“Não
sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe!” Esta
é uma frase que ouço pronunciar muitas vezes e que estranho sempre. É uma frase
tão comum que até virou letra de canção.
Será por certo uma boa frase para se cortar a conversa a alguém que esteja a querer falar da vida alheia, mas infelizmente não é nesses casos que ela é usada com frequência.
No outro dia em conversa
com uma pessoa, eu lhe falava de Stephen Hawking, um dos mais consagrados
cientistas da atualidade. Expliquei que este cientista, embora fosse portador
de esclerose lateral amiotrófica (uma rara doença degenerativa que paralisa os
músculos do corpo sem, no entanto, atingir as funções cerebrais), tinha tido a
sorte de ter conseguido fazer uma vida digna, ter estudado, casado e tido
filhos, ajudado por certo por uma família muito solidária e por um país com
reais preocupações sociais.
A pessoa com quem falava
disse desconhecer o caso, ao que retorqui, que enviaria a informação relativa a
Stephen Hawking por email.
No dia seguinte perguntei
a essa mesma pessoa se tinha recebido o email e lido sobre o caso. Em resposta
tive uma cara de poucos amigos, como que querendo ignorar o assunto, dizendo-me
de seguida, “que se iria confirmar “tudo”
dali para a frente”.
Confirmar o quê? Se Stephen Hawking existe ou não? E como é
que se confirma, aquilo que não se quer confirmar?
Agora sim, eu entendia com
precisão o significado real desta frase tão badalada entre as gentes do nosso
Portugal.
Ler mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Stephen_Hawking