De São João da Pesqueira a Torre de Moncorvo - 6º Dia - Parte II




Após a visita à zona histórica de São João da Pesqueira e à compra do vinho do Porto, seguimos caminho, desta feita para que fosse realizada a última etapa rumo a casa, com paragem em Torre de Moncorvo, antes da estirada final.

A pequena vila de São João da Pesqueira não é rica apenas em património, mas também em paisagem natural, uma vez que a paisagem envolvente é de grande beleza, ficando situada nas proximidades do rio Douro e entre terras recortadas por montes xistosos onde casas típicas rurais e senhoriais se entrançam, rodeadas por socalcos de vinhas, amendoeiras, laranjais e olivais.

O azeite e a amêndoa constituem como é óbvio também uma parte importante da produção agrícola de S. João da Pesqueira, além da produção vinícola.

Durante os meses de fevereiro e março as amendoeiras em flor alegram os invernos, proporcionam um espetáculo de cores que se estende pelos montes e vales e a paisagem envolvente adquire tons mais claros, transmitindo uma sensação de paz, deslumbrando qualquer pessoa que por ali passe.

No caminho pela estrada fora, o espetáculo das amendoeiras em flor repete-se e acompanha-nos até Torre de Moncorvo e desta já a caminho de casa, por uma boa parte do caminho.

Moncorvo começa a perceber-se nas curvas apertadas impostas pelos relevos próximos à Serra do Reboredo. O casario, primeiro disperso, junta-se num aglomerado aconchegado nos contrafortes da serra. Há uma nota de modernidade em Torre de Moncorvo que contrasta com a paisagem intemporal. Não é, contudo, a Moncorvo da arquitetura contemporânea que nos instiga à visita. Queremos ir ao encontro de outras realidades; da terra das lendas, como a do lavrador Mendo e do seu tesouro guardado na torre.

A chegada a Torre de Moncorvo por volta das quatro horas da tarde e num domingo de Páscoa, encontrou a vila quase adormecida por uma “sesta” prolongada.

Torre de Moncorvo é uma pacata e linda vila situada já no sul do Nordeste Transmontano, perto da fronteira com Espanha, na confluência dos rios Sabor e Douro, onde se faz a famosa confeitaria manual das “amêndoas cobertas”, um dos ex-libris da região.

Torre de Moncorvo teria nascido a partir de uma remota vila da Alta Idade Média, que em antigos documentos vem designada Vila Velha de Santa Cruz da Vilariça, que ficava situada no topo da margem direita do rio Sabor e nas proximidades do núcleo de vida pré-histórica do Baldoeiro.

Segundo a lenda, viveu naquela região, há alguns séculos, um homem chamado Mendo ou Mem, que contava uma história onde entrava um corvo. Dizem alguns que era um nobre senhor, mas a lenda faz dele um pobre lavrador que habitava uma choupana com sua mulher, não muito longe do Monte Reboredo.

Do nome do lavrador e da história do corvo, ficaram a chamar ao monte que suporta a povoação, Torre do Mendo (ou Mem) do Corvo. Com o tempo, esquecida a história, o povo foi simplificando o nome até chamar ao local Torre de Moncorvo.

Fonte: http://www.torredemoncorvo.pt/lenda / Wikipédia.org http://www.sjpesqueira.pt/ http://www.cafeportugal.net/

Ler mais sobre a lenda de Torre de Moncorvo em: http://www.torredemoncorvo.pt/lenda

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