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Partida para o final da viagem

Partimos de Capri, mais precisamente da baia de Napoles, às 14h15, afim de se percorrerem as últimas 334 milhas náuticas, que nos faltavam para terminarmos a nossa viagem, zarpando em direcção a Génova.

À nossa direita passámos pelas ilhas de Vivara e Porcida, e imediatamente à esquerda a ilha de Ischia, da qual tivémos a oportunidade de observar de bem perto o lado norte-oriental da ilha.
Às 17h00, podemos observar o Cabo Circeo, a 4 milhas de distância, e cerca das 18h15, tivemos a oportunidade de ver o Cabo de Anzio e logo de seguida as cidades de Fiumicino e Civitatavecchia, (figura um, dois e três, a contar de cima).

Aproximadamente às 23h00, passamos pelas ilhas Giannutri e Giglio, à esquerda, e pela à direita o Promontório de Argentario.

Durante a noite entre os dias 15 e 16 de Abril, passamos o canal de Piombino, passando novamente pela ilha de Elba, à esquerda, e pela ilha de Palmaiola, à direita.

Durante o resto da noite e principio da manhã do dia 16, dirigimo-nos para Génova, onde chegamos às 10h00, terminando assim mais uma viagem inesquecivel.

Lugares a não perder em Capri




A Grotta Azzurra, famosa gruta marinha cuja água se tinge, por acção de uma extraordinária e feliz refracção da luz, de um fantástico azul, como se uma fortíssima iluminação de néon irrompesse do fundo do mar. Lá dentro o canto dos barqueiros, cantando a inolvidavel canção italiana "Oh sole mio", faz com que este lugar fique para sempre gravado na nossa memória, como um dos melhores momentos da nossa vida. Imperdível...

Não menos singulares são os caprichos naturais de que a ilha é invulgarmente pródiga: o Salto de Tibério, uma escarpa a pique sobre o mar, abismo providencial de onde o imperador Tibério, fazia precipitar inimigos caídos em desgraça.

O Arco Naturale, uma bizarra formação rochosa em forma de arco. Apesar das contingências vertiginosas, cada vez mais imprevisíveis, de um mundo em permanente mutação e cada vez mais pequeno - com as óbvias consequências em termos de volubilidade das modas turísticas -, Capri está longe de ter esgotado o seu feitiço ou de se ver ultrapassada na sua aura de sofisticado paraíso de lazer. Os anos 50 e 60 foram tempos de glória; sobreveio depois alguma discrição, apenas isso...

A Arquitectura em Capri


Toda a ilha convida a longas caminhadas (há uma rede de óptimos trilhos), a melhor forma de descobrir não apenas os cenários naturais de timbre mediterrânico como também notáveis realizações arquitectónicas, desde as villas de Tibério - nomeadamente a luminosa Villa Jovis, junto ao Monte Tibério (primeira e segunda figura, a contar de cima) - até à casa de Curzio Malaparte, desenhada pelo arquitecto Adalberto Libera.

Cravada sobre um pequeno promontório rochoso, que foi cenário, em 1963, da rodagem de «O Desprezo», de Jean-Luc Godard, filme adaptado do romance homónimo de Alberto Moravia, cuja acção decorre parcialmente em Capri.

Outra preciosidade arquitectónica é o Hotel Punta Tragara, (terceira figura, a contar de cima), uma antiga villa construída segundo traço de Le Corbusier. No final da II Guerra Mundial ali se realizou uma cimeira entre os poderes vencedores, Eisenhower e Churchill.

Não muito longe da Via Orlandi, a meio caminho dos Banhos de Tibério, ergue-se a magnífica Villa San Michele, em Anacapri. Antiga residência do médico e humanista sueco Axel Munthe. A villa está situada sobre uma colina vizinha dos Banhos de Tibério, detendo um excelente panorama de Capri, da península de Sorrento, das ilhas de Ischia e Procida e de todo o Golfo de Nápoles, com o vulto sombrio do Vesúvio ao fundo. Para se lá ir, podemos utilizar o teleférico com cadeiras individuais, para quem não sofre de vertigens.

A Villa San Michele, hoje convertida por vontade de Axel Munthe, numa fundação promotora de relações culturais entre a Suécia e a Itália, foi edificada sobre as ruínas de uma velha vila imperial romana e essa herança é uma das marcas mais vísiveis na concepção da casa, que alberga também esplêndido mobiliário renascentista e uma colecção de esculturas gregas e romanas (segunda figura a contar de baixo).

