Spoleto




Um pouco antes da hora de almoço partimos de Roma, com o intuito de chegarmos a Assissi (Assis) ao final do dia. Pelo caminho queríamos parar durante a tarde na pequena cidade medieval de Spoleto, que nos ficava no caminho.


A tarde estava quente e foi muito agradável parar para um lanche depois de muitos quilómetros realizados, a que se seguiu a visita à cidade. A cidade estava calma, com alguns jovens na Piazza del Mercato, e só na rua de maior comércio é que se encontrava mais movimento.
Spoleto é uma esplêndida cidade enquadrada por belas florestas e localizada no centro da Itália, na região da Úmbria, uma região que se destaca pelo equilíbrio entre homem e natureza, no tratamento que seus cidadãos sempre tiveram com sua terra e seu rico passado.

Na Idade Média e na Renascença, foi uma activa região no coração histórico, cultural e religioso da Itália, onde as cidades se desenvolveram de forma extraordinária, acumulando uma enorme riqueza artística.
Spoleto está localizada no extremo sul do Valle Umbra, uma vasta planície aluvial criada em tempos pré-históricos pela presença de um grande lago, o Umber Lacus, que secou na Idade Média.

A cidade está construída sobre o Monte St. Elias, um promontório baixo, no sopé da Colina Monteluco, e que vai descendo até às margens do rio Tessino, sendo a leste cercada pelas montanhas que cercam a Valnerina.
Apesar de apresentar traços da era romana na sua estrutura urbana, Spoleto ainda mantém uma forte aparência medieval, herdada do próspero período do Ducado "Longobardi" e, depois, por ter sido uma importante cidade dentro do Estado Papal.


Possui elementos arquitectónicos bastante antigos, que remontam à época imperial, como o Arco de Druso, de 23 d.C., encontrado perto da Igreja romana de Sant'Ansano, a casa romana que pertenceu à mãe de Vespasiano e o esplêndido Teatro Romano, construído antes dos primeiros anos do Império e a Basílica de San Salvatore do séc. IV, são testemunhas das mais antigas origens de Spoleto. Perto da igreja de San Gregorio Maggiore, do séc. XII e caracterizada pelo elevado presbitério, há uma ponte romana (também chamada de "a sangrenta") que consiste em 3 arcos construídos em blocos de pedra e o anfiteatro do séc. II d.C., também pode ser ali encontrado.



O seu Duomo é um raro exemplo que sintetiza a arquitectura românica e conserva frescos do Pinturicchio e de Filippo Lippi, natural da cidade e que ali morreu depois de ter pintado os belos frescos da catedral. Na área encontrada em frente à Chiesa di San Pietro tem-se um amplo panorama de toda a Spoleto e da poderosa e esplêndida Ponte delle Torri (Ponte das Torres), do séc.XIV, com dez arcos com um total de 80 metros de altura e 230 de comprimento, que liga ao Forte (Rocca Albornoziana) construído em 1352, sob as ordens do Cardeal Egidio Albornoz e desenhado por Matteo Gattaponi, nos declives da montanha que domina a cidade. Um passeio por estes lugares oferece um admirável panorama da cidade de Spoleto e do lindo vale do rio Tessimo.


Monumentos mais modernos, tão fascinantes quanto os outros, são as igrejas de San Domenico e San Ponziano, ambas construídas durante o séc. XII. Fonte: http://www.initalytoday.com / http://www.spoleto.com.br/

A caminho da Úmbria




A primeira vez que li algo sobre a Úmbria, relembro uma frase que dizia ser esta “…uma terra permeada por um sopro místico, onde vivem numerosas cidades históricas ricas de arte e de arquitectura, que convidam ao descanso e à meditação.” Situada no coração da península, a Úmbria é uma das regiões de maior apelo para o turismo cultural, por resguardar vivos e intactos belos lugares do saber medieval e humanístico.

