Visita a Roma - 1º Dia, Parte I

A chegada a Roma ao cair da noite, levou-nos logo para o parque de campismo Flaminio Village, um dos parques melhor situados da cidade, com transporte ferroviário e rodoviário praticamente à porta (GPS 41 ° 57 '22 24''N 12 ° 28 '56''E 0,63).

Situado dentro da zona urbana, o parque está localizado ao norte de Roma, na Via Flaminia Nuova, dentro do anel rodoviário e perto do novo Auditório Parco della Musica e do Foro Italico Ponte Milvio. É um parque de 4 estrelas, com excelentes condições, oferecendo o sossego necessário ao descanso após as visitas à cidade.

Pretendíamos ficar em Roma 5 dias, para conhecer bem a cidade, sendo o primeiro deles dedicado ao descanso no parque de campismo, fazendo piscina.

Só no segundo dia descemos à cidade de Roma. Saímos do parque de campismo após o almoço e rumamos à cidade de comboio, a partir da Stazione Due Ponti, situada a cerca de 300 metros para Norte da entrada do parque de campismo.


O comboio leva-nos até à principal estação de comboios em Roma, a Stazione Termini, localizada no coração de Roma com o Metro mesmo ali junto à porta da estação, na Piazza dei Cinquecento, que nos leva a qualquer zona da cidade.

A visita à cidade foi iniciada pelo Vaticano, mais precisamente à Basílica de San Pietro e à grandiosa, Piazza di San Pietro.

Iniciamos com a visita da Basílica de San Pietro, a maior basílica do mundo cuja superfície supera os 15.000 metros quadrados. É uma basílica imponente e belíssima e foram necessários mais de cem anos, para erguer o edifício, que foi pensado e adornado por importantes nomes da Renascença, como Michelangelo, Rafael e Giacomo della Porta.

Tem uma carga histórica enorme, uma vez que foi construída no mesmo lugar de uma antiga igreja erguida em 319, por ordem do Imperador Constantino e sobre o túmulo do apóstolo S. Pedro.
Quando se entra na Cidade do Vaticano logo se observa a cúpula da Basílica de São Pedro, pois tem 42 metros de diâmetro e está a 132 metros de altura. Foi projectada por Michelangelo que, infelizmente, não conseguiu terminar a sua maior obra e após a sua morte Giacomo della Porta deu continuidade ao trabalho com mínimas modificações do desenho original proposto pelo antecessor.

Logo que se entra na Basílica de São Pedro, vê-se logo do lado direito uma multidão tentando tirar fotos de vários ângulos, em frente de uma das mais belas obras de Michelangelo: A Pieta, uma belíssima escultura em alabastro representando a Virgem, que segura Jesus morto nos braços. Com 174 centímetros de altura, a escultura em mármore branco, impressiona pela perfeição e pela mensagem, absolutamente comovente. A perfeição é tanta, que qualquer um fica realmente espantado, em especial se não esquecermos que o autor tinha apenas 23 anos quando realizou a obra.

Fonte: http://turismo.ig.com.br/destinos internacionais / http://www.guideroma.com


“Penso, logo existo”

Descartes


A preguiça de pensar, a falta de educação e as carências socioeconómicas, são os 3 factores que estão intimamente associados ao auto-engano. Entenda-se por "educação" aqui a educação convencional, que deveria ser oferecida pelas escolas públicas, nas quais deveria ser (mas não é) formada a imensa maioria da população.

Não é necessária uma detalhada pesquisa estatística para afirmar que existe no ser humano, genericamente considerado, uma tendência ao comodismo e uma aversão à introspecção e ao pensamento crítico. São poucos aqueles que se dedicam a questionar a própria existência, o grupo, a sociedade e o mundo em que estão inseridos. Larga parcela da população acha que fazer isso é pura perda de tempo e que os filósofos são pessoas que não têm nada melhor para fazer ou então têm tempo de sobra para investigar essas coisas.

É claro que milhões de pessoas, têm que garantir a sua sobrevivência e a da sua família e, ainda que quisessem, não encontram tempo nem disposição para uma autocrítica, para a análise da sua situação socioeconómica, e muito menos para agir visando modificar a situação.

