Mostrando postagens com marcador Carnaval 2011 - Espanha - Valencia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Carnaval 2011 - Espanha - Valencia. Mostrar todas as postagens

Visita a Mérida - Parte III

Sai-se do portão de entrada para a cerca onde se encontram o Teatro Romano e o Anfiteatro, e caminha-se pela praceta em direção do Museu de Arte Romana, que fica do lado oposto. Em frente do museu para-se um pouco, faz-se um pequeno lanche e só depois se entra. Naquele dia a entrada era gratuita e o museu encontrava-se com muitos visitantes.
O edifício de arquitetura contemporânea foi construído propositadamente para albergar as inúmeras peças expostas, é belíssimo e de uma grandiosidade espantosa, além de ser magnificamente luminoso e arejado, possuindo uma arquitetura fantástica.

O Museu Nacional de Arte Romana de Mérida, é uma obra do prestigiado arquiteto Rafael Moneo e foi inaugurado em 1986. No seu interior conserva peças da antiga civilização romana, que tantas marcas deixou na cidade. Resultantes das escavações junto ao teatro e das casas romanas, entre outros lugares. Contem lápidas funerárias, cerâmica, peças de vidro, moedas, esculturas, pinturas e lindos mosaicos. Na parte inferior do recinto desenrolam-se escavações arqueológicas.
O museu oferece uma síntese da vida numa das principais colónias da Hispânia romana, Augusta Emérita, que foi promovida posteriormente a cidade principal da Lusitânia e que com o passar do tempo, se converteu na primeira capital efetiva da Hispânia.


Alberga os achados encontrados no Conjunto Arqueológico de Mérida, que foi declarado Património Mundial pela UNESCO. A mostra é muito diversificada, sendo as mais emblemáticas os belíssimos mosaicos, as esculturas de onde se destaca o busto do Imperador Augusto, epígrafes e vários documentos, que nos dão uma visão bastante alargada de muitas facetas da vida cotidiana da colónia romana Augusta Emerita, mandada fundar por Augusto depois de um dos episódios das Guerras Cantábricas, que nos põe a par do processo de romanização da antiga Hispânia.

No final da visita ao Museu de Arte Romana, ainda demos uma volta no comboio turístico pela zona antiga da cidade, antes de regressarmos à autocaravana, para ainda naquela noite encetarmos a última etapa da viagem, a caminho de casa.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.travelinginspain.com / http://www.españaescultura.es

Visita a Mérida - Parte II

Bem perto do Anfiteatro fica o belo Teatro Romano e para lá nos encaminhamos. O Teatro, foi mandado construir pelo cônsul Marco Vipsânio Agripa e inaugurado, possivelmente, entre os anos 16 - 15 a.C..
O Teatro Romano de Mérida é mesmo em ruinas, belíssimo, sendo um lugar sempre agradável de visitar, que nos transporta com facilidade a épocas distantes, aos seus usoa e custumes e às suas praticas culturais.

É um dos teatros  romanos, mais bem preservados na Península Ibérica. A estrutura que hoje podemos observar, com revestimentos em mármore e com a frente cénica decorada por capitéis coríntios e inúmeras estátuas, não corresponde à edificação original de época augustana. Com efeito, uma inscrição inaugural que se conserva num dos lintéis do aditus maximus (porta principal do teatro) refere Marco Agripa, genro do Imperador Augusto e seu amigo, como o possível ofertante deste espaço à cidade, em 16 a.C..
É um dos mais relevantes monumentos da cidade e desde 1933 alberga o Festival de Teatro Clássico de Mérida, com o qual recupera a sua função original. Está composto por um terraço com capacidade, para 6 000 espectadores, divididos em três zonas, pela orquestra, lugar em que nas representações ocupava o coro, o palco e por último o cenário.