Este aspecto é ainda mais valorizado pela harmoniosa relação com uma paisagem doce e meditativa, em grande parte formada por colinas tapeçadas por cultivos e bosques, por oliveirais e vinhedos, que nos proporcionam belos cenários que inspiraram durante muitos séculos os seus artistas.A partir de Roma foi para esta terra que nos dirigimos. Esta é uma região única, discreta e despojada de vaidade, que embora não exiba o esplendor da Toscana, possui uma beleza genuína e agreste, pois é uma região que ainda vive predominantemente da agricultura.

Fica situada no centro do país, onde o verde brota por todos os cantos, possuindo parques naturais incríveis, sendo por isso um verdadeiro paraíso. Algumas dessas áreas naturais ficam próximas às colinas ou na montanha e são lugares perfeitos para quem quer um lugar para descansar.


Para quem como nós se aventurar por suas estradas, fica deliciado com as belas e únicas paisagens proporcionadas pelos vales e pelas montanhas dos Apeninos, enveredando por caminhos que nos levam aqui e ali a cidadezinhas que, embora não pareçam, foram vigorosos reinos independentes, antes de serem dominadas pelos papas.

Ainda assim, a maioria das pequenas cidades da Úmbria, estão empoleiradas em cima de colinas e remontam à Idade Média, tal como os seus monumentos e quem as quiser visitar prepare as pernas, pois será preciso subir ladeiras íngremes e deambular por ruelas inclinadas e estreitas. Entre os diversos tipos de aldeamento presentes na região (de cume, de encosta, de fundo vale, de planície), prevalecem amplamente os primeiros, preferidos pelo clima mais ameno e salubre, além de mais defensáveis em caso de ataque. Em contraste, e devido ao sistema de meação das terras prevalecente na região, era significativa a parcela da população que vivia isolada em casebres no campo, muitos deles encimados por uma torre de observação quadrada, a “palombara” (pombal).


Por tudo isto trafegar por ali foi um prazer, pois o número de visitantes é menor e a região reserva relíquias incalculáveis. De toda a Itália, só as regiões da Úmbria, da Toscana e do Lácio, é que conservaram a herança dos etruscos, invasores que antes do Império Romano ocuparam a área central da península. O seu nome, "Úmbria", deriva da população (os Úmbros) que, junto com os Etruscos, ocupavam o território antes da conquista romana e da qual temos poucas notícias históricas. Em todo caso, esta denominação veio a desaparecer quando a região foi englobada no Ducado de Spoleto, instituído pelos Longobardos e, mais tarde, no Estado da Igreja, reassumindo o seu antigo nome só após a unificação da Itália, em 1861.

Fonte: http://www.roma.guide.com.br / http://www.portalitalia.com.br

Visita a Roma - 4º Dia, Parte X





Ainda na Piazza di Spagna procurámos pela Via Condotti. A Via Condotti é a rua que se encontra em absoluta perpendicularidade com a Fontana della Barcaccia e por isso situada mesmo em frente da Scalinata della Trinità dei Monti (Escadaria Espanhola) sendo assim muito fácil encontra-la.

Segue-se então pela Via Condotti, que se encontrava com muita gente que saia ou entrava na Piazza di Spagna. Nos tempos da Roma Antiga, a Via dei Condotti era uma das ruas que cruzaram a antiga Via Flaminia e permitia que as pessoas que cruzavam o rio Tibre chegassem à Colina Pincio. Ela inicia-se na Piazza di Spagna e recebeu o seu nome, devido às condutas que nela passavam e que transportavam água para as Termas de Agripa.

A Via Condotti é um dos centros da moda em Roma e nela se encontram as lojas das melhores marcas da moda italiana e mundial, desde que o atelier da Bulgari, que ali foi aberto em 1905. Agora, além de Valentino, outros estilistas, como Zara, Armani, Hermès, Cartier, Louis Vuitton, Fendi, Gucci, Prada, Chanel, Dolce & Gabbana e Salvatore Ferragamo, têm lojas na Via Condotti. Outros ainda, como Laura Biagiotti, têm seus escritórios no local.No segundo edifício do lado direito da Via Condotti, a partir da Piazza Di Spagna, encontra-se o Antico Caffè Greco. O Antico Caffè Greco (muitas vezes apenas referido como Caffè Greco) é um marco histórico da cidade, que foi inaugurado em 1760, no nº 86 da Via dei Condotti. É talvez o mais conhecido e antigo café de Roma.

