Visita a Verona - 2º Dia - Parte I



O dia seguinte ao da chegada a Verona iniciou com nuvens, que aos poucos se foram juntando, filtrando com alguma dificuldade o sol. Queríamos naquele dia conhecer os principais pontos turísticos da cidade, uma vez que tínhamos programado só um dia para a visita.

Verona conhecida principalmente como o cenário idílico da história de Romeu e Julieta e a casa durante alguns anos de Dante Alighieri, o seu centro histórico é um emaranhado fabuloso de ruas, monumentos e casario de enorme beleza arquitetónica, que são uma simbiose entre o seu passado histórico e a cidade moderna e industrial dos dias de hoje.

Construída ao longo do rio Ádige a cidade possui uma série de belas paisagens, que podem ser captadas entre as suas ruas tortuosas e junto das suas belas pontes. Verona tem um encanto especial e apelativo quando captada junto do rio Ádige, com as pontes que unem a cidade que o rio procurou separar e as colinas que a integram e circundam o seu centro histórico.

Foi uma das cidades mais poderosas durante o início do Império Romano e a cidade velha de Verona é uma das suas seções mais bem preservadas.

Saímos do parque de autocaravanas um pouco antes da hora de almoço e esperámos o autocarro que nos levaria à cidade, na paragem próxima do parque. O autocarro leva-nos até junto da cidade velha, passa perto de um troço da margem esquerda do rio Ádige, onde está situado o Castelvecchio, a antiga residência dos senhores feudais da cidade e a Ponte Scaligero, (onde tínhamos estado no dia anterior), e segue pelo Corso Cavour deixando-nos junto da Porta Borsari. Ali faz-se um breve almoço, no Café/Pisaria Vittoria, onde se bebem sumos de laranja naturais e provam vários pedaços de apetitosas pisas caseiras, terminando com um gelatto italiano. Ali ainda se alugam as mesas de esplanada, uma prática já quase em desuso em Itália, mas que ainda é usada em alguns locais.


A visita começa entre muralhas e a famosa Porta Borsari, do I séc. d.C., a outrora principal porta rasgada nas antigas muralhas romanas de Verona. No tempo dos romanos era chamada Porta Iovia devida à proximidade com um templo dedicado a Júpiter. Na Idade Média foi chamada de Porta San Zeno, em homenagem a um dos mais amados bispos da cidade.
De cada lado da Porta Borsari podemos imaginar as duas torres de outrora, onde se fazia a guarda à cidade, com as normais passagens da patrulha, permitindo um controle preciso e cuidadoso de quem entrava e saia da cidade, na anterior e verdadeira fortaleza.

É uma porta imponente, com a fachada principal realizada em blocos de calcário branco. Tem duas passagens em arco, cada um emoldurada por duas meias-colunas com capiteis corintios, entablamento e frontão. Acima é dividido em dois andares sobrepostos, cada uma com o entablamento movido por reentrâncias e saliências, possuindo uma série de seis janelas em arco, num total de doze, algumas das quais com uma pequena empena triangular.

A antiga cidade romana e medieval de Verona, era um ponto focal de todos os sistemas de transportes terrestres e de água, do nordeste da península itálica, e a Porta Borsari, era a entrada principal, que dava passagem ao longo do Maximus Decumanus, que atravessava o Fórum Romano, hoje a Piazza delle Erbe.


Fonte: Wikipédia.org / Turista Ocasional.mht

Visita a Verona - 1º Dia - Parte III


Após a saída da Piazza San Zeno, a caminhada continuou pelo Vincolo Lungo San Bernardino, uma rua direita que nos iria levar até à Stradone Porta Palio que nos faria tomar o rumo de regresso à área de serviço de autocaravanas.A meio caminho surge a Piazza San Francesco de Assissi, onde o silêncio sobe, cresce e nos suspende. Esta praça fica situada à frente do portão principal dos muros da Abadia di San Bernardino, um mosteiro franciscano. O mosteiro fica situado no bairro de San Zeno, que outrora teve muitos assentamentos de estruturas de ordens religiosas.

