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Adeus Bruxelas/ Final da Viagem


Durante a nossa estadia de três dias em Bruxelas, ficámos hospedados no Hotel Bedford, situado a apenas 450 metros da Grand Place e perto do Royal Palace, dos museus e da principal zona comercial. Tivemos uma sorte enorme, uma vez que o hotel não foi escolhido por nós, e sim pela agência de viagens, dispondo da localização perfeita para visitar o histórico centro da cidade.

Foi nele que nos despedimos de Bruxelas, e partimos para o aeroporto, com a antecedência necessária para se proceder quer à entrega do carro que tinhamos alugado, quer ao despacho da bagagem, ficando ainda com tempo disponível para se deambular pelas lojas do aeroporto, afim de se comprarem as lembranças e presentes de última hora.

A época ideal para visitar Bruxelas é sem dúvida o Verão. em que a temperatura ronda geralmente os 15º C, embora nós tivessemos mais sorte porque estava mais calor quando a visitamos. No entanto os habitantes de Bruxelas, dizem que a cidade pode ser visitada entre os meses de Maio e Setembro, quando o clima é mais agradável. O frio e a chuva intensa que se fazem sentir entre Novembro e Março, tornam pouco convidativa uma visita à capital da Europa, embora seja o período mais tranquilo da cidade, com menos turistas e com diárias mais em conta.

Os habitantes da cidade passam de início a impressão de distancia e frieza, mas, qual não foi a minha surpresa ao descobrir que basta tentar puxar algum assunto, e estes logo se mostram curiosos e de um senso de humor incrível, e ficamos a perceber que na verdade os belgas não são frios, mas sim tímidos e extremamente educados, escondendo a sua curiosidade sob a aparência de distância.

Bruxelas não merece uma só visita, mas sim ser visitada várias vezes. Ao lado do Hubert de Ville (um dos prédios da Grand Place), encontra-se a Gilded Plaque, um monumento "art nouveau", com uma enigmática escultura em bronze, que segundo uma lenda popular, diz que passando a mão nessa escultura (que parece um Jesus Cristo deitado), assegurar-se-á a volta a Bruxelas.

Eu espero lá voltar um dia, mesmo sem o ter feito...

Bruxelas


Bruxelas (em neerlandês Brussel e em francês Bruxelles) é a capital da Bélgica, capital da comunidade flamenga e, desde 2003, capital oficial da União Europeia. É uma cidade de negócios, cosmopolita e vibrante.

Como em quase todas as cidades europeias, Bruxelas também tem um centro velho e uma praça central, a Grand Place. Muita gente a considera uma das praças mais bonitas do mundo, e com razão. Construída entre os séc. XIII e XV, a Grand Place de Bruxelas preserva carinhosamente casas que pertenceram a reis e nobres no passado, numa surpreendente harmonia arquitectónica. O edifício do Hotel de Ville, (Câmara Municipal), um dos prédios mais emblemáticos da cidade, também ali se encontra.

A Grand Place é a maior atracção turística da cidade, e é também chamada de Grote Markt (Praça do Mercado), onde acontecem todos os principais eventos de Bruxelas. Rodeada de prédios históricos remanescentes dos séculos XV e XVI, com o mercado de flores pelo chão e rodeada de restaurantes com mesas nas ruas, tudo é uma festa para os olhos e os sentidos.

À noite, sob luzes especiais, a Grand Place fica ainda mais sedutora. Nessa praça encontra-se o melhor de Bruxelas. São museus, cafés, cervejarias e lojas de chocolate, em ambientes acolhedores, que num primeiro olhar combinam apenas com os ventos frios do Inverno. Na primavera e no verão, porém, o cenário muda, e a praça vira um teatro aberto para artistas de rua, com shows e concertos de primeira linha.

Sob a luz do sol, as cafetarias também se transformam, colocando as mesas na calçada para servirem de camarote a festa ao ar livre na praça. Esse lado mais espontâneo de Bruxelas é quase um segredo, uma vez que se fala mais sobre a solidez das empresas belgas do que sobre a animação de suas cervejarias. Durante as festas da cidade a calçada central desta praça, é coberta com um enorme tapete de flores.

O espírito livre e criativo de Bruxelas, que a Grand Place confirma tão bem, pode não transitar tanto pelos satélites da informação, mas observa-se nos ateliers de design, nos antiquários da Praça du Grand Sablon e até nas vitrinas das incontáveis lojas de chocolate. Há um bom gosto permeando quase tudo, algo que está impresso no código genético da cidade, uma vez que ela nasceu de uma pequena colónia de artesãos e ardorosos comerciantes que, no final do séc. X, se estabeleceu ao redor de um grande castelo.

Foi em Bruxelas que, em 1847, numa atitude pioneira, alguns arquitectos construíram uma cúpula sobre uma pequena rua de comércio, criando as Galerias Saint-Hubert, depois divididas com nomes sugestivos, tais como, Galeria do Rei, da Rainha e da Princesa. Mais tarde, o lugar atraiu lojas chiques e tornou-se o embrião dos modernos shopping centers.

