Saint-Jean-de-Luz - 4º Dia



A segunda noite em Saint-Jean-de-Luz foi iniciada com um jantar requintado, do ponto de vista gastronómico, na esplanada do Chez Kako, situado na Place des Halles, um modesto restaurante situado junto do Mercado Municipal da cidade. Em França um dos pratos mais comuns durante o verão, são os “moules frites”, que se pode traduzir como “mexilhões acompanhados de batata frita”. No entanto naquele dia, os “moules” além de muito frescos estavam cozinhados de forma groumet, seguidos de uns chipirons grelhados às tirinhas, fazendo jus à fama da cozinha francesa.

O resto da noite foi passada na Place Louis XIV, a olhar de uma das muitas esplanadas de numerosos cafés e restaurantes, a animação de rua que aquela praça tem sempre durante o verão.

O dia seguinte acordou sem chuva e o sol já brilhava logo pela manhã, sendo dedicado a percorrer a cidade de bicicleta.

A pedalada iniciou-se com uma incursão pelas ruas da cidade até encontrarmos o Mercado da cidade, onde parámos na esplanada do mesmo café/restaurante onde no dia anterior tínhamos jantado.

Dali até à Eglise St. Jean-Baptiste é um pulinho. A igreja, a maior do país basco francês é de fachada bastante simples, mas esconde um interior magnífico. Here you can check out the splendid Baroque altar where Louis XIV and Marie-Thérèse of Spain were married in 1660. Ali pode ser encontrado um esplêndido altar barroco, onde o jovem rei de França, D. Louis XIV se casou com a Infanta Marie-Thérèse de Espanha, em 9 junho de 1660.

Este magnífico altar possui um retábulo monumental em talha dourada com esculturas de madeira, que ocupa toda a altura da parede do fundo da abside e duas pequenas paredes laterais. Nele podemos ver dezoito estátuas de santos, duas alegorias, a pomba que representa o Espírito Santo, além da figura de Deus Pai.
 


Pode ainda nele ser observado um pelicano, símbolo da Paixão de Cristo, rodeado por colunatas adornadas com videiras, flores, folhagens, pássaros, crianças rindo… Todos os ornamentos estão de acordo com o rigor dos cânones clássicos e os gostos do rei Sol, que ao mesmo tempo mandou construir, o seu famoso Palácio de Versalhes.


Não se sabe ao certo quem foi o seu arquiteto, pensando-se ser provavelmente uma obra mandada edificar por um rico armador da cidade. O retábulo foi classificado como monumento histórico a 5 de dezembro de 1908.

Nas paredes laterais, a igreja possui galerias porticadas, com três pisos em madeira rodeando toda a nave da igreja. Esta é uma característica própria das igrejas da região de Labourd, sendo única na Europa.

Seguimos depois pela vizinha rue Gambetta, a rua mais comercial da cidade, uma grande área comercial pedestre e o lar de lojas e boutiques elegantes, sempre repleta de passantes e visitantes. Pelo caminho podemos observar de perto os belos edifícios de arquitetura basca, bem como algumas das suas praças agradáveis.

Dali rumamos à praia, a fim de se percorrer a marginal que abraça a costa ao longo da sua baía protegida, que segue sempre paralela à bela e longa praia de areia. Pedala-se até à Ponta de Santa Barbara (Pointe Ste. Barbe), no extremo norte da baía, que nos oferece vistas fantásticas de St.-Jean-de-Luz. And if you further and climb to the lighthouse via Rue du Phare, you'll get a glimpse of the coastline that will take your breath away. Dali sobe-se ao farol através da Rue du Phare, de onde se tem uma vista magnífica sobre todo o litoral de tirar o fôlego a qualquer um.


Fonte: http://espacoerrante.blogspot.pt/ http://fr.wikipedia.org/ http://www.francetravelguide.com/

Saint-Jean-de-Luz - 3º Dia - Parte II



Depois de algum tempo abrigados debaixo de um chapeu de esplanada, esperando que a chuva passa-se, a sentir o bom cheirinho a terra molhada, fomos a pé até à vizinha Praça Louis XIV, para ali podermos visitar a mansão de um antigo armador da cidade.

