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A Inveja

 
"1. «A inveja é um mecanismo de defesa que pomos em atuação quando nos sentimos diminuídos no confronto com alguém, com aquilo que tem, com o que conseguiu fazer. É uma tentativa desajeitada de recuperar a confiança, a estima de nós próprios, minimizando o outro, escreveu FRANCESCO ALBERONI, no seu “Os Invejosos”.

2. Na inveja há um confronto, subsequente a uma necessidade interior de defesa e resposta, com deformação ética. Um confronto interior com terrível dispêndio de energias. É que, afinal, o terreno onde germina a inveja parece ser o mesmo onde germina a competitividade; mas, depois, tudo se tolda: o invejoso perde-se e perde dentro da sujidade da inveja, desviando a energia positiva da competição para o pântano confuso e trapalhão da cólera, do ódio, da tristeza ou da renúncia interiores, iluminado pela frustração e pela mesquinhez disfarçada de distância. No entanto, esta artificial distância do invejoso em relação ao invejado enfrenta uma contradição insanável: a necessidade de julgar o outro. É que quando o invejoso julga, ele está a evitar a auto-humilhação da inveja, pois nesse momento ela é um recuo estratégico para fugir à evidência que o corrói; e o invejado é, à vista do invejoso, melhor do que ele. Mas, uma vez mais, o invejoso falha: o seu próprio veneno, com que agride, sufoca e intoxica o outro (o invejado, o ambiente), esse veneno também o miserabilisa mais cedo ou mais tarde, porque o invejoso também vai respirar o ódio ou a troça com que agride os outro. É que, mais cedo ou mais tarde, a condenação social descobre o invejoso (aquele que involuntariamente se sente menos) e, por isso, se vicia num ódio intermitente, num zombar ou numa distância artificiais em relação às vítimas da sua inveja, com a consciência do mal que quer fazer ao outro quando a “paixão” da inveja o atinge; é isto o que, afinal, define o invejoso. A inveja é, assim, um mal que o invejoso sente que recebeu, mas que ninguém lhe fez, em que a experiência interna do invejoso não se coordena bem com o juízo moral da sociedade sobre as virtualidades das comparações, donde brota a inveja competitiva, ou depressiva, ou obsessiva, ou maldosa, ou avarenta ou iniciadora.



3. Na inveja, o invejoso revela a sua covardia interior. Ele foge às regras sociais da sã competição. Não quer “jogar” social e lealmente. Como se sente diminuído, convence-se de que naquela arena irá sofrer; então, cria uma arena artificial, a sua, para onde procura transportar outros, de forma a se sentir “social” e moralmente “normal”: aí odeia, zomba, “despreza”, finge que não vê ou que não ouve, tenta fugir ao invejado, àquele que ele pensa ser a causa da sua diminuição, que, afinal, é autoinfligida por uma mente primitiva.


4. Mas, a inveja também é parente da admiração pelo invejado? É na medida em que o invejoso luta contra a vitalidade, a força do invejado. Este, de que o invejoso não faz parte, representa um eu separado, distante, intangível para o invejoso. Este descobriu que também ele tem de conquistar; e é neste momento que algo no invejoso o impele à energia descendente da inveja e não à força ascendente do respeito ou da admiração pelos outros. E isto é assim por quê? Porque o invejoso não quer ser como o invejado. Ele quer os resultados e o poder deste, seja a realização pessoal ou profissional, a autossatisfação, a força ascendente, próxima da noção de energia vital de que tantos filósofos do século XIX e XX falaram. Nada mais! Na inveja existe uma desarmonia entre a vida e a vontade nobre de poder. O invejoso não quer ser como o invejado, ele quer antes acabar com o seu sofrimento interior de diferença em relação ao outro que ele vê como diferente e bem-sucedido; o outro, que o invejoso, no fundo, sabe que vale mais; mas que não pode compreender, porque não o vê bem, já que a cegueira do invejoso só lhe dá luz sobre si mesmo e não sobre a humanidade do objeto da sua inveja. O invejoso desconhece o ser do invejado. E é por isso que não suporta ouvir falar ou ver o ser invejado. Daí que: «A inveja não procura, afirma. Não escuta, murmura. Não vai para o objeto, diferencia-se dele, atira-o para longe como que ofuscada pelo esplendor que entreviu e pelo qual foi perturbada. É esta a transfiguração invejosa». A negação das coisas e dos atos do invejado pelo invejoso existe, como tal, quando não há ameaça à fé, mas sim ao valor pessoal que o invejoso dá a si próprio, de molde a que nada possa ou consiga aprender com o invejado. E este pobre quadro floresce se a sociedade não estiver bem organizada coletivamente, assente em valores ascendentes e fortes, porque nesse tipo de sociedade os seus valores são frágeis, discutíveis, podendo todo e qualquer ser humano querer ter o mesmo valor social do outro, abrindo assim caminho à triste paixão da inveja. Esta é, assim, tanto mais forte quanto mais fracas forem a sociedade e as raízes pessoais e intelectuais de cada um.