O Teatro sofreu várias remodelações, sendo a mais importante feita em finais do século I, possivelmente na época do Imperador Trajano, quando se levantou a atual frente do palco, e outra grande remodelação entre os anos 330-340.
Na parte de trás do teatro encontra-se o Peristilo, que tinha outrora uma sala de aula com alpendre, jardim e um altar sagrado.  Foi ali que foi encontrada a bela cabeça do Imperador Augusto, que pode ser vista no Museu Arqueológico da cidade, que iriamos visitar em seguida. A cabeça do Imperador Augusto é feita com a famosa pedra mármore de Carrara, vinda da Itália.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.travelinginspain.com/ http://globedia.com/teatro-romano-merida

Visita a Mérida - Parte I

A partida ao final da tarde de Almagro com rumo a Mérida, fez-se sob chuva miúda e estradas muito molhadas, fazendo com que a viagem decorre-se mais lenta do que se pretendia e apenas se parou para um pequeno lanche de tapas no caminho.
A chegada a Mérida pela hora de jantar foi o motivo da procura imediata de um parque de autocaravanas para a pernoita. O parque encontrado foi um enorme parque municipal, destinado a todos os veículos situado em zona sossegada, perto da zona monumental da cidade a cerca de 200 m das suas famosas ruínas romanas.
O jantar foi já a hora tardia, como gostam os “nostros hermanos”, no restaurante do Centro de Reception del Turista, situado na portaria do parque de estacionamento. O restaurante encontrava-se a abarrotar, mas a espera mereceu a pena, pois a carne servida era de excelente qualidade, muito macia e saborosa.
Na manhã seguinte, fomos direitos ao Conjunto Arqueológico de Mérida onde estão situadas a maioria das ruínas romanas de Mérida. Já várias vezes visitadas por nós, a visita às ruínas, desta feita era destinada à nossa filha que connosco viajava.
A cidade de Mérida foi fundada em 25 a.C. com o nome de Emerita Augusta, e foi durante a ocupação romana uma das mais importantes cidades da Península Ibérica e a capital da Lusitânia, da qual nós fazíamos parte (zona do rio Douro para sul de Portugal).
Assim sendo Mérida é uma cidade muito rica em vestígios romanos, possuindo vários testemunhos desse passado, tais como o teatro e o anfiteatro romanos, casas senhoriais, um circo romano, entre outros.
Dirigimo-nos ao Anfiteatro e Teatro Romanos, que estão situados ao lado um do outro, tendo sido pensados para fazerem parte de um grande complexo de entretenimento. Naquele dia, o primeiro a ser visitado por nós foi o antigo Anfiteatro Romano.
O Anfiteatro de Mérida, segundo reza a história, foi inaugurado no séc. VIII a.C.. Tem uma forma oval e uma capacidade para 14.000 pessoas. Era destinado a lutas entre gladiadores e a corridas.

O anfiteatro é composto por seis partes principais: a arena (coberta de areia), onde se davam as lutas e corridas; o local destinado às feras e aos apedrejos dos gladiadores; os corredores (passagens); a Spolania, local destinado aos gladiadores; o Podium, onde se recebiam os prémios; os corredores de entrada e saída, que eram destinados a combates de gladiadores.
O Anfiteatro é ainda composto por três anéis, um fosso e as bancadas para os espectadores, nas quais uma parte era reservada às autoridades que patrocinavam os espetáculos e outra às entidades políticas da cidade. Este monumento esteve subterrado durante centenas de anos e só há algumas décadas é que foi descoberto, embora infelizmente tivesse a parte de cima destruída.

Este anfiteatro, bem como todas as ruínas romanas de Mérida, fazem parte de um dos maiores conjuntos arqueológicos de Espanha, que foi declarado Património Mundial pela UNESCO em 1993.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.travelinginspain.com/ http://globedia.com/teatro-romano-merida

Visita a Almagro - 2º Dia - Parte VI

Pela Calle de las Dominicas encaminhamo-nos para o Caminho de Calatrava, uma das principais avenidas da cidade de Almagro e pelo caminho encontramos o bairro aristocrático com alguns palácios, que nos trás de volta os séculos mais esplêndidos da cidade.  Aqui podemos admirar muitas casas brasonadas, como El Mayorazgo de los Molina, Los Rosales, La Casa del Prior ou El Caplet de las Bernardes. Como exemplos da arquitetura palaciana de La Mancha (casas de rés-do-chão apalaçadas), existem os palácios de Maestri, dos marqueses de Torremejía ou o Palácio dos Condes de Valparaíso.

Caminha-se para este e quando se chega ao nó de estradas que se cruzam com o Caminho de Calatrava, observa-se ao longe o Convento de la Asunción de Calatrava. É um dos três conventos situados extramuros, fora do que foi o recinto amuralhado da antiga cidade de Almagro, junto do Convento de San Domingo e do Convento de Santa Catalina, todos ali situados bem perto uns dos outros.