"La Maison de l'Infante" é uma mansão classificada como monumento histórico, sendo a casa onde ficou hospedada a rainha-mãe Ana de Áustria e a infanta de Espanha, Maria-Theresa de Habsbourg, aquando do seu casamento ali realizado na cidade, em 8 de maio de 1860, com o jovem rei francês D. Louis XIV.

Outrora a antiga cidade corsária de Saint-Jean-de-Luz esteve desde muito cedo voltada para o mar, com a construção de barcos, principalmente virada para a pesca da baleia e do bacalhau, em excursões ao longo da Terra Nova. Durante esta época, os armadores enriqueceram e puderam construir opulentas mansões ainda facilmente avistadas entre a igreja e o porto. Mas a tradição pesqueira ainda hoje se mantem, sendo atualmente, o primeiro porto de pesca de atum de França.

Naquele dia a Praça Louis IV encontrava-se cheia de turistas e veraneantes, não só por ser época alta, mas sobretudo por se realizarem naquela ocasião, as festas da cidade.

Depois de se juntarem algumas pessoas interessadas na visita à mansão e de se subir uma alta escadaria em madeira, foi iniciada a visita ao interior da residência. Esta antiga casa de planta quadrangular, foi oferecida à cidade pela família desse rico armador e é hoje um dos museus mais visitados da cidade.

Possui uma excelente posição, com uma das suas alas virada à praça principal da cidade e outra virada à baía. Tem uma bela arquitetura, com arcos duplos nas galerias venezianas, apoiadas por colunatas, com uma grande varanda virada ao porto de pesca.

Há sua volta e um pouco por toda a cidade, veem-se outras casas de arquitetura tradicional basca, embora mais simples, mas cheias de encanto, com estrutura em pedra e tijolo, de paredes pintadas com cal, com janelas e portadas pintadas de cor ocre, vermelho vivo ou verde.

Esse patrimônio arquitetónico espalha-se um pouco ao longo de todas as ruas pedestres da cidade e para melhor as observarmos, o ideal é caminharmos a pé pela cidade ou fazermos uma visita a bordo do comboio turistico, que pode ser apanhado junto do porto de pesca. O comboio possui fones com explicação em várias linguas, o que é uma vantagem acrescida e faz um precurso bem planeado, que pode ser usado posteriormente pelo visitante, para noutras ocasiões se fazer uma visita mais personalizada e creteriosa aos principais pontos turisticos.

Antes de terminar o percurso, faz-se uma paragem junto da praia, para ali ser feita mais uma alusão à história da cidade. Há muito tempo, a cidade ficava alagada pela enchente das marés, mas atualmente, não há nenhum risco, pois Napoleão encarregou-se de mandar contruir diques para defender a cidade das frequentes investidas do oceano.

A praia perfeitamente protegida das correntes marinhas, faz a alegria das famílias e jovens veraneantes que habitualmente frequentam o areal. Para oeste e bem perto da praia, encontra-se a Ponta de Sainte Barbe, onde se podem observar as míticas ondas conhecidas internacionalmente pelos surfistas.

No final da visita, o encanto da chegada ao pitoresco porto instalado no coração da cidade, onde os barcos de pesca são muitos, com partidas e chegadas a todo o momento.

Fonte: http://br.rendezvousenfrance.com/ ; http://www.decouvrez.fr/fr/-Cote-Atlantique/maison-infante-saint-jean-luz.html ; http://br.franceguide.com/

Professores em Luta


Os professores são os pilares da nossa cultura e desenvolvimento, como nação livre e democrática. Maltratá-los, diminuindo a sua ação essencial no desenvolvimento do país é próprio de ditaduras mesquinhas e de pessoas sem qualquer ponta de patriotismo, egocêntricas, viradas para si mesmas.