5. Um dos maiores segredos da vida é saber como reduzir a força da inveja. Tal redução passa sempre pela distância e pela força vital do movimento progressista do invejado. Este deve ter sempre presente a possibilidade de “viajar com saúde vital” ao longo da vida.”


Francesco Alberoni, in Os Invejosos

 
Publicado por António Aly Silva, em http://ditaduradoconsenso.blogspot.pt/

A nova lógica “PRECrisiana”…


“Os ricos que paguem a crise!!!”
Devido à recente crise, este antigo slogan parece estar outra vez na moda!... Esta é talvez a frase mais demagógica e invejosa que pode ser proferida nos dias que vivemos. Por isso quando a ouço de alguém, o carimbo é de invejoso. Ainda mais quando sabemos que vivíamos e ainda vivemos, querendo ser proprietários de alguma coisa. Não foi por isso que as famílias portuguesas se endividaram até à ponta dos cabelos, querendo ter o que não podiam?
Se a memória não me falha, este slogan foi popularizado nos anos 70 pelo então deputado da UDP, o já falecido Acácio Barreiros, na época do PREC, o processo revolucionário então em curso.  
Segundo nos diz o Presidente da APEMIP e julgo que muitos concordam, Num país onde se construiu mais nos últimos 30 anos do que durante os mais de oito séculos da nossa nacionalidade, a propriedade imobiliária deixou de ser um sinal exterior de riqueza”. Mas no entender também de muitos outros, isso só é assim para os devedores desses imóveis.
Para aqueles que realmente os possuem (isto é, que já não os devem), esses são “ricos” e como na época do PREC, os seus bens de preferência deveriam ser “nacionalizados”, devendo os impostos também de preferência só recair sobre esses, porque os outros coitadinhos só podem ir pagando aquilo que devem.
Os outros, os reais proprietários, são para a sociedade em CRISE, “aqueles que devem pagar a crise”. Até porque são uns desalmados, por não partilharem as suas propriedades com os mais pobres, não dando um quartinho ou um anexo de suas casas às famílias que coitadas, por algum motivo perderam as suas casas ou sofreram "desapropriações", por falta de pagamento das prestações do crédito imobiliário. Estes na “nova” lógica “PRECrisiana” são uns verdadeiros malandros, porque guardam aquilo que é seu somente para si.
É nesta lógica que os políticos nunca são punidos por usarem os dinheiros públicos a seu belo prazer, gastando com mordomias o dinheiro dos nossos impostos, não se preocupando em criar riqueza para o seu País. Porque afinal são “os ricos”, que sempre pagaram os seus impostos, que “devem pagar a crise!”

A Inveja em Portugal


"A inveja tem muita força em Portugal porque somos uma sociedade fechada"

José Gil

Portugal, Hoje: o Medo de Existir é o novo livro do José Gil, o filósofo português que foi considerado um dos 25 grandes pensadores do Mundo, pela revista francesa Nouvel Observateur.


José Gil licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras de Paris (Sorbonne) em 1968. Em 1969, obteve a "maîtrise de Philosophie" e, em 1982, o "doctorat d´Etat de Philosophie". Actualmente é professor catedrático na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. José Gil tem obras publicadas no Brasil e está traduzido nos EUA, França e Itália.

Segundo José Gil, "O livro toca nesses podres em que a população portuguesa atingiu um grau de insuportabilidade. O que o livro provoca em muitos é "vamos fazer qualquer coisa".

Classifica “Portugal como o País da não-inscrição, da negação do conflito e da normalização, dominado pelos medos e pela inveja, herdados do salazarismo, onde não existe um espaço público, lugar ocupado atualmente pelos média. Não se pode continuar assim, não sabendo bem o que fazer. Quando eu falo da não-inscrição é porque nós precisamos de respirar, o que significa criar, fazer, ver, ou seja, ter a noção de que quando nós fazemos, escrevemos, pintamos, compomos, etc., nós temos uma inscrição, afirmamos qualquer coisa que se marca no real, se transforma e cria real".

O filósofo exemplificou: "Se vamos a um espetáculo de um coreógrafo que vem a Portugal, gostamos de dança e descobrimos qualquer coisa de novo, uma parte daquele espetáculo deveria derrubar alguma coisa na nossa vida e mudar a nossa vida, descobrir espaços diferentes, maneiras de falar e de comunicar, etc. mas o que acontece é que tudo isso fica para dentro. Nós gostámos muito, tivemos mesmo em êxtase, mas ao sair do espetáculo voltamos para casa, gostámos, mas não acontece nada... O feed back nos jornais é geralmente uma crítica sempre descritiva porque tem-se medo de inscrever. Não se ousa criticar porque se tem medo".