Foi fundado pelo Comendador Gutiérrez de Padilla entre 1519 e 1544 para as religiosas da Ordem de Calatrava, sob a proteção da Virgem de la Asunción. Habitado entre 1827 e 1836, pela Ordem de Calatrava, também serviu de quartel depois da sua restauração em 1860, para voltar a ser ocupado por monges Dominicanos em finais do século.

A igreja do convento foi a primeira a ser edificada. Estruturalmente é gótica com elementos renascentistas. Destaca-se ao longe a sua torre retangular, gémea da torre da Igreja de San Domingo.

O seu claustro é a parte mais interessante do conjunto, de planta retangular com duas galerias de pórticos, com colunas jónicas toscanas. O pátio aparece circundado por sete portas e duas janelas com rica talha plateresca. A bela escada possui sólidos corrimões em pedra, trabalhados em estilo gótico.

Convento de la Asunción de Calatrava-Convento de la Asunción de CalaAli perto também se observa o Convento de Santa Catalina, que alberga hoje o Parador Nacional de Turismo. Foi habitado pelos franciscanos a partir de 1612 e o conjunto primitivo foi habilmente reconstruido. O convento foi mandado construir por Jerónimo de Ávila no séc. XVII, segundo a vontade de sua defunta mulher.

Já a caminho da autocaravana para a partida de Almagro pelo Caminho de Calatrava, observa-se num pequeno largo a Iglesia de San Blas. É ali que se encontra sediado o Museu Etnográfico, considerado o museu mais completo da região de Castilla - La Mancha. Este museu nasceu da iniciativa privada de uma família almagreña, com o fim de dar a conhecer as origens da cultura popular espanhola às gerações vindouras.
Fonte: http://www.turismocastillalamancha.com / Wikipédia.org / http://www.donmartinrural.com

Visita a Almagro - 2º Dia - Parte V

Saímos do Almacén de los Fugger (Armazém dos Fúscares) e caminhámos através da Calle Diego de Almagro na direção sul da cidade e mais à frente encontrámos a Iglesia de Madre de Dios. Esta igreja bastante simples no exterior, tem um estilo de transição entre o gótico tardio e renascentista. Tradicionalmente la leyenda la une con el recuerdo de Diego de Almagro.Tradicionalmente a lenda liga-a com a memória de Diego de Almagro.

No seu interior é uma “igreja de salão”, muito frequente em toda a região de La Mancha. As naves, amplas e luminosas, estão cobertas por abobadas cruzadas assentes em grossas colunas.

Nas grossas paredes existem altas janelas, formadas por arcos que dão à luz interior um efeito claro em oposição ao que acontece com os vitrais góticos, cuja luz fica colorida, escurecendo o interior. TLa iglesia cuenta con dos portadas barrocas en los lados norte y sur y una torre inconclusa proyectada en el siglo XVII por arquitecto Benito de Soto, vecino de Almagro.em duas portas barrocas no norte e sul e uma torre inacabada, concebida no séc. XVII pelo arquiteto Benito de Soto, um residente de Almagro.
A fachada, com grandes contrafortes, tem uma grande roseta de tijolo datado 1602 que lança uma luz crua sobre o altar. A torre, inacabada e construída no lado direito da fachada é obra de Benito de Soto, Almagro vizinho arquiteto, no séc. XVII.

Esta igreja está localizada no que foi o Hospital de Nossa Senhora, em lotes comprados pela cidade em 1546. Foi uma igreja construída a partir de 1543, graças à ajuda do conquistador Diego de Almagro, com trabalhos liderados por Enrique Egas, o Jovem, mas só foi terminada em 1602, por razões económicas, como está indicado no escudo da fachada.
Ao lado estendem-se os recentemente reaproveitados edifícios do antigo Hospital de S. João de Deus. Este edifício do séc. XVII, era composto outrora por diversas unidades que abrigavam um hospital e convento, que teve grande utilização e desenvolvimento significativo, durante os séculos XVII e XVIII.

Hoje é o Teatro Hospital de S. João de Deus, um espaço renovado para a sua nova função teatral, com um moderno palco ao ar livre, recentemente construído com todos os requisitos técnicos mais modernos, onde normalmente atua a Companhia de Teatro Nacional.
Caminha-se por larga e longa estrada empedrada (Calle Diego de Almagro), com casas baixas caiadas de branco e mais à frente, do lado esquerdo, lança-nos um olhar convidativo, o antigo Convento de la Encarnación. Era um mosteiro que servia de abrigo a mulheres da Ordem Dominicana, viúvas e irmãs ou familiares dos cavaleiros da Ordem de Calatrava.