As Galerias Saint-Hubert preservam ainda o charme daqueles tempos. Mas hoje, as lojas de designers famosos espalham-se também ao longo da Avenue Louise, uma zona onde Bruxelas se revela bastante cosmopolita, e com ares bem diferentes que os do centro velho. Como centro da Comunidade Europeia tornou-se ainda mais importante, e graças a isto a capital da Bélgica tem sempre congressos e eventos internacionais que dão à cidade um toque global e fazem com que um terço dos habitantes da cidade sejam de outros países.

O melhor exemplo dessa outra Bruxelas é o centro multimédia, Atomium, uma obra “high tech” que, como o nome sugere, tem o formato de um átomo, obviamente em versão ampliada 165 biliões de vezes. Construído para a Exposição Mundial de 1958, o Atomium domina a paisagem com sua aparência futurista, no meio da zona verde do Boulevard du Centenaire. Lá dentro, percorrendo os estranhos e inclinados corredores que unem as esferas desse átomo gigantesco, descobre-se um centro cultural bem equipado, salas de exposição e, bem no alto, uma vista maravilhosa da cidade.

Esta enorme estrutura composta de 9 esferas interligadas por tubos, tem 102 metros de altura e fica no Parc D´Ossegem, a norte da cidade. Na hora de escolher um símbolo para a exposição, decidiram homenagear a importância da Bélgica na produção do aço, por isto foi feito este monumento na forma de uma molécula de cristal de ferro. Quase todas as esferas são interligadas por passadeiras e escadas rolantes.

Em cada uma delas há atracções e exposições audiovisuais. Da esfera mais alta, que fica numa altura equivalente a um prédio de 30 andares, tem-se uma vista fantástica de toda a cidade. Foi inicialmente planejado para durar apenas seis meses pelo arquiteto André Waterkeyn, mas sobreviveu, tornando-se num local de visita obrigatória para os turistas. Muitos consideram o Atomium um ícone nacional, rivalizando com o Manneken Pis.

A arquitectura em Bruxelas é uma mescla de construções históricas do centro da cidade, edifícios "Art Nouveau" e uma amalgama de prédios ultramodernos da zona nova da cidade. Esta zona nova, que aparentemente parece ter crescido sem planeamento urbanístico qualificado, ainda suporta as modernas infra-estruturas e edifícios da administração da União Europeia, como o Edifício Berlaymont, sede da Comissão Europeia e o Edifício do Parlamento Europeu.

Um dos passeios obrigatórios em Bruxelas é o Centro Belga de Histórias aos Quadrinhos e a Boutique do Tintin. Esta personagem foi criada pelo desenhista Belga Hergé, e até hoje Tintin e seu cachorro Milou são praticamente heróis nacionais, e por todo o lado podem ver-se edifícios com pinturas murais com o personagem dos quadradinhos. Com uma exposição permanente, esta casa foi projectada pelo arquitecto Victor Horta, um dos criadores do "art noveau", um estilo que nasceu em Bruxelas e se espalhou em inúmeras obras de arte e construções por todo o mundo.

Outro local a visitar é o Parque da Mini-Europa, que infelizmente não tivemos tempo de conhecer, que é uma espécie de "Europa dos Pequeninos", onde se podem ver réplicas em miniatura dos mais emblemáticos monumentos das principais cidades europeias.

Bruxelas também soube assimilar influências que determinariam sua natureza multicultural. Durante os séculos XVI e XVII, foi o domínio dos Habsburgos espanhóis. Depois, foi capital dos Países Baixos, constituídos pela Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Mais tarde ainda, o país passou por mãos austríacas, francesas e alemãs. Ainda hoje, Bruxelas é o umbigo de um país cujo norte é flamengo (de língua e cultura holandesas) e o sul, valão (de língua e cultura francesa). E embora haja discordâncias crescentes entre essas duas zonas, Bruxelas transformou-se numa espécie de território neutro e muito tranquilo.

Se há um lugar onde todos se tornam iguais nessa cidade é na Petite Rue des Bouchers, que concentra alguns de seus melhores restaurantes. A especialidade culinária da cidade são os moules, que nós conhecemos como mexilhões. Na Bélgica eles são gratinados, servidos ao molho de tomate ou, simplesmente, cozidos com ervas, sempre acompanhados das prosaicas batatas fritas. Os restaurantes mais caprichosos arrumam as mesas do lado de fora, expondo os frutos do mar ao desejo dos passantes.

Para sobremesa, Bruxelas tem o chocolate Godiva, tido como um dos melhores do mundo e há lojas desta marca de chocolates espalhadas por todo o lado. Outra sobremesa famosa é o waffle, que é outra paixão nacional, que enche as ruas com um irresistível cheirinho adocicado.

Outra especialidade são os mais de 400 tipos de cerveja produzidos na cidade. Uma das mais tradicionais chama-se La Mort Subite (A Morte Súbita), cujo nome vem de quando ainda era costume jogar dados nas cervejarias, em disputas que acabavam de repente, e quem perdia pagava a conta.