Por outro lado, muitas pessoas mais afortunadas tiveram acesso a uma educação de qualidade e vivem em boas condições, mas mesmo assim se recusam a pensar, da mesma maneira que há outros que não tiveram nada disso e se tornam grandes pensadores, mas essas são excepções que, a meu ver, apenas confirmam a regra.

Infelizmente e juntamente com todos estes, também há muita gente ingénua ou incauta, que facilmente se deixa manipular por pessoas sem escrúpulos. Pessoas que querem melhorar a todo o custo o seu nível social, e aí são capazes de comportamentos aberrantes, acreditando com a maior facilidade em tudo o que se lhes conta, nunca se questionando sobre a real veracidade dos factos, pois a possibilidade de prosperidade rápida e sem esforço lhes é muito querida.

Finalizando, aqui ficam para quem as quiser tomar como suas, as quatro regras básicas para se chegar ao real conhecimento, de René Descartes, filósofo e matemático francês, considerado o fundador da Filosofia Moderna:

1. Nada é verdadeiro até ser conhecido como tal.

2. Os problemas precisam ser analisados e resolvidos sistematicamente.

3. As considerações devem partir do mais simples para o mais complexo.

4. O processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido.

Faço votos para que nunca abdiquem de pensar, de preferência usando as próprias cabeças. Mas aviso desde já que pensar dá trabalho. Ser acéfalo é MUITO mais fácil, mas bastante menos divertido.
Fonte: http://bvespirita.com/Auto-Engano / Gianetti, Eduardo;" Auto-Engano" / http://pt.conscienciopedia.org

O auto-engano e o comportamento de manada

O auto-engano pode ainda ser muitas vezes colectivo. Diante de algo que se ouça dizer sobre um facto ou pessoa que não se conhece, a maioria dos indivíduos têm desde logo uma aceitação rápida, em especial se lhes agradar a história, mesmo que saibam à partida que o facto pode não ser verdadeiro, pois sabem não o ter testemunhado.

Assim o auto-engano começa desde logo a operar-se no indivíduo e este, no sentido de amenizar o seu sentido de culpa, busca no grupo uma espécie de "confirmação" do seu comportamento de auto-engano, ou seja, ele não quer que o grupo confirme as suas suspeitas de que está enganado, mas procura no grupo a fuga à verdade, só querendo acreditar naquilo que vai no sentido da confirmação daquilo que quer.

Mesmo que o seu inconsciente lhe pergunte: "será que mais ninguém percebeu a barbaridade que eu acabei de ouvir?". Diante da resposta negativa, suas emoções obtêm um alívio, mais que não seja temporário, e ele sente que pertencendo a um grupo, com os mesmos desejos e sem se dar conta, que muitos dos outros se fizeram a mesma pergunta a essa questão íntima, e todos preferiram o conforto ilusório de uma manada que seguirá incondicionalmente o seu "líder" e todos se atirarão no abismo, se preciso for.
(Continua)
Fonte: http://bvespirita.com/Auto-Engano / Gianetti, Eduardo;" Auto-Engano" / http://pt.conscienciopedia.org

O poder do auto-engano

“O auto-engano é o engano de si mesmo caracterizado pela crença em coisas obviamente falsas especialmente ao falar, ao fazer e ao pensar com respeito à própria pessoa, podendo ser inconsciente (não-intencional) ou consciente (intencional), explicável pela interferência de elementos subjectivos como a autocorrecção, o desejo, a paixão, o temor e o ganho secundário”.
O ser humano parece ter uma séria tendência ao auto-engano. Cada um de nós pode ver isso presente em nossas vidas fazendo um exercício muito simples: basta lembrar de um episódio trágico ou doloroso que aconteceu há muitos anos. Todos nós já sentimos que a lembrança do passado não dói tanto como efectivamente doeu à época dos factos.

Pois é, a nossa memória trata de "dourar a pílula" e ir pouco a pouco amenizando os factos, bem como a encontrar algum lado positivo, por mínimo que seja, relativamente ao que aconteceu no passado. Há assim um misterioso processo de relativização das coisas, tornando tudo um pouco mais compreensível e aceitável.

