Até Sempre Barcelona...

A Sardana, uma Dança Peculiar


A Catedral de Barcelona

A primeira igreja no local foi construída por volta do século VI. A actual construção foi realizada entre 1298 e 1430, à excepção da sua fachada gótica que foi construída em 1913 durante a redescoberta do encanto da Barcelona medieval.

Mais tarde, mais precisamente em Maio de 1298, a construção da catedral gótica foi iniciada sob as ordens do rei Jaime II, conhecido como "o Justo". A construção da catedral gótica actual, começou pela cabeceira, sendo o edifício existente na altura, demolido à medida que se construía a presente catedral, com excepção da capela de Santa Llucia.

Assim sendo a actual catedral, foi construída durante os séculos XIII ao XV sobre uma antiga catedral românica, edificada por sua vez sobre uma igreja da época visigoda e esta precedeu uma basílica paleocristã, cujos restos podem ser encontrados no subsolo e alguns no Museu de História da Cidade.


Segundo a lenda, esta mártir depois de morta, foi exposta nua no fórum da cidade, quando milagrosamente, caiu uma nevasca que cobriu toda a sua nudez como que com uma coberta branca, o que foi desde logo considerado milagre pelos cristãos que assistiam ao acontecimento, pois era Primavera. As enfurecidas autoridades romanas meteram-na num barril com vidros quebrados, e lançaram o barril por uma inclinação de terreno abaixo, que de acordo com a tradição, se trata da rua Baixada de Santa Eulália, ou Costa de Santa Eulália, em Barcelona.
O Bairro Gótico
É a parte mais antiga da cidade de Barcelona, onde tudo começou. Ali podem ser encontradas ruínas romanas, inúmeros edifícios medievais e modernistas. É uma delícia perdermo-nos por suas ruas e ruelas tão estreitas, que constituem um autêntico labirinto. No entanto devemos ter muito cuidado com malas, carteiras, máquinas fotográficas…pois são vulgares os roubos por esticão.
A Muralha Romana de Barcelona, que foi construída no final do século IV e que converteu a então Barcino num dos mais impressionantes recintos fortificados do ocidente romano. A pequena cidade transformou-se numa autêntica fortaleza que impediu muitos ataques à cidade. A muralha tinha em média 1,3 mil metros de perímetro e 9 metros de altura por 3,5 metros de espessura. Foi ampliada e reforçada no século III e IV e defendeu a cidade durante mais de 600 anos. Encontra-se dispersa por várias ruas do centro mas pode observar-se facilmente ao lado da Catedral Gótica. Para a vermos melhor devemos dar uma passeata, passando pelas suas ruínas, junto à Plaza Nueva, Plaza Traginers, avenida da Catedral, Calle Tapinería e Calle Subteniente Navarro.
O Palau de la Música Catalana, também designado por Liceu, é um importante teatro, com uma estética realmente espectacular. É uma das jóias do movimento modernista de arquitectura, com vitrais e mosaicos maravilhosos. Foi projectado pelo arquitecto barcelonês Lluís Domènech i Montaner e sua construção, entre os anos 1905 y 1908 foi paga por industriais, pessoas ilustres e amantes da música. Mesmo por fora já se pode sentir o poder deste lugar, e se se entrar, deve o olhar elevar-se para se observar a sua linda clarabóia multicolorida.

A Catedral de Barcelona, com uma fachada em estilo neo-gótico é bastante mais moderna do que se possa imaginar, uma vez que a sua constução foi iniciada no século XIX, e só foi terminada em 1913. As suas torres gémeas, no entanto são mais antigas (século XIV). A Catedral, é a principal herança do período medieval do Barri Gòtic (em catalão), é uma das maiores construções góticas da Espanha.
A Plaza del Rey, com um edifício que serviu como alojamento aos Condes de Barcelona e que posteriormente foi usado pelos reis de Aragão. A sua bonita Capela Palatina ou de Santa Águeda foi construída no ano 1302 por Jaime II. A sua sala principal foi onde os Reis Católicos, Isabel e Fernando, que unificaram Espanha, receberam Cristóvão Colombo depois da sua primeira expedição às Américas. Neste mesmo salão, obra de Guillermo Carbonell (1359-1362), tiveram lugar os nefastos juízos da Santa Inquisição.
A Plaza Sant Jaume, é o centro do bairro, um lugar de movimentado comércio, e uma das praças onde ocorrem apresentações da Sardana (dança tradicional catalã, onde só participam maiores de 16 anos), sendo também vulgares neste lugar, as manifestações em prol da independência da Catalunha. É também o centro político de Barcelona, já que de um lado da praça temos o Palau de la Generalitat (Sede do Governo da Catalunha) e do outro lado o Ajuntament de Barcelona (a Câmara da cidade de Barcelona).
A Sede Central dos Correios de Barcelona, um belo edifício no final da Via Laietana com pinturas maravilhosas, foi o lugar escolhido para ser a Sede Central de Correios de Barcelona.
A igreja de Santa Maria del Mar, é também um dos pontos turísticos interessantes desta zona. Foi construída por e para o povo no século XIV. Isso não quer dizer que tenha poucos atractivos. Ao contrário, com um maravilhoso estilo gótico, é bastante alta e com muita luz que atravessa os seus bonitos vitrais. Na sua construção, feita com a ajuda braçal dos habitantes da cidade, em que cada um fazia o que podia. Os que trabalhavam com vidro, colocavam os vidros, os mais fortes traziam as pedras para construir a catedral, os com mais dinheiro, patrocinavam a obra. Além do mais, ela encontra-se situada no começo da Rambla do Born, um bom lugar para se tomar um café ou comer algo antes de seguir o passeio.