Outro local de interesse é o Palácio Real de Bruxelas que é o palácio oficial do rei belga. Localiza-se ao lado oposto do prédio do Parlamento, no outro lado do Parque de Bruxelas. Os dois edifícios simbolizam o sistema de governo da Bélgica, que é uma monarquia constitucional.

Embora não seja usado como uma residência real, já que o rei e sua família vivem no Castelo Real de Laeken, o Palácio funciona como o local onde Albert II realiza suas prerrogativas como Chefe de Estado, concede audiências e lida com os negócios de Estado.

Além dos escritórios do rei e da rainha, o Palácio Real abriga os serviços de marechal-mor da Corte, do chefe do gabinete do rei, do chefe da casa militar do rei e do intendente da lista civil do rei. Seus interiores também são utilizados para grandes eventos e para a recepção de chefes de Estado estrangeiros.

A fachada que pode ser vista hoje, foi construída depois de 1900, sob a iniciativa do rei Leopoldo II. A estrutura original do palácio remonta ao fim do século XVIII. Entretanto, o terreno em que se encontra, fazia parte de um complexo palacial muito antigo, erguido durante a Idade Média.

Mas, por incrível que pareça, o lugar mais visitado de Bruxelas ainda é a fonte do Menekken Pis, que está situada numa rua nas vizinhanças da Grand Place. Há muitas histórias tentando explicar o carisma desse pequeno monumento. A versão mais aceite é a que lembra o episódio da destruição da Grand Place, por um bombardeio no séc. XVII. Reza a lenda que um menino teria apagado o incêndio assim, fazendo xixi.

A estátua deste menino é uma das principais atracções da cidade. A história começou na idade média, quando aqui havia uma fonte, e em 1619, e o escultor Jerome Duquesnoy fez a estátua do menino para embelezar o local. O monumento fica na esquina das ruas Stoofstraat/Rue de L'Etuve e Eikstraat/Rue du Chêne e geralmente está sempre rodeada de pessoas fotografando a escultura ou sendo fotografadas junto desta.

A estátua passa a maior parte do ano vestida, uma tradição iniciada em 1698, e seu guarda roupas com mais de 600 peças pode ser visto na Casa Real e no Museu da Cidade. Este cartão-postal de Bruxelas tem pouco mais de 60 centímetros, e não exalta as glórias do país, tão pouco homenageia algum herói conhecido.

O Menekken Pis, não passa de um "João Ninguém", mas resume a personalidade da capital belga, muito mais famosa pela austeridade dos negócios do que pelo desprendimento no dia-a-dia. Não fosse esse menino de bronze, demoraria para descobrir que, fora do horário de trabalho, Bruxelas é também, uma cidade criativa, versátil e muito bem-humorada.

Antuérpia

Só com mais dois dias de férias para gozar, partimos para Bruxelas sem tempo para parar pelo caminho para visitar cidades. Assim sendo, resolvemos viajar por auto-estrada afim de depressa fazermos o caminho até à capital da Bélgica.

No entanto ao passarmos por Antuérpia, olhamos para a cidade avidamente, com uma pena imensa de não a visitarmos, porque sabíamos que, se há cidades que, como as pessoas, nascem com vocação artística, esta é, sem qualquer dúvida, uma delas. Antuérpia é Rubens, Van Dick, Jordaens, Bruegel, Plantin... mas também tem um milénio de arquitectura e cinco séculos de história e de arte...

Antuérpia (Antwerpen em neerlandês, Anvers em francês) é a segunda maior cidade da Bélgica. É conhecida como um centro mundial de lapidação de diamantes e pelo seu porto, um dos maiores do mundo, localizado nas margens do rio Escalda.

Reza a lenda, que o próprio nome Antuérpia, provem da palavra Hantwerpen, e que está relacionado com o rio, ou melhor, com Druoon Antigoon, um gigante malvado, que, desde tempos imemoriais, dominava uma curva do rio Escalda e exigia a todos os navegantes um tributo muito elevado para poderem passar, cortando uma mão a quem não pagasse. Apesar do seu mau carácter, o gigante nem por isso atemorizou o valente soldado romano Silvius Brabo, que não só acabou definitivamente com as sangrentas façanhas de Antigoon, vencendo-o num combate leal, como ainda o fez pagar na própria moeda, decepando-lhe a mão (hant, em língua neerlandesa) e arremessando-a (werpen) ao rio.

Antuérpia é um município localizado na província de Antuérpia, na região da Flandres, e onde vive o maior número de pessoas que dominam plenamente quatro idiomas. Os seus habitantes, os "sinjoren", falam correctamente o neerlandês, o francês, o inglês e o alemão, e é mesmo possível encontrar ainda alguns falantes de espanhol, o que não é de estranhar, se pensarmos que a designação sinjoren deriva, provavelmente, do termo castelhano señores. A origem da palavra remonta ao século XVI, o século de ouro da cidade, em que se dizia que os habitantes de Antuérpia viviam com "lujo de señores" (luxo de senhores), utilizando o espanhol, tão importante nas relações comerciais da época.

