Então, uma coisa está garantida em qualquer destas aldeias é uma nobre e privilegiada localização, com uma vista maravilhosa. Pena o tempo ter sido pouco, só nos dando a possibilidade de conhecermos três das mais famosas povoações que pertencem aos Pueblos Blancos, Ardales, Ronda, onde passámos a passagem de ano e Setenil de Las Bodegas, ficando as outras para uma próxima viagem.
Os Pueblos Blancos
Então, uma coisa está garantida em qualquer destas aldeias é uma nobre e privilegiada localização, com uma vista maravilhosa. Pena o tempo ter sido pouco, só nos dando a possibilidade de conhecermos três das mais famosas povoações que pertencem aos Pueblos Blancos, Ardales, Ronda, onde passámos a passagem de ano e Setenil de Las Bodegas, ficando as outras para uma próxima viagem.
A Garganta del Chorro
A Garganta del Chorro é um desfiladeiro de pedra calcária, através do qual passa o rio Guadalhorce. É um local de uma beleza sufocante, bizarra mas ao mesmo tempo emocionante, dando vontade de só sair de lá, depois de tudo bem explorado. Mas isso só se pode fazer com equipamento adequado e a ajuda de guias experientes.
A paisagem circundante apresenta uma topografia quase brutal, mas muito bonita, com a zona rural circundante de encostas áridas, com vegetação rasteira e cactos. Perto da Garganta del Chorro, os altos e abruptos penhascos íngremes e quase inacessíveis.
Devido à sua localização no sul da Espanha, a escalada é possível durante todo o inverno, mesmo que às vezes haja frio ou neve. As rotas são geralmente duras subidas, nos altos penhascos que caem a pique sobre o rio Guadalhorce e que atraem escaladores de todo o mundo.
Ao contrário de tantos outros lugares, El Chorro está como que parado no tempo, percebendo-se que pouco tem mudado, o que mantém este lugar vivo e vibrante, atraindo um fluxo constante de pessoas de todo o mundo, que para ali trazem perspectivas únicas, atraídas pela beleza ou a paixão pela escalada.Depois de deixar-mos a povoação de El Chorro e o seu desfiladeiro, já a caminho da Serra de Grazalema e dos Pueblos Blancos, a viagem feita através do vale do rio Guadalhorce e do vale Abdalajis é fascinante.
Este vale encontra-se situado na fronteira sul da região de Antequera, quase totalmente rodeado por terras de Antequera e aberto no meio de um corredor estreito que serpenteia o vale do rio Guadalhorce.
A serra do Valle de Abdalajis desempenha um papel importante e funciona como fundo calcário impressionante, para os belos Pueblos Blancos com suas casas de um branco imaculado.
Na encosta oposta, a paisagem é formada por um relevo muito suave e colinas ondulantes cobertas de olivais e campos de cereais. Entre as colinas e a serra encontramos o ribeiro de las Piedras, que corre lentamente entre as suaves colinas.
A situação estratégica deste pequeno vale entre as terras de Guadalhorce, via de comunicação para o mar e a cidade de Málaga, bem como as terras de Antequera, entre a Alta e Baixa Andaluzia, converte-o num corredor importante ao longo de toda a história, fazendo deste um dos locais mais ricos em vestígios arqueológicos.
Fonte: www.andalucia.com
A chegada a El Chorro
O caminho até El Chorro, é cheio de subidas e descidas acentuadas, curvas e contracurvas, e estradas de má qualidade, mas merece a pena.
Imagine-se três belos lagos de cor turquesa, ligados entre si, surpreendentemente rodeados por florestas de pinheiros. Um retiro tranquilo onde se pode nadar ou pescar e até fazer um piquenique na margem dos lagos.
A chegada à pequena e silenciosa povoação de El Chorro, já noite cerrada, fez com que o lugar para a pernoita fosse encontrado com rapidez, num escaparate de estrada, com a albufeira da Barragem del Chorro aos nossos pés.
El Chorro, é uma aldeia que se encontra próximo de uma barragem hidroeléctrica sobre o rio Guadalhorce, aproximadamente a uma hora de automóvel de Málaga, que é o "El Dourado" para os escaladores, possivelmente o local de escalada em rocha mais importante de Espanha, devido às escarpas que sobressaem em ambos os lados da garganta que precede a barragem.