Os estudiosos da mente humana já nos alertaram muitas vezes para a perigosa armadilha do auto-engano, que ocorre em maior ou menor grau com todos nós. Da profunda sabedoria dos ditos populares aprendemos que “o pior cego é o que não quer ver”.

Esta realidade parece estar directamente relacionada com o nosso autónomo instinto de sobrevivência. Seria muito difícil encarar a vida como ela é, e os factos como eles são, nus e crus, de maneira seca e hiper-realista.

Por isso, o auto-engano é algo tão poderoso que as pessoas se acostumam de tal maneira a ele, que fogem da verdade o mais que poderem, evitando a todo o custo enfrentar a realidade.

Como diz Eduardo Gianetti em seu livro "Auto-Engano", "…nada é o que parece: assim como o homem primitivo viveu num mundo de sonho em relação aos fenómenos da natureza, também nós ainda vivemos num mundo de sonho em relação a nós mesmos e pouco ou nada sabemos sobre as causas verdadeiras de nossas acções na vida prática."
(Continua)

Fonte: http://bvespirita.com/Auto-Engano / Gianetti, Eduardo;" Auto-Engano" / http://pt.conscienciopedia.org

Social ou Anti Social?

A Desigualdade Social

"Quando as palavras perdem o seu significado, as pessoas perdem a sua liberdade."

Confúcio

O conhecimento humano e a acção humana são fenómenos conceituais. Para a formação de conceitos, o uso da linguagem é fundamental. Ela é justamente a ferramenta que viabiliza a integração dos conceitos. Conforme escreveu Ayn Rand, "a linguagem é um código de símbolos visuais e auditivos que serve à função de converter conceitos no equivalente mental de concretos".

As palavras são essenciais para o processo de conceitualização e, portanto, para todo o pensamento. Isso é verdade para alguém isolado numa ilha ou na sociedade. Logo, aqueles que desejam inviabilizar o pensamento independente costumam escolher como principal alvo justamente os conceitos das palavras.
Em 1984, George Orwell tratou do assunto através do conceito de “duplipensar”, definido pelo autor como "a capacidade de guardar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias e aceitar ambas". O mundo labiríntico do “duplipensar” consistia em usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, e aplicar o próprio processo ao processo. "Essa era a subtileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência e então tornar-se inconsciente do acto de hipnose que se acabava de realizar". Ou seja, o objectivo era a destruição dos conceitos bem definidos, fundamentais para o pensamento humano. Guerra passava a significar paz, ditadura passava a significar democracia, e social queria dizer anti-social. Este último termo é o foco desse artigo, pois o conceito da palavra "social" passou a ser tão vago, tão abstracto, tão flexível, que perdeu totalmente seu sentido objectivo. "Social" passou a ser uma palavra mágica, que associada a outra palavra qualquer, cria uma expressão que implica numa finalidade à qual quaisquer meios são justificáveis.

Para o austríaco Hayek, o adjectivo "social" tornou-se provavelmente a expressão mais confusa em todo nosso vocabulário moral e político. A extraordinária variedade dos usos da palavra, servem apenas para confundir, não para elucidar. O próprio Hayek fez um levantamento e encontrou nada menos que 160 termos associados ao adjectivo "social". Na maioria dos casos, o termo "social" anexado servia na prática para negar o sentido da palavra. Como exemplo, podemos pensar em justiça, e questionar o sentido de "justiça social", que quase sempre representa a destruição da própria justiça.