O Museu Picasso, está localizado num dos mais belos edifícios de uma rua de casas senhoriais e palacetes, a calle Montcada, na continuação da Igreja de Santa Maria del Mar. Aqui pode ter-se uma ideia bastante completa da evolução deste pintor malaguenho que viveu muitos anos em Barcelona. Lá se encontram desde os primeiros desenhos e quadros de quando era apenas criança até às fases mais importantes, como a fase azul. No primeiro domingo de cada mês, a entrada é gratuita. Foi junto à sua porta que por esticão, nos roubaram uma câmara digital Sony de filmar e fotografar, cheia de fotos e filmes da cidade que se perderam para sempre...

O Mercado de Santa Caterina, que foi recentemente reformado, é considerado uma obra de arte, após os três anos de reconstrução a que foi sujeito. Seu maior atractivo é o tecto de pastilhas coloridas e todo ondulado. Combina a modernidade de suas linhas, com a rusticidade de um mercado municipal original, e está situado no meio do bairro antigo.
O Tibidado é uma montanha situada no noroeste da cidade. O acesso é um pouco complicado já que tem que ser feito através de transportes públicos, mas vale a pena uma visita à igreja de Tibidabo, é linda, e ainda observar a magnífica vista da cidade. Aqui ainda se pode visitar o parque de diversões do Tibidabo, com várias atracções.
O Parque do Labirinto, também situado na parte alta de Barcelona, a “Horta”, o grande parque oferece magníficos lugares onde fazer um piquenique. Porém o mais importante do lugar é o labirinto de ciprestes onde nos podemos perder até encontrar o centro, fazer um descanso e procurar a saída.
Parque Joan Miró
O parque é dividido em dois níveis. No nível mais baixo, ou inferior, encontramos uma área para as crianças, com repuxos e WC. A atracção principal é a "pirâmide vermelha", que é uma atracção para os mais pequeninos, feita de cordas vermelhas muito resistentes e elásticas, que permitem brincadeiras já um pouco radicais como as escaladas.
Nesta área, também se encontra uma biblioteca pública, bastante completa e dividida em áreas, com uma zona com livros infantis (para evitar os eventuais transtornos que possam causar os mais pequenos a todos aqueles que necessitem de ler ou estudar em silêncio), separada da biblioteca propriamente dita e uma livraria.

Neste agradável parque podemos descansar, retemperando forças, antes de uma nova investida pela cidade. Em redor deste parque, existe ainda um grande número de canais e lagos e um jardim de plantas exclusivamente mediterrânicas, como palmeiras, pinheiros, eucaliptos e flores, que criam lugares de sombra e repouso bastante aprazíveis.
Fundação Joan Miró
Este edifício abre-se num plano de estrutura tradicional inspirada pelo estilo Mediterrâneo que consegue um equilíbrio perfeito entre a arquitectura e a paisagem circundante, e tem como uma das características mais notáveis uma torre octogonal, usada como auditório para concertos de música clássica.




El Pueblo Español


A ideia foi impulsionada pelo arquitecto Puig y Cadafalch e depois desenvolvido como uma unidade de conjunto pelos seus construtores, os arquitectos Ramon Reventós e Francesc Folguera, além dos artesãos e artistas Xavier Nogués e Miquel Utrillo, que pretenderam fazer um pueblo (aldeia), onde estariam, reproduzidos e representados edifícios das diferentes regiões da Espanha.

A sua construção foi realizada em treze meses e, curiosamente, o trabalho tinha uma data de validade, uma vez que era só para durar o tempo da Exposição Universal, que é de seis meses. O sucesso no seu planeamento, no entanto, tem permitido que a pequena vila tenha sobrevivido até aos dias de hoje.
No Poble Español pretendia-se reunir uma colecção de obras mestras da arquitectura espanhola, já que se tratava de construir um recinto que fosse uma síntese da Espanha monumental e uma divulgação de sua cultura, além de ter um pouco mais de Espanha na Catalunha, tendo ainda como fim, divulgar e aclamar politicamente a ditadura de Primo de Rivera (militar e ditador espanhol, fundador da organização fascista Unión Patriótica, inspiradora da União Nacional Portuguesa).