Cidade de Anacapri





Anacapri é a segunda cidade da ilha de Capri, região da Campania, província de Nápoles, com cerca de 5.844 habitantes (ISTAT 2001). Estende-se por uma área de 6,39 km2, tendo uma densidade populacional de 914,60 hab/km2. Faz fronteira com a cidade de Capri.
A estrada para Anacapri foi percorrida em mini autocarros, em estrada estreita e extremamente sinuosa e íngreme, de uma só via, mas com dois sentidos (tendo escaparates, para os carros que se cruzavam em sentido contrário). Pela estrada escavada na rocha (figura de baixo), com o abismo ou do lado direito, ou do lado esquerdo, consoante o capricho das suas curvas e contracurvas subindo a íngreme montanha, lá chegámos a Anacapri.
Anacapri é quase o anagrama urbano de Capri; situada no lado ocidental da ilha, a poucos minutos de Capri, é (já foi mais) uma cidadezinha bem mais reservada do aluvião turístico que diariamente desembarca na ilha. Jardins luxuriantes rodeiam terraços luminosos de cal e de sol, casas mediterrânicas sucedem-se ao longo de plácidas ruelas imersas aqui e ali numa sombra meiga, o toque rural das hortas e das vinhas prossegue, enfim, uma convivência amigável e secular com as velhas villas romanas que os patrícios da Cidade Eterna aí edificaram.
Já no final da visita à cidade, tivémos a possibilidade de visitar um espaço designado "Capri em Miniatura", que representa a ilha de Capri e a sua história. À volta da réplica da ilha, podemos observar em quadros miniatura feitos por artesãos cerâmicos, várias representações de ofícios e trajes típicos da ilha.

A cidade de Capri

A cidade de Capri é a primeira cidade da ilha de Capri, no mar Tirreno, região da Campania, província de Nápoles, com cerca de 7.058 habitantes. Estende-se por uma área de 3 km2, tendo uma densidade populacional de 2353 hab/km2.

Esta cidade é símbolo de um cosmopolitismo ímpar, de uma vertigem que durante o dia quase atinge o insuportável, com milhares de turistas desembarcando no Porto de Marina Grande para a visita breve de um dia à ilha. Mas as noites de Capri são o perfeito oposto e o antídoto: deambular por ruelas periféricas como a Via Traghara, tendo por única música as sonatas de noctívagas cigarras e o rumor côncavo do mar, onde mal se adivinham as sombras dos emblemáticos faraglioni, é uma experiência que mais parece uma súbita viagem no tempo até ao regaço de um Eden perdido.Quem espere ou receie encontrar em Capri uma estância turística de luxo profanada pelo turismo de massas não andará longe da verdade. Mas este não é, felizmente, o único retrato possível, nem o mais justo, porventura de Capri.

Mesmo o viajante mais avisado, não deixará de ter algumas surpresas. Num recanto do Jardim de Augusto, encontramos, por exemplo, uma homenagem da comuna de Capri a Lenine, um dos muitos personagens que passaram pela ilha. Não é mais do que um austero busto do célebre líder revolucionário acompanhado de uma dedicatória solene; a dois passos, sobre um pinheiro, uma inscrição cautelosa lavrada em letra vermelha: "pericolo de incendio"...

Ilha de Capri

Chegámos à baia de Capri às 07h00 da manhã de quinta-feira, ficando o Monterey ao largo, na baia e o desembarque realizou-se por meio de lanchas.

Capri é uma ilha italiana que fica na baía de Nápoles (região da Campania), no mar Tirreno, a pouca distância do continente. A ilha possui uma área de cerca de 10,36 km², a maior elevação da ilha é o monte Solaro (589 m). A ilha possui duas cidades: Capri e Anacapri.
Capri também conhecida por alguns como a ilha das cigarras, é uma ilha de uma beleza serena, dócil e susceptível de despertar sentimentos contraditórios, que embora pareça de início, convidar a uma admiração meramente contemplativa, não estamos de modo nenhum perante uma beleza inútil ou estéril. Capri é, afinal, uma espécie de droga doce (como os seus belissimos prefumes), que mistura todas as essências do Mediterrâneo, e que continua a ser destino de milhares e milhares de viajantes, cada um deles atraído pelos mais diversos motivos, mas todos, provavelmente, em busca subconsciente de uma certa ideia de beleza idílica.
Octaviano, imperador de Roma, que tomou o nome de Augusto deu com a ilha por acaso, quando regressava de uma campanha, em 29 a. C., e logo a anexou ao Império Romano, e desde logo a ilha se transformou num dos refugios imperiais preferidos. Mas foi Tibério, sucessor de Augusto, a cuja desumanidade as crónicas de Tácito e de Suetónio não deram tréguas, é quem outrora, mais se deixou tocar pelos encantos de Capri, nela mandando construir doze magníficas villas e inaugurando uma longa tradição da construção de casas de luxo na antiga colónia grega. O déspota acabaria por quase fazer de Capri a capital do império, ali instalando o centro de governação do Império Romano. Os seus últimos anos de vida, aliás, foram passados na ilha (de 27 d. C. a 37 d. C.): terá Tibério procurado em Capri bálsamo para o remorso pelas intermináveis crueldades que marcaram o seu consulado?