O uso do adjectivo "social" serve para insinuar que os resultados dos processos espontâneos do livre mercado foram, na verdade, fruto de uma criação humana deliberada. Em segundo lugar e como consequência disso, serve para instigar os homens a redesenhar aquilo que nunca foi desenhado por eles. Por fim, serve para esvaziar o sentido dos termos associados a este adjectivo vago. O exemplo já citado de "justiça social" é perfeito para ilustrar isso. A demanda que surge com o uso do adjectivo "social" ao lado de justiça é adoptar uma "justiça distributiva", que é irreconciliável com a ordem competitiva de mercado, causa do crescimento da riqueza e da própria população. O que essas pessoas chamam de "social" representa o maior obstáculo à própria manutenção da sociedade. Social aqui passa a significar anti-social.
Se retirarmos o véu que cobre os motivadores reais por baixo do adjectivo "social", fica evidente que essas pessoas falam em desigualdade material apenas, nada mais. Estão a condenar o facto de que alguns indivíduos conseguiram recompensas monetárias acima dos outros. Em suma, estão a olhar somente para a conta bancária, como se nada mais existisse na vida. Eles sabem que se usarem o termo verdadeiro, eles perderão a pose de nobreza que vem como resultado do uso do adjectivo "social". Ora, desiguais os seres humanos já são ao nascer! A genética é diferente, as paixões e interesses, a educação em casa, os anseios e metas, a inteligência e o esforço, a sorte. É simplesmente impossível atribuir peso para cada um desses itens, e é o resultado dessas características na livre interacção dos indivíduos que vai determinar as recompensas financeiras.
Isso não quer dizer valor, no sentido de estima, que é subjectivo. Um médico pode ser mais respeitado como indivíduo que um jogador de futebol, ainda que o último tenha uma conta bancária maior. Aqueles que pensam que justiça seria tirar à força o dinheiro do jogador para dar ao médico estão a assinar um atestado de materialistas, que só vêm dinheiro à frente. Como disse Benjamin Franklin, "aquele que é da opinião que dinheiro fará qualquer coisa, pode muito bem ser suspeito de fazer qualquer coisa por dinheiro". O carácter e a felicidade das pessoas não podem ser medidos pelo bolso. No entanto, parece ser justamente isso que os igualitários defensores da "justiça social" pensam. Eles apontam a desigualdade material e clamam por "justiça social", ou seja, saldos bancários similares.

O esforço não é garantia de sucesso no livre mercado competitivo. Aqueles que tentaram e não conseguiram a mesma recompensa que o vizinho, podem ser alimentados pela inveja. Ainda que compreensível, tal sentimento é destrutivo, e trabalha contra o interesse da sociedade, dos indivíduos. Somente quando o processo de mercado determina a recompensa financeira há um funcionamento eficiente da economia, permitindo maior criação de riqueza e conforto material para todos. Aqueles que, guiados por instintos primitivos, fingem defender a liberdade enquanto condenam a propriedade privada, os livres contratos, a competição, o lucro e até mesmo o próprio dinheiro, representam uma ameaça para a civilização. Eles acham que são movidos pela razão, e que podem definir de cima para baixo como arranjar os esforços humanos da melhor forma para atender os seus desejos, mas estão profundamente enganados.

Na realidade, eles usam e abusam do adjectivo "social", mas estão apenas deixando uma paixão anti-social falar mais alto: a inveja. Eis o que está por trás da máscara da maioria dos combatentes das "desigualdades sociais". Afinal, o foco de quem realmente se preocupa com os mais pobres deveria ser a pobreza em si, não as desigualdades, já que riqueza não é um bolo fixo. Um indivíduo fica rico no livre mercado somente criando valor para os demais. Michael Dell não teve que tornar ninguém mais pobre para ficar bilionário. Muito pelo contrário: ele ficou rico criando riqueza para os seus consumidores. A criação de riqueza, portanto, depende das tais "desigualdades sociais".

Quem pretende acabar com as desigualdades está mirando apenas na relação entre ricos e pobres, ignorando que os pobres melhoram de vida se os indivíduos à sua volta puderem ficar ricos. Se antes o meu transporte era uma carroça e agora posso andar de carro, não importa se o meu vizinho tem um Ferrari. A minha qualidade de vida melhorou, o meu conforto é maior, graças ao capitalismo. Focar apenas nas desigualdades materiais, ainda por cima disfarçando isso com o uso inadequado da palavra mágica "social", é um atentado contra a civilização, principalmente contra os mais pobres. Vamos atacar a miséria em si, e isso se faz com o capitalismo de livre mercado. Mas deixemos as desigualdades "sociais", leia-se materiais, em paz. Elas são fundamentais para preservar a ordem espontânea que reduz a miséria.