Relativamente à inveja, José Gil admite que "não é uma característica portuguesa, antes um dos sentimentos mais espalhados pelo mundo. Simplesmente acontece que em Portugal a inveja tem uma força tal porque nós somos uma sociedade fechada. E quando as sociedades se fecham, tudo se concentra, tudo se paralisa, tudo se adensa e não respira. Uma universidade é um antro de inveja em qualquer parte do mundo, seja nos Estados Unidos, em França ou na Inglaterra. Mas vimos cá para fora e respiramos ar puro. Em Portugal não, sai-se cá para dentro e não para fora", refere, defendendo, por isso, que a inveja está em toda a parte no País.

Para o autor, "a inveja, que tem imensas estratégias, não é uma relação puramente psicológica, é mais do que isso: trata-se de um sistema que tem autonomia e vive em meios fechados, que cria entraves àqueles que têm ideias, iniciativas e empreendimentos".

O filósofo argumenta que "se nós nos abrirmos ao exterior mudamos as condições de subjectivização e temos possibilidade de ver florescer a mudança. Para que haja mudança, é preciso que haja desejo de mudança. Nunca uma sociedade é completamente fechada, há sempre fraturas, linhas de fuga. Uma das linhas de fuga pode ser a loucura. Eis alguém que não quis ser moldado. Se há linhas de fuga, então procuremos as linhas de fuga. Elas estão sempre na nossa singularidade. O que me impressiona no Portugal normalizado de hoje é quão pouca diversidade existe na singularidade portuguesa".

De Princesa a Bruxa


“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal”
 
(1 Coríntios 13:4-5).

 
Quando a nossa vida profissional, pessoal e sentimental corre bem, o aspeto e a forma como nos mostramos irradia uma carga positiva muito grande.

Naturalmente, o nosso “astral” está em alta e isso passa uma mensagem para quem connosco convive, que pode ser uma faca de dois gumes. Os nossos verdadeiros amigos sentem-se felizes por verem a nossa vida correr bem. Os outros, aqueles que não conseguem alcançar os seus objetivos, que são fracassados, ou que pura e simplesmente não gostam de nós, são “atacados” pelo mal da inveja. A inveja no Brasil é definida de uma forma muito interessante, chamam-lhe “olho grande” ou “olho gordo” mas, na realidade, manifesta-se em qualquer parte do mundo da mesma forma.

Inveja é a total insatisfação com o que possuímos por muito bom que seja. Nunca nos sentimos realizados, e o que os outros adquirem é sempre motivo de despeito e mau-olhado.

A inveja é um dos sentimentos mais torpes e difíceis de serem eliminados da alma humana. Trata-se de um dos vícios que mais sofrimento causa à humanidade. Onde houver apego à materialidade das coisas aí estará a inveja. Basta alguém se destacar em qualquer área, por mais ínfima que seja e lá estará o invejoso pronto para apontar o dedo e tentar minimizar o feito do seu próximo. Uma roupa diferente, um calçado da moda ou mesmo uns simples brincos ou pulseira torna-se motivo para elogios, nem sempre sinceros.

Segundo o dicionário, inveja significa: Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem ou desejo extremado de possuir o bem alheio.

Basta uma pessoa atingir algum sucesso ou estar feliz, para ter alguém a invejá-la. A partir daí, tudo o que a pessoa faça ou diga é motivo de crítica, maledicência, gerando um ataque cerrado, vindo de quem cerca a pessoa e curiosamente de muitos não próximos, através de terceiros enviados para a molestar psicologicamente.

Outro exemplo clássico é a inveja profissional. A inveja é sintoma de incompetência. Para que um olho não invejasse o outro, Deus colocou o nariz no meio.

Quando alguém se sobressai, a inveja é a primeira a dar os parabéns; A força da sua inveja é a velocidade do meu sucesso.

A inveja tem uma ligação ao «quero», mas num querer que é «do que é do outro», de viver o que o outro vive, ter o que o outro tem. É algo sombrio, que se procura esconder – a palavra de raiz é “invidia” que significa «olhar enviesado, de soslaio». Basta o sucesso de alguém para a despertar.

O invejoso presta muita atenção ao que os outros fazem ou deixam de fazer – para falar mal de tudo e de todos e por todo e qualquer motivo. Naturalmente, encontra sempre uma forma de depreciar, de desvalorizar. E é dramático porque não há forma de agradar a um invejoso – a não ser apagando-se. O impulso e o comportamento de quem inveja, é de querer retirar do outro ou simplesmente estragar o que é desejável – e, que bem vistas as coisas, é do outro.