A manifestação convocada pela FENPROF em Lisboa contou com cerca de 30 mil professores que percorreram desde o Marquês de Pombal até ao Rossio manifestando-se em defesa da Escola Pública e contra a política implementada pelo governo.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF e o deputado Luís Fazenda do Bloco de Esquerda, dizem o que pensam sobre a politica da educação deste governo.


Fonte: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=K_NNKS2McTs#!

A utopia da melhor idade

Com o impacto das técnicas de manutenção da juventude artificial, qual seria o desdobramento de um corpo "sempre jovem" para uma alma que vê o envelhecimento como apodrecimento sem significado?

Quando somos jovens buscamos independência e sabedoria, mas, quando a alcançamos estamos velhos e desejamos de volta o vigor da juventude. Será que passamos a vida esperando pela idade em que seremos plenamente felizes?

Neste Café Filosófico, o historiador e filosofo Leandro Karnal fala sobre a utopia da idade perfeita. Analisa ainda os valores associados à juventude em diversos períodos da história e mostra-nos os novos significados que a juventude e a velhice assumem no mundo de hoje. Essa recorrente insatisfação, em todas as idades pode ser sintoma de nossa incapacidade de viver o presente.


Fonte: http://www.youtube.com/

BICHOS



As crises, todas elas, são sempre mais duras com os seres mais frágeis. Porque têm uma autonomia limitada ou porque dependem fortemente de outrem, são eles as primeiras vítimas quando as coisas abalam e as pequenas certezas do quotidiano começam a ruir. Se a pobreza, o endividamento e a falta de perspetivas atingem cada vez mais gente, as crises são particularmente madrastas para quem, à fragilidade económica, soma outras vulnerabilidades. Como as relativas à idade, à orientação sexual ou ao grupo étnico de pertença, entre outras.

Num patamar diferente, existe um outro conjunto de seres que também sofrem com estes dias cinzentos que atravessamos: falo dos animais domésticos. O Jornal de Notícias registava anteontem o aumento do número de abandonos e de queixas relativas a maus tratos a animais, nomeadamente por falta de cuidados de alimentação e alojamento. Nas palavras de Maria do Céu Sampaio, presidente da Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais, “a situação tem vindo a degradar-se desde 2011. O ano passado foi caótico e 2013 está a ser pior”.1

Dados existentes apontam também para o aumento dos casos de donos que vão depositar os animais ao canis municipais, alguns deles com péssimas condições, ou às associações de proteção do animais, muitas delas já sobrelotadas. Sabemos que não é de agora o abandono de animais domésticos: é uma triste tradição que nos acompanha, com picos nas épocas de caça ou no período de Verão. Mas mesmo aqui o quadro parece estar a sofrer mudanças, com abandonos em outras alturas do ano e com as razões económicas a ganharem cada vez mais peso. Os pequenos progressos que foram feitos na perceção do cuidado que nos merecem os animais domésticos tenderão a regredir num quadro como este.

Isto não diz só respeito aos bichos cuja existência corre ameaçada. Nem apenas aos seus donos. Interessa a todos nós, animais humanos. Em primeiro lugar, porque o aumento de animais errantes significará riscos acrescidos ao nível da saúde pública. Em segundo lugar, porque a nossa humanidade se constrói na exata medida em que nos relacionamos de forma bem-sucedida com a alteridade e a diferença. Esquecer isso é abdicar de uma parte de nós.

Por Miguel Cardina  (in esquerda.net, opiniao | 25 Janeiro, 2013 - 01:10)

Miguel Cardina é Dirigente do Bloco de Esquerda. Doutorado em História e investigador do Centro de Estudos Sociais

1 Ana Carla Rosário, “Crise faz crescer abandono e maus tratos de animais”, Jornal de Notícias, 22/01/2013
Ler mais em: <http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3007095>

Saint-Jean-de-Luz - 3º Dia - Parte I





A chegada a Saint-Jean-de-Luz, após muitas horas de viagem, fez com que apressássemos a procura de um lugar para a pernoita, pois ansiávamos descansar

A sorte própria de principiantes, neste caso no autocaravanismo, não se fez esperar e a AS foi encontrada logo do lado direito, à entrada da cidade. Com uma localização absolutamente central à vila, a poucos metros do centro, o que foi uma agradável surpresa. Estacionar e dormir junto aos acontecimentos, com companhia, luz e tomada elétrica absolutamente de graça, é uma dádiva muito comum em França, o país dos autocaravanistas. Assim sendo, tudo se compôs para decidirmos ali ficar por uns dias, uma vez que encontrámos a cidade em festa e apetecia-nos descansar um pouco.