Rodrigo Constantino

(Rodrigo Constantino é formado em Economia pela PUC-RJ, e tem MBA de Finanças pelo IBMEC. Trabalha no sector financeiro desde 1997. É autor de cinco livros: "Prisioneiros da Liberdade", "Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT", "Egoísmo Racional: O Individualismo de Ayn Rand" ,"Uma Luz na Escuridão" e "Economia do Indivíduo: O Legado da Escola Austríaca". É colunista da revista Voto, do caderno Eu&Investimentos do jornal Valor Económico, do jornal O Globo e do site OrdemLivre.org. É membro-fundador do Instituto Millenium e director do Instituto Liberal. Foi o vencedor do Prémio Libertas em 2009, no XXII Fórum da Liberdade).

Roma Antiga

Situada na planície do Lácio, às margens do rio Tibre e próxima do litoral (Mar Tirreno), a cidade de Roma originou-se a partir da fusão de dois povos: os latinos e os sabinos. De acordo com a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C. por Rómulo e Remo, que foram criados por uma loba, reunindo os dois irmãos o símbolo lendário dos dois povos que lhe deram origem.

Alguns especialistas recentes acreditam que inicialmente numa data difícil de precisar, Roma se tenha formado a partir de uma pequena e pobre aldeia de agricultores e pastores, onde inicialmente, a terra era utilizada de forma comunitária, com base em grupos de famílias chamados clãs ou gens.
Roma foi conquistada pelos seus vizinhos do norte, os etruscos, que dela fizeram uma verdadeira cidade. Os romanos eram também vizinhos dos gregos, que, ao sul, haviam criado a chamada Magna Grécia, onde habitavam desde a época da fundação de Roma. Mas essa situação começara a mudar com a expansão de territórios e o crescimento económico e populacional. As famílias mais antigas e poderosas, que possuíam terras mais férteis, passaram a apropriar-se de terras que até então eram públicas.

Dos etruscos e dos gregos os romanos receberam importantes influências e, com base nelas, elaboraram a sua própria civilização.

Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental em redor de todo o Mar Mediterrâneo, através da conquista e assimilação cultural.

Roma foi um estado totalmente militarista cuja história e o desenvolvimento sempre foram muito relacionados às grandes conquistas militares, durante os seus 12 séculos de existência.

A maior prova do sucesso militar do Império Romano foi sua surpreendente expansão territorial, pela qual Roma passou de uma simples cidade-estado para um verdadeiro império, que abrangia boa parte da actual Europa Ocidental, boa parte do Norte de África e uma parte da Ásia.

Essas grandes conquistas militares do Império Romano foram conseguidas devido ao avanço da ciência militar que ela desenvolveu, inovando cada vez mais na indústria bélica. Os romanos criaram armas que envolviam táctica e força, mas também deve-se ressaltar que as conquistas romanas foram conseguidas pela grande organização e empenho dos seus exércitos.

No entanto mais tarde, um rol de factores sociopolíticos causou o seu declínio, e o império foi dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no séc. V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos, como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.

A civilização romana é tipicamente inserida na chamada Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga, que muito a inspirou na cultura. Roma contribuiu muito para o desenvolvimento no mundo ocidental em várias áreas de estudo, como o direito, a teoria militar, a arte, a literatura, a arquitectura, a linguística e a sua própria história, que persiste como uma grande influência mundial, mesmo nos dias de hoje.

Fonte: http://pt.wikipedia.org / http://www.culturabrasil.pro.br

"Duas são as feras que em nós produzem mais danos: uma cruel e selvagem, a inveja; outra, mansa e doméstica, a adulação”.

Juan Luis Vives


Não faças da tua vida um rascunho, pois pode não haver tempo de passar a limpo.


André Rossato

Roma, à flor da pele

Roma é tão irresistível que quando a visitamos dá-nos vontade de repetir as três célebres palavras de César, “Veni, vidi, vici”, que traduzindo e ajustando ao sentimento de quem a visita querem dizer, cheguei, vi e (venci) rendi-me.

O sentimento sentido quando se visita Roma é um misto de prazer e espanto. Estas são realmente as palavras que melhor definem a sensação de quem chega pela primeira vez à cidade e mergulha, sem aviso prévio, num caos de vida e movimento acelerado, com catadupas de turistas falando e gesticulando em todos os locais percorridos.

