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Até ao nosso pequeno mundo

Ao final da tarde regressámos à autocaravana para nos pormos a caminho de Portugal, uma vez que no dia seguinte o trabalho nos esperava.

O caminho, uma longa linha recta a perder de vista, deslizando entre a imensidão melancólica das terras planas de Castela, com pequenos povoados adormecidos, observados à distância, sob uma enorme abóbada de um céu incendiado por laivos de luz dourada e massas de nuvens pintadas pelo pôr-do-sol, com relevos quase palpáveis, fazem da viagem de volta, desde Valladolid a Vilar Formoso, com passagem rasante por Salamanca, um autêntico prazer.

O vento quente, já com alguns sopros frescos ao final da tarde, fez mais uma vez com que esta estrada encantada, nos proporciona-se como sempre um regresso a casa, algo nostálgico mas ao mesmo tempo poético, continuando a ser para nós um percurso de eleição, por nós já tantas vezes trilhado.

A ligação desde Vilar Formoso até ao nosso pequeno mundo, foi feita já noite serrada e quase sob anestesia, até à real chegada para o obrigatório e merecido repouso…

Igreja de Santa María la Antigua

Também situada na Praça Portugalete tal como a Catedral de Valladolid, mas no topo oposto da praça, encontra-se a Igreja de Santa Maria la Antigua. Em estilo românico, foi erigida por ordem do Conde Ansurez, repovoador da cidade, no séc. XI.

Esta igreja destaca-se pela sua bonita torre românica, rematada por um capitel em forma de pirâmide, que se destaca ao longe, chamando os visitantes que não lhe resistem. Belo também é o seu pórtico, também românico, que foi realizado numa época posterior (séc. XIII).

No lugar ocupado por esta igreja, existiu outrora outra igreja primitiva que foi substituída pela actual, em estilo gótico, no séc. XIV. Dessa construção, a igreja actual conserva a bela torre, tendo o seu antigo retábulo, de Juan de Juni, sido transferido para o altar-mor da Catedral de Vallodolid.

Esta torre, é um dos símbolos de Valladolid, sendo conhecida pela sua elegância, pela nobreza das suas proporções e pela atractiva organização de suas janelas, que vão criando uma tensão ascensional que enfatiza ainda mais a sua elegância.

O edifício sofreu múltiplas reformas, devido ao seu carácter de paróquia populosa e pela deficiente cimentação do edifício, construído mesmo ao lado de um dos ramais do rio Esgueva.

Em meados do séc. XVI, o célebre arquitecto Rodrigo Gil de Hontañón, devido à ameaça de ruína do edifício, reestruturou o sistema sapatas do edifício, construindo novos contrafortes, sendo o resto do templo reedificado, segundo o estilo gótico, sendo as últimas reformas neogóticas.

Este novo templo, está interiormente organizado em três naves, rematadas por três absides poligonais. No entanto e com muita pena nossa, o seu interior não pôde ser admirado por nós, uma vez que a igreja se encontrava fechada.

A visita a Valladilid tinha chegado ao fim e depois de se pedalar até á autocaravana, através das belas ruas da cidade antiga e após um pequeno lanche, partimos a caminho de casa.

Site usado: Wikipédia

Catedral de Nuestra Señora de la Asunción de Valladolid

Em seguida e depois de seguirmos pedalando pela rua de Ferrari e rua del Regalado, foi a vez de visitarmos a Catedral de Valladolid, situada junto à rua de Arribas e no início da Plaza de Portugalete. A Catedral, conhecida também com o nome de Nuestra Señora de Asunción, foi desenhada pelo arquitecto Juan de Herrera.

Acostumados a catedrais medievais, a Catedral de Valladolid surpreende e desconcerta um tanto por não o ser. A catedral de Valladolid não é medieval, mas sim um bom exemplo da arquitectura herreriana, isto é, um tipo de arquitectura desenvolvida por Juan de Herrera, no séc. XVI, que influenciou muito a arquitectura espanhola durante os séculos posteriores.