A inveja é uma das mais perigosas paixões humanas sobretudo, porque nunca se apresenta como tal e o seu grau de destruição costuma ser máximo. Também não é um sentimento que os menos dotados dominem, mas atrai sobretudo as pessoas inteligentes. O invejoso não deve mostrar o objeto ou motivo da sua inveja, pois nessa atitude poderá desmascarar-se. A inveja, naturalmente, é típica dos medíocres (que nunca conseguem alcançar os seus objetivos), daqueles que ficaram abaixo do potencial sonhado, dos que conhecem as próprias limitações, embora nunca o confessem. Mas o que a move é sempre a argúcia e a paciência. A inveja pode ser fascinante, pois os que dominam esta "arte" têm de conhecer bem os pontos fracos dos que odeiam, trata-se do primeiro passo para sobre eles construírem a lenda presistente e devastadora. Em certa extensão, a inveja usa a força do movimento (envio e receção de mensagem silenciosa) através de uma subtil mudança na direção desse mesmo movimento. Um ligeiro desvio da energia pode ser arrasador. Sendo um dos elementos da natureza humana, a inveja rodeia-nos, sempre disfarçada por sorrisos hipócritas. E a todo o momento se sente o gozo dos que a praticam todos os dias.

Shakespeare, no seu “Yago feroz”, definiu os invejosos como “porcos humanos”, que vivem num chiqueiro amontoado de infâmias e covardias, capazes de todas as traições e deslealdades...

O maior antídoto contra a inveja é o ideal de vida. Quem se extasia diante uma obra de arte ou mesmo de uma poesia ou de um romance, ou se comove a ponto de rolarem lágrimas pela face ao ouvir uma peça musical, ou tem criatividade para elaborar pesquisas científicas, ou trabalhos literários e artísticos, jamais terá um “neurónio” capaz de alojar qualquer manifestação invejosa e por isso bem-haja.

Fonte: http://www.fontedeluz.com/ http://psicologia.org.br/internacional/inveja.htm


A história do Homem em quatro parágrafos

A Trágica Necessidade de Conquista e de Mudança

Em todos os tempos os homens, por algum pedaço de terra de mais ou de menos, combinaram entre si despojarem-se, queimarem-se, trucidarem-se, esganarem-se uns aos outros; e para fazê-lo mais engenhosamente e com maior segurança, inventaram belas regras às quais se deu o nome de arte militar; ligaram à prática dessas regras a glória, ou a mais sólida reputação; e depois ultrapassaram-se uns aos outros na maneira de se destruírem mutuamente.

Da injustiça dos primeiros homens, como da sua origem comum, veio a guerra, assim como a necessidade em que se acharam de adotar senhores que fixassem os seus direitos e pretensões. Se, contente com o que se tinha, se tivesse podido abster-se dos bens dos vizinhos, ter-se-ia para sempre paz e liberdade.

O povo tranquilo nos lares, nas famílias e no seio de uma grande cidade onde nada tem a temer para os seus bens nem para a vida, anseia por fogo e sangue, ocupa-se de guerras, ruínas, braseiros e matanças, suporta impacientemente que os exércitos que mantêm a campanha não tenham recontros, ou se já se encontraram e não sustentem combate, ou se enfrentam e não seja sangrento o combate, e haja menos de dez mil homens no local.

Muitas vezes chega a esquecer os seus mais caros interesses, o repouso e a segurança, pelo amor que tem à mudança e pela mania de novidade ou das coisas extraordinárias.


Jean de La Bruyére, in "Os Caracteres"

Imitando bichos

“A verdade é que os bichos, quando imitam as pessoas, perdem toda a dignidade”.

Mário Quintana


Por vezes quando ando a tratar do meu jardim; quando saio de casa para ir buscar qualquer coisa ao carro; quando vou dar comida aos meus cães; quando desfruto de um pouco de sol no jardim de minha casa;… alguém na vizinhança em gritos estridentes imita gatos, pavões, corujas, pássaros...


Quando olho em direção aos sons, alguém invariavelmente se esconde na folhagem de frondosas árvores do jardim vizinho. Quando isto acontece, lembro-me sempre de um salmo de São Mateus: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.” (Mateus 10:16)

Como este tipo de acontecimentos já dura há muito tempo, ao ponto de já estar habituada, não dando importância ao assunto, continuo a fazer a minha vida normal. No entanto não posso deixar de me perguntar: E quando os homens imitam com tanta insistência os animais, ganham dignidade?

Para acabar recordo aqui também e mais uma vez, o salmo do mesmo apóstolo: “E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos retireis.” (Mateus 10:11)

Que pena esta ser a minha casa permanente e não uma qualquer hospedaria, não é?

“Preso por ter cão e por não o ter cão”

Este é um bem conhecido provérbio português que é usado quando alguém é acusado ou criticado, de qualquer modo, haja o que houver, faça ele ou deixe de fazer alguma coisa. Ou seja, para melhor compreensão do provérbio português, devo citar o proverbio de origem brasileira, que quer dizer o mesmo, mas usando a inesgotável criatividade da língua portuguesa falada naquele país irmão: «Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come».