Pelo que se sabe, e teremos que nos contentar com a mediação dos cronistas - é que o cruel Imperador se enamorou um dia da ilha. A luz transparente e embriagada de tanto azul, a vegetação exuberante que mistura inesperadamente espécies mediterrânicas e tropicais, as suaves brisas marítimas que sopram como toadas de sereias, o murmúrio das vagas que se desfazem languidamente ao encontro das falésias, os cumes elevados onde se alcantilam varandas naturais sobre o Mar Tirreno e os golfos de Sorrento e de Nápoles, com a costa amalfitana a sorrir ao fundo, eis talvez o cenário que "adoçou"(?) o coração tirano do Imperador.
Bastou pôr um pé em terra, quando se saiu da lancha que nos transportou desde o Monterey até ao Porto da Marina Grande e de nos sentarmos numa esplanada para tomar um simples café para cair na realidade: estavámos na caríssima Capri, território destinado a deuses e permitido a vulgares mortais apenas em rápidas passagens de umas horas. Compreendemos aí, que tinhamos de aproveitar ao máximo porque, apesar da inacessibilidade, há muito para ver.
Em seguida, apanha-se o funicular que nos abre o passo para Capri e desembarcamos no centro da cidade de Capri. Aqui chegados, as hipóteses são diversas para passear pela ilha. Há táxis, autocarros, vespas, bicicletas, mas o melhor é mesmo andar a pé.
No porto de Marina Grande e em Anacapri é possível encontrar restaurantes com preços acessíveis que servem a gastronomia da ilha, que inclui muitas especialidades marítimas, nomeadamente peixe grelhado; os locais orgulham-se igualmente da sua mozzarella, do raviolli alla caprese, onde brilham os queijos locais, e do agnolotti, pasta com espinafres e ricotta. O vinho branco de Capri (Ischia blanco), é um vinho seco e leve, especialmente vocacionado para acompanhar peixe ou saladas, e o perfumado "Ischia tinto", é mais indicado para acompanhar carnes.

O Estreito de Messina

Às 13h00 do dia 13, partimos do Porto de Heraklion, e navegámos durante o resto desse dia e do dia 14 até à Ilha de Capri, na Itália. Às 15h00 do dia 14, avistou-se novamente a costa calabresa e cerca de meia-hora depois passámos o estreito de Messina.
À direita avistámos a cidade de Reggio Calabria, e à esquerda a cidade de Messina. O Estreito de Messina (Stretto di Messina en italiano) é um estreito no Mar Mediterráneo, que separa a península Itálica, da ilha Sicilia e que liga o mar Jónico ao mar Tirreno. A sua largura é, na zona mais estreita de 3,3 km. À saida do estreito, o Monterey navegou com a rota 334º, até à ilha de Capri.


Museu de Heraklion



O Museu de Heraklion, possui a maior colecção de arte minóica e está situado na cidade de Heraklion, perto do Palácio de Knossos, no litoral norte de Creta.

Em grande parte, a arte minóica, que pode ser dividida em três fases distintas, de acordo com a evolução de sua cerâmica, é representada por entalhes e por cerâmica pintada. Em 1500 a.C. foram encontradas as primeiras pinturas, de que restam apenas fragmentos. A representação da arte minóica, está especialmente representada, nos murais do Palácio de Knossoss, é mais natural e elástica que a egípcia.

Era uma civilização marítima e suas pinturas mostravam conhecimento do mar e de animais marinhos. No entanto no museu pede ver-se peças de cerâmica e de metal representando deuses da época minóica.


O Palácio de Knossos

Knossos (Grego - Κνωσσός) é o maior sítio arqueológico da idade do bronze, situado em Creta. Provavelmente era um centro político e religioso da Civilização Minóica.
Knossos também é conhecido como o Palácio do Rei Minos (o rei sacerdote). Foi descoberto por Sir Arthur Evans em 1894. Entre os achados mais importantes estão os frescos que decoram as paredes. Estas pinturas sofisticadas mostram uma grande civilização que vivia com luxo. Suas vestimentas não parecem herdadas de nenhuma civilização conhecida.
As vestes femininas tinham mangas bufantes, cinturas finas e saias drapeadas. Tinham uma distinta cor azul, indicando comércio com os fenícios. Os murais retratavam competições atléticas (possivelmente um ritual de maturidade) em que os jovens, mulheres e homens, praticavam acrobacias no dorso de touros e “pegas de cernelha”, feitas por jovens mulheres.
A peça central do palácio era a Sala do Trono. Esta câmara tinha uma notável cadeira no centro. Também havia um tanque que se especula fosse um aquário e a rainha já tinha casa de banho privativa, com banheira.
A civilização minóica teve sua vida administrativa, política, religiosa e cultural irradiada pelos palácios. Dois deles, Knossos e Festos, são exemplos marcantes dessa organização. Os palácios tinham projectos complexos; cada um dispunha de um amplo pátio interno central, várias escadarias, pequenos jardins e recintos reservados para cultos religiosos. Magníficos frescos adornavam as paredes.
Trabalhos em metal, entalhe em pedras preciosas, selos de pedras e joalharia atingiram altos padrões artísticos. A cerâmica, algumas vezes apenas um pouco mais espessa do que a casca de um ovo, era adornada com desenhos florais que, embora convencionais, revelavam grande efeito em fundo colorido ou preto.