O Parque das Termas é enorme e muito aprazivel, sob a sombra protectora de frondosas árvores, com áleas ajardinadas e bordadas de enormes plátanos.
As termas, ali ao lado, possuem àguas quentes e alcalinas, que são recomendadas para o tratamento de doenças reumaticais e bronquites, que jorram à temperatura de 39ºC a 49,5ºC.
Junto à margem do rio Minho, um passadiço em madeira acompanha a margem esquerda até ao início da muralha que cerca a vila, sendo por este que iniciámos o nosso passeio à vila de Monção.
A vila medieval encontra-se dentro de um amplo polígono amuralhado, pelo que para entrarmos, passámos uma porta, junto à base da muralha.
Fora das muralhas medievais desenvolveu-se a vila moderna, em redor do terreiro da feira, com casas brasonadas e outras valiosas edificações.
Depois o entrar novamente por uma enorme porta antiga e o caminhar por uma série de ruelas empedradas e estreitas, que nos levam á praça principal, a Praça Deuladeu Martins. Logo no início encontramos do lado esquerdo a Capela da Mesericórdia, barroca (séc. XVIII), que se apresenta com um pórtico flanqueado por quatro pilastras jónicas. Lá dentro a beleza da sua rica talha dourada.
È nesta praça que se realiza a típica Festa da Coca, no dia de Corpo de Deus, que alguns dizem remontar ao séc. XVI. Nesta festa, um dragão (a Coca), pesado e barulhento, tenta escapar à preseguição que lhe move São Jorge, montado a cavalo e vestido como um cavaleito medievail. Termina com a vitória do Bem (São Jorge), sobre o Mal (a Coca).
A praça é visitada de vagar e a maior parte do tempo, foi passado no lindo miradouro alto, no topo da praça, sobre o rio Minho, de onde se desfrutam lindas paisagens, que têm o rio e as terras da Galiza como principais cenários.
Reza a história que durante as guerras de D. Fernando, rei de Portugal, com Castela, a vila sofreu vigorosos ataques das forças de Henrique de Trastâmara, tendo então ocorrido o lendário levantamento de um cerco, graças ao estratagema congeminado por Deuladeu Martins, mulher do alcaide Vasco de Abreu, ao lançar os últimos pães que restavam na fortaleza aos castelhanos, fazendo-lhes assim crer que os mantimentos dos sitiados, que eles pensavam render à fome, davam ainda para muito tempo.
Na volta à AC, passámos ainda pelos interessantes jardins e parques de diversões, resultantes das obras de requalificação urbana, das margens do rio até ao Parque das Termas.
Fonte: lendasecalendas.omeuforum.net
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