O facto de ser considerada o centro mundial do diamante reside no facto de ali serem negociados 80 por cento dos diamantes brutos e 50 por cento dos diamantes lapidados do mundo. O seu carácter cosmopolita deve-se ao facto de ter sido fundada à beira do rio Escalda e do seu grande porto, o segundo maior da Europa. O rio testemunhou, desde as origens da cidade, todos os seus altos e baixos, os seus séculos de ouro e de lama, as suas ascensões até às nuvens e as suas quedas no esquecimento de uma qualquer província europeia.

Até um dia...

Brugge


Brugge ou Bruges, foi a nossa primeira opção turística na Bélgica. É uma cidade absolutamente medieval, que fica situada na Flandres. A sua proximidade com outras capitais Europeias, tornam esta viagem de volta à idade média, um convite irresistível. A história desta região é riquíssima e muito conturbada. Foram séculos de dominações de outros povos, guerras, tratados, revoltas, movimentos nacionalistas, revoluções, conflitos religiosos, culturais e linguísticas até o surgimento da Bélgica actual.
Brugge sempre esteve ali, no centro de tudo, com séculos de história e arquitectura medieval em grande parte preservada, sendo os pontos turísticos e históricos de Brugge muitos e diversos. Naturalmente, que nem todas as pedras em Bruges chegaram até aos nossos dias, a partir da Idade Média. O estilo neogótico do séc. XIX , está mais presente do que se possa imaginar, no entanto, as autoridades fizeram o possível para preservar a imagem de aspecto medieval da cidade.

Brugge é uma cidade belga, capital da província de Flandres Ocidental. No início era uma aldeia Gaulesa, e as primeiras fortificações foram construídas após a conquista do Menappi por Júlio César no séc. I a.C., com o intuito de protecção da zona costeira contra os piratas.

Já no séc. IV, a região foi tomada aos romanos pelos Francos e as incursões dos Vikings, por volta do séc. IX, obrigaram Baldwin I, Conde da Flandres, a reforçar as antigas fortificações. Foi também nesta época que se fortaleceram as relações comerciais com a Inglaterra e a Escandinávia e surgiram as primeiras moedas gravadas com o nome Bryggia, que significa "porto" em neerlandês antigo.

Foi a 27 de Julho de 1128 que Brugge foi elevada a cidade e foram construídas novas muralhas e canais. Desde cerca 1050, um gradual avanço do lodo em direcção da cidade, provocou a obstrução dos acessos directos com o mar, mas uma violenta tempestade em 1134, restabeleceu-os através da criação de um canal natural, o Zwin.

Ela tornou-se um dos centros comerciais da Europa a partir do século XI, graças ao seu acesso directo para o mar. Devido à emergente indústria de lã e tecidos, foram estabelecidas trocas comerciais importantes entre o seu porto com os países vizinhos, pertencentes à Liga Hanseática, (aliança de cidades mercantis que estabeleceu e manteve um monopólio comercial sobre quase todo norte da Europa e Báltico, em fins da Idade Média e começo da Idade Moderna, entre os séculos XIII e XVII).

No início de 1500, o canal Zwin, que fora responsável pela prosperidade da cidade, começou também ele a ficar obstruído por lodo, e Bruges foi rapidamente ultrapassada por Antuérpia como o centro económico dos Países Baixos, sendo assim até hoje. A perda foi tanta que, durante o século XIX, Brugge tornou-se uma cidade pobre e atrasada; começou, então, a assumir outro papel, pela valorização da sua história, monumentos e cultura.

Na segunda metade do séc. XIX, Brugge tornou-se num dos primeiros destinos turísticos, atraindo turistas britânicos e franceses. O turismo internacional cresceu exponencialmente desde então e todos estes esforços resultaram na designação de Bruges com Capital Europeia da cultura em 2002. Hoje, Bruges é conhecida em todo o mundo como um dos pólos turísticos da Europa.

Brugge é riquíssima em arquitectura medieval, da qual se destacam: O prédio onde se encontra a sede do município, e que é um dos mais antigos dos Países Baixos. É um dos pontos imperdíveis da cidade, e foi construído entre 1376 e 1420 em estilo gótico, é o prédio mais antigo da cidade, e abriga valiosos tesouros históricos.

Dentro dele pode ser visitada a famosa capela Heilige-Bloedbasiliek, que há cerca de 850 anos, guarda um pedaço de tecido marcado pelo sangue de Cristo. Conta-se que este pedaço de tecido foi trazido para Brugge, na ocasião das segundas cruzadas, graças às tropas de Dirk Van de Elzas, o duque de Flandres. Até hoje esta relíquia é guardada numa urna de cristal na capela.

Ao lado situa-se o Palácio da Liberdade, construído a partir de 1727, prédio que abriga os órgãos administrativos do município, mas tem parte de suas instalações abertas ao público em datas especiais.


O Groeninge Museum, na rua Dijver, nº 12, com obras de pintores belgas e holandeses. No Gruuthusemuseum estão tapeçarias, mobílias, armas, moedas e muitos outros objectos que contam um pouco da história destas terras.