Estas construções de Juan de Herrera são classicistas, buscando uma inspiração na arquitectura do romano antigo, baseando-se nos princípios do arquitecto romano Vitruvio, que são de uma severidade e monumentalidade que nos faz reviver os tempos, da antiga Espanha asturiana.

A actual construção é o último projecto arquitectónico bem sucedido durante séculos e que teve como primeira origem um antigo templo românico, dos tempos da fundação de Valladolid, pelo Conde Ansúrez no séc. XI e depois de uma igreja gótica que também ali existiu e que desapareceu.

Haveria de se esperar até ao ano de 1589, quando Juan de Herrera se encargou do novo templo, de um purismo classicista que abandona toda ostentação decorativa anterior, mas não monumental. Juan de Herrera desenhou um projecto colossal e complexo, que nunca foi acabado, como consequência da marcha lenta das obras.

Durante os séculos XVII ao XIX, foram continuados os trabalhos, mas não foram respeitados completamente os projectos de Herrera. Assim, em 1729 o arquitecto Alberto Churriguera criou um corpo superior da fachada em claro estilo barroco, que alteraria pela primeira vez o estilo herreriano. No séc. XIX, continuaram as modificações ao construir-se a actual torre, que sustituiu a original e que havia caído por defeitos na cimentação.
Embora um tanto austera, ela é "linda", uma vez que o seu monumental interior se destaca por uma sóbria nudez, que de repente se rompe com um fabuloso retábulo na parede do altar-mor de Juan de Juni. É um contraste fabuloso, de uma beleza dificil de esquecer!
A Catedral de Nuestra Señora de la Asunción de Valladolid é assim um amplo edifício de três naves e três absides. O interior está articulado mediante gigantescos arcos que apoiam sobre fortíssimos pilares quadrados.

Como aspecto curioso diremos também que a Catedral de Valladolid, inspirou e influenciou a arquitectura de outras catedrais, como a da cidade do México e da cidade de Lima.
Site usado: Wikipédia

A Igreja de El Santísimo Salvador

Retomando a visita à cidade, fomos pela Pasaje Gutierrez, da qual saímos pela rua Castelar, para chegar à Plaza del Salvador e visitar a Igreja de El Santísimo Salvador.

A igreja ergue-se dentro de uma situação privilegiada, perto da Plaza Mayor de Valladolid e desde 1302, que já se incluía dentro da segunda muralha de Valladolid. O aceso à igreja faz-se por ruas pedonais, porque o caminho está vedado ao trânsito, mas como nos deslocava-mos de bicicleta foi fácil lá chegar.

A Igreja de El Santísimo Salvador ou simplesmente de Igreja El Salvador, é um templo católico, recentemente restaurado. A Igreja do séc. XVI, foi construída sob uma ermida dedicada a Santa Clara, onde foi baptizado São Pedro Regalado.

As edificações actuais foram construídas ao longo dos séculos XV, XVI, XVII e XVIII, e segundo a tradição, São Pedro Regalado, Padroeiro de Valladolid, foi baptizado na pia baptismal da igreja em 1390.

A capela a ele dedicada, dentro da igreja, é um dos focos de veneração a Santo Regalado, cuja festa, em todos os dias 13 de Maio, se celebra nesta igreja desde meados do séc. XVIII.

A igreja está organizada mediante uma grande nave única, com cinco secções, muito ampla, coberta com uma abside poligonal e abriga um bonito retábulo rococó de 1756. Esta única nave é coberta por uma abóbada de tijolo e pedra. Em ambos os lados da nave abrem-se uma série de capelas construídas entre o século XV e 1788.

Esta igreja é uma espécie de compêndio de todos os estilos que ocorreram em Castela, a partir do décimo quinto ao final do século XVIII.

