Roma Antiga

Situada na planície do Lácio, às margens do rio Tibre e próxima do litoral (Mar Tirreno), a cidade de Roma originou-se a partir da fusão de dois povos: os latinos e os sabinos. De acordo com a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C. por Rómulo e Remo, que foram criados por uma loba, reunindo os dois irmãos o símbolo lendário dos dois povos que lhe deram origem.

Alguns especialistas recentes acreditam que inicialmente numa data difícil de precisar, Roma se tenha formado a partir de uma pequena e pobre aldeia de agricultores e pastores, onde inicialmente, a terra era utilizada de forma comunitária, com base em grupos de famílias chamados clãs ou gens.
Roma foi conquistada pelos seus vizinhos do norte, os etruscos, que dela fizeram uma verdadeira cidade. Os romanos eram também vizinhos dos gregos, que, ao sul, haviam criado a chamada Magna Grécia, onde habitavam desde a época da fundação de Roma. Mas essa situação começara a mudar com a expansão de territórios e o crescimento económico e populacional. As famílias mais antigas e poderosas, que possuíam terras mais férteis, passaram a apropriar-se de terras que até então eram públicas.

Dos etruscos e dos gregos os romanos receberam importantes influências e, com base nelas, elaboraram a sua própria civilização.

Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental em redor de todo o Mar Mediterrâneo, através da conquista e assimilação cultural.

Roma foi um estado totalmente militarista cuja história e o desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas militares, durante os seus 12 séculos de existência.

A maior prova do sucesso militar do Império Romano foi sua surpreendente expansão territorial, pela qual Roma passou de uma simples cidade-estado para um verdadeiro império, que abrangia boa parte da actual Europa Ocidental, boa parte do Norte de África e uma parte da Ásia.

Essas grandes conquistas militares do Império Romano foram conseguidas devido ao avanço da ciência militar que ela desenvolveu, inovando cada vez mais na indústria bélica. Os romanos criaram armas que envolviam táctica e força, mas também deve-se ressaltar que as conquistas romanas foram conseguidas pela grande organização e empenho dos seus exércitos.

No entanto mais tarde, um rol de factores sociopolíticos causou o seu declínio, e o império foi dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no séc. V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos, como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.

A civilização romana é tipicamente inserida na chamada Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga, que muito a inspirou na cultura. Roma contribuiu muito para o desenvolvimento no mundo ocidental em várias áreas de estudo, como o direito, a teoria militar, a arte, a literatura, a arquitectura, a linguística e a sua própria história, que persiste como uma grande influência mundial, mesmo nos dias de hoje.

Fonte: http://pt.wikipedia.org / http://www.culturabrasil.pro.br

"Duas são as feras que em nós produzem mais danos: uma cruel e selvagem, a inveja; outra, mansa e doméstica, a adulação”.

Juan Luis Vives


Não faças da tua vida um rascunho, pois pode não haver tempo de passar a limpo.


André Rossato

Roma, à flor da pele

Roma é tão irresistível que quando a visitamos dá-nos vontade de repetir as três célebres palavras de César, “Veni, vidi, vici”, que traduzindo e ajustando ao sentimento de quem a visita querem dizer, cheguei, vi e (venci) rendi-me.

O sentimento sentido quando se visita Roma é um misto de prazer e espanto. Estas são realmente as palavras que melhor definem a sensação de quem chega pela primeira vez à cidade e mergulha, sem aviso prévio, num caos de vida e movimento acelerado, com catadupas de turistas falando e gesticulando em todos os locais percorridos.

O alvoroço e o corrupio com que se vive a visita à cidade, quando a todo o momento nos deparamos com cenários, em que o belo se impõe a cada esquina, dá-nos um sentimento algo paradigmático, perguntando-nos muitas vezes, como é possível que toda aquela confusão não se suspenda face a tamanha beleza e magnitude! Contudo, quer turistas, quer romanos continuam indiferentes sem parar o tempo suficiente para admirar, estátuas, fachadas lindíssimas de encantadores edifícios, praças, ruas, villas, palazzos e recantos como seria óbvio se o belo fosse em menor escala.

O que de sobremaneira espanta em Roma é a banalidade do belo e como que aos tropeções pela História, se visita a cidade, como se o belo não tivesse fim. Roma é o convívio diário com as memórias de uma História preservada e palpável que sobrevive na constante exposição das maravilhas da criação humana, que se observam por toda a cidade.

Depois o Vaticano, o Estado mais pequeno do mundo, baluarte da religião católica encravado numa cidade que transpira hedonismo por todos os poros. Se Roma e Pavia não se fizeram num dia, o mesmo se aplica ao Vaticano.

Nele é imperdível a Basílica de São Pedro, a mais famosa igreja católica do mundo e o Museu do Vaticano, que acaba na belíssima Capela Sistina. Embora sempre a abarrotar de visitantes, é necessário um certo isolamento psicológico em relação às multidões, para que se possa gozar o prazer da observação constante das inúmeras obras expostas.

Fonte: http://www.rotas&destinos.xl.pt / Wikipédia

Há aquilo que se sabe e há aquilo que se ignora. Entre uma coisa e outra está aquilo que se supõe.

André Gide
Na vida, nada se resolve, tudo continua. Permanecemos na incerteza, e chegaremos ao fim sem sabermos com o que podemos contar.