No dia seguinte tivemos a confirmação quanto à excelência da vila como destino de férias, verificando-se ser muito melhor que a afamada Biarritz. Mais popular, mais descontraída mas sobretudo naturalmente mais bonita, Saint-Jean-de-Luz é ainda "cenicamente" uma terra de pescadores.

Pedalou-se muito pouco, o centro era já ali! O desafio foi só o trânsito intenso o que constituiu uma oportuna prova de fogo para nós como ciclistas.

O Sol naquele dia trocava-se por vezes com chuvadas intensas, mas curtas, cumprindo a tradição desta costa atlântica dos Pirinéus. A esplanada do café central foi abrigo para passar o pior, a observar os passantes e o comércio local.

Saint-Jean-de-Luz está localizada no sul da costa atlântica francesa, a poucos quilómetros da fronteira com a Espanha. Its wealth stems from its port and its past, with the town being associated with both fishing , and with the capture of vessels by its own Basque corsaires , or pirates. É um porto de pesca da costa basca e atualmente um resort famoso, conhecido pela sua arquitetura tradicional, com casas de antigos armadores dos séculos XVII e XVIII.

Entre Biarritz e a fronteira espanhola, esta vila pesqueira, combina o charme basco, com muitas praias agradáveis e familiares à volta da baía. Julho e agosto marcam ali a temporada alta, e como foi dentro desta época que a visitámos, não queríamos perder a oportunidade de gozarmos ali umas curtas férias.

A baía de Saint-Jean-de-Luz está situada a leste do Golfo da Biscaia e é a única baía abrigada entre Arcachon e Espanha. Thanks to its strong sea walls or dykes that protect the town from the full savagery of the Atlantic ocean, it has become a favourite for bathers across the Basque Coast. Graças aos diques ou paredes de mar fortes que protegem a cidade das grandes vagas do oceano Atlântico, as suas praias abrigadas tornaram-se num dos locais mais procurados pelos banhistas da costa basca. The seaside resort itself is relatively recent, however the port is old. [ citation needed ]

A sua riqueza provém do seu porto e do seu passado, associado à pesca e à construção de barcos, bem como à captura de navios de corsários. Essa prosperidade atingiu o seu auge durante o séc. XVII, sendo por isso ainda considerada como a cidade da "Idade de Ouro". Durante este período, Saint-Jean-de-Luz tornou-se a segunda maior cidade da região de Labourd (uma das províncias tradicionais bascas), apenas atrás de Bayonne.

Hoje em dia, Saint-Jean-de-Luz depende fortemente do turismo, com praias limpas e seguras, ​​hotéis de alta qualidade, um Casino, campo de golfe e um centro de conferências. Mas a cidadeThe town also benefits from regional tourism, with many attracted by the pedestrian area full of shops open all year round. também beneficia com o turismo regional, que é atraído sobretudo por uma zona pedonal, cheia de lojas abertas durante todo o ano. Mas é também uma cidade muito procurada pelos reformados franceses, para ali ficarem a residir durante a maior parte do ano, por ter um clima mais ameno, com invernos suaves.It also attracts a large number of visitors from Basque Spain or Guipuzcoa along with many from nearby Bayonne and the rest of southwestern France.The city is particularly attractive to retired people, many of whom come to settle there from other areas across France.

Fonte: http://www.tripadvisor.com.br/ ; http://pt.wikipedia.org/ ; http://www.saint-jean-de-luz.com/fr ttp://espacoerrante.blogspot.pt/

Saturno: O Senhor dos Anéis


Saturno é o sexto planeta a partir do Sol. É conhecido desde os tempos antigos e é o planeta mais belo do Sistema Solar, destacando-se no céu pelos seus anéis característicos.
 