Lá dentro é de maior interesse observar, o altar-mor, a capela dos Reis, na Capela de São Pedro Regalado, a Capela baptismal onde foi baptizado, São Pedro Regalado, a Capela de Nossa Senhora da Guia e da Capela de San Juan Bautista.

O maior destaque vai para a sua interessante fachada, renascentista, do século XVI, de boas proporções e belas esculturas e com uma torre de grande porte, do séc. XVII, reformada em 1606 por Bartolomé de la Calzada.

Ao lado na mesma praça, existe uma bonita igreja hispano/flamenga concluída em 1492, que também foi visitada por nós.
Fonte: Wikipédia

Igreja do Mosteiro de San Benito el Real


A igreja de San Benito el Real, situada na pertence ao mosteiro da ordem beneditina, mesmo ali ao lado e é um dos mais antigos templos de Vallodilid, em estilo gótico. Foi construída entre os anos de 1499 e 1515, no mesmo lugar onde estava construído o antigo Alcazar Real.

A igreja foi edificada de 1499 a 1515, seguindo os planos de Juan de Arandia e García de Olave. Está totalmente edificada em pedra e está organizada mediante três naves, que rematam em três absides poligonais e não existe cruzeiro. Tem as características de uma igreja/salão que estava muito em moda em meados do séc. XVI.

No entanto, a fachada desta edificação não foi erigida na mesma época da restante construção, uma vez que esta foi construída anos depois, em 1569, sendo desenhada por Rodrigo Gil de Hontanon.

Originalmente a sua torre/campanário, tinha bastante mais altura graças há existência de outros dois corpos do campanário original que se encontravam sobre os actuais e que foram derrubados no séc. XIX, por ameaçarem ruína.

As naves laterais são muito altas e a diferença de altura com a nave central é pequena, pelo que podemos dizer que esta igreja segue a tipologia de igreja/salão, muito difundida na primeira metade do séc. XVI, criando edifícios com uma interessante e grandiosa espacialidade.

A iluminação é resolvida a partir de grandes buracos abertos na parede do corredor do lado do altar e nos corredores laterais. Originalmente, havia também alguns buracos na nave central que foram tapados após a elevação do tecto de 1580. O alongamento dos pés é o coro, que abrange as três naves da igreja.

Os pilares que dividem as naves são reforçados. Pode-se observar que as secções mais próximas à cabeça que decoraram capitéis e cornijas, desaparecem nas secções dos pés, mais austeros. Isto pode ser devido à busca de um orçamento mais barato à medida que avançavam as obras, iniciadas pela cabeceira, ao estilo medieval.

Um dos tesouros mais importantes guardados nesta igreja é o Retábulo de San Benito el Real de Valladolid.

Por fora, o templo tem grossas paredes resistentes de calcário (extraído de uma pedreira perto de Valladolid) e grandes janelas que iluminam o interior espaçoso. Ali mesmo do lado esquerdo de quem sai do templo, pode ver-se o bonito mercado fechado da cidade, que por ser domingo se encontrava fechado.

Quando acabámos a visita a esta igreja, ouviam-se cânticos gregorianos belíssimos, vindos do corpo do mosteiro, que fica mesmo ali ao lado direito, à saída da igreja e quando nos dirigimos para lá apercebemo-nos que se tratava de um ensaio de um grupo coral de igreja. Sentámo-nos nos degraus à saída e estivemos ali, ainda bastante tempo a ouvi-los ensaiar, acabando assim em beleza esta agradável visita.

Fonte: Wikipédia

A Plaza Mayor de Valladolid

A bela e ampla Plaza Mayor de Valladolid é de planta quadrada, com edifícios com arcadas e varandas que descansam sob colunas ou pilares de granito quadrados. É do tipo aberto, ou seja, as ruas que nela desembocam entram na praça sem qualquer impedimento, embora esteja vedada ao trânsito. Está rodeada por ruas estreitas que lembram o passado e é uma das maiores da Espanha.
Tradicionalmente, as casas da praça tinham uma altura de três andares. A distribuição dos vazios foi hierárquica. O primeiro andar tinha varandas e o segundo e terceiro, janelas simples. Esta aparência original foi mudando ao longo do tempo até ao presente, em que todos os vazios de todos os andares têm varandas.