A Abadia está cercada por altos muros que escondem a visão dos transeuntes. Espreita-se pelo bonito portão com um enorme sol em ferro forjado e lá dentro, um grande claustro silencioso. Ao fundo destaca-se a fachada gótica da igreja, mas com um portal renascentista adornado com estátuas.
A Chiesa di San Bernardino tem características simples, com a fachada principal em estilo gótico, simples e deliberadamente pobre, construída com piso de tijolo e uma sobriedade que é típica das igrejas dedicadas a San Francesco. O edifício da igreja com um mosteiro franciscano adjacente foi construído na segunda metade do séc. XV. A fachada toda em tijolos vermelhos com portal renascentista ornamentado com as estátuas de três santos, Boaventura, Bernardo e Antônio de Pádua.

A igreja faz parte de um Mosteiro Franciscano (construído entre 1451 e 1466), ainda em funcionamento e possui uma das coleções mais importantes da pintura de Veronese, do séc. XVI. Esta pintura pode ser observada nas Capelas di San Bernardino, situadas no interior da igreja e que possuem pinturas e frescos feitos pelos principais pintores da Escola de Verona.

Da Piazza San Francesco de Assissi até ao Stradone Porta Palio, a caminhada é breve. Já com pouca gente na rua os passos levam-nos novamente até à Porta Palio e desta mais um passo até ao parque de autocarananas, onde nos espera uma noite de descanço.

Fonte: http://www.verona.net / Wikipédia.org

Aceleração e Depressão

Numa época em que a vida social e as redes sociais, parecem ser tão antidepressivas, como é possível que o aumento das depressões tenham adquirido características de uma epidemia?


Serão os efeitos psicológicos da crise? Penso que a aceleração que marca a vivência temporal do sujeito contemporâneo, desvaloriza a vida psíquica, produzindo justamente o sentimento de vazio interior que caracteriza as depressões.

Nesta palestra a psicanalista e escritora Maria Rita Kehl, explica como o ser humano perde os valores frente aos avanços globais, tecnológicos e económicos.


Visita a Verona - 1º Dia - Parte II



Do jardim da Piazza Arsenale pode descer-se até ao rio Ádige por acessos em escadaria, e ali em companhia com as suas águas podemos admirar as muralhas, que se misturam num todo harmonioso, com a bela ponte medieval. Caminha-se pelo Lungadige Cangrande onde entre canaviais se observa o casario do outro lado do rio. Os nossos passos acompanham o correr das águas e ao longe, aparece a torre Campanério da Chiesa San Zeno que nos guia o caminho.

Um pouco mais à frente a Ponte Risorgimento leva-nos de novo até à margem esquerda do rio Ádige, e entramos novamente em território outrora situado na antiga cidade amuralhada. A Ponte Risorgimento, é mais uma das pontes sobre o rio Ádige, que atravessa a cidade. Projetada por Pier Luigi Nervi, foi construída para comemorar o centenário da Unidade da Itália, dai o seu nome. Do final da ponte é um pulinho até à Piazza San Zeno que se encontrava em trabalhos de remodelação/conservação, mas mesmo assim com esplanadas onde alegres convivas passavam um bocado da noite. Seguimos pela Via San Procolo, onde encontramos a pequena igreja com o mesmo nome. Mais uns passos e chegamos à antiga Basílica di San Zeno, também com obras de conservação.

A Chiesa di San Procolo é uma pequena igreja onde se encontram os restos mortais de San Procolo, que além de ter sido o quarto bispo de Verona é também o seu padroeiro. A igreja data do séc. VI ou VII, tendo sido erguida na necrópole cristã, na antiga Via Gallica, sendo mencionada pela primeira vez em 845. Após o terremoto 1117 foi totalmente reconstruída e no seu interior existem frescos de várias idades, incluindo a “Última Ceia” e "Blaise a curar os doentes”, por Giorgio Anselmi.
Logo a seguir encontramos a Basílica di San Zeno, também conhecida como San Zeno Maggiore. É a igreja medieval mais importante de Verona, que foi fundada no séc. V e reconstruída no séc. XII. Tem uma magnífica fachada românica, com portas em bronze e muita estatuária importante no exterior. No interior além da cripta onde descansam os restos mortais de San Zeno, há a destacar o retábulo famoso de Mantegna, a sua obra-prima, que marcou o início da pintura renascentista, em Verona.