Galileu foi o primeiro astrónomo a contemplar o planeta através de um telescópio em 1610. O astrónomo alemão Christian Huygens em 1659 anunciou a descoberta dos anéis em torno de Saturno e em 1675 o franco-italiano Jean Dominique Cassini descobriu a separação mais marcante entre os anéis.
 
Saturno é também o segundo maior planeta do sistema solar, perdendo somente para Júpiter em tamanho. Faz parte dos chamados gigantes gasosos (Júpiter, Urano e Netuno) e é o de menor densidade. Se fosse possível colocá-lo numa banheira com água veríamos o planeta flutuar, pois sua densidade é inferior à da água.
 
A massa do planeta é constituída basicamente por moléculas de hidrogênio (75%) e hélio (25%) com traços de metano, amónia, água e poeira (“pedras”) provenientes da nuvem primordial que formou o Sistema Solar. Em seu interior, onde a pressão é suficientemente alta, as moléculas de hidrogênio são convertidas em hidrogênio metálico na forma líquida. Saturno deve ter um núcleo rochoso que representa 20% de seu interior.
 
Observado da Terra, Saturno apresenta seu sistema de anéis em diferentes orientações, representando posições relativas nas órbitas. Os anéis são tão finos que em ocasiões especiais quase desaparecem da visão quando vistos de frente.

A estrutura de seu sistema de anéis começou a ser desvendada a partir das sondas que o visitaram. Parece ser formado de pequenos corpos em órbitas independentes, cuja dimensão característica varia de cerca de um centímetro a cerca de alguns metros, estando presentes também, aqueles com poucos quilómetros de tamanho. Podem ser constituídos de “gelo” com compostos “rochosos” agregados e outros. Não há modelo conclusivo para a origem dos anéis dos planetas gasosos.

Existem no entanto em Saturno, fenómenos semelhantes aos da Terra. O primeiro é o designado “Olho de Saturno”, que é um enorme furacão encontrado no polo sul, com as características de um furação terrestre, uma autêntica janela para Saturno, mas com 8.000 Km de extensão e por isso de enormes proporções. O segundo é o hexágono do polo norte, revelado pela sonda Cassidi e que permanece como um componente fixo e semelhante ao vórtice polar da terra, mas que comporta 4 planetas iguais à terra.
 
Outro dado curioso é a da sua maior lua “Titã”, que muito se parece com a Terra, com uma extensa atmosfera semelhante à neblina, mas muito mais densa e composta de gases que poderiam ser os mesmos do início da formação da atmosfera terrestre. Na sua superfície possui ainda uma substância viscosa, intermédia entre o estado liquido e o estado sólido.
 
Em Encélado, outra lua de Saturno e a mais branca do Sistema Solar, tem a superfície coberta de gelo e possui geysers cósmicos, numa região do hemisfério sul, pelo que se sugere que existe água nesta lua. Será que existe vida em Encélado?

Estas fascinantes descobertas cientificas sobre os outros planetas do Sistema Solar, são tão importantes para nós, como entender os nossos próprios semelhantes...

Saturno: O Senhor dos Anéis, é 10º Episódio de uma série de 12 documentários relativos ao tema geral “O Universo”.

 
Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas58.htm ; http://www.youtube.com/watch?v=POXKprUY8sc

Visita a Palencia - 2º Dia



No dia seguinte à chegada a Palencia acordámos já tarde e de bicicleta fomos até ao centro da cidade.

O parque destinado a autocaravanas fica situado, na margem direita do rio, rodeado por vegetação, situado bem perto do parque da cidade, por onde passam os meandros do rio Pisuerga, sendo uma área de divertimento popular para os moradores, observando-se durante o percurso muitos pescadores desportivos.