A sua igreja destaca-se como um elemento importante da arquitetura de Almagro. O seu interior em cruz latina, tem muitos traços maneiristas, acentuados na abside, que é coberta por uma enorme vieira.

A nave é dividida em duas partes e é coberta por uma abóbada de berço com arcos transversais e lunetas. Na primeira seção é decorada com o brasão da Ordem de Calatrava, onde aparece a data de 1597. Las capillas de poca profundidad, se abren entre las pilastras toscanas que componen el muroAs capelas laterais rasas, estão abertas entre as colunas toscanas que compõem a parede. O cruzeiro destaca as telas com pinturas com San Juan Bautista, San Juan Evangelista, San Diego e San José.

La nave dividida en dos tramos, se cubre por bóveda de cañón con arcos fajones y lunetos; el primer tramo se decora con el escudo de la Orden y debajo aparece la fecha de 1597, fecha d edinalización de la Iglesia.Del exterior merece la pena destacar la portada de accO segundo corpo da igreja foi construído no séc. XVIII, quando o Conde de Valdeparaíso foi nomeado padroeiro do Convento, doando dinheiro para a reparação da igreja e construção de um novo altar-mor, que está decorado com o belo casaco usado pelos Condes de Valdeparaíso.

Visita a Almagro - 2º Dia - Parte IV

Uma vez mais na Plaza Mayor de Almagro, depois da visita ao Corral de Comedias, fomos até ao edifício do Ayuntamento, onde no rés-do-chão fica situada a Oficina de Turismo da cidade, para recolhermos mais informações sobre os pontos a visitar.
O belo edifício da Câmara Municipal oferece uma elegante fachada de pedra de cantaria, com três portas e janelas gradeadas no piso térreo, com uma varanda principal com cinco aberturas com vergas, tendo ao centro um grande escudo com as armas antigas da cidade, onde não falta a cruz da Ordem de Calatrava. No canto esquerdo, o edifício apresenta uma pequena torre com um relógio e um sino, datada de 1798, que veio do antigo Convento de Santa Catalina de frades franciscanos.
Segundo informação recolhida no turismo, a cidade tinha um castelo mouro, a que chamavam Almagrib, que estava levantado num dos caminhos que iam de Toledo a Córdoba.  E Almagreb era um nome que se referia à argila vermelha característica da área, a cor de Almagro. O ocre é ainda hoje usado para pintar a madeira das suas casas e está presente na coloração da Plaza Mayor e outros edifícios municipais da cidade.
A Plaza Mayor de Almagro está no mesmo local da antiga praça medieval, que passou por uma transformação notável durante o séc. XVI e foi em grande parte construída sob a responsabilidade da família Fugger, os banqueiros de Carlos V de Habsburgo. Dessa época são também os seus edifícios com balcões de cor verde, com arcos de inspiração flamenca suportados por colunas toscanas e feitos à imagem da Europa Central. Por baixo dos pórticos existem bares e lojas de artesanato.
Los Függer (ricos banqueros flamencos traídos por Carlos I) la hicieron a imagen y semejanza de las del centro de Europa.É um lugar com muitas reminiscências de outra época e de uma outra maneira de entender a vida, com lojas já difíceis de se encontrar, onde os artesãos locais nos abrem as portas, com as rendas delicadas, cestaria e produtos regionais, como as suas famosas berenjenas de Almagro (beringelas em calda), que resultam do trabalho realizado desde tempos imemoriais, de homens e mulheres almagreños.
A partir da Câmara Municipal, segue-se à esquerda, pela Calle San Agustín e logo se esbarra na Iglesia de San Agustín, que já se fazia notar à distância, pelas suas duas torres observadas da Plaza Mayor.