Ali tomaram café figuras históricas entre as quais se incluem, Stendhal, Goethe, Thorvaldsen Bertel, Mariano Fortuny, Lord Byron, Shelley, Franz Liszt, Keats, Henrik Ibsen, Hans Christian Andersen, Felix Mendelssohn e María Zambrano , e ainda hoje, continua sendo um refúgio para escritores, políticos, artistas e pessoas notáveis em Roma. Ao entrarmos fomos muito bem acolhidos por um simpático empregado de mesa com a idade de quem já deu as boas vindas a muitas dessas figuras históricas, mas que sem qualquer diferenciação continua a bem receber quer simples visitantes, quer figurões.

O ambiente de início do séc. XX, o belo mobiliário, os magníficos doces expostos e depois por nós escolhidos, o seu capuccino, o sossego e o fresco do ar condicionado, fizeram com que me viesse à memória a tão conhecida frase italiana: "Quanto è dolce non far niente" (como é doce não fazer nada).Este belo café não poderia existir noutro local que não fosse Roma, pois como se sabe um dos grandes prazeres da vida romana é saborear um café de preferência num dos seus cafés elegantes a ver o mundo passar. Assim sendo, ninguém deve passar por Roma sem experimentar dar um passeio através de Via Condotti com as suas magníficas lojas e de passar um fim de tarde descansado dentro do histórico Antico Caffè Greco. E como foi bom despedirmo-nos de Roma, neste belo e antigo café…


À saída o turbilhão de movimento da Via Condotti e um cheirinho inesquecível a castanhas assadas, ali bem próximo de nós. Depois o regresso ao parque de campismo, onde nos esperavam os preparativos para a partida no dia seguinte. No final do dia, o jantar no restaurante do parque, saboroso e bastante italiano. Fonte: http://trifter.com/practical-travel/world-cuisine/a-trip-to-caffe-greco / Wikipédia.org

Visita a Roma - 4º Dia, Parte IX





Depois o subir da escadaria e entrar na Chiesa de San Trinità dei Monti. A Igreja da Santissima Trinità dei Monti é um templo do renascimento tardio, mais conhecida pela sua bela posição de comando em acima das escadarias que nos conduzem à Piazza di Spagna. A igreja foi encomendada por Charles VIII no final do séc. XV e a construção durou até 1585.


O complexo inclui uma igreja e convento situado em Monte Pincio, com vista sobre a famosa Scalinata della Trinità dei Monti e a Piazza di Spagna, oferecendo ainda uma vista fabulosa sobre a Cidade Eterna.

Em 1494, São Francisco de Paula, um eremita da Calabria, comprou um vinhedo e, em seguida obteve a autorização do Papa Alexandre VI para ali estabelecer um mosteiro para os Frades Minimos (a Ordem fundada por São Francisco de Paula). Em 1502, Luís XII de França, começou a construção da Chiesa dei Trinità dei Monti próximo a esse mosteiro, para celebrar a sua invasão bem-sucedida de Nápoles.

A famosa fachada da igreja com suas duas torres simétricas foi um trabalho de Carlo Maderno. O interior combina arcos góticos, com uma decoração clássica renascentista. É o lar de várias obras de Cesare Nebbia inclusive a "Crucificação" do altar-mor de Daniele da Volterra, bem como obras do pupilo de Michelangelo. As suas bonitas esculturas e os frescos da cúpula são dignos de particular interesse.Novamente na Piazza di Spagna, caminhamos até à Piazza Mignanelli, situada do lado direito e mesmo ao lado da praça anterior. Pelo caminho do lado esquerdo, vê-se uma camisaria com o nome de Byron, por certo uma homenagem a Lord Byron, um destacado poeta britânico e uma das figuras mais influentes do Romantismo que ali esteve hospedado na praça (quando realizou o seu Grand Tour), em casa de seu amigo Percy Bysshe Shelley, também um dos mais importantes poetas românticos ingleses.