A praça Huidenvettersplein é o local preferido dos pintores de rua, e lá podemos apreciar os seus trabalhos, e quem sabe comprar algum que agrade mais. Nas ruas podem ser encontrados vários carros antigos que vendem goluseimas belgas (sorvetes, waffles com coberturas diversas, etc...) que vale a pena provar!

A torre medieval conhecida como Halletoren é a maior e mais importante construção de Brugge, e fica situada bem em frente à praça do mercado. Ela foi construída no século XIII, tem 88 metros de altura e no seu topo possui um carrilhão com 47 sinos. Este ponto é o próprio coração da cidade, e serve como referência para todos os passeios em Brugge. Quem quiser subir os 366 degraus da torre vai desfrutar de uma vista completa de toda a cidade.

Foi aqui no piso térreo da torre Halletoren, que tivemos a oportunidade de visitar uma exposição temporária de obras de Salvador Dali, com algumas das suas mais famosas pinturas e esculturas. Esta exposição esteve patente em Brugge desde 28.04 a 11.11 de 2007. O que nos surpreendeu foi a fácil acessibilidade da exposição, sem grandes precauções no que respeita à segurança necessária, à preservação de um conjunto tão valioso de obras de arte do pintor surrealista.

Brugge é rodeada de inúmeros canais que a cercam ou a atravessam, mas também a ligam principalmente com a cidade de Gante, e um dos programas mais apreciados pelos visitantes é percorrer estas ruas aquáticas a bordo de barquinhos turísticos, navegando sob pontes e árvores, e apreciando de um ângulo privilegiado as suas casas medievais, (embarque em Noorweegse Kaai).

Diversos passeios de barco são propostos aos turistas, alguns dos quais permitindo chegar às cidades vizinhas. A cidade apresenta ainda as ruínas de uma fortaleza, bem como moinhos às margens dos canais. O canal Minnewater tem a fama de dar sorte aos apaixonados que o percorrem, por isto diversos casais atiram moedinhas nas suas águas.

Uma boa forma de conhecer a cidade é andando de bicicleta, pois a cidade é completamente plana. Há vias para bicicletas demarcadas por toda a cidade, onde as bicicletas tem trânsito preferencial. Aqui é também o melhor ponto da cidade para uma refeição, não tanto pela comida, mas principalmente pela vista. Já quem não fizer questão de almoçar na praça central, vai encontrar preços bem mais em conta nos restaurantes mais afastados da praça central. Peixes são uma opção frequente na culinária local, assim como os deliciosos waffles belgas.

Outra forma muito agradável de conhecer a cidade, é de coche, que podem ser encontrados também na praça central. As principais áreas de comércio na cidade estão situadas entre esta praça e os portões medievais, principalmente ao longo das ruas Steenstraat e Zuidzandstraat.

Alguns dos pontos turísticos famosos da cidade são: a Igreja Carmelita, construção em estilo barroco de 1688; o Ezelpoort, um dos portões medievais da cidade, datando do século XIV; a Kreupelenstraat, a capela de Nossa Sra. dos Cegos, do séc. XVII; o Smedenpoort, que consiste num portão fortificado de 1367, onde um crânio de bronze lembra o traidor que tentou abrir este portão para uma invasão francesa; o Folklore Museum, na rua Rolweg, nº 40, onde estão as recriações de estabelecimentos comerciais da idade média, como farmácias, salas de aula, chapelarias, etc.; o De Nieuwe Papegaai, reconstrução de um moinho existente em Beveren-Ijzer; a cervejaria De Gouden Boom, na rua Langestraat, nº 47, a mais tradicional, existe desde 1587, e o Museu da Cerveja, na rua Verbrand Nieuwland, nº 10.

Ainda hoje é comum encontrar pelas ruas mulheres rendeiras, uma tradição artesanal que passa de geração em geração desde a idade média. Estas rendas são sempre uma opção muito apreciada para presentes. Mas bem mais típico, no entanto, é visitar o mercado de rua Zand, onde aos sábados, encontramos centenas de produtos artesanais da região.

Brugge é uma cidade absolutamente cativante e antes de partirmos da cidade já tínhamos a certeza que seria óptimo podermos voltar lá algum dia. Brugge pode ser uma cidade pequena, mas entre as suas ruelas estreitas, sob telhados vermelhos e à sombra de suas torres medievais estão tesouros em cada esquina, prontos para serem descobertos por nós, que andamos sempre à procura de um lugar muito especial.

A Bélgica, País de Contrastes

Como só tínhamos mais quatro dias, para o final das férias, pois o voo para Lisboa tinha sido marcado com antecedência, resolvemos rumar à Bélgica, para aproveitarmos da melhor maneira o tempo que nos restava.