Pois bem, quer se concorde ou não com frases, textos ou opiniões de outrem e se critiquem os mesmos ou a forma como eles são executados, é normal*, mas nunca se deve esquecer a liberdade de expressão e de opinião, por que tanto se lutou antes do 25 de abril.

Pois é, a democracia permitiu-nos o suspiro de alívio. Mas agora, ameaça-nos uma nova censura: não pensar de acordo com os que se organizam em grupos e hordas para definir “a verdade”. Não é raro, nos dias de hoje, encontrar gente que despreza a liberdade que muitos outros conquistaram com determinação e muita coragem.

No entanto e todos no fundo sabemos, que estas tentativas de censura não são mais do que um geito nada democratico, usado numa tentativa de molestar quem não reza segundo a mesma cartilha.

Ainda estamos bem próximos do 25 de abril, para podermos esquecer que vivemos numa sociedade livre, que felizmente também adquiriu o direito à liberdade de expressão e opinião.

*Aqueles que não gostam têm bom remédio, não venham a este blogue. Eu agradeço!...

A Mente Livre Está em Perigo

A nossa espécie é a única espécie criativa, e tem apenas um único instrumento criativo, a mente e espírito únicos de cada homem. Nunca nada foi criado por dois homens. Não existem boas colaborações, quer em arte, na música, na poesia, na matemática, na filosofia. De cada vez que o milagre da criação acontece, um grupo de pessoas pode construir com base nela e aumentá-la, mas o grupo em si nunca inventa nada. A preciosidade reside na mente solitária de cada homem.
E agora existem forças que enaltecem o conceito de grupo e que declararam uma guerra de exterminação a essa preciosidade, a mente do homem. Através das mais variadas formas de pressão, repressão, culto, e outros métodos violentos de condicionamento, a mente livre tem sido perseguida, roubada, drogada, exterminada. E este é um rumo de suicídio coletivo que a nossa espécie parece ter tomado.
E é nisto que eu acredito: que a mente livre e criativa do homem individual é a coisa mais valiosa no mundo. E é por isto que eu estou disposto a lutar: pela liberdade da mente tomar qualquer direção que queira, sem direção. E é contra isto que eu vou lutar com todas as minhas forças: qualquer religião, qualquer governo que limite ou destrua o indivíduo. É isto que eu sou e é esta a minha causa. Posso até compreender que um sistema baseado num padrão tenha que destruir a mente livre, pois esta é a única coisa que pode inspecionar e destruir um sistema deste tipo. Com certeza que compreendo, mas lutarei contra isso por forma a preservar a única coisa que nos separa das restantes espécies. Pois se a mente livre for morta, estaremos perdidos.
John Steinbeck, in 'A Leste do Paraíso'

A Alcateia do Ódio

O ódio liga mais os indivíduos que a amizade. O ódio, a inveja e o desejo de vingança ligam muitas vezes mais dois indivíduos um ao outro do que o podem fazer o amor e a amizade. Pois está em causa a comunidade de interesses interiores ou exteriores e a alegria que se sente nessa comunidade - onde é muitas vezes determinada a essência das relações positivas entre os indivíduos: o amor e a amizade são sempre relativas e não são em nenhum caso, um estado de alma permanente; mas as relações negativas, essas são, a maior parte das vezes, absolutas e constantes. O ódio, a inveja e o desejo de vingança têm, poder-se-ia dizer, um sono mais ligeiro do que o amor. O menor sopro os desperta, enquanto que o amor e a amizade continuam tranquilamente a dormir, mesmo sob o trovão e os relâmpagos.


Arthur Schnitzler, in 'Relações e Solidão'

Todos nós hoje nos desabituamos do trabalho de verificar

Todos nós hoje nos desabituamos, ou antes nos desembaraçamos alegremente, do penoso trabalho de verificar. É com impressões fluídas que formamos as nossas maciças conclusões. Para julgar em Política o facto mais complexo, largamente nos contentamos com um boato, mal escutado a uma esquina, numa manhã de vento. Para apreciar em Literatura o livro mais profundo, atulhado de ideias novas, que o amor de extensos anos fortemente encadeou — apenas nos basta folhear aqui e além uma página, através do fumo escurecedor do charuto. Principalmente para condenar, a nossa ligeireza é fulminante. Com que soberana facilidade declaramos — «Este é uma besta! Aquele é um maroto!» Para proclamar — «É um génio!» ou «É um santo!» oferecemos uma resistência mais considerada. Mas ainda assim, quando uma boa digestão ou a macia luz dum céu de Maio nos inclinam à benevolência, também concedemos bizarramente, e só com lançar um olhar distraído sobre o eleito, a coroa ou a auréola, e aí empurramos para a popularidade um maganão enfeitado de louros ou nimbado de raios. Assim passamos o nosso bendito dia a estampar rótulos definitivos no dorso dos homens e das coisas. Não há ação individual ou coletiva, personalidade ou obra humana, sobre que não estejamos prontos a promulgar rotundamente uma opinião bojuda. E a opinião tem sempre, e apenas, por base aquele pequenino lado do facto, do homem, da obra, que perpassou num relance ante os nossos olhos escorregadios e fortuitos. Por um gesto julgamos um carácter: por um carácter avaliamos um povo.
Eça de Queirós, in 'A Correspondência de Fradique Mendes'