O alvoroço e o corrupio com que se vive a visita à cidade, quando a todo o momento nos deparamos com cenários, em que o belo se impõe a cada esquina, dá-nos um sentimento algo paradigmático, perguntando-nos muitas vezes, como é possível que toda aquela confusão não se suspenda face a tamanha beleza e magnitude! Contudo, quer turistas, quer romanos continuam indiferentes sem parar o tempo suficiente para admirar, estátuas, fachadas lindíssimas de encantadores edifícios, praças, ruas, villas, palazzos e recantos como seria óbvio se o belo fosse em menor escala.

O que de sobremaneira espanta em Roma é a banalidade do belo e como que aos tropeções pela História, se visita a cidade, como se o belo não tivesse fim. Roma é o convívio diário com as memórias de uma História preservada e palpável que sobrevive na constante exposição das maravilhas da criação humana, que se observam por toda a cidade.

Depois o Vaticano, o Estado mais pequeno do mundo, baluarte da religião católica encravado numa cidade que transpira hedonismo por todos os poros. Se Roma e Pavia não se fizeram num dia, o mesmo se aplica ao Vaticano.

Nele é imperdível a Basílica de São Pedro, a mais famosa igreja católica do mundo e o Museu do Vaticano, que acaba na belíssima Capela Sistina. Embora sempre a abarrotar de visitantes, é necessário um certo isolamento psicológico em relação às multidões, para que se possa gozar o prazer da observação constante das inúmeras obras expostas.

Fonte: http://www.rotas&destinos.xl.pt / Wikipédia

Há aquilo que se sabe e há aquilo que se ignora. Entre uma coisa e outra está aquilo que se supõe.

André Gide
Na vida, nada se resolve, tudo continua. Permanecemos na incerteza, e chegaremos ao fim sem sabermos com o que podemos contar.


André Gide

Passeio por Orvieto – Parte IV


Após a visita à Piazza del Popolo e novamente na Via Cavour seguimos até à Piazza della Repubblica. Esta parece ter sido o local do antigo fórum da cidade etrusca e o centro da vida civil no início da Idade Média.
Outrora tinha o nome de Piazza del Comune (por ali existir o Palazzo Comunale), ou Piazza Maggiore, por ser na época a maior praça da cidade. A praça foi nomeada de novo em honra do rei Vittorio Emanuele II em 1861 e depois em 1946 para a recém-proclamada República Italiana.

É nesta praça que se encontra a Chiesa de Sant’ Andrea que foi construída no mesmo local de um antigo templo etrusco e era a igreja mais importante da cidade antes da construção da Chiesa de San Frencesco (1240-1264) e do novo Duomo (1290-1310).

Ao seu lado encontra-se uma torre de doze lados (séc. XII), que provavelmente foi a Torre Civica, sendo mais tarde adaptada como campanário da igreja. Do lado esquerdo deste campanário, pode observar-se o Palazzo Comunale, o palácio das autoridades civis da cidade, que foi construído em 1216-9 e os nobres iam ali todos os anos reafirmar a sua lealdade à Comuna.

Por baixo do arco central original do edifício passa a Via Garibaldi, que desemboca na Piazza della Repubblica. O Palazzo Comunale foi reconstruído em 1574, por Hipólito Scalza, quando a praça sofreu uma grande modificação e alargamento.

De volta ao Corso Cavour e sempre a pé, retornamos à Piazza Cahen, para ali tomarmos o autocarro de volta ao parque de caravanas, no sopé do planalto de travertino que suporta a cidade, para em seguida nos pormos a caminho de Roma, onde queríamos ir pernoitar naquela noite.

Fonte: Wikipédia / http://www.orvietoonline.com

A Vida


Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado noutra. A vida é um todo indivisível.

Mahatma Gandhi

Há doenças extravagantes que consistem em se querer ter tudo o que se não tem. Devemos ficar à espera de tudo o que vier a nós, sem desejarmos o que não temos. Desejando apenas o que vier. Cada espera não deve ser um desejo, só mesmo uma disposição para acolher.

André Gide

Passeio por Orvieto – Parte III

A partir da catedral enveredámos pela Via del Duomo, no sentido noroeste até encontrarmos novamente o Corso Cavour, a principal rua de Orvieto, que atravessa a cidade de leste a oeste.

No cruzamento das duas ruas, ergue-se a Torre del Moro, uma torre quadrangular com 40m de altura, que domina a Piazza Gualterio. À nossa frente, o Palazzo