A Piazza Mignanelli tal como a sua visinha Piazza di Spagna, fica no sopé da Colina Pincio, à direita da Escadaria Espanhola e dela também parte uma escadaria que acede à Chiesa dei San Trinità dei Monti. Todos os anos, no dia 8 de Dezembro o Papa e milhares de católicos, visitam a Piazza Mignanelli, a fim de ali comemorar o dia da Imaculada Conceição, que está simbolizada pela imagem de Nossa Senhora no pilar que se encontra no meio da praça e por isso o pilar é chamado de dell' Immacolata Colonna.

O palácio que domina a Piazza Mignanelli e que possui o mesmo nome da praça, foi construído no início do séc. XVII. Foi encomendado pela família de Gabrielli, uma família rica de industriais de Siena. O terceiro andar do edifício só foi construído em 1887, pelo arquitecto Andrea Busiri Vici, que também reconstruiu a fachada. O palácio é agora popularmente chamado de Palazzo di Valentino, por pertencer ao famoso estilista do mundo da moda, e na fachada pode ser visto um grande "V" de Valentino.


A tarde começava a cair e a Piazza di Spagna ali ao lado a receber ainda mais visitantes, e nós já com algum apetite, resolvemos procurar o Caffè Greco para um lanche e pequeno descanso condignos. Abre-se o Guia da American Express, lê-se sobre a localização do Caffè Greco e em seguida procura-se a Via Condotti, onde do lado direito se encontra o antigo e histórico café.

Fonte: Wikipédia.org / http://tecnologia.terra.com.br

Visita a Roma - 4º Dia, Parte VIII




Pela Via dei Pontefici encaminhámo-nos para a Via del Corso, um segmento da antiga Via Flaminia que se localiza dentro da capital italiana e que se encontrava cheia de turistas. A sua posição central faz da Via del Corso um ponto de encontro perfeito para pessoas de todas as idades. Ela também atrai consumidores ávidos, porque ali podem encontrar uma ampla selecção de lojas para todos os gostos e preços.Uma série de atracções históricas de Roma, estavam localizados ao longo da Via del Corso. A história do nome desta rua famosa também é muito interessante. Poucas pessoas sabem que esta rua principal foi o sítio usado para uma corrida anual de cavalos que atravessava toda a sua extensão, daí o nome “Via del Corso”. Estas corridas foram proibidos em meados do séc. XIX, mas a Via del Corso ainda nos oferece um constante e colorido desfile de pessoas nos dias de hoje.


Escolhemos depois uma das vias perpendiculares à Via del Corso, enveredando pela estreita Via della Croce até ser atingida a Piazza di Sagna, onde queriamos passar o resto da tarde. A Piazza di Spagna, (Praça da Espanha), é um dos mais deslumbrantes locais da cidade de Roma. Encontrava-se cheia de gente, gozando o final da tarde, uma vez que é um ponto de encontro preferencial, diurno e nocturno de romanos e turistas de todas as nacionalidades e é muito comum ouvirem-se várias línguas ao mesmo tempo, num curto espaço.A partir dela sobe uma escadaria monumental que se encontra quase permanentemente cheia de pessoas que se sentam ao longo dos seus degraus. Esta elegante escadaria de 137 degraus, conhecida por Scalinata della Trinità dei Monti ou Escadaria Espanhola, é constituída por três secções e seguida na secção central por outras escadas que sobem nas laterais e levam até à Chiesa di San Trinità dei Monti. A construção da escadaria deve-se ao arquitecto Francesco de Sanctis (de 1723 a 1726) e foi custeada pelo embaixador da França, Etienne Gueffier.


A fonte no centro da praça, a Fontana della Barcaccia, com a singela forma de um barco, é afectuosamente chamada pelos romanos de La Barcaccia, ou "velha banheira". É atribuída a Gian Lorenzo Bernini ou a seu pai Pietro Bernini e foi realizada entre 1627 e 1629, que segundo dizem foi inspirada pela chegada à praça de um barco durante uma inundação do rio Tibre em 1598, quando um pequeno barco ali encalhou depois da água se ter retirado, quando o nível do rio baixou.Este acontecimento serviu para que o Papa Urbano VIII encargasse a Pietro Bernini a execução da obra, ajudado por seu filho Gian Lorenzo Bernini, que mais tarde o superaria em fama e técnica.