André Gide

Passeio por Orvieto – Parte IV


Após a visita à Piazza del Popolo e novamente na Via Cavour seguimos até à Piazza della Repubblica. Esta parece ter sido o local do antigo fórum da cidade etrusca e o centro da vida civil no início da Idade Média.
Outrora tinha o nome de Piazza del Comune (por ali existir o Palazzo Comunale), ou Piazza Maggiore, por ser na época a maior praça da cidade. A praça foi nomeada de novo em honra do rei Vittorio Emanuele II em 1861 e depois em 1946 para a recém-proclamada República Italiana.

É nesta praça que se encontra a Chiesa de Sant’ Andrea que foi construída no mesmo local de um antigo templo etrusco e era a igreja mais importante da cidade antes da construção da Chiesa de San Frencesco (1240-1264) e do novo Duomo (1290-1310).

Ao seu lado encontra-se uma torre de doze lados (séc. XII), que provavelmente foi a Torre Civica, sendo mais tarde adaptada como campanário da igreja. Do lado esquerdo deste campanário, pode observar-se o Palazzo Comunale, o palácio das autoridades civis da cidade, que foi construído em 1216-9 e os nobres iam ali todos os anos reafirmar a sua lealdade à Comuna.

Por baixo do arco central original do edifício passa a Via Garibaldi, que desemboca na Piazza della Repubblica. O Palazzo Comunale foi reconstruído em 1574, por Hipólito Scalza, quando a praça sofreu uma grande modificação e alargamento.

De volta ao Corso Cavour e sempre a pé, retornamos à Piazza Cahen, para ali tomarmos o autocarro de volta ao parque de caravanas, no sopé do planalto de travertino que suporta a cidade, para em seguida nos pormos a caminho de Roma, onde queríamos ir pernoitar naquela noite.

Fonte: Wikipédia / http://www.orvietoonline.com

A Vida


Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado noutra. A vida é um todo indivisível.

Mahatma Gandhi

Há doenças extravagantes que consistem em se querer ter tudo o que se não tem. Devemos ficar à espera de tudo o que vier a nós, sem desejarmos o que não temos. Desejando apenas o que vier. Cada espera não deve ser um desejo, só mesmo uma disposição para acolher.

André Gide

Passeio por Orvieto – Parte III

A partir da catedral enveredámos pela Via del Duomo, no sentido noroeste até encontrarmos novamente o Corso Cavour, a principal rua de Orvieto, que atravessa a cidade de leste a oeste.

No cruzamento das duas ruas, ergue-se a Torre del Moro, uma torre quadrangular com 40m de altura, que domina a Piazza Gualterio. À nossa frente, o Palazzo Gualterio com um portal renascentista, altamente decorado (1550). O edifício, austero e elegante ao mesmo tempo, está localizado na esquina do cruzamento em frente à Torre del Moro e foi construído na primeira metade do século XVI, para uma família rica e poderosa da cidade.

Ladeado pela imponente Torre del Moro, o Palazzo dei Sette é o mais bonito entre os que enfrentam o Corso Cavour. O edifício data do final do século XIII e originalmente pertencia aos Sete Senhores do Poder Judiciário, sendo também mais tarde possuído pelo Papado.

Também conhecida como Torre del Papa e Casa da Santa Igreja, o prédio foi doado à cidade pelo Papa Leão X (1515), tornando-se a sede da Câmara Municipal. Desenhado por Ippolito Scalza, o edifício foi profundamente reestruturado, na segunda metade do século XVI. No final do século XX, o prédio foi reformado para abrigar exposições e eventos culturais, tornando-se o centro cultural da cidade.

Uma porta leva à Torre del Moro. A torre é orientada quase exactamente sobre os quatro pontos cardeais e dela a vista varre a cidade e arredores. No topo da torre encontra-se o sino histórico, que tocava frequentemente para chamar os cidadãos às armas, durante as lutas entre os guelfos e gibelinos do início do século XIV. Outrora nela estavam gravadas as armas de Orvieto e o selo do povo, mas na segunda metade do século XIX, um relógio foi instalado.

A uma pequena distância a norte da Torre del Moro, encontramos a Piazza del Capitano del Popolo (Piazza del Popolo), onde se realizam mercados às quintas e sábados.

Nela encontramos o Palazzo del Popolo, construído em pedra vulcânica. É uma construção simples, que ainda mantém uma grandeza impressionante. A construção do palácio começou no séc. XIII num terreno que havia sido ocupada desde 1157 pelo Palácio Papal, construído no reinado do Papa Adriano IV.
O original Palazzo del Capitano era uma “loggia” com um só piso térreo, que foi usado como um lugar de mercado ou para as reuniões, onde o magistrado ia falar aos cidadãos. Este era o lugar onde os senhores ou representantes da lei das cidades vencidas, vinham prestar fidelidade a Orvieto.

A partir de 1596 uma das salas da secção inferior abrigava a Studium, a universidade, onde os estudantes de teologia da lei e da lógica, vinham estudar duas vezes por dia, cada vez que o sino do Palazzo del Popolo tocava, até 1651.

Existem poucos registos da antiga universidade após esta data. No entanto algumas fontes indicam que ela teve início em 1013 e tinha ligações com os monges beneditinos Graziano e Gozio de Orvieto, que teriam sido os seus iniciadores.

Fonte: http://en.wikipedia.org / http://travelitaliacom / http://www.planetware.com/orvieto