Não faças da tua vida um rascunho, pois pode não haver tempo de passar a limpo.


André Rossato

Roma, à flor da pele

Roma é tão irresistível que quando a visitamos dá-nos vontade de repetir as três célebres palavras de César, “Veni, vidi, vici”, que traduzindo e ajustando ao sentimento de quem a visita querem dizer, cheguei, vi e (venci) rendi-me.

O sentimento sentido quando se visita Roma é um misto de prazer e espanto. Estas são realmente as palavras que melhor definem a sensação de quem chega pela primeira vez à cidade e mergulha, sem aviso prévio, num caos de vida e movimento acelerado, com catadupas de turistas falando e gesticulando em todos os locais percorridos.

O alvoroço e o corrupio com que se vive a visita à cidade, quando a todo o momento nos deparamos com cenários, em que o belo se impõe a cada esquina, dá-nos um sentimento algo paradigmático, perguntando-nos muitas vezes, como é possível que toda aquela confusão não se suspenda face a tamanha beleza e magnitude! Contudo, quer turistas, quer romanos continuam indiferentes sem parar o tempo suficiente para admirar, estátuas, fachadas lindíssimas de encantadores edifícios, praças, ruas, villas, palazzos e recantos como seria óbvio se o belo fosse em menor escala.

O que de sobremaneira espanta em Roma é a banalidade do belo e como que aos tropeções pela História, se visita a cidade, como se o belo não tivesse fim. Roma é o convívio diário com as memórias de uma História preservada e palpável que sobrevive na constante exposição das maravilhas da criação humana, que se observam por toda a cidade.

Depois o Vaticano, o Estado mais pequeno do mundo, baluarte da religião católica encravado numa cidade que transpira hedonismo por todos os poros. Se Roma e Pavia não se fizeram num dia, o mesmo se aplica ao Vaticano.

Nele é imperdível a Basílica de São Pedro, a mais famosa igreja católica do mundo e o Museu do Vaticano, que acaba na belíssima Capela Sistina. Embora sempre a abarrotar de visitantes, é necessário um certo isolamento psicológico em relação às multidões, para que se possa gozar o prazer da observação constante das inúmeras obras expostas.

Fonte: http://www.rotas&destinos.xl.pt / Wikipédia

Há aquilo que se sabe e há aquilo que se ignora. Entre uma coisa e outra está aquilo que se supõe.

André Gide
Na vida, nada se resolve, tudo continua. Permanecemos na incerteza, e chegaremos ao fim sem sabermos com o que podemos contar.


André Gide

Passeio por Orvieto – Parte IV


Após a visita à Piazza del Popolo e novamente na Via Cavour seguimos até à Piazza della Repubblica. Esta parece ter sido o local do antigo fórum da cidade etrusca e o centro da vida civil no início da Idade Média.
Outrora tinha o nome de Piazza del Comune (por ali existir o Palazzo Comunale), ou Piazza Maggiore, por ser na época a maior praça da cidade. A praça foi nomeada de novo em honra do rei Vittorio Emanuele II em 1861 e depois em 1946 para a recém-proclamada República Italiana.

É nesta praça que se encontra a Chiesa de Sant’ Andrea que foi construída no mesmo local de um antigo templo etrusco e era a igreja mais importante da cidade antes da construção da Chiesa de San Frencesco (1240-1264) e do novo Duomo (1290-1310).

Ao seu lado encontra-se uma torre de doze lados (séc. XII), que provavelmente foi a Torre Civica, sendo mais tarde adaptada como campanário da igreja. Do lado esquerdo deste campanário, pode observar-se o Palazzo Comunale, o palácio das autoridades civis da cidade, que foi construído em 1216-9 e os nobres iam ali todos os anos reafirmar a sua lealdade à Comuna.

Por baixo do arco central original do edifício passa a Via Garibaldi, que desemboca na Piazza della Repubblica. O Palazzo Comunale foi reconstruído em 1574, por Hipólito Scalza, quando a praça sofreu uma grande modificação e alargamento.