A Bélgica é um país de contrastes, culturais, étnicos, religiosos e linguísticos acentuados. É um pequeno país, dividido em três partes, a Valônia (a metade sul, de influência e língua francesas) e a Flandres (a metade norte, com cultura e língua flamenga, semelhantes à holandesa), um claro reflexo da importância destes dois países na formação do território Belga, uma divisão que permanece até aos nossos dias. Bruxelas, a sua capital é bilingue, onde o francês e o neerlandês partilham entre si o estatuto de línguas oficiais. A leste, existe ainda uma pequena comunidade germanófona com cerca de 70 000 habitantes.
O país tem três regiões fisiográficas principais: a planície costeira formada por dunas e pôlders, o planalto central atravessado por inúmeros rios e as terras altas das Ardenas. Ao longo da costa do Norte existe uma área de terrenos protegidos por diques, construídos entre os séculos XIII e XV. Os rios principais são o Schelde e o Meuse, que nascem na França e são navegáveis na passagem pela Bélgica.

A Bélgica tem uma população de 10,1 milhões de habitantes e uma densidade de 330 hab/ km2, sendo uma das mais altas da Europa. As principais cidades são: Bruxelas, Antuérpia, Gent e Liège. Cerca de 90% da população é católica.
A população é composta por dois grupos étnicos. Os flamengos, de origem germânica, que habitam a metade norte da Bélgica, (Flandres) e que falam flamengo ou holandês, e os valões, de origem celta, que falam francês e habitam a metade sul, (Valónia). Há uma minoria de alemães que habitam o leste do país.

A Bélgica é um dos países mais industrializados da Europa. Historicamente foi o carvão o principal recurso do país, mas actualmente suas reservas se esgotaram e a produção caiu a partir de 1980. Muitas minas fecharam. A Bélgica está entre os maiores produtores de ferro e de aço. A indústria pesada baseia-se na produção de aço, carvão, produtos químicos e petróleo.

A indústria têxtil, que data da Idade Média, produz algodão, , linho, e tecidos sintéticos e sua indústria química é líder mundial. Outras indústrias importantes são a naval e a de construção de equipamentos ferroviários. A lapidação de diamantes é uma das mais importantes do mundo.

A sua gastronomia é rica, e é influenciada pelas culinárias dos países vizinhos, como a da França (especialmente da região da Lorena) e a cozinha regional das regiões belgas Flandres e Valônia. Nas regiões costeiras é comum servir pratos com peixe e frutos do mar.

Um dos pratos tradicionais é Moules Frites (mexilhões servidos com batatas fritas). Os belgas juram que foram os inventores da batata frita, servindo-as em abundância como lanches em pratos ou cones de papel cobertas de maionese ou um outro molho qualquer. Outro prato típico é Waterzooi, um guisado com peixe ou galinha. O médico e botânico flamengo Carolus Clusius jogou um papel importante na divulgação da batata na Bélgica; desde a sua introdução, a batata faz parte da cozinha rústica típica do país.

O chocolate belga é reconhecido pelo alto padrão de qualidade na produção. Outros doces, como Wafel, Spéculoos e Praline, não são menos populares. Depois da refeição principal e antes da sobremesa é comum servir um dos queijos típicos da Bélgica, como por exemplo o Limburger. A cerveja, com marcas como Kriek, Hoegaarden, Leffe, La Binchoise e Chimay reconhecidas mundialmente, valorizam ainda mais a cultura cervejeira do país.

Scheveningen


Scheveningen, é a mais famosa e elegante praia de verão da Holanda, e fica nos arredores da cidade de Haia, a apenas 10 minutos da cidade. É um moderno resort de verão, muito procurado por surfistas e praticantes de body bord, com uma longa praia de areia banca, uma extensa esplanada, um comprido e largo passeio marítimo junto à praia, um farol, e o seu ancoradouro que serve como local de pescaria e atracção turística.

Scheveningen, há muito tempo atrás era uma pequena vila de pescadores, situada perto de Den Haag, e foi pintada por muitos pintores ao longo dos tempos, inclusive por van Gogh, em 1892, "Costa marítima em Scheveningen". Tem sido um destino turístico bem conhecido há mais de um século. No virar do século passado, muitas pessoas vinham de muito longe, por motivos de saúde, para curas várias. Ao longo dos últimos anos, porém, Scheveningen sofreu renovações extensas, incluindo o desenvolvimento de novas instalações ao longo da marginal, um casino, um teatro, um mega cinema e um shopping Center.

A praia de Scheveningen tem três quilómetros de extensão e atrai milhares de veraneantes e praticantes de vários desportos no verão. O passeio marítimo, com suas muitas lojas e cafés ao ar livre é muito popular. No Verão a praia fervilha de actividade, ao mesmo tempo que gaivotas pairam em torno de barcos de pesca provenientes de Haia.

O sol, o vento, a areia e o surf, são naturalmente as principais atracções em Scheveningen. A praia e as dunas de Scheveningen tem muito para oferecer aos entusiastas do desporto e ar livre. Possui uma praia nudista, que fica a um quilómetro a norte, e é um lugar óptimo para a prática de desportos náuticos, como o surf, o windsurf, o kite surf, o bodybording e vela.