A praça é presidida pela estátua de repovoador da cidade, Pedro Ansúrez e foi realizada em 1903 pelo escultor Aurelio Carretero.

No flanco norte, fica a Casa Consistorial sede da Câmara Municipal de Valladolid. A primeira, que sobreviveu até 1879, data do século XVI, mas foi sendo reformada ao longo do tempo. Em meados do século XIX, foi incorporada uma torre para um relógio no centro da fachada.

No início do séc. XX, foi realizado pela primeira vez um concurso para renovação do edifício, que foi ganho pelo o arquitecto Antonio Iturralde. No entanto, Iturralde morreu em 1897 e foi substituído pelo arquitecto Enrique Repullés, que assumiu as obras e derrubou tudo o trabalho feito por Iturralde, construindo um novo edifício eclético que foi concluído em 1908, sendo este o actual edifício da Câmara Municipal.

A Plaza Mayor de Valladolid foi reconstruída para que tivesse a sua aparência actual no séc. XVI, para que fosse uma espécie de lugar de reunião, mercado e lugar de celebrações públicas. Esta foi a primeira grande Plaza de Espanha e serviu como modelo para a construção das outras praças castelhanas e sul-americanas, incluindo a Plaza Real de Madrid.

Nas últimas obras feitas na praça actual, tentou-se retornar à homogeneidade original através de certos mecanismos técnicos, como a pintura com tinta vermelha de todas as fachadas dos edifícios existentes, mesmo os mais históricos e embora a praça tenha com este efeito, um bonito impacto visual, poderá ser esteticamente questionável, do ponto de vista histórico.

Site usado: Wikipédia

VIII Encontro Internacional de Escultores de Areia - Valladolid


A sorte e a beleza encontraram-se connosco mais uma vez, por acaso, na Plaza Mayor de Vallodolid, fazendo deste encontro uma pausa obrigatória para o reconhecimento de uma forma de arte com detalhes de sedução.
O VIII Encontro Internacional de Escultores em Areia, realizado na Plaza Mayor de Valladolid, para o qual foram seleccionados e convidados apenas nove escultores de areia do mundo, entre aqueles que estão no momento em maior evidência.
O Concurso Internacional de Mestres Escultores de Areia, é realizado todos os anos em Vallodolid e este ano decorreu nos dias 14 e 15 de Junho. Este ano o concurso homenageou o município no seu centenário castelhano.

Para ser realizado, foram usadas 175 toneladas de areia e o escultor Leonardo Ugolini, foi o vencedor deste VIII Concurso Internacional Escultores de Areia de Valladolid, no entanto todas as esculturas estavam espantosas e belas e uma delas, que se relacionava com os sonhos infantis, foi a minha preferida.
A escultura ganhadora representava, a “relação entre o homem remoto com os astros e os centros de astronomia actuais”, que foi o mote escolhido pelo escultor da obra vencedora, uma vez que neste ano se comemora o Ano Internacional da Astronomia e o trabalho pretendia reflectir sobre o esforço humano para compreender a universo.
Fonte: es.getalyric.com/escuchar


5º Dia - Valladolid

O final deste fim-de-semana prolongado aproximava-se, restando-nos só um dia mais para voltar a casa. Ao fim da tarde, deixámos Santillana del Mar a caminho do Sul, até à bela cidade de Valladolid, no centro Norte da meseta ibérica, onde pernoitámos num parque de estacionamento destinado a autocaravanas, bem perto do centro da cidade e junto ao Pavilhão da Feira Internacional de Valladolid.