A torre sineira ou campanário destaca-se num edifício separado. É encimado por um pináculo cónico com pináculos pequenos em cada ângulo. O exterior é decorado por esculturas romanas. A sua fama repousa, em parte na sua arquitetura, mas sobretudo na tradição que situa a sua cripta, como o local onde ocorreu o casamento secreto de Romeu e Julieta, como está referido no romance trágico e eterno de Shakespeare. Juntamente com a Abadia a Igreja é dedicada a San Zeno de Verona.

Nascido no norte da África, San Zeno é creditado como o conversor de Verona ao cristianismo e muitos dos seus sermões sobreviveram até aos nossos dias.San Zeno morreu em 380 e segundo a lenda, sobre o seu túmulo, situado ao longo da Via Gallica, foi construída a primeira igreja, erguida por Teodorico, o Grande, rei dos ostrogodos.

A história da basílica presente e o mosteiro beneditino associado começa no séc. IX, quando o Bispo Ratoldus e o rei Pepino da Itália participaram na transladação das relíquias do santo para a nova igreja. Esse edifício foi danificado ou destruído por uma invasão no início do séc. X e o corpo de San Zeno foi transferido para a Catedral de Santa Maria Matricolare.Quando a igreja foi restaurada, o corpo de San Zeno foi colocado na cripta da igreja atual (em 21 de maio, 921), num sarcófago, estando o rosto coberto por uma máscara de prata. San Zeno, bispo de Verona, nasceu grego e veio da Síria para a Itália. Na sua juventude, tornou-se monge e dedicou-se ao estudo da Sagrada Escritura. Viajando acabou por visitar vários mosteiros, chegando à cidade de Verona onde se estabeleceu e mais tarde o povo escolheu-o como bispo da cidade.

Segundo reza a história, após a morte do santo ocorreu um milagre no ano 558, precisamente no dia de San Zeno, enquanto decorria a festa. Houve inundações de primavera na Itália. O rio Ádige transbordou e inundou a área circundante à igreja onde estavam depositadas as relíquias de San Zeno e a água atingiu a igreja chegando até as janelas. No entanto embora as portas do templo estivessem abertas, a água não entrou, parando à porta não inundando o seu interior, num milagre observado por todos os que estavam na festa e que se recolheram na igreja.Fonte: Wikipédia.org / http://www.sacred-destinations.com/

A Filosofia na Vida

Como estamos a conduzir as nossas vidas? A Filosofia pode ajudar-nos a viver? Como é que podemos aceitar o sofrimento, agir com correção e aceitar as diferenças?


Em mais um programa do excelente Café Filosófico, da TV Cultura do Brasil, os filósofos Oswaldo Giacoia Jr., Franklin Leopoldo e Silva, Rodrigo de Paiva Duarte e Plínio Junqueira Smith, trazem-nos os ensinamentos de pensadores de outros tempos, que podem ajudar a responder às questões que nos tocam na nossa vida quotidiana.

Parte I

Parte II

Parte III

Parte IV

Parte V

Visita a Verona - 1º Dia - Parte I



No dia de chegada a Verona e depois do jantar feito na autocaravana, fomos dar uma volta na zona próxima da área de serviço, até porque só íamos ficar um dia e duas noites na cidade, o que seria curto para se ver tudo de dia. A caminhada começou na portagem da área de serviço a caminho da Porta Palio, uma das portas das antigas muralhas da cidade medieval de Verona.

A Porta Palio é uma porta imponente da cidade, que anteriormente era chamada Porta Stupa. Foi construída entre 1542 e 1557, pela República de Venezia a quem pertenceu outrora a cidade e, embora menos importante do que o Porta Nuova (onde fica a principal estação ferroviária da cidade), tem uma arquitetura mais interessante do ponto de vista cultural e artístico. Esta porta no passado só era aberta, apenas durante as estações do ano em que ocorriam culturas agrícolas, pois dava acesso às campinas na periferia da cidade e nunca teve qualquer função militar. Passa-se a monumental Porta Palio e seguimos pelo Stradone Porta Palio, uma estrada direita e comprida, onde os nossos passos ecoam, até chegarmos à zona velha da cidade.