O maior problema é quando a verificação tende para o infinito... Aí o mal é outro. É doença que passa por contágio...

Mais palavras para quê?


"Vejo a multidão fechando todos os meus caminhos, mas a realidade é que sou eu o incómodo no caminho da multidão".
Chico Buarque ("Estorvo")


Segundo o dicionário, a inveja é o desgosto, ódio ou pesar pela prosperidade ou alegria de outrem. Já despeito é o desgosto causado por uma ofensa leve ou desfeita. E a cobiça é o desejo veemente de conseguir algo que é dos outros. Mas até que ponto podem chegar estas três coisas à vida de uma pessoa?

Nos dias actuais, é cada vez mais difícil encontrar seres humanos que não se deixem atrair pela ganância, dando espaço tanto à inveja, como ao despeito ou mesmo à cobiça.

É cada vez mais fácil encontrar: Quem deseje algo pertencente a outro semelhante! Quem fale mal de alguém, mesmo que não tenha motivos reais e verdadeiros para isso! Quem se deixe levar por opiniões de terceiros sobre determinadas coisas ou pessoas! Quem sem um conhecimento de forma abrangente, afirme não gostar de algo ou de alguém! E fechando com chave de ouro, quem crie uma mentira para prejudicar a imagem de alguém!

Pois é, o despeito, a inveja e a cobiça, rondaram à minha volta nos últimos dez anos da minha vida e a todo o momento os sentia. No entanto, embora sentisse a sua presença constante, ela de início não tinha rosto, mas sem saber o porquê, aumentava progressivamente.

Aos poucos transformou-se num autêntico exército “fantasma” de conluio nojento, a maioria das vezes protagonizada por indivíduos que eu nunca tinha visto e que por isso não conhecia de lado algum. Era sentida nos supermercados, na rua, em reuniões sociais e mais tarde até no próprio ambiente de trabalho.

A vida, nas mais variadas oportunidades, foi-me fazendo descobrir esses rostos, entre pessoas que eu julgava amigas, entre pessoas que conhecia mal ou só conhecia de vista e até algumas embora poucas, pessoas da família e outros em maior número, entre pessoas que eu não conhecia de todo.

Essa descoberta foi lenta, mas tudo se ligava como numa grande teia, tecida pela saliva de linguas afiadas. O conhecimento real desses rostos, foi sendo descoberto por mim, quase através de códigos, por olhares, sinais entre as pessoas que comigo dialogavam ou ao pé de mim estavam, por indirectas, comentários maliciosos, muitíssimos episódios de violação de privacidade, expressões de desdém e até de ódio, pessoas que de repente me deixavam de falar, sem que houvesse qualquer motivo para isso, atitudes de antagonismo inexplicado, afrontas à minha dignidade pessoal e até situações de assédio moral e interferência no trabalho.

Esses códigos, foram sendo aos poucos apanhados e decifrados por mim e ligados entre si. As pessoas envolvidas iam desde “amigos”, familiares, conhecidos, muitíssimos indivíduos desconhecidos e até alguns colegas de trabalho...
No entanto, ninguém se devia esquecer que se existe um instinto que faz parte da nossa espécie, certamente esse é a autodefesa. Se não fosse por ele, nós seres humanos certamente não estaríamos aqui.

Mesmo a pessoa mais tímida, ao se sentir ameaçada, manifesta algum desejo de poder reverter a situação na qual se encontra, mesmo que não se sinta atraída para exercer essa defesa de forma verbal ou física.

Um meio muito utilizado, para não dizer o principal, quando alguém quer destruir a reputação de uma pessoa, é a maledicência. Um comentário maldoso é capaz de destruir uma pessoa e por mais que ela tente, talvez nunca consiga reconstruir a imagem que perdeu por causa de um acto de despeito.
Um invejoso é capaz de ir até ao fim para ver a sua vítima chegando ao “fundo do poço”. Para esses eu gostaria de dizer apenas uma simples frase que me acompanha desde sempre: No fundo do meu poço existe uma mola, e por mais que se tente deixar-me lá no fundo, ela irá sempre trazer-me novamente para a superfície.