De volta ao Corso Cavour e sempre a pé, retornamos à Piazza Cahen, para ali tomarmos o autocarro de volta ao parque de caravanas, no sopé do planalto de travertino que suporta a cidade, para em seguida nos pormos a caminho de Roma, onde queríamos ir pernoitar naquela noite.

Fonte: Wikipédia / http://www.orvietoonline.com

A Vida


Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado noutra. A vida é um todo indivisível.

Mahatma Gandhi

Há doenças extravagantes que consistem em se querer ter tudo o que se não tem. Devemos ficar à espera de tudo o que vier a nós, sem desejarmos o que não temos. Desejando apenas o que vier. Cada espera não deve ser um desejo, só mesmo uma disposição para acolher.

André Gide

Passeio por Orvieto – Parte III

A partir da catedral enveredámos pela Via del Duomo, no sentido noroeste até encontrarmos novamente o Corso Cavour, a principal rua de Orvieto, que atravessa a cidade de leste a oeste.

No cruzamento das duas ruas, ergue-se a Torre del Moro, uma torre quadrangular com 40m de altura, que domina a Piazza Gualterio. À nossa frente, o Palazzo Gualterio com um portal renascentista, altamente decorado (1550). O edifício, austero e elegante ao mesmo tempo, está localizado na esquina do cruzamento em frente à Torre del Moro e foi construído na primeira metade do século XVI, para uma família rica e poderosa da cidade.

Ladeado pela imponente Torre del Moro, o Palazzo dei Sette é o mais bonito entre os que enfrentam o Corso Cavour. O edifício data do final do século XIII e originalmente pertencia aos Sete Senhores do Poder Judiciário, sendo também mais tarde possuído pelo Papado.

Também conhecida como Torre del Papa e Casa da Santa Igreja, o prédio foi doado à cidade pelo Papa Leão X (1515), tornando-se a sede da Câmara Municipal. Desenhado por Ippolito Scalza, o edifício foi profundamente reestruturado, na segunda metade do século XVI. No final do século XX, o prédio foi reformado para abrigar exposições e eventos culturais, tornando-se o centro cultural da cidade.

Uma porta leva à Torre del Moro. A torre é orientada quase exactamente sobre os quatro pontos cardeais e dela a vista varre a cidade e arredores. No topo da torre encontra-se o sino histórico, que tocava frequentemente para chamar os cidadãos às armas, durante as lutas entre os guelfos e gibelinos do início do século XIV. Outrora nela estavam gravadas as armas de Orvieto e o selo do povo, mas na segunda metade do século XIX, um relógio foi instalado.

A uma pequena distância a norte da Torre del Moro, encontramos a Piazza del Capitano del Popolo (Piazza del Popolo), onde se realizam mercados às quintas e sábados.

Nela encontramos o Palazzo del Popolo, construído em pedra vulcânica. É uma construção simples, que ainda mantém uma grandeza impressionante. A construção do palácio começou no séc. XIII num terreno que havia sido ocupada desde 1157 pelo Palácio Papal, construído no reinado do Papa Adriano IV.
O original Palazzo del Capitano era uma “loggia” com um só piso térreo, que foi usado como um lugar de mercado ou para as reuniões, onde o magistrado ia falar aos cidadãos. Este era o lugar onde os senhores ou representantes da lei das cidades vencidas, vinham prestar fidelidade a Orvieto.

A partir de 1596 uma das salas da secção inferior abrigava a Studium, a universidade, onde os estudantes de teologia da lei e da lógica, vinham estudar duas vezes por dia, cada vez que o sino do Palazzo del Popolo tocava, até 1651.

Existem poucos registos da antiga universidade após esta data. No entanto algumas fontes indicam que ela teve início em 1013 e tinha ligações com os monges beneditinos Graziano e Gozio de Orvieto, que teriam sido os seus iniciadores.

Fonte: http://en.wikipedia.org / http://travelitaliacom / http://www.planetware.com/orvieto

Idade

Os homens assemelham-se aos vinhos: a idade estraga os maus e melhora os bons.

Marie von Ebner-Eschenbach

"Felicidade é ter também a certeza de que a nossa vida não está passando inutilmente."

Érico Veríssimo