A igreja é um edifício barroco do séc. XVIII, encomendada em 1625 emandada construir, como muitos outros em Espanha, por um mandado testamentário de uma família, a família Figueroa. Foi terminada em 1719 e é uma obra-prima do barroco provincial e outrora pertencia a um convento de frades agostinianos já desaparecido. Encontra-se situada no lugar onde outrora se encontrava o palácio da família Fugger. Por se encontrar fechada no momento da nossa visita não pudemos visitá-la por dentro.
Caminha-se para oeste e mais à frente na mesma rua encontramos do lado direito o Teatro Municipal de Almagro, com uma belíssima fachada branca e ocre. Situado a uma curta caminhada da praça central desta cidade encantadora é um teatro/ópera que tem uma agenda movimentada durante todo o ano.
O Teatro Municipal foi construído em 1863 pelo arquiteto Cyril Rod e Soria, que tentou resumir na sua fachada a aparência e ornamentação própria dos valores da burguesia do século XIX. A sua fachada branca e ocre é neoclássica, com três arcos ladeados por duas portas de serviço e duas janelas e possuindo nichos com esculturas. No seu interior o teatro pode acomodar 530 pessoas.
Pela Calle Encomienda, voltamos para a esquerda e segue-se pela Calle Diego de Almagro, a caminho do Almacén de los Fugger (Armazém dos Fúscares), do séc. XVI. No caminho encontra-se também o edifício da Biblioteca Pública Municipal Manoelita Espinosa e um pouco mais à frente aparece-nos o famoso Armacén de los Fugger, um edifício de cor ocre.
O Almacén de los Fugger é realmente um antigo armazém construído no século XVI pelos Fugger, uma família de banqueiros, ou para gerenciar e armazenar o mercúrio das Minas de Almaden e cereais. A fachada é de tijolo burro de barro vermelho e é um edifício rústico observado do lado de fora. No interior, está organizado em torno de um pátio quadrado com galerias da Renascença e arcadas de tijolo apoiadas em colunas de calcário.
O pátio, foi originalmente construído para ser uma espécie de hall de entrada com escadaria para o primeiro andar. É composto de belas arcadas apoiadas em colunas. Após a partida dos Fugger, no final do século XVIII, teve diversas utilizações, sendo adquirido pelo Ayuntamento em 1984. Hoje abriga a Universidade Popular de Almagro e é uma das áreas cénicas do Festival Internacional de Teatro Clássico da cidade.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.turismocastillalamancha.com / http://www.turismoalmagro.com/monumentos_sanagustin.htm

Visita a Almagro - 2º Dia - Parte III

A Plaza Mayor de Almagro ainda tinha algo para nos revelar, e por isso nos dirigimos ao Corral de Comedias, que é o lugar mais emblemático da cidade.
En uno de los flancos de la Plaza Mayor se encuentra el famoso Corral de Comedia , único en su género en todo el mundo, declarado Monumento eO Corral de Comedias fica situado mais ou menos ao centro, num dos lados da Plaza Mayor e foi para lá que nos dirigimos. Ninguém sabe a data exata da sua construção, mas o seu tipo corresponde ao séc. XVI ou início do séc. XVII, sendo o único teatro da época que mantém a sua estrutura original, provavelmente porque a cidade o continuou a usar e conservar ao longo dos tempos.

Foi declarado Monumento Nacional em 4 de março de 1955, e lá dentro podemos desfrutar de uma ambiência única, sendo um lugar aos olhos de quem o visita, verdadeiramente mágico. As suas galerias, palco e camarins podem ser visitados e, em cada ano é ali que decorre o Festival Internacional de Teatro Clássico.
Nos dias de hoje, a cidade está fora das rotas turísticas, pois as vias rápidas estão afastadas da cidade, no entanto a fama da cidade persiste, muito devido à existência deste Corral de Comedias, que rMoreeproduz nos nossos dias, todo o esplendor de um teatro usado a partir do séc. XVI até ao séc. XVII - a idade de ouro do teatro espanhol.
O teatro é composto por um pátio que serve de plateia, cercado por 54 metros lineares de arquibancadas de madeira de cor ocre, a cor da argila avermelhada que dá nome à cidade de Almagro. Tem dois andares de balcões à volta do pátio, tendo o último andar ganchos para colocar um toldo que protege os espectadores durante as horas do dia. Das varandas das arquibancadas pendem castiçais para velas ou lamparinas, que outroram iluminavam o local à noite. No pátio há um poço localizado à entrada do lado direito, que fornecia água aos espectadores.
Entre a porta da frente e o palco, estende-se o seu pátio, como uma sala pavimentada, com pequenas pedras roladas, vestindo o pórtico da Cruz de Calatrava.