Na verdade, os três lagos artificiais criados por esta barragem construída a 200 m de altura, no rio Guadalhorce, rodeados por pinhais, fazem a moldura ideal para a conhecida Garganta del Chorro.
A barragem foi inaugurada oficialmente em 1921 pelo rei Alfonso XIII de Espanha e, nesta ocasião, ele fez uma caminhada ao longo de um estreito caminho, hoje chamado de El Camino del Rey, até ao desfiladeiro a cerca de 100 m, acima do rio.
É aconselhável fazer o passeio pela garganta, através do caminho espectacular, que inclui partes do tradicional e vertiginoso Paseo del Rey. A construção deste caminho durou 4 anos e foi terminada em 1905.
Muitos troços estão agora vedados, uma vez que estão em contínua deterioração, sendo extremamente perigosos. Na maior parte do caminho não existe corrimão e algumas partes do percurso cederam por completo e foram substituídas por vigas e por um fio metálico agarrado à parede.
O Camino del Rey pode ser encontrado desde o povoado de El Chorro, é uma trilha que fica numa estreita e perigosa passagem, ligando as montanhas de Chorro e Gaitanejo, e para o fazer deve tomar-se a estrada à esquerda antes da estação ferroviária, continuando após o parque de campismo, a caminho do desfiladeiro.
Visita à Cidade de Granada
Antes de lá chegár-mos, à nossa direita, encontramos a Capilha Real e do lado esquerdo o Palácio de la Madraza. Ali também se encontra a Alcaicería, uma reconstrução de um bazar mourisco que ardeu em 1843.
As duas principais praças de Granada, são a Plaza Bib-Rambla, perto da Catedral e a Plaza Nueva ou Plaza de Santa Ana, junto à igreja do mesmo nome.
O nome Bib-Rambla significa "Porta do Rio", uma vez que a praça se situava na margem de um rio de areia. Nos tempos dos Mouros, eram ali efectuados os festivais e justas e depois mais tarde, touradas na época cristã.
Foi nesta e noutras praças de Granada que foram queimados muitos dos importantes manuscritos árabes, documentos e livros, após a conquista da cidade pelos reis católicos. Acredita-se que mais de um milhão foram destruídas desta forma.
Mais tarde foi a praça usada para um mercado de vegetais, carne e peixe, e nela existia um chafariz ao centro, hoje substituído pela estátua de Frei Luís de Granada.
Do lado esquerdo de quem chega à Plaza Nueva, pode ver-se a Chancelaria Real. Na parte de trás deste edifício, existiu uma prisão, que foi construída no séc. XVII e que serviu até o final do séc. XIX. O edifício é usado hoje como o Supremo Tribunal.
À direita da praça e junto à Igreja de Santa Ana, encontra-se a Fonte do Boi, que ali foi instalada em 1941, com o seu touro no centro, jorrando água e um meninos de cada lado.
O perfume das essências de narguilé, exala pelas ruas de Granada, que encanta pela atmosfera das histórias de mil e uma noites, imaginadas quando se deambula pela cidade. As músicas que vêm das lojas remetem à dança do ventre e lembranças e roupas à venda têm alma árabe.
Nas casas de chá, o aroma das bebidas, feitas com flores e frutas e doces à base de folhados e mel. Em muitos momentos, circular por Granada, confunde. "Será que estou numa cidade árabe?"
De vários pontos da cidade avista-se o Alhambra, construído como fortaleza militar no topo da montanha La Sabika, que foi transformado em residência real no séc. XIII.
O Bairro Sacromonte
A colina vermelha, onde está situado este bairro, apresenta um aspecto seco e árido, com cactos eriçados com pitas e oferece vistas de uma beleza indescritível, das torres do Alhanbra às encostas cobertas com casas brancas do Bairro Albacin.
As grutas do Sacromonte são agrupadas em torno de barrancos, formando uma espécie de ruas, onde se podem ver cavernas de várias categorias. As zambras, são as mais espaçosas, brancas e adornadas com vasos de cobre brilhantes. A maioria destas grutas do Sacromonte, estão localizadas perto da estrada e são facilmente acessíveis.
Estas grutas do Sacromonte, foram a casa durante séculos de ciganos, boémios e artistas flamengos, transformando-se ao longo do tempo num bairro que é a alma do flamenco e lugar de profundas paixões e mistérios escondidos. O povo cigano como o judeu são dois dos povos que ao longo dos séculos preservaram a pureza da identidade racial.