Já para aqueles que gostam de cobiçar as coisas alheias, daria a sugestão, de não perderem o seu tempo com atitudes pouco dignas e trabalhem arduamente, para conseguirem ter aquilo que desejam. Será mais realizador conseguir triunfar através dos seus próprios meios, do que tentar iludir alguém ou ter que passar por cima de alguém para conquistá-los.

Apenas observo o mundo à minha volta e tenho percebido que é cada vez mais comum a tentativa de “puxar o tapete” de outra pessoa.

Não podemos parecer felizes, pois lá vem um abutre pronto para acabar com a nossa alegria num piscar de olhos. Não podemos fazer algo e logo vem alguém dizendo que estamos plagiando determinada coisa. Enfim, NÃO PODEMOS VIVER SEM TER ALGUÉM PRONTO PARA TENTAR DESTRUIR-NOS!

Finalizando, a única forma que eu encontro para rebater tanta irracionalidade e toda esta energia negativa vinda de invejosos/gananciosos/despeitados, é a defesa com a verdade. Se nos atirarem uma pedra, temos que atirar a "Pedra do Guilhim" de volta. Se nos mantivermos calados e não fizermos nada para reverter a situação, certamente continuaremos sendo alvo fácil para todos aqueles que na realidade são extremamente infelizes e que por isso não suportam ver os outros felizes...

"Emprenhar pelos ouvidos"...

Há já algum tempo que visito habitualmente o excelente blog “Pronuncia do Norte”, onde geralmente encontro também excelentes divagações. Esta que publico agora, é uma das com que mais me identifico e por isso aqui fica…

“Uma pessoa que "emprenhe pelos ouvidos" é alguém que acredita piamente na primeira patranha que lhe contam, sem questionar a veracidade da mesma, nem tentar ouvir as outras versões de uma mesma história.

A vida já me ensinou que qualquer questão tem sempre duas, ou até mais versões. Muitas vezes, nenhuma delas é verdadeira, mas se as analisarmos a todas conseguimos chegar a uma conclusão que, essa sim, se não for completamente verdadeira, está lá muito próxima.

O grande problema é que o número de "emprenhados pelas orelhas" cresce de forma inversamente proporcional aos cépticos. Cada vez há mais quem "emprenhe pelos ouvidos" e menos quem apenas use os ouvidos para... ouvir.

E, quando finalmente, por um qualquer acaso, um "emprenhado pelos ouvidos", ouve outra coisa completamente diferente daquela que tinha como certa, e essa nova versão dos acontecimentos até tem lógica, fica com um ar muito desalentado e ainda tem coragem de dizer:

"E andei eu a ser enganadinho estes anos todos! Que burro que eu sou!".

E quem sou eu para desmentir alguém?! Não desminto! Não tenho pena! Não lhe passo a mão no pêlo para o consolar!

Os dados estavam lá todos, sem faltar nenhum. Só não viu quem não quis ou... é cego! Só não leu quem não quis ou... não sabe ler!

Ontem, assisti a uma situação que se enquadra perfeitamente no que relatei e me pôs a pensar neste tipo de pessoas.

Extrapolei, do trabalho para o país, e cheguei à conclusão que a maioria dos portugueses... "emprenham pelas orelhas" e depois querem milagres.”
(Publicada por Pronúncia em Quarta-feira, Março 04, 2009 Etiquetas: Reflexões)
Deve-se acrescentar porém, que os comportamentos sociais desde tipo há muito que são analisados e estudados por inúmeros sociólogos e psicólogos do mundo inteiro, pelo que se explicam como vulgares em qualquer sociedade.

Assim sendo, alguns dos que “emprenham pelos ouvidos”, fazem-no porque o querem, direi melhor se acrescentar que fazem-no porque têm necessidade de acreditar. Em especial quando os “contos e ditos” são no sentido de retirarem o brilho e a cor à vida de alguém, sendo esse credito fácil e imediato, uma espécie de compensação para a sua vida limitada e descolorida.

Outros porém, fazem-no porque julgam os outros por si próprios, fazendo a história completa à sua maneira e querendo insistentemente que os outros se comportem como eles se comportariam, usando para isso manhas variadas e variadíssimas cenas tristes.
Esquecem-se no entanto, que nem todos aprenderam a ler pela mesma cartilha. Sugiro então, que tentem fazer o pino até ao infinito...

Salve-se quem poder...

"A ética deve fundar-se no bem comum no respeito aos direitos do cidadão e na busca de uma vida digna para todos."

Ferreira Gullar
O crime e os abusos de todo o tipo, estão instalados em Portugal. Esta realidade já ninguém a nega, embora nem todos os comportamentos criminosos sejam vistos por todos da mesma forma.