Rapidamente se chega ao Castelvecchio, uma antiga mansão medieval mandada construir por Cangrande II, para si e sua família (os Scala, os senhores da cidade) em 1354-57, em cima de fortificações já anteriormente existentes. Além de ser usada como mansão, foi também um quartel para os soldados da guarnição que defendia a cidade.

Esta mansão é composta por dois núcleos, separados por um trecho de paredes do séc. XIII e sete torres. O primeiro núcleo destinado à guarda, do lado direito, abrange o pátio principal e o núcleo do lado esquerdo era o verdadeiro Palazzo Scala, com um pátio estreito e paredes duplas, onde nos dias de hoje esta instalado o Museu do Castelvecchio, que abriga uma das melhores galerias de arte do Veneto fora de Venezia.

Do lado direito observa-se a Corte della Reggia com forma planimétrica irregular, em trapézio. É a residência fortificada dos della Scala, ligada à alta torre de menagem, que está disposta ao longo do lado adjacente à margem do rio Ádige. No centro, a torre alta do castelo (1375), leva à Ponte Scaliger, sobre o rio Adige que outrora permitiu a ligação com a estrada para o Tirol. O Castelvecchio após a queda da família Scala, foi usado como arsenal pelos venezianos e em 700 abrigou a Academia Militar de Venezia, então sob domínio francês e austríaco, sendo usado como quartel. Em 1923 foi iniciada uma restauração radical que desmantelou o caráter militar do monumento, com a inclusão do gótico tardio e elementos arquitetónicos da Renascença para a reutilização e recuperação das muralhas e torres.

Entramos no pátio outrora destinado à guarda e ouve-se um solo de viola. Empoleirados nas muralhas, um jovem casal com violas, possivelmente estudantes de música, tocavam à vez. No momento assistido, ela ouvia, ele tocava.A música, a luz, a ambiência noturna, os passos ecoando na calçada, contribuíam para que a atmosfera medieval se sobrepusesse, ocupando totalmente o lugar. A todo o momento se esperava que em algum ponto das muralhas, saltassem as figuras de antigos soldados com pesadas armaduras, que em tempos idos ali passaram muitas horas da sua vida.

Caminha-se pela Ponte Scaliger, primeiro subindo, depois descendo lentamente. De repente ouve-se a aproximação de uma carruagem, que rapidamente nos atinge e passa por nós em direção ao final da ponte.A Ponte Scaligero, outrora de uso exclusivo do castelo, servia como via de fuga ou de acesso para as ajudas provenientes do Vale do Ádige, evitando, assim, que o rio se tornasse numa barreira insuperável. Mas, no interior do complexo o sistema defensivo urbano podia servir para organizar saídas, de modo a operar tacticamente na margem oposta do rio.

O castelo foi assim pensado como fulcro de todo o sistema defensivo, e a sua Torre de Menagem como centro do controle visual da cidade, à esquerda e à direita do Ádige e da paisagem circundante. Já fora da Ponte Scaliger, entramos na Piazza Arsenal de onde se comtempla em pleno o rio Ádige que depois de serpentear dentro da cidade, ali passa majestoso e cintilante espreguiçando-se no seu largo leito, escorregando por baixo da ponte.


Fonte: Wikipédia.org / http://www.comune.verona.it/

A caminho de Verona


No dia seguinte ao término da visita a Venezia e suas ilhas, partimos com destino a Verona. Seguimos pela autoestrada através da Planície do Pó, uma enorme planície italiana situada a norte da Itália, entre os Alpes e o Apeninos, onde corre o rio com o mesmo nome.A Planície do Pó constitui a região mais rica e povoada da Itália. É constituída por solos de aluvião trazidos das montanhas pelo rio. É um lugar belíssimo para a agricultura, sendo um regalo ver terras tão bem aproveitadas, como vinhedos, olivais, trigais e milharais, onde o verde impera e a tecnologia mais recente é aplicada. É ali feita uma agricultura de alto rendimento, pois os solos são muito férteis, o clima brando e os terrenos bem irrigados.