Scheveningen no entanto não se diferencia de algumas das nossas praias, quer do ponto de vista arquitectónico, quer infraestrutural. Estavamos na Holanda, mas mais parecia estarmos a passear na marginal de Montegordo, ou de Lagos ou de Sesimbra, ou Figueira da Foz, com os seus enormes prédios, ocupados apenas no verão e nos fins-de-semana solarengos, com os restaurantes frente à praia, cheias de lojas que vendem… Tudo aquilo que se vende nas nossas praias... Será isto cultura pós moderna universal?... É a globalização?…

Volendam


Volendam que significa "barragem cheia", é um vilarejo de pescadores situado apenas a 20 minutos de Amesterdão, ou a uma hora de bicicleta para os amantes de ciclismo. É um pequeno e bonito porto com casas e janelas coloridas, construídas no séc. XVII.
Esta pequena e graciosa cidade à beira mar, onde se pode sentir o que é a estranha sensação de viver abaixo do nível do mar.
Com apenas 21.000 habitantes, Volendam mantêm velhos costumes, e até hoje lá encontramos pessoas vestidas com o típico traje holandês da região e seus tamancos de madeira. Em Volendam podem ser tiradas fotos com os trajes típicos holandeses, nos vários estúdios fotográficos espalhados pela rua principal.

Visitar Volendam é uma boa forma de aprender mais sobre as tradições e cultura neerlandesas. Esta cidade é conhecida pela sua rica história musical, bem como pela sua rica indústria pesqueira. Aqui podem ser encontrados vestígios de um grande número de artistas bem conhecidos da Holanda, que viveram em Volendam.
A visita a Volendam não estará concluída sem se experimentar um restaurante junto do porto. Esta pequena cidade oferece uma incrível gastronomia, podendo ali comer-se o melhor peixe da Holanda, sendo talvez o mais típico prato, o "Paling", enguia defumada servida com salada e pão.

Volendam foi no passado, um vilarejo muito pobre, mas no presente é um rico povoado graças ao denodado esforço da comunidade, cujos serviços, sobretudo na área do turismo, alcançaram um nível de excelência compatível com o elevado grau de desenvolvimento dos demais holandeses. O Centro Turístico de Volendam é o local onde tudo acontece. Lojas, restaurantes, casas de espectáculos, ficam à disposição dos visitantes durante todos os sete dias da semana, o ano inteiro.

O velho dique, hoje usado como rua principal, é uma "boulevard" animada, cheia de lojas de souvenirs, bares e restaurantes. Basta deixar o dique e descer uma de suas escadas para chegar ao bairro, "Het Doolhof", onde o tempo parece ter parado, encontramos aqui a Holanda dos contos de fadas. Trata-se de interessante labirinto constituído de pequeninas casas onde moram os pescadores. O conjunto das habitações, lembra as edificações liliputianas, descritas por Jonathan Swift nas “Viagens de Gulliver”.

Os pescadores locais são contadores de histórias natos, e segundo uma lenda por eles contada, o porto surgiu com um estranho romance entre a filha de um fazendeiro e um cavalo, que a raptou e desapareceu nas ondas. Os rapazes da vila, saíram de barco à procura da donzela e aqui pararam para pescar e comer, gostaram tanto do local, que alguns voltaram para lá ficar, nascendo assim a vila.

Por volta de 1357, os holandeses construíram um dique ao norte de Edam, (cidade famosa pelo seu queijo), dando origem ao porto de Volendam que se localiza no maior lago holandês, o Ijselmeer, sendo muito procurada por velejadores e pescadores desportivos. Podem ser alugados veleiros pequenos ou grandes, ou barcos especiais para a pesca. O passeio tradicional é feito no "botter", uma embarcação antiga e larga com muitas velas, disponível para aluguer, até 15 pessoas. Nela pode-se velejar e conhecer outras cidades históricas das redondezas.

Segundo reza a história, certa vez, Hansje Brinker, um menino holandês, ao voltar da escola viu que um dos principais diques da cidade estava a vazar, e pensou que se nada fosse feito, toda região seria inundada em pouco tempo. Como não havia ninguém por perto a quem pudesse pedir ajuda, tapou o buraco do dique com seu dedo e ali permaneceu até o dia seguinte, quando finalmente alguém apareceu para ajudar.
O gesto heróico do pequeno Hansje é até hoje lembrado com uma estátua e nos inspira a procurar os famosos diques holandeses, supostamente construídos em nossa imaginação, com imensas muralhas de cimento e pedra, onde a água estaria sempre na iminência de transbordar sobre casas e ruas. No entanto logo descobrimos que os diques de hoje, assemelham-se mais à grandes morros cobertos de vegetação, que embora menos pitorescos, representam na verdade uma protecção muito mais eficiente que muralhas de alvenaria.
Em Volendam pode ter-se a ideia de como era a vida na Holanda à alguns séculos atrás. O Hotel Spaander é famoso pela sua inusitada colecção de obras de arte. Reduto de artistas e intelectuais, foi fundado em 1853. O proprietário aceitava como pagamento do alojamento, telas e esculturas de seus hóspedes artistas, e como resultado, foi acumulando ao longo dos anos uma colecção muito especial.