O nome do rio, “Pisuerga” (um dos afluentes do rio Douro), vem do topónimo Pisoraca (Pisóraga> Pisorga> Pisuerga), proveniente de Pisoraca, perto da antiga cidade de Turmogos, nome de um antigo assentamento romano localizado no que hoje é “Pisuerga Herrera”, a atual cidade de Palencia, onde esteve estacionada a IV Legião Macedónia, que empreendeu a subjugação dos povos cantábricos, entre 19 a.C. e 40 d.C..

Pelos caminhos em terra batida pedalámos a caminho do centro, situado junto de uma velha ponte de pedra, sobre o rio Carrión. Pelo caminho pára-se para um almoço leve, de “Polvo à Galega”, numa pequena esplanada de uma casa de tapas, situada numa ruela do centro histórico.

Segue-se depois para o antigo bairro onde se situa a Catedral, situada na área oeste da cidade, que ainda hoje tem o aspeto de uma aldeia. Numerosas ruas estreitas de aspeto medieval retêm ainda a primitiva trama urbana e convergem para as suas antigas praças e para as suas portadas.

O objetivo central da nossa visita era a Catedral de San Antolín, que é sem dúvida nenhuma o principal ponto turístico de Palencia.

Lá chegados observamos que a Catedral de San Antolín está localizada no centro histórico da cidade, e rodeada pela Plaza do Meio-Dia, pela Plaza da la Imaculada e pela Plaza de Cervantes a norte, ficando a Catedral a oeste.

Situada num largo silencioso, onde se encontra um singelo Monumento al Maestro (Monumento ao Professor), destaca-se a Catedral, um edifício gótico, popularmente apelidado como "La Bella Desconocida", não só devido à sua beleza interior, mas sobretudo por não ser tão conhecida como outras catedrais espanholas. Porém, é uma grande catedral, que tem em seu interior, um grande número de obras de arte de grande valor. Its more than 130 meters long, 30 meters high and 50 meters wide at the center, making it one of the largest cathedrals in Spain and Europe.

Com mais de 130 metros de comprimento, 30 metros de altura e 50 metros de largura no centro, tornando-se uma das maiores catedrais em Espanha e até da Europa. Its exterior solid, simple and austere does not reflect the grandeur of its interior, with more than twenty chapels of great artistic and historical interest.É um edifício de estilo predominantemente gótico, embora tenha elementos visigodos e romanos, bem como elementos decorativos do Renascimento e neoclássico.

No entanto quando lá chegámos, pesarosos, verificámos que “La Bella Desconocida” se encontrava fechada. O seu exterior sólido, simples e austero, não reflete a grandeza de seu interior, com mais de 20 capelas de interesse artístico e histórico. No seu exterior também dá nas vistas a sua torre sineira, fina, mas compacta, também considerada de estilo gótico. Recent studies and excavations show that it was a military tower, and after serving this function were added to their pinnacles and cattail as the sole decoration.Recentes estudos e escavações mostraram que foi outrora uma torre militar.

No subsolo desta Catedral existe a cripta de San Antolín, que é o único remanescente da primitiva catedral visigótica construída na segunda metade do séc. VII. A cripta é dedicada a San Antolín, mártir e padroeiro de Palencia, cujos restos mortais estão também ali preservados.  

Segundo a lenda, um certo dia, andando por ali a caçar o rei D. Sancho III, ao perseguir um javali, este se refugiou numa cova situada no lugar onde hoje é ocupado pela cripta de San Antolín. No momento em que o rei se preparava para alcançar o animal, o seu braço ficou paralisado, o que o levou a compreender que estava em lugar sagrado. Descobriu então o rei, a tumba do Santo, cujo corpo incorrupto repousava num sarcófago e sobre ele, num nicho, encontrava-se uma imagem da Virgem, que, com o tempo, tomaria o nome de Virgen de San Antolín ou Nuestra Señora de San Antolín. Depois deste sucedido, o rei decidiu dedicar ao mártir uma catedral, que foi edificada sobre a cripta.

Com a catedral fechada, sobrou-nos tempo para uma convidativa corrida de bicicleta pelas ruas de Palencia, entre o centro histórico, o jardim e as margens do rio que nos conduziram de volta ao “longo curso” e até à AS de Saint-Jean-de-Luz, já em França, onde chegámos por volta das 2:30 horas da madrugada.