Fonte: http://www.turismocastillalamancha.com/ Wikipédia.org

Visita a Almagro - 2º Dia - Parte II

Depois do almoço, caminhámos para a Plaza Mayor de Almagro, uma vez que queríamos visitar o Corral de las Comedias, o antigo teatro da cidade, que ali fica situado.
A chegada à Plaza Mayor de Almagro foi um momento que gosto de recordar, pois é uma praça de grande beleza e diferente de todas as já visitadas. É uma praça retangular, mas irregular, limitada por duas fileiras de edifícios com varandas fechadas com janelas de cor verde. Por baixo das varandas fechadas, correm arcadas de colunas toscanas em pedra, que formam duas galerias paralelas abertas para o exterior, que a tornam única em Espanha.

Estas galerías servían de tribunas para actos públicos, festivos y religiosos, como las famosas corridas de toros que se realizaron hasta 1785, en que fueron prohibidEstas galerias serviram como fóruns para eventos públicos e feriados religiosos, como as touradas famosas que ali foram realizadas até 1785, quando foram proibidas por Carlos III. A ellas se accedía por dos escaleras situadas en la Calle del Toril y en el Callejón del Villar , y por algunas pequeñas puertas de los soportales. Os Pórticos ou Los soportales se sustentan con 81 columnas de piedra con clásicas zapatas de madera, muchas de ellas con capiteles sobrealzados por cuñas de madera para paliar los desniveles del arquitrabe respecto al suelo.arcadas são suportados por 81 colunas de pedra, com clássicas sapatas de madeira, muitas delas com capitais sobrexaltados por cunhas de madeira para atenuar o desnível da arquitrave acima do solo.
Por baixo das arcadas podemos visitar muitas lojas de artesanato diverso, como os famosos bordados de bilrros (rendas de bilrros), produtos da região como queijos, presuntos, alcachofras em calda, cestaria variada...

Numa das extremidades da Plaza Mayor encontra-se uma estátua equestre de Diego de Almagro, o Conquistador. É um monumento de 1955, que fCerrando la plaza, el Ayuntamiento y un pequeño jardín dedicado al conquistador Diego de Almagro.echa a praça, no meio de um jardim tipo tropical, enquanto no outro extremo da praça um pequeno jardim mais europeu se destaca em frente do antigo edifício do Ayuntamento, a Câmara Municipal.
Quando cheguei ao pé da estátua equestre de Diego de Almagro, algo nela me fez recordar outra (quer pelos trajes, quer pelo porte do cavaleiro), que há algum tempo atrás tinha visto em Turjillo, de Francisco Pizarro, outro conquistador espanhol. Quando pesquisei sobre o assunto, tive a agradável surpresa de descobrir que os dois cavaleiros tinham sido companheiros de armas e que ambos tinham partido para a descoberta do Novo Mundo, nas Américas.

Diego de Almagro nasceu em cerca de 1475, em Almagro, e morreu a 8 de julho de 1538, em Cuzco, no Peru. A sua infância foi passada em Almagro, que lhe deu o sobrenome.
Depois de servir o exército espanhol, partiu para a América em busca de fortuna. Juntamente com o seu amigo e companheiro Francisco Pizarro, de Turjillo, conquistou o Peru. Durante a conquista foi responsabilizado pela morte do líder local, o inca Atahualpa. Depois de ultrapassar esta acusação, em 1534, seria nesse mesmo ano nomeado governador do Peru meridional.

No ano seguinte tentou de novo a sua sorte mas, desta vez, mais a sul, no Chile. Após uma viagem até ao vale do Aconcágua, regressou ao Peru, deparando-se com um país revoltado contra o poderio sangrento dos espanhóis. A grande cidade de Cuzco, estava ocupada pelos espanhóis, e era administrada pelo seu antigo companheiro de armas Francisco Pizarro. Perante a situação, Diego de Almagro acabaria por lutar contra o seu antigo amigo em Las Salinas, a 6 de abril de 1542, tendo alcançado uma importante vitória.
Uma vez derrotado, Francisco Pizarro, num ataque de fúria, fez de Almagro seu prisioneiro. Sigilosamente deu mesmo ordens para que o estrangulassem na prisão, e depois o decapitassem em público.