O rio Pó com uma extensão de 652 quilómetros é o maior rio italiano. Nasce no Monte Viso, nos Alpes Cotianos, e desagua no mar Adriático, a sul da cidade de Chioggia, onde forma um delta de cinco braços. É alimentado principalmente pelos afluentes Ticino, Ada e Míncio, que vêm dos Alpes e dos lagos alpinos.Já perto de Verona, saímos da autoestrada e por uma estrada nacional chegámos à cidade. Verona é uma cidade do Veneto, no norte da Itália, a sua segunda maior cidade da região e a terceira do Nordeste italiano.



Verona é definitivamente muito mais que a cidade de Romeu e Julieta. A cidade possui belíssimos jardins, praças, palácios, uma enorme arena romana, anfiteatros, com uma arquitetura inacreditável.
É um dos principais destinos turísticos no norte da Itália, em especial devido à sua história e ao seu património artístico e monumental, e também pelo seu famoso Festival de Ópera, pois é em Verona que acontece todos os anos durante o Verão uma temporada lírica na Arena da cidade (de 30/06 a 31/08).

A Arena de Verona é um antigo e imponente anfiteatro construído pelos romanos, com mais de 2000 anos. O 88º Festival de Ópera decorria na cidade aquando da nossa visita a Verona e como não podia deixar de ser, era o lugar ideal para se assistir a uma mega ópera italiana.
Os detalhes precisos da sua história inicial permanecem um mistério e a origem do seu nome é também desconhecida. Com a conquista romana em cerca de 300 a.C., Verona tornou-se numa colonia romana em 89 a.C., e em seguida torna-se município em 49 a.C.. A cidade com o tempo conquistou grande importância porque estava situada num cruzamento de várias estradas importantes no seu tempo.

O esplendor da cidade naqueles tempos estava dominada pelas suas 48 torres, tendo sido descrita numa ode latina. O aumento da riqueza das famílias burguesas eclipsou o poder dos nobres, e em 1100 Verona organizou-se como uma comunidade florescente. A cidade tornou-se importante porque foi um cruzamento de várias estradas. Nos dias de hoje, Verona é uma cidade importante e dinâmica, muito ativa em termos de economia, sendo também uma atração turística muito importante por causa da sua história, onde o passado romano vive lado a lado com a Idade Média.

A chegada a Verona ao final da tarde fez com que fossemos logo procurar a área de serviço de autocaravanas, que por sorte ainda tinha alguns lugares disponíveis. Quando chegámos tivemos uma boa surpresa, pois a área de serviço de Verona tinha excelentes condições, além de ser muito bem situada, perto do centro da cidade. Talvez por isso era muito procurada por autocaravanistas, pelo que se encontrava sempre cheia, sendo muito movimentada e por isso menos tranquila.
Fonte; : http://www.infopedia.pt/ / Wikipédia.org

Visita a Burano - 3º Dia - Parte II



Burano Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning free slideshow from your travel photos.

A ilha de Burano é a mais bonita das três ilhas visitadas por nós no dia dedicado à visita das principais ilhas da laguna de Venezia, e também a mais típica de todas. Os primeiros ocupantes a habitarem a ilha foram provavelmente os romanos, mas é no séc. VI que recebe o seu nome atual, quando a zona era ocupada por gente vinda de Altinum, que terão dado à ilha o nome de uma das portas da sua cidade. No entanto há mais duas versões para a origem do nome. Numa delas o nome deriva do apelido da primeira família que ali se estabeleceu, os Buriana, e a outra versão é que o nome foi dado por habitantes de Buranello, uma ilha 8 km a sul de Burano.

Apesar da ilha se ter desenvolvido depressa, continuou a ser uma parte do território administrado por Torcello mas sem qualquer dos privilégios dos seus habitantes, ou mesmo dos habitantes de Murano. A situação só se alterou quando a ilha começou a ter mais importância, a partir do séc. XVI, quando as mulheres locais começaram a produzir as belas peças de renda, que rapidamente começaram a ser exportadas para o resto da Europa. No séc. XVIII a indústria das rendas iniciou o seu declínio, uma tendência que só seria contrariada em 1872, quando uma escola profissional foi aberta para incentivar as rendeiras de Burano, trazendo um novo fôlego à industria. Contudo atualmente já não se produzem peças de renda à verdadeira maneira tradicional na ilha, uma vez que é um trabalho artesanal muito intenso e cada peça leva muitas horas até ser acabada, o que as encarece.