Fonte: http://es.wikipedia.org/ http://palencia.guiaon.es/ https://maps.google.pt/ http://espacoerrante.blogspot.pt/

Chegada a Palencia - 1º Dia


A viagem foi iniciada após as 16:00, sem grandes paragens pelo caminho, uma vez que queríamos fazer naquele primeiro dia o máximo de quilómetros possíveis. Foram feitas no entanto 2 paragens, a primeira foi realizada em Coimbra, “para alguns retoques no véu e grinalda” da autocaravana “e catecismos de última hora”, uma vez que esta foi a sua viagem inaugural.

Foi também na Mealhada foi comprado o leitão que ali mora, reservando espaço na bagagem até à chegada da hora mais conveniente para o jantar. Inquietação que não tardaria a chegar,… e poucos quilómetros depois, com uma vista “panorâmica” sobre Penela, na talvez única área de repouso do IP3.

Depois inicia-se o caminho rumo a Espanha, não se parando mais até se chegar a Palencia. A chegada foi realizada pelas 3:00 da madrugada, mas pelo caminho enquanto um de nós conduzia, o outro dormia. Como já era muito tarde fomos logo em direção à estação de serviço de autocaravanas, situada em lugar muito sossegado, nas traseiras do hospital da cidade e com vigilância durante toda a noite.

Palencia é geralmente uma paragem técnica quase obrigatória para quem como nós passa em transito por Espanha a caminho de paragens ainda mais distantes.

A noite passou rápida, não só por ser já bastante tarde quando se consolidou o sono, mas também por estarmos muito cansados da viagem de esticão até esta cidade, no interior do território espanhol.

Palencia é uma cidade espanhola da comunidade autónoma de Castela e Leão, capital da província do mesmo nome. Está localizada nas planícies de Tierra de Campos, às margens do rio Carrión. Situada no norte do planalto central espanhol, na chamada Meseta Ibérica, espalhando-se num vale perto da confluência deste do rio Carrión com o rio Pisuerga, que atravessa a cidade, criando quatro pequenas ilhas dando à cidade uma natural comunhão com a água.

Duas colinas cercam a cidade na área a nordeste da cidade, o Monte "A Cabra" e o Monte "El Viejo", e é numa delas que se On the closest stands the 30 metre high statue of Christ known as El Cristo del Otero , the fourth tallest statue of Christ in the world. [ 1 ]encontra a estátua de 30 metros de altura de um Cristo, conhecido como El Cristo del Otero.
 

Fonte: http://en.wikipedia.org/ http://www.netmaps.es/ http://espacoerrante.blogspot.pt/

Os Velhos e os Novos Pecados


Os sete pecados capitais da lista consagrada são uma espécie de tratado do comportamento humano. Durante séculos, serviram de guia para o enquadramento dos indivíduos em padrões morais do certo e do errado.

A vida contemporânea ampliou e resinificou estas disposições. A vaidade passou a ser vista como autoestima e a avareza como própria de pessoas previdentes. O pecado da traição dos superiores (felonia) que Dante condenou ao mais profundo dos círculos do Inferno, seria visto hoje como mais leve do que a luxúria, que a Divina Comédia coloca entre os menos pesados.

Assim, a ascensão de valores e o dinamismo da pós-modernidade, trabalham esta base moral antiga e colocam um novo homem que, necessariamente deve produzir novos pecados.

Esta é mais uma excelente palestra realizada pelo filosofo e historiador Leandro Karnal, para o “Café Filosófico” e exibida pela CPFL Cultura do Brasil.


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=dNVhp98SCbs

A Aposta de Ser Homem

Há no nosso linguajar diário coisas realmente curiosas. E uma delas é essa expressão tão comum com que comentamos qualquer falha de alguém: “Isso é muito humano”.