No início da Escadaria Espanhola (Scalinata della Trinità dei Monti), encontra-se do lado direito um prédio estreito e alto, que foi a casa de John Keats e Percy Bysshe Shelley (ambos poetas românticos ingleses) e onde o primeiro veio a falecer em 1821, com apenas 25 anos. Esta casa é hoje um museu dedicado aos poetas românticos ingleses, que na sua época iniciaram o Grand Tour, uma viagem que os aristrocratas, artistas, escritores e compositores faziam a Roma e outras cidades italianas, para um maior conhecimento da cultura italiana.


Também no início da Escadaria Espanhola, mas do lado esquerdo encontra-se outro prédio, o Babington's Tea Rooms, que foi fundado por duas inglesas solteironas, em 1896 e que nos dias de hoje ainda continua a servir chás à inglesa.

Fonte: http://www.aviewoncities.com/rome/piazzadispagna / http://www.navigaia.com / Wikipédia.org / http://www.virtualtourist.com/travel

Visita a Roma - 4º Dia, Parte VII





Em frente da Ponte Cavour estende-se o antigo bairro de Campo Marzio. O Campo Marzio (Campo de Marte) era uma zona da Roma Antiga de aproximadamente dois quilómetros, já fora dos antigos limites da cidade. Devido à proximidade do rio e influenciada pelo novo pólo citadino da Basílica de São Pedro, no Vaticano, um novo centro de peregrinação, a área de Campo Marzio tornou-se rapidamente no quarteirão mais populoso da Roma medieval.

Em frente da Ponte Cavour vêem-se 2 igrejas. A primeira é a Chiesa San Girolamo degli Schiavoni (São Jerônimo dos Croatas em Ripetta), a igreja nacional dos croatas em Roma, do lado direito e a segunda a Chiesa di San Rocco all’Augusteo, do lado esquerdo.

A Chiesa San Girolamo degli Schiavoni antes das últimas obras de melhoramento da zona encontrava-se na área com vista para o porto de Ripetta, onde estava instalada no séc. XIV, uma comunidade de refugiados da Croácia e Eslovénia. O Papa Nicolau V concedeu em 1453 terrenos e fundos para ali se estabelecer uma Congregação de San Girolamo degli Schiavoni, com um hospício, um hospital, e uma pequena igreja do séc. XI, originalmente chamada de Santa Marina de Posterula.A Chiesa di San Rocco all’Augusteo encontra-se ao lado da anterior e é uma igreja que nasceu por iniciativa da "Confraria de San Rocco", dedicada ao santo de Montpellier e aprovada em 1499 pelo Papa Alexandre VI. Em 1645 foi ali descoberto um fresco antigo com a Madonna (Virgem Maria), cuja imagem era considerada milagrosa. Hoje este fresco pode ser encontrado na Capela da "Madonna delle Grazie", construída após a descoberta.



Seguimos pela Via di Ripetta e logo a seguir observa-se o Ara Pacis. Já várias vezes observado por nós nas visitas turísticas proporcionadas pelos autocarros turísticos. O altar Ara Pacis foi construído na área do "Campo Marzio", perto da "via Flaminia", durante os anos 13 a 9 a.C., para comemorar as vitórias de Augusto, nas províncias ocidentais do Império.
A área do "Ara Pacis" é limitada por um recinto rectangular em mármore branco com baixos-relevos magníficos, com uma largura de aproximadamente 10 metros e um comprimento de 11 metros.


O altar central, onde ocorriam os sacrifícios rituais, pode ser alcançado através de duas aberturas localizadas no centro do mais curto dos lados da caixa e está colocado numa posição elevada em relação ao perímetro da estrutura.