Aquando da nossa visita à ilha, o itinerário em Burano compreendeu, a rua principal, a Via Baldassarre Galoppi, onde é fácil ficarmos muito tempo a observar as casas, as janelas, os portais e o rio, condicionado ao estreito canal onde pequenos barcos coloridos, esperam a hora de partida para mais uma faina. As suas ruas, as “calles” como lá são chamadas, ligam-se através de estranhos pórticos, que passam por baixo das casas, a partir dos quais se vislumbram belas prespectivas e panoramas lagunares inéditos.
Nas ruas podem ser encontrados pescadores que remendam as suas redes ou moradores que conversam às portas, além de poderem ser encontrados os vários artesãos que povoam a ilha. Para além de tudo isto, a total ausência de turismo de massa, que nos proporciona uma ambiência de paz total, muito reconfortante.

Na praça principal avista-se o antigo Palazzo del Podestà e a Chiesa di S. Martino, uma construção de 1500 com planta em cruz latina, com três naves e teto em arco. Na sacristia um grupo importante de quadros entre os quais uma "Crucificação" feito por Tiepolo. À hora de jantar escolhemos o típico Ristorante Al Vecio Pipa, que numa pequena esplanada junto ao silencioso canal nos serviu fresco pescado, quer nas entradas, quer numa fritada mista de pequenos peixes e mariscos da laguna di Venezia.

Após o jantar a partida para Venezia a bordo de um grande vaporetto, que em 40 minutos nos levou até à Piazzale Roma, onde finalizou a visita às belíssimas ilhas que compõem a laguna de Venezia.

Fonte: Fonte: http://www.initalytoday.com / http://arquivodeviagens.wordpress.com / Wikipédia.org

Visita a Burano - 3º Dia - Parte I



De Torcello a Burano Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

Depois da visita à ilha de Torcello, apanhámos o vaporetto para Burano, que queríamos visitar ainda de dia, para depois jantarmos na ilha e desfrutarmos a noite naquela que o Guia da American Expresse designa como a ilha mais colorida e alegre da laguna de Venezia.A ilha de Burano é na realidade constituída por quatro pequenas ilhas da laguna, coligadas entre si por meio de pontes. Enquanto Murano é voltada ao comércio e indústria do vidro, a ilha de Burano é a mais charmosa, principalmente pelas suas casas de cores vivas. Parece que, enquanto nas outras ilhas, a cor das casas está condicionada pela lei por questões de conservação do património, em Burano isso não acontece.

Esta abundância de cores tomou o seu significado na Antiguidade, quando as cores eram usadas para delimitar as propriedades. De acordo com a lenda, as cores vivas das casas eram usadas para ajudar os pescadores a reconhecem a sua ilha quando voltavam da pesca, pois no inverno devido ao clima húmido, formavam-se frequentes neblinas que tornavam difícil aos pescadores encontrarem a ilha.A paisagem é muito típica e o encantamento é coletivo. Quem como nós tem a sorte de visitar esta encantadora ilha, não deve perder a possibilidade de desfrutar da tranquilidade das suas ruas, mergulhar nas variadas e fortes cores das suas casas e de se maravilhar com as flores que enfeitam as varandas e terraços de suas casas.



O mercado semanal é realizado em frente à igreja, todas as quartas-feiras, e não se deve perder uma visita ao mercado do peixe, onde são vendidos todos os tipos de peixes típicos da laguna. Tradicionalmente a população de Burano era constituída por pescadores e rendeiras. Hoje, embora se vejam ainda muitos pequenos barcos de pesca e redes penduradas nas portas das casas, já são muito raras as mulheres que se dedicam às rendas de Burano.