Há trapaças num exame ou num concurso e dizemos: “É muito humano”. Alguém defrauda o fisco e rematamos: “É humano”. Um homem ciumento faz a vida impossível à sua mulher e sussurramos: “É muito humano”. Após um fracasso, vem o desânimo e a amargura e justificamos tal atitude com um “é humano”.

Curiosamente, chamamos humanos apenas aos nossos vícios e defeitos. Inclusive, esse “humano” converte-se, às vezes, em sinónimo de “animal”. Dá impressão de que o rasteiro, o caduco, o que nos afasta das alturas é que é próprio do homem. Mas … justamente é o humano que nos diferencia do animal! Sim, humana é a nossa razão, a vontade, a consciência, o esforço, a santidade. Isso é que é verdadeiramente humano.
  • Humana é a inteligência, que faz do homem um permanente investigador da verdade, um ser ansioso de clareza, uma alma faminta de profundidade.
  • Humana é a vontade, a coragem, o afã de lutar, o saber enfrentar o infortúnio, a capacidade de esperar contra toda a esperança.
  • Humana é a consciência, que nos impede de enganar-nos a nós mesmos, a voz interior que nos desperta para continuar escalando, a exigência que não nos deixa adormecer.
  • Humana é a preocupação de sermos melhores, saber que ainda estamos a meio caminho, propormo-nos como meta a perfeição, embora saibamos que nunca chegaremos à meta total.
     
Tudo isso é humano. E dificilmente chegaremos a ser verdadeiros homens se começamos a autodesculpar os nossos erros sob o pretexto de que “são humanos”.
Ser homem é, por certo, uma aventura muito ambivalente.

Pascal definia o homem como: “Juiz de todas as coisas; estúpida minhoca da terra; depositário da verdade; montão de dúvidas; glória e desperdício do universo”. Sim é tudo isso e muito mais. E por isso a verdadeira aventura e glória dos homens é, precisamente, escolher entre essas coisas, sabendo que podemos ficar-nos naquilo que Baroja dizia do homem – “um ser um milímetro acima do macaco, quando não um centímetro abaixo do porco” – ou ser precisamente essa “glória do universo”.
E quais são as chaves da aposta? Literalmente: apostar naquilo que o homem tem de animal ou naquilo que ele tem de racional. Apostar no egoísmo ou na generosidade. Optar por uma vida vivida ou por uma vida arrastada. Escolher entre um viver vigilante ou simplesmente vegetativo. Empenhar-se em viver os nossos melhores sonhos ou ruminar os nossos piores desejos. Passar os anos envelhecendo sem amadurecer, ou esforçarmo-nos por amadurecer sem envelhecer. Saber que – como dizia A. Dumas – “o homem nasce sem dentes, sem cabelo e sem sonhos, e a maioria morre sem dentes, sem cabelo e sem sonhos”, ou levantar galhardamente a bandeira das ilusões e saber que podemos perder tudo menos o entusiasmo.

O grave é que todos têm de fazer estas opções, e cada um tem de fazer a sua, sem buscar as desculpas de que o mundo ou as circunstâncias não o permitiram.
Viver é, efetivamente, apostar e manter a aposta. Não apostar ou deixar a aposta na primeira esquina da rua é, simplesmente, morrer antes do tempo.
S. Agostinho, para dar aos homens o melhor elogio dizia que o homem é “capax Dei”, – capaz de Deus. Na verdade, o que define a grandeza da alma é ser “capaz de … ” Capaz nada menos que de Deus, mas também capaz de um vazio que, precisamente por causa dessa grandeza, seria quase infinito. Haverá no universo tragédia maior que a duma alma que morra sem chegar a existir? Que gemidos não dará a natureza sempre que é obrigada a prostituir-se na estupidez e no vazio?! É tanto o que podemos alcançar! É tanto o que podemos perder! Assusta-me ser homem. Entusiasma-me e assusta-me. Mas não estou disposto a enganar-me, a pensar que isto é uma brincadeira sem importância, que os anos são umas fichas de cartolina que nos deram para nos irmos entretendo enquanto a noite não vem!

José Luis Martin Descalzo (1930-1991, jornalista, sacerdote e escritor espanhol)