Zaanse Schans



Zaanse Schans, fica a apenas 10 Kms de Amesterdão e é um vilarejo repleto de moinhos que se encontra na lista dos lugares mais procurados pelos turistas na Holanda, e que encanta pelas suas antigas casas, todas do mesmo formato e pintura.

A vila fica nas margens do rio Zaan, e todas as casas são de madeira, pintadas de verde, com lindos jardins e lojinhas, que vendem os produtos fabricados no local, e devido a grande procura turística, algumas lembranças e presentes são feitos artesanalmente na região. Paira no ar um gostoso cheirinho o chocolate, que provem das fábricas locais desta iguaria.

A vila com casas típicas do século XVII e XVIII, com os seus moinhos em funcionamento, tem ainda uma fábrica de queijos, um sapateiro dos típicos e tradicionais tamancos de madeira holandeses, uma padaria, uma unidade de exploração leiteira, uma loja de mercearia, e várias fábricas de chocolates. Zaanse Schans está aberto a partir de segunda-feira a domingo das 10h00 às 17h00. Em todas as unidades de fabrico, é possível fazer compras e acompanhar a produção.

Zaanse Schans é um autêntico museu ao ar livre, plenamente habitado, com o histórico estaleiro, e acima de tudo, com os seus moinhos de vento. A região de Zaan, é provavelmente a primeira unidade industrial do mundo. Há cerca de 250 anos atrás, existiram mais de um milhar de moinhos de vento nas margens do rio Zaan, arranjando lugar, nesta área relativamente pequena, e realizavam um vasto leque de funções industriais.

Destes moinhos restam poucos, e dos seis ou sete moinhos de vento, três estão abertos aos visitantes. Actualmente, em Zaanse Schans, existem dois moinhos que são lagares de azeite, um de mostarda, um de minério e dois de serrar madeira. Uma visita a um moinho industrial em funcionamento oferece uma experiência única.

É um bairro residencial e lugar de trabalho único e activo, que conta também com museus, lojas, oficinas de artesanato, restaurantes, uma oficina de informação turística e um serviço de excursões em barco pelo rio Zaan. Zaanse Schans é a representação perfeita de como era um típico vilarejo holandês nos séculos XVII e XVIII. Passeando entre as tradicionais casas de madeira e os moinhos de vento de Zaanse Schans, tem-se a sensação de retroceder a uma época distante.

Em Zaanse Schans pode admirar-se métodos de trabalho de um grande número de fascinantes ofícios tradicionais holandeses. Existem demonstrações diárias da fabricação de tamancos, de pintura de cerâmica de Delft, de fundição de estanho e de produção de queijo. Os edifícios históricos de Zaanse Schans albergam lojas, em que se vendem produtos têxteis, cerâmica, queijo, mostarda, tamancos, postais e muitos outros objectos e recordações da comarca de Zaan e da Holanda.

Os arredores de Amesterdão

No dia em que chegámos a Amesterdão, e após uma primeira visita à cidade, fomos logo buscar o carro que já tínhamos previamente reservado, afim de conhecermos bem a cidade de Amesterdão e os seus arredores. Este carro iria servir ainda para nos deslocarmos pela Holanda e Bélgica durante toda a nossa visita a estes dois países.
Para iniciarmos a visita aos arredores de Amesterdão escolhemos Zaanse-Schans. No caminho para Zaanse-Schans passámos pela paisagem típica holandesa com os seus pôlders e pequenos canais.
Zaanse-Schans é uma vila com moinhos e casinhas típicas, e quando chegamos lá... vimos primeiro um só moinho. Depois das habituais fotos e observação pormenorizada do moinho, e após de uma conversa com uma senhora holandesa, que por acaso se encontrava no local, que nos disse haver muitos mais moinhos, um pouco mais adiante, lá fomos nós à sua procura.
Foi assim que passado pouco tempo, nos deparámos com uma ponte de onde se avistavam mais seis belos e grandes moinhos, bem como um conjunto de belas casinhas que mais pareciam de brincar. Só mais tarde percebemos que Zaanse-Schans é uma vila museu, em que os Holandeses, como forma de preservar a sua História aproveitaram esta vila com casas e moinhos típicos, que representam o país. Foi um passeio agradável, num local com um conceito histórico diferente e interessante!

A seguir, e só no dia seguinte, fomos visitar a aldeia de pescadores Volendam, junto ao mar Zuiderzee, que uma vez fechado se tornou o actual lago IJsselmeer. Esta é uma aldeia muito típica com suas bonitas e multicores casas de madeira, e o vestuário tradicional local, usado ainda pelos seus habitantes.

Ainda tivemos a oportunidade de visitar Scheveningen, que é a mais famosa praia de verão da Holanda. É um moderno resort de verão, muito procurado por surfistas e praticantes de body bord, com uma longa praia de areia, uma extensa esplanada, um passeio marítimo junto à praia e um farol, e o seu ancoradouro serve como local de pescaria e atracção turística. Possui uma praia nudista, que fica á um quilómetro a norte.