Embora a ilha ainda seja famosa pelas suas rendas artesanais, feitas pelas mulheres da ilha, já é difícil encontrar autênticas rendas de Burano. As rendas que ainda ali são produzidas são ali vendidas em barraquinhas, onde podem ser encontradas verdadeiras preciosidades, com peças muito diferentes e originais.

As suas rendas no séc. XVI eram as mais procuradas da Europa, sendo conhecidas por Punto in Aria (pontos no ar), por serem muito delicadas e complexas.

Fonte: http://www.initalytoday.com / http://arquivodeviagens.wordpress.com / Wikipédia.org

Visita a Torcello - 3º Dia



De Burano a Torcello Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

Após a chegada a Burano fomos de imediato para o cais de embarque, a fim de apanharmos o vaporetto para a ilha de Torcello, que nos levaria rapidamente até à ilha. Torcello é a “ilha da espiritualidade”, que foi povoada entre os séculos V e VII, sendo também a primeira zona habitada da região de Venezia. Esta pequena ilha, com poucas casas, possui uma calma maravilhosa e impressionante, onde se respira ar puro e que guarda uma catedral com mais de 1000 anos, que, segundo dizem, foi a primeira igreja a ser construída na região de Venezia. É o mais antigo templo da laguna, que remonta ao domínio bizantino e possui uma rara arquitetura em forma de cruz grega.

A Catedral de Santa Maria dell’ Assunta é uma igreja do séc. XII, fundada em 639, que possui magníficos mosaicos antigos. Dentro da igreja o sarcófago romano sob o altar contém as relíquias de San Heliodoro. Ao lado outra igreja chama a nossa atenção por ter uma abside pentagonal, é a Chiesa di Santa Fosca, em puro estilo bizantino e possui um bonito pórtico, com elegantes arcos que envolvem a igreja por três lados. No pátio um trono em pedra mármore, que se afirma ser o trono de Átila, o rei dos hunos do séc. V. Após a queda do Império Romano, Torcello foi uma das primeiras ilhas da laguna a serem sucessivamente povoadas por aqueles que fugiram da cidade de “Veneti” em terra firme (no continente), para se abrigarem das invasões bárbaras recorrentes, especialmente depois de Átila, o Huno, destruir a cidade de Altinum e todos os assentamentos em torno de 452.

Torcello serviu então de refúgio aos cidadãos da cidade de Altinum, depois das invasões dos unos e dos longobardos e o nome da ilha deriva provavelmente de Turricellum por lá existir uma torrezinha erigida, que lembrava a antiga cidade perdida no tempo. Durante os 200 anos seguintes os lombardos e os francos, alimentaram um fluxo permanente de refugiados urbanos que procuravam a segurança relativa da ilha, incluindo o bispo de Altinum, que em 638 transferiu para ali as sagradas relíquias de San Heliodoro, tornando-se Torcello oficialmente um bispado. San Heliodoro é agora o padroeiro da ilha.


A ilha teve outrora um governo autónomo, com “Podestade, Consiglio e Corpo Coletivo Superior". Mais tarde o assoreamento das vias navegáveis e a malária, determinaram o declinio da ilha. Além da agricultura os seus habitantes dedicavam-se à indústria da lã.Um dos últimos canais de Torcello liga a paragem de vaporetto à basílica. Na margem deste canal fica o caminho que nos leva até à Piazzeta que guarda os lugares sagrados, que nos esperavam numa calma presistente, acolhendo-nos na sua eterna espiritualidade.


Após a visita às igrejas e ao museu no coração da ilha, um passeio entre os silenciosos canaviais cujas orlas se encontram unidas pela Ponte del Diavolo (Ponte do Diabo), por baixo da qual passa um rio de águas limpas. No meio dos canaviais, sobressaem as casas coloridas com as típicas chaminés venezianas, que definem o espaço cénico desta ilha encantada.Perto da ponte que liga à praça principal, destaca-se próximo do templo de Santa Maria Assunta, o Restaurante Cipriani, que é conhecido por servir um risotto divinal!...