O principal interesse artístico do “Ara Pacis” é sem dúvida dado pelos belos baixos-relevos organizados em sobreposição. O âmbito celebrativo do trabalho está directamente testemunhado pela presença do Imperador Augusto e de Agripa entre os personagens representados.


Atrás do Ara Pacis observa-se o Mausoléu de Augusto. Este é uma grande tumba construída para o imperador romano Augusto, em 28 a.C.. O Mausoléu mede 90 metros de diâmetro e 42 de altura. No século XIX o lugar foi muito maltratado, sendo usado para touradas, e depois como sala de concertos, ficando tão degradado que hoje se encontra em ruínas, mas para breve prepara-se a reabilitação do túmulo.
No final da área do Ara Pacis, virámos à direita e logo à esquerda encontra-se o edifício da Academia das Belas Artes de Roma. Fundada no início de 1580 sob o patrocínio do Papa e da directoria do pintor Federico Zuccari, a Accademia di San Luca, em Roma, (São Lucas é o santo padroeiro dos pintores) é a segunda mais antiga academia de artes na Europa, que visava promover o estilo e a metodologia do que se chama de Arte Académica.


Fonte: http://tecnologia.terra.com.br / Wikipédia.org

Visita a Roma - 4º Dia, Parte VI




Logo a seguir ao Palazzo di Giustizia, mesmo ao lado, encontra-se outro palácio, o Palazzo dei Uffici della Profezione Civile, ou simplesmente Palazzo del Ministério do Interior, o Ministério do Interior do governo italiano, que ali funciona desde 1925 e é o órgão de execução da política interna da República, que olha pela segurança e prevenção da criminalidade, mas também trata da regulamentação das denominações religiosas, os cultos permitidos na Itália. Encostada a este palácio uma linda igreja branca, a Chiesa del Sacro Cuore dell Suffragio. Foi construída em estilo do gótico, entre 1894 e 1917, pelo arquitecto Giuseppe Gualandi e, apesar de sua aparente brancura de mármore, a igreja é toda de betão. A fachada é caracterizada pela presença de pináculos, nichos e estátuas, que lembram a fachada do Duomo de Milão, parecendo até uma pequena réplica desta basílica e talvez por isso esta igreja é também designada pelos romanos por "Pequena Catedral".

Na realidade a singularidade desta igreja está ligada a algo transcendente, pois ela é um verdadeiro museu do submundo, o Museo delle Anime del Purgatorio (Museu das Almas do Purgatório). Este é o principal motivo de interesse da igreja e junto da sacristia o museu reúne documentos e relíquias relacionadas com a existência das almas do Purgatório, com uma colecção de livros, roupas, fotos, pequenas tábuas de madeira e tecidos em que estão gravadas impressões das almas do purgatório, que dizem conter provas da existência do "além mundo", colectadas em toda a Europa.Tudo começou em 1894, quando o Pe. Victor Jouet fundou esta igreja. Mas em 1897, deflagrou um incêndio na capela de Nossa Senhora do Rosário. Uma vez extinto o fogo, o padre Jouet deparou com um fenómeno para ele verdadeiramente surpreendente. Na parede, viu a imagem de um rosto sofredor numa mancha produzida pelo fogo. A partir dai começou a recolher documentos e objectos relacionados com a existência de espíritos do Purgatório e a sua presença no mundo sob a terra em forma de aparições que deixaram marcas da sua presença em tecidos, livros e objectos, cada um com sua incrível história.

Chegados ao final do Lungotevere Marzio chega-se à Ponte Cavour. Ela liga a área em redor da Piazza Cavour com a área em redor do Ara Pacis no Campo de Marte.
Tem 110 metros de comprimento e foi projectada pelo arquitecto Angelo Vescovali. Apresenta cinco arcos em travertino e foi construída entre 1896 e 1901 para substituir a Passerella di Ripetta. Foi inaugurada em 25 de Maio de 1901 e foi nomeada Ponte Cavour, em homenagem a Camillo Benso, Conte di Cavour, um dos pioneiros da unificação italiana.


Fonte: Wikipédia.org / http://www.06blog.it