Mourão

Esta vila situada bem próximo da fronteira com Espanha, é um local de grande beleza natural, onde reina a beleza da paisagem e onde se encontra a verdadeira paz de espírito.
Mourão sempre sofreu grande influência do grande rio Guadiana, que muito contribuiu também para a fertilidade dos terrenos circundantes onde crescem oliveiras, amendoeiras, e outras árvores de fruto que moldam a paisagem.

A partir das ligações viárias, destaca-se a imagem da Vila de Mourão ao longe, que dá diferentes leituras consoante o ponto de vista. Assim, a partir da estrada que vem de Reguengos de Monsaraz o que se observa é o Castelo, solitário, dominante numa encosta de declive acentuado.

Do alto do Castelo de Mourão desfruta-se uma incrível panorâmica sobre a paisagem envolvente. Assim, para além da vista a sul sobre o casario de Mourão, agarrado às faldas do Castelo, para norte observa-se o mar de água do rio Guadiana que o Alqueva aprisionou e o Castelo e Vila de Monsaraz localizados no alto de uma elevação de declive muito acentuado e com quem o Castelo de Mourão estabelece cumplicidades há muito tempo.
A sul, envolvendo a vila, os campos de cultura são ocupados essencialmente por olivais e vinhas, são de forma regular e de pequena área, determinados quer pela topografia, já que o relevo se apresenta aplanado, quer pelos solos que são de muito boa qualidade, o que terá levado a sucessivas partilhas ao longo das gerações.

Abraçando a água, estão os campos de cultivo que do lado Norte apresentam formas irregulares de acordo com o relevo, delimitados por muros de pedra seca de xisto, com oliveiras de forma a deixar livres o resto dos terrenos para o cultivo dos cereais.

Foi esta situação natural de fronteira aberta com unidade na paisagem e sendo a Espanha simultaneamente uma tentação e uma ameaça que levou à construção e fortificação do Castelo de Mourão, marco importante na paisagem.
Monsaraz

O seu Castelo, ergue-se sobre o monte Monsaraz, dominando a vila medieval e a fronteira com a Espanha. Considerada uma das mais antigas povoações de Portugal, Monsaraz regista indícios de povoamento desde os tempos pré-históricos, sendo inicialmente um castro fortificado.
A partir de então foi sendo sucessivamente ocupada até ao período de formação da nacionalidade, sendo conquistada pela primeira vez aos muçulmanos em 1157, por Geraldo Sem Pavor.
Em 1263, é já uma importante povoação fortificada. No entanto, o repovoamento cristão de Monsaraz só iria efectivar-se no reinado de Afonso III, quando o monarca lhe concedeu o primeiro foral, fixando os limites do concelho. A população era então constituída por cristãos, moçárabes, árabes e judeus.
Nos anos seguintes foi edificado o núcleo primitivo do castelo, incluindo a Torre de Menagem, a Igreja Matriz e o Tribunal Gótico, cujo interior alberga o fresco de “O Bom e o Mau Juiz”. Ao longo do século XVI e com a reforma manuelina do foral, a povoação foi crescendo, instituindo-se localmente uma Irmandade da Misericórdia.
Fonte: Wikipédia