Fonte: Wikipédia.org / http://arquivodeviagens.wordpress.com


Visita a Murano - 3º Dia - Parte II



De Murano a Burano Slideshow: Pé’s trip to Venice, Veneto, Italy was created by TripAdvisor. See another Venice slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

As três ilhas da laguna de Venezia que visitámos naquele dia são três pequenos mundos, completamente diferentes e facilmente acessíveis de barco. Murano, a mais famosa por causa dos caríssimos trabalhos feitos em vidro, é na minha opinião, a menos típica, parecendo-se muito com algum lugar em Venezia. É tudo muito industrial e voltado para o comércio do vidro.

Murano, embora descrita como uma ilha da Laguna de Venezia, é de facto um arquipélago de sete ilhas menores, das quais duas são artificiais (Sacca Serenella e Sacca San Mattia), unidas por pontes entre si. Fica situada apenas a 1 km de Venezia e é um local famoso pelos seus cristais e obras em vidro, particularmente candeeiros.
A origem da indústria do vidro Murano remonta a 1291 quando um Doge de Venezia proibiu a indústria do vidro nas ilhas centrais da cidade, porque havia um elevado risco de incêndio, obrigando os fabricantes de vidro a viver nas ilhas de Murano. A partir daí os sopradores de vidro de Murano mantiveram em segredo a forma de fabricar o vidro e o cristal de Murano.

A ilha de Murano foi fundada pelos romanos, e desde o séc. VI foi habitada por gente procedente de Quarto d’Altino e Oderzo, lugares situados perto de Venezia. A princípio, a ilha prosperou como porto pesqueiro e graças à produção de sal. Era um centro de comércio e com o porto controlavam a ilha de Santo Erasmo. A partir do séc. XI a cidade começou a decair devido à mudança de muitos dos seus habitantes para o Dorsoduro, em Venezia. Tinham um grande poder local, como o de Venezia, mas desde o séc. XIII, Murano passou a ser governada por venezianos. Contrariamente a outras ilhas da lagoa, Murano cunhava as suas próprias moedas.


Em 1291, todos os cristaleiros de Venezia foram obrigados a mudar-se para Murano devido ao risco de incêndio, uma vez que a esmagadora maioria dos edifícios de Venezia estava construída em madeira. Durante o séc. XIV, as exportações de vidro começaram e a ilha ganhou fama, inicialmente pelo fabrico de missangas de cristal e de espelhos. O cristal "aventurine" foi inventado na ilha e, durante algum tempo, Murano chegou a ser o maior produtor de cristal da Europa. Mais tarde, o arquipélago de Murano, ficou conhecido pelo fabrico de lustres e embora tenha havido uma grande quebra da produção durante o séc. XVIII, a cristalaria continuou a ser a indústria mais importante da ilha.


No séc. XV, a cidade tornou-se popular como lugar de férias dos venezianos, e ali foi construído um palácio, mas esta moda não prosseguiu. Os campos da ilha eram conhecidos pelas suas abundantes árvores de fruta e jardins até ao séc. XIX, quando começaram a construir-se mais casas. As principais atrações da ilha são principalmente a Chiesa di Santa Maria e San Donato, conhecida pelos seus mosaicos bizantinos do séc. XII, e porque se diz que alberga os ossos de um dragão que matou San Donato; a Chiesa di São Pietro Mártir e o Palazzo da Mula. As atrações relacionadas com o cristal incluem muitas obras neste material, algumas delas da época medieval, em espaços abertos ao público. Há um Museu do Cristal, o Museo Vetrario que se encontra no Palazzo Giustinian, o único palácio da ilha.


A visita a Murano não podia demorar muito pois tínhamos ainda de conhecer as ilhas de Burano e Torcello. Assim sendo caminhamos pela viale Garibaldi até ser encontrado o cais Faro, situado junto do grande farol branco da ilha de Murano, no extremo oriental da ilha, onde esperámos um vaporetto maior, que nos levaria a Burano. A viagem para estas duas ilhas levaria cerca de 30 minutos a andar bem. Primeiro o vaporetto pára em Burano, para deixar passageiros e depois temos que mudar para um vaporetto menor que navega mais 5 minutos até chegar a Torcello, que fica bem perto da ilha de Burano.

Fonte: Wikipédia.org / http://arquivodeviagens.wordpress.com