Há alguns anos que um certo tipo de máfia portuguesa se mistura com o poder. Antes era facilmente identificável, agora, ocupam lugares públicos, nas empresas públicas, nos clubes de futebol ou ocupam cargos de chefia e são especialmente bem relacionados com o poder local ou nacional.

Têm pelo menos um bom tacho, num desses sectores. Dominam bem o polvo da corrupção, e quem os quiser enfrentar vê-se grego. Até agora, nem o Estado tem conseguido.
Existem também aqueles que usam e abusam de recursos públicos a seu belo prazer, como carros, casas e até aviões, para fins nada próprios, e quem paga essas extravagancias é o Zé povinho.

Os compadres como os de antigamente já não existem. Hoje não há lugar para o compadrio saudável, nem espaço para o comprazimento que só a amizade proporciona. O compadrio agora é outro e nos dias que correm é já uma palavra altamente suspeita, duvidosa, aconselhando a máximas precauções e redobrados cuidados.

Falar de compadrio hoje, destila logo uns fumos de corrupção, uma suspeita de cunha ou de favor ou mesmo de fácil conluio. Os compadres hoje, dando-se ares de “padrinhos”, não se coíbem a prestarem favores com a maior das facilidades, utilizando para isso uma teia ainda mais alargada, em que qualquer um serve, desde que os meios justifiquem os fins.

Aprendemos rapidamente que com a crise de justiça que se vive actualmente em Portugal, nem vale a pena recorrermos a ela, pelo que estamos sujeitos a arbitrariedades de toda a ordem.

Na própria cultura portuguesa, está instituído o favor e a reverência, cozinhado outrora por meia dúzia de senhores a quem os outros reverenciavam, mas que hoje todos cultivam e salve-se quem poder...

Curiosamente hoje qualquer um vive acima da ética, de tal forma que se sente a todo o momento a sua falta, na vizinhança, nas comunidades, na família, nos ambientes de trabalho, onde uma moral desprovida de ética, absurda, paradoxal, bizarra, foi criada e é cada vez mais nítida.

Para mim isto ficou muito claro, em muitíssimas experiências que há já algum tempo tenho vivido. Quem sabe um dia vou vislumbrar viver num mundo provido de moral e ética...

A Negra Alma da Inveja


"Com a inveja e o ciúme, não há calma nem repouso para aquele que está atacado desse mal. Os objectos de sua cobiça, de seu ódio, de seu despeito, levantam-se diante dele como fantasmas que não lhe dão nenhuma trégua e o perseguem até no sono."

Allan Kardec


A inveja é definida como sendo o desejo de possuir e de ser o que os outros são, podendo tornar-se uma atitude crónica na vida de uma criatura. É uma forma de cobiça, um desgosto em face da constatação da felicidade e superioridade de outrem.

Observar a criatura sendo, tendo, criando e realizando provoca uma espécie de dor no invejoso, por ele não ser, não ter, não criar e não realizar. A inveja leva, por consequência, à maledicência, que tem por base ressaltar os equívocos e difamar; assim é a estratégia do depreciador: “Se eu não posso subir, tento rebaixar os outros; assim, compenso meu complexo de inferioridade”.

O invejoso é inseguro e supersensível, irritadiço e desconfiado, observador minucioso e detective da vida alheia até a exaustão, sempre armado e alerta contra tudo e todos.

Faz geralmente o género superior, quando na realidade, se sente inferiorizado; por isso, quase sempre deixa transparecer um ar de sarcasmo e ironia em seu olhar, para ocultar dos outros o seu precário contacto com a felicidade.

A inveja sempre foi uma emoção subtilmente disfarçada em nossa sociedade, assumindo aspectos ignorados pela própria criatura humana. As atitudes de rivalidade, antagonismo e hostilidade dissimulam muito bem a inveja, ou seja, a própria “prepotência da competição”, que tem como origem todo um séquito de antigas frustrações e fracassos não resolvidos e interiorizados.

A inveja, o despeito, o rancor e muitos outras formas de comportamento poderão quando utilizadas por pessoas de mau carácter ter efeitos desastrosos sobre os "espíritos fracos", e que se manifestam nos locais mais diversos, como o ambiente de trabalho, as grandes superfícies comerciais e até com muita frequência em reuniões sociais.

No entanto, deve referir-se que a maior das defesas é a nossa auto-confiança, a segurança nas nossas atitudes e comportamentos e muito especialmente e neste aspecto, convém ter bem presente que nunca devemos gabarmo-nos dos nossos êxitos, não falarmos mais do que o necessário e dentro do possível fazer uma selecção das pessoas com quem nos relacionamos.

Apesar de todos os cuidados, estamos rodeados de cargas negativas e contra elas temos de nos defender com tudo o que esteja ao nosso alcance, tendo bem presente que defendermo-nos não significa "atacar", e que se usarmos as mesmas armas a lei da "causa efeito" encarrega-se a seu tempo de nos castigar...