No dia seguinte e depois de se dormir até tarde, resolvemos conhecer a cidade de bicicleta, uma vez que a cidade é plana e o centro ficava a poucos minutos do local onde foi deixada a autocaravana. A cidade estava calma e com pouco trânsito pois era domingo, o que fez com que o passeio de bicicleta fosse um prazer de difícil esquecimento.
Valladolid é uma cidade industrial e um município no centro-norte de Espanha, que se estende na confluência dos rios Esgueva e Pisuerga, um pouco acima da sua confluência com o rio Douro.

A antiga cidade arábica de Belad-Walid, que significava "Terra do Governador", é a principal cidade da sua província (Castela e Leão), e uma cidade universitária, situada num planalto fértil da velha Castela.

Valladolid foi conquistada aos mouros no século X. A primeira menção escrita a Valladolid, data da época de Alfonso VI. No século XI era um pequeno povoado que este cedeu ao Conde Ansúrez (nobre encarregue por D. Afonso VI de Leão e Castela, de repovoar Valladolid, a quem se deve na Idade Média um grande crescimento da cidade), e mais tarde foi sede da Real Chancelaria.
Carlos I converteu-a em capital de Espanha, condição que perdeu para Madrid, com Felipe II. Em 1469 a Rainha Isabel de Castela e Fernando de Aragão, casaram-se na cidade no Palácio Vivero e depois da reconquista transformaram Valladolid na sua capital. Por volta do século XV e a cidade foi a residência dos reis de Castela e a capital do reino da Espanha até 1561.

Com menos aparato, Cristovão Colombo morreu em Valladolid, em 1506, solitário, doente, desiludido e completamente esquecido, numa casa onde é agora um museu dedicado à sua vida.

A cidade foi novamente a capital do reino, entre 1601 e 1606 por vontade de Philip III e foi neste período que o grande Cervantes publicou a primeira edição de Dom Quixote, em 1604.

Nas últimas décadas, a cidade teve um considerável crescimento económico, através do desenvolvimento rápido da indústria, em especial da produção automóvel.

Apesar do crescimento e da industrialização, Valladolid possui alguma da melhor arte e arquitectura renascentista espanhola. Nela se podem observar no casco velho, alguns esplêndidos edifícios que são herança do seu passado glorioso.
A nossa visita começou a partir da Av. de Vicente Mortes e após a passagem para a outra margem, pela Ponte de Regueral sobre o rio Pisuerga, podemo-nos dirigir com facilidade à zona histórica da cidade.

Logo á saída da ponte à direita, podemos observar o belo jardim de roseiras, situado à margem do rio e junto ao Paseo de Isabel La Católica. Passando em seguida pela Plaza del Poniente, pela rua de Correos e pela rua de Jesús, chegámos a Plaza Mayor, no coração da cidade antiga.
A maioria dos edifícios da praça, datam do século XVI e respiram as tradições da cidade. Ali é interessante parar para sentir o pulsar da ampla e bela Plaza Mayor de Valladolid, uma das maiores de Espanha, quadrada, com arcadas que assentam sobre pilares ou colunas, onde se pode também observar a Câmara Municipal. A Plaza Mayor é presidida por uma estátua do Conde Ansúrez, ficando esta, mesmo em frente da Câmara Municipal, um prédio do início do século coroado pela torre do relógio.

Quando chegámos a esta deslumbrante Plaza Mayor, decorria ali o VIII Encontro Internacional de Escultores de Areia, para o qual foram seleccionados e convidados apenas nove escultores de areia de todo o mundo, entre aqueles que estão no momento em maior evidência, nesta área das artes.

Os trabalhos em areia ali encontrados, eram de uma beleza dificil de descrever e foi para mim deveras gratificante observar de perto este acontecimento, sendo as obras realizadas por estes mestres escultores uma delicia para os sentidos.