O filho do malogrado conquistador, também Diego Almagro, o Moço, nasceu em 1520, fruto de uma relação com uma peruana, e também morreu em Cuzco, a 16 de setembro de 1542. Tal como o pai, foi um lutador e também um injustiçado. Vingou a morte do pai, matando Francisco Pizarro em 1541. A 16 de setembro de 1542, no combate de Chupas, foi executado juntamente com quarenta companheiros, a mando de D. Cristóvão Vaca de Castro.

Fonte: http://www.infopedia.pt/ Wikipédia.org / http://www.turismocastillalamancha.com/ http://losmasgrandesdelahistoria.blogspot.pt/2008_07_01_archive.html

Visita a Almagro - 2º Dia - Parte I

O dia acordou chuvoso na manhã seguinte à chegada a Almagro. Da pequena janela da autocaravana, olhou-se uma janela atrevida da igreja da Antiga Universidade de Almagro. Uma chuva inclemente não deixava de cair e só após o pequeno-almoço tardio, é que amainou.
Partimos a pé em direção ao centro da cidade, embalados pela frente fria. Apertei o casaco para aconchegar o peito, enquanto os passos ecoavam na calçada. O forte cheiro a terra molhada exalava por toda a rua, enquanto o olhar caia sobre as brancas casas de rés-do-chão e primeiro andar, com varandas e janelas protegidas por grades em ferro forjado, que durante a caminhada nos acompanhavam de ambos os lados.

Nas imediações, em ruelas perpendiculares à Calle San Bartolomé a arquitetura mantem-se sem alteração. Ao fundo da rua encontra-se o Antigo Colégio da Companhia de Jesus e a Igreja de San Bartolomé, em calcário, que se impõe ao fundo.
É ali que encontramos o pequeno largo de San Bartolomé, que se encontra um antigo edifício onde outrora esteve sediada a Antiga Universidade Renascentista de Almagro (séc. XVI). À sua frente no centro da praceta, destaca-se o busto de Fernando Fernández de Córdoba y Mendoza, o mestre da Ordem de Calatrava e fundador da mesma Universidade.

Em frente, do lado esquerdo do largo de San Bartolomé, encontra-se o Antigo Colégio da Companhia de Jesus, que hoje abriga a Escola Municipal de Música e Dança Pablo Colina Colado.
Mais à frente por um túnel, entramos no edifício do Mercado de Almagro. Era já perto do meio-dia, mas o movimento no mercado ainda era grande. Lá dentro a azáfama normal, onde se sentia de bem de perto, o pulsar próprio de uma sociedade provinciana, própria de uma pequena cidade onde todos se conhecem.
O Mercado de Almagro embora pequeno, possui um minimercado e muitas bancas com fruta, legumes, peixe, carne e charcutaria muito variada, como é normal em qualquer mercado espanhol. Foi ali que comprámos, numa banca com comida pré-feita, alguns petiscos para o almoço na autocaravana.
Na mesma rua por onde se entra para o Mercado de Almagro, está situado o edifício onde se encontra sediado o Museu do TeatroO edifício foi outrora o Palácio dos Mestres e fica localizado no lado norte da Plaza Mayor de Almagro. Foi construído no meio da Idade Média como residência para os monges e leigos cavaleiros da Ordem de Calatrava e sede do Grão-Mestre.

No séc. XVI passou a ser a residencia do Governador de Almagro e no séc. XVIII foi quartel de cavalaria. Em 1802, parte do palácio foi convertido para o novo convento, o Mosteiro da Ordem de Calatrava, até 1816. Mais tarde, o edifício passou para mãos privadas e foi desmantelado.

Originalmente conhecido por Palácio Maestral  é composto por um complexo de edifícios para diferentes funções: residência conventual, sede política e centro administrativo do grande Mestre de Calatrava.

Após a aquisição do edifício pela Câmara Municipal de Almagro, o Palácio dos Mestres ficou a sediar o Museu Nacional do Teatro em 1994. O novo museu ocupa uma grande área e está distribuído em salas de exposição em três andares, biblioteca, cave e lojas, escritórios no piso superior e uma torre, e finalmente possui um claustro mudéjar onde se fazem exposições temporárias e outras actividades.  
Depois o retorna à autocaravana. Após o almoço, o café no bar típico do toureiro de Almagro, situado na Ronda de San Domingo, em frente da Igreja da Antiga Universidade, onde se dormiu na noite de chegada à cidade.