querida.

Finalizando, aqui ficam para quem as quiser tomar como suas, as quatro regras básicas para se chegar ao real conhecimento, de René Descartes, filósofo e matemático francês, considerado o fundador da Filosofia Moderna:

1. Nada é verdadeiro até ser conhecido como tal.

2. Os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente.

3. As considerações devem partir do mais simples para o mais complexo.

4. O processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido.

Faço votos para que nunca abdiquem de pensar, de preferência usando as próprias cabeças. Mas aviso desde já que pensar dá trabalho. Ser acéfalo é MUITO mais fácil, mas bastante menos divertido.
Fonte: http://bvespirita.com/Auto-Engano / Gianetti, Eduardo;" Auto-Engano" / http://pt.conscienciopedia.org

O auto-engano e o comportamento de manada

O auto-engano pode ainda ser muitas vezes colectivo. Diante de algo que se ouça dizer sobre um facto ou pessoa que não se conhece, a maioria dos indivíduos têm desde logo uma aceitação rápida, em especial se lhes agradar a história, mesmo que saibam à partida que o facto pode não ser verdadeiro, pois sabem não o ter testemunhado.

Assim o auto-engano começa desde logo a operar-se no indivíduo e este, no sentido de amenizar o seu sentido de culpa, busca no grupo uma espécie de "confirmação" do seu comportamento de auto-engano, ou seja, ele não quer que o grupo confirme as suas suspeitas de que está enganado, mas procura no grupo a fuga à verdade, só querendo acreditar naquilo que vai no sentido da confirmação daquilo que quer.

Mesmo que o seu inconsciente lhe pergunte: "será que mais ninguém percebeu a barbaridade que eu acabei de ouvir?". Diante da resposta negativa, suas emoções obtêm um alívio, mais que não seja temporário, e ele sente que pertencendo a um grupo, com os mesmos desejos e sem se dar conta, que muitos dos outros se fizeram a mesma pergunta a essa questão íntima, e todos preferiram o conforto ilusório de uma manada que seguirá incondicionalmente o seu "líder" e todos se atirarão no abismo, se preciso for.
(Continua)
Fonte: http://bvespirita.com/Auto-Engano / Gianetti, Eduardo;" Auto-Engano" / http://pt.conscienciopedia.org

O poder do auto-engano

“O auto-engano é o engano de si mesmo caracterizado pela crença em coisas obviamente falsas especialmente ao falar, ao fazer e ao pensar com respeito à própria pessoa, podendo ser inconsciente (não-intencional) ou consciente (intencional), explicável pela interferência de elementos subjectivos como a autocorrecção, o desejo, a paixão, o temor e o ganho secundário”.
O ser humano parece ter uma séria tendência ao auto-engano. Cada um de nós pode ver isso presente em nossas vidas fazendo um exercício muito simples: basta lembrar de um episódio trágico ou doloroso que aconteceu há muitos anos. Todos nós já sentimos que a lembrança do passado não dói tanto como efectivamente doeu à época dos factos.

Pois é, a nossa memória trata de "dourar a pílula" e ir pouco a pouco amenizando os factos, bem como a encontrar algum lado positivo, por mínimo que seja, relativamente ao que aconteceu no passado. Há assim um misterioso processo de relativização das coisas, tornando tudo um pouco mais compreensível e aceitável.

Os estudiosos da mente humana já nos alertaram muitas vezes para a perigosa armadilha do auto-engano, que ocorre em maior ou menor grau com todos nós. Da profunda sabedoria dos ditos populares aprendemos que “o pior cego é o que não quer ver”.

Esta realidade parece estar directamente relacionada com o nosso autónomo instinto de sobrevivência. Seria muito difícil encarar a vida como ela é, e os factos como eles são, nus e crus, de maneira seca e hiper-realista.

Por isso, o auto-engano é algo tão poderoso que as pessoas se acostumam de tal maneira a ele, que fogem da verdade o mais que poderem, evitando a todo o custo enfrentar a realidade.

Como diz Eduardo Gianetti em seu livro "Auto-Engano", "…nada é o que parece: assim como o homem primitivo viveu num mundo de sonho em relação aos fenómenos da natureza, também nós ainda vivemos num mundo de sonho em relação a nós mesmos e pouco ou nada sabemos sobre as causas verdadeiras de nossas acções na vida prática."
(Continua)

Fonte: http://bvespirita.com/Auto-Engano / Gianetti, Eduardo;" Auto-Engano" / http://pt.conscienciopedia.org