Visita guiada ao Palácio de Versalhes II

Visita guiada ao Palácio de Versalhes I

A História de Versailles

O Palácio de Versalhes


O Palácio de Versalhes (em francês Château de Versailles) é um château real localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas actualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até que a família Real foi forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França.
Considerado um dos maiores do mundo, o Palácio de Versalhes possui duas mil janelas, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. É um dos pontos turísticos mais visitados de França, recebe em média oito milhões de turistas por ano e fica a três quarteirões da estação ferroviária. Construído pelo rei Luís XIV, o Rei Sol, a partir de 1664, foi por mais de um século modelo de residência real na Europa, e por muitas vezes foi copiado.

Os melhores artistas da época foram contratados para contribuir, cada um em sua especialidade. Le Vau, Le Brun, Molière, La Fontaine, Le Notre. Empresas foram criadas especialmente para fabricar os materiais que seriam utilizados em Versalhes. Mármores, porcelanas, cristais, mobiliário... O país inteiro foi mobilizado para esta obra. Engenheiros, arquitetos, decoradores, paisagistas, jardineiros, escultores, pintores, artesãos, a lista era infindável. Os números da obra dão uma boa idéia de suas dimensões. Em 1683 o total de trabalhadores na construção chegava a 30 mil pessoas. Mas ainda não eram suficientes.
O comprimento do parque era de 3 km, com área de 100 hectares, intercalados por 1400 fontes. No centro do parque seria construído o Grand Canal, lago com 1,6 km de extensão, e o Petit Canal com 1 km.

No final de seu reinado, Luis XIV está satisfeito. Ele é conhecido como Rei Sol, e cada um de seus passos em Versalhes é o centro das atenções da França. Impõe um rígido ritual, onde sua figura é valorizada ao máximo, como se fosse o próprio Astro Rei. Seu despertar é tão importante como o nascer do sol, e membros da corte disputam o privilégio de estar presentes para atender ao monarca em suas primeiras necessidades do dia. Sua rotina é seguida de perto por uma corte embevecida, pronta a venerar, adular, e ávida por receber favores. Ele era praticamente um Deus. Sob o comando e inspiração do Rei Sol, havia sido construído o maior e mais belo palácio de todos os tempos. Uma glória para o rei e um orgulho para a França.

Foram então convocados os soldados do exército real para ajudar. Durante praticamente todo seu reinado Luis 14 conviveu com a terra, poeira, barulho e imensas despesas da construção de Versalhes. Um dos maiores desafios foi a construção dos parques e jardins que deveriam cercar o palácio, e para eles foi criado um sistema independente de abastecimento de água. Ao lado, a Galeria dos Espelhos do palácio.
É difícil descrever este lugar, pois o próprio nome inibe. Poucas palavras carregam em si um simbolismo tão forte ou possuem uma mistura tão intensa de emoções, arte, poder, cultura, história e mudanças sociais. Talvez a melhor forma de atravessar seus portões dourados e entrar no Château de Versailles, foi considerar esta visita, como o início de uma jornada ao passado da França. Uma aula sobre, como diz a inscrição no alto de um de seus prédios, "A Todas as Glórias da França".
Mas, o que mais emociona quando se visita o Palácio de Versalhes, é sem dúvida o caminhar, pelos mesmos aposentos e corredores onde o Rei Sol e sua corte representavam o ritual de cada dia, cruzar os salões de baile onde Madame de Pompadour organizava festas de luxo para Luis XV, ou então subir à sacada de onde a jovem Maria Antonieta viu a multidão invadir os portões dourados de seu palácio, prestes a mudar sua vida e também a história do mundo.

Versalhes pode ser facilmente visitado por quem está em Paris. Uma das linhas de metro RER, deixa os visitantes a uma curta distância da entrada do palácio.

O Rio Sena e as suas Pontes

Mapa das pontes - Rio Sena


1 - Pont d'Austerlitz; 2 - Pont Henri; 3 - Pont de la Tournelle; 4 - Pont Saint Louis; 5 - Pont de l'Archevéché; 6 - Pont au Double; 7 _ Petit Pont; 8 - Pont St Michel; 9 - Pont Neuf; 10 - Passerelle des Arts; 11- Pont du Carroussel; 12 - Pont Royal; 13 - Pont de la Concorde; 14- Pont Alexandre III; 15 - Pont des Invalides: 16 - Pont de l'Alma; 17 - Petit Pont; 18 - Pont d'Iéna; 19 - Pont de Bir-Hakeim; 20 - Pont de Grenelle.

Quai d'Orsay



Quai d'Orsay é o nome de um cais na margem esquerda (rive gauche) do rio Sena em Paris, que se estende entre o Torre Eiffel e o Palácio Bourbon, onde fica a assembleia nacional francesa. Quai d'Orsay é também uma designação que muitos franceses associam ao ministério das relações exteriores, que ali fica situado, junto ao Palácio Bourbon.

O Quai d'Orsay, onde embarcámos a bordo de um antigo barco do Sena (bateau mouche ou batobus), recuperado por um "capitão" parisiense, para um jantar inesquecível, enquanto se percorria todo o centro de Paris, observado do rio Sena.

Neste cruzeiro nocturno no Sena, passando por monumentos iluminados que mais pareciam saídos de um conto de fadas; a sobriedade escura e fria da Catedral de Notre Dame, quebrada de ora em quando por salpicos de luz e cor; os velhos alfarrabistas da Rive Gauche... estes são apenas alguns dos aspectos que caracterizam esta maravilhosa zona da cidade. Uma noite absolutamente fabulosa, acompanhada com comida francesa de excelente qualidade.

