2º Dia - Parte I - Visita a Monção

Depois do acordar, levámos a AC para o Parque das Termas, ali bem perto, junto ao rio Minho, à direita de quem olha a Galiza.

O Parque das Termas é enorme e muito aprazivel, sob a sombra protectora de frondosas árvores, com áleas ajardinadas e bordadas de enormes plátanos.

As termas, ali ao lado, possuem àguas quentes e alcalinas, que são recomendadas para o tratamento de doenças reumaticais e bronquites, que jorram à temperatura de 39ºC a 49,5ºC.

Junto à margem do rio Minho, um passadiço em madeira acompanha a margem esquerda até ao início da muralha que cerca a vila, sendo por este que iniciámos o nosso passeio à vila de Monção.

A vila medieval encontra-se dentro de um amplo polígono amuralhado, pelo que para entrarmos, passámos uma porta, junto à base da muralha.

Fora das muralhas medievais desenvolveu-se a vila moderna, em redor do terreiro da feira, com casas brasonadas e outras valiosas edificações.

Depois o entrar novamente por uma enorme porta antiga e o caminhar por uma série de ruelas empedradas e estreitas, que nos levam á praça principal, a Praça Deuladeu Martins. Logo no início encontramos do lado esquerdo a Capela da Mesericórdia, barroca (séc. XVIII), que se apresenta com um pórtico flanqueado por quatro pilastras jónicas. Lá dentro a beleza da sua rica talha dourada.

È nesta praça que se realiza a típica Festa da Coca, no dia de Corpo de Deus, que alguns dizem remontar ao séc. XVI. Nesta festa, um dragão (a Coca), pesado e barulhento, tenta escapar à preseguição que lhe move São Jorge, montado a cavalo e vestido como um cavaleito medievail. Termina com a vitória do Bem (São Jorge), sobre o Mal (a Coca).

A praça é visitada de vagar e a maior parte do tempo, foi passado no lindo miradouro alto, no topo da praça, sobre o rio Minho, de onde se desfrutam lindas paisagens, que têm o rio e as terras da Galiza como principais cenários.

Depois foi a vez da visita à Igreja Matriz, toda em granito, é um templo simples de raiz românica (séc. XII). Lá dentro encontramos várias capelas, uma delas, em gótico flamejante é dedicada a São Sebastião e nela se encontra a estátua de D. Vasco Marinho e do lado esquerdo de quem entra, encontramos a capela tumular de Deuladeu Martins, a heroína da vila.


Reza a história que durante as guerras de D. Fernando, rei de Portugal, com Castela, a vila sofreu vigorosos ataques das forças de Henrique de Trastâmara, tendo então ocorrido o lendário levantamento de um cerco, graças ao estratagema congeminado por Deuladeu Martins, mulher do alcaide Vasco de Abreu, ao lançar os últimos pães que restavam na fortaleza aos castelhanos, fazendo-lhes assim crer que os mantimentos dos sitiados, que eles pensavam render à fome, davam ainda para muito tempo.

Na volta à AC, passámos ainda pelos interessantes jardins e parques de diversões, resultantes das obras de requalificação urbana, das margens do rio até ao Parque das Termas.

Fonte: lendasecalendas.omeuforum.net

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