Bem próximo e a pouca distância da Plaza Mayor, encontramos também as Igrejas de San Benito el Real, o templo mais antigo da cidade, situado junto ao Mosteiro de San Benito e do edifício do Mercado da cidade e a igreja de San Pablo, na Plaza de San Pablo de Valladolid, situada junto ao Colégio de San Gregorio e que foi construída entre o séc. XV e XVII.

Em seguida e depois de seguirmos pedalando pela rua de Ferrari e rua del Regalado, foi a vez de visitarmos a Catedral de Valladolid, situada junto à rua de Arribas e no início da Plaza de Portugalete. A Catedral, conhecida também com o nome de Nuestra Señora de Asunción, foi desenhada pelo arquitecto Juan de Herrera, datando a sua construção do séc. XVI.

Ali bem perto, no topo contrário da mesma praça, ainda podemos visitar a antiga igreja de Santa María la Antigua, com uma torre românica, construída no séc. XI, sendo o resto gótico e neogótico, que foi restaurada na primeira metade do séc. XX.

Depois de passearmos pelas ruas e ruelas da cidade antiga, que naquele dia tinham uma quiétude absorvente, regressámos já ao final da tarde à autocaravana e após um breve lanche, partimos rumo a Portugal e ao final desta belíssima viagem.

Site: Wikipédia

Santillana del Mar, um pueblo medieval



Depois de Comillas foi a vez de visitar-mos Santillana del Mar. A chegada a Santillana a um sábado, fez com que fosse difícil encontrar estacionamento, mas após algumas voltas lá se conseguiu um local onde o estacionamento era permitido.

A vila de Santillana não é para turistas de janela de automóvel e para a visitarmos temos que caminhar por ela, uma vez que toda a vila se encontra vedada ao trânsito.
A vila abre caminho desde a estrada nacional para norte através de uma única via, a rua de Santo Domingo, que logo se bifurca em forma de “Y”, na rua de Juan Infante, que conduz à praça de Ramón Pelayo a partir da qual nos dirigimos à la Colegiata, uma igreja românica e antigo mosteiro beneditino.


Tudo começa ao seguir esta entrada e ali se descobre, cercados por velhas casas que parecem congeladas através dos séculos, que parecem à nossa espera para retornarem à vida, com varandas floridas, separadas por pequenas ruas calcetadas de antigas pedras e onde para quem é mais sensível, se pode imaginar o sem número de pessoas de outros tempos, que por lá já caminharam.

Isto não é impossível, pois ali vivi esta pequena fantasia ao visitar Santillana del Mar, o “pueblo” das três mentiras. É que dizem que Santillana nem é santa, nem plana (llana) e nem tem mar (del Mar).

Depois de se sair da estrada asfaltada e caminhando do asfalto para as velhas pedras da calçada, seguir adiante e ver-nos entrar por uma rua que fazia as vezes de túnel do tempo, foi uma sensação única que não se esquece jamais.

E quando as casas começaram a surgir, de um lado e outro da ruela empedrada, feitas também elas de pedras, que mostravam a cor e desgaste dos séculos que passaram… É sem dúvida uma experiência mágica!

Foi mágico caminhar descendo lentamente as ruas empedradas, apreciando os muitos anos que aquelas casas carregavam e, quando damos conta, chegamos ao fim da velha vila, atravessando um pequeno rio, na rua del Río.

Mas este final foi grandioso, pois terminava numa magnífica construção de cerca de 900 anos. A Colegiata Romanica de Santillana del Mar, que conclui a visão do passado em pleno presente nesta bela e antiga vila cantábrica.

Ali na Colegiata Românica de Santillana del Mar, repousam os restos mortais de Santa Juliana (ou Santa Illana). Santillana não é santa mas como se vê tem santa... Pena foi que quando lá chegámos já la Colegiata fechava…

Para um autêntico saborear deste milenar museu, deve observar-se o próprio vai e vem das pessoas que inundam as suas ruas, as suas seculares varandas sempre floridas e o encanto dos seus recantos que oferecem um mundo de surpresas em cada rua ou esquina...

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