Avenida dos Champs-Élysées




Les Champs-Élysées (Campos Elísios) é uma larga avenida em Paris. Com os seus cinemas, cafés, e lojas de artigos de luxo, a Champs-Élysées é uma das ruas mais famosas no mundo. O seu nome refere-se aos Campos Elísios, o "reino dos mortos" na mitologia grega, e tem 71 metros de largura por 1,9 km de comprimento.

A Avenida inicia-se na Place de la Concorde, junto ao Museu do Louvre e Jardins das Tulherias, segue a orientação Sudeste-Noroeste e termina na praça Charles de Gaulle, onde está o Arco do Triunfo. O prolongamento para Noroeste, na direcção do Grande Arco de la Défense, é efectuado pela Avenida de la Grande Armée.

Os primeiros projectos de construção de uma grande Avenida em linha recta, no que é hoje o Champs-Élysées, datam de 1667, pelo arquitecto Le Nôtre. A Avenida foi sendo prolongada ao longo do século XVIII. É actualmente o local dos grandes desfiles militares e patrióticos franceses, como o da comemoração do armistício da Primeira Guerra Mundial.

O ideal para se ver bem esta avenida, é percorre-la a pé, partindo do Arco do Triunfo (metro Charles de Gaulle-Etoíle), descendo todo o Champs-Elysées, o boulevar mais chique e caro de Paris. No final do ano, época em que lá estivemos, o visual é espectacular, com as luzes de Natal, em todas as árvores que ladeiam a Avenida.

Chegando até a Place de la Concorde, onde o rei Luis XVI e sua mulher, Maria Antonieta, foram guilhotinados e enquanto se atravessa a praça, pode observar-se, à esquerda, a belíssima Igreja da Madeleine ao fundo, que também vale a pena visitar.

Da Place de la Concorde, pede seguir-se pelo Jardim des Tulheries, onde já existiu um imponente palácio, derrubado durante a Revolução Francesa.

No verão, as Tulheries abriga um parque de diversões e converte-se numa badalada área de lazer. Uma volta na roda-gigante da Place de la Concorde, para se observar os telhados de Paris, é programa a não perder. No fim das Tulheries, já se vê a Pirâmide do Museu do Louvre.

A moderna pirâmide de vidro faz um contraste gritante com o antigo Palais do Louvre, sede da corte francesa desde o século XII. A obra motiva até hoje polémica inflamada entre os franceses, e debates teóricos entre arquitectos de diferentes correntes. Mas quem gosta de contrastes, como eu, achará de perfeito bom gosto.

A não perder, (uma visita): 1. Lojas de Luxo: Louis Vuitton, impressionante megastore (nº 101), a bela loja Sephora (nº 70), Charles Jourdan (nº 86), Guerlain (nº 68), Yves Rocher (nº 92) entre muitos outros.

2. Lojas especializadas: a muito animada Virgin Megastore (nº 52) a FNAC (nº 74), a Disney Store (nº 44) e o Lido Musique, casa de espectáculos (nº 68).

3. Car show-rooms: Citroën (nº 42), Mercedes (nº 118), Peugeot (nº 136), Renault no nº 53.

4. Cinemas: Os Champs-Elysées são o reino da UGC (nº 65, 92, 116, 146) e Gaumont (nº 27, 50, 66, 129), os dois grandes distribuidores de filmes franceses, sempre com uma grande variedade de filmes franceses, americanos e ainda filmes internacionais.

5. Cafés e restaurantes: A Champs-Elysées tem muitos restaurantes de três estrelas, e os melhores restaurantes de fast food, como o Planet Hollywood ou o Hard Rock Café. Além destes e ainda nesta avenida, está incluido o famoso Fouquet's (nº 99), o Ladurée, sala de chá (nº 75), o Häagen-Dazs geladaria (nº 49 e 144), o Nordic Restaurante Copenhague (nº 142), a Brasserie Löwenbrau (nº 84), o Chez Clément (nº 123 ), Batifol (nº 76) e Bistro de la Gare (nº 73), todos restaurantes franceses famosos.

Um cheirinho de Louvre II

Um cheirinho de Louvre I

Os Aposentos de Napoleão III








Napoleão III de França, nascido Carlos Luís Napoleão Bonaparte (Paris, 20 de Abril de 1808, Chislehurst, Kent, Inglaterra, 9 de Janeiro de 1873), sobrinho do grande Napoleão Bonaparte, foi presidente e posteriormente imperador da França (1852-1870). Era o terceiro filho de Luís Bonaparte (1778-1846), rei da Holanda, e Hortênsia de Beauharnais, respectivamente, irmão e enteada de Napoleão Bonaparte. Casado com Eugénia de Montijo, de seu nome completo, Maria Eugénia Ignacia Augutina Polafox y Kirck Patrick De Guzman (Granada, 05/05/1826 - Madrid, 11/07/1920), foi a 19ª Condessa De teba.

Os seus aposentos no Louvre (ala Richelieu) são verdadeiramente sumptuosos, e embora tenha sido uma das últimas partes do museu a serem visitadas por nós, foi também uma das mais apreciadas.

No final da visita ao museu do Louvre, mais uma vez se pôde sentir que a fuga que os museus propiciam, leva a lugares onde o tempo redunda irrelevante, onde o sublime e o reverente se conciliam, onde mistérios, delírios e paixões se realizam. Os sentidos aguçam, as memórias avivam, ideias rebentam, o inconsciente revolve e transforma-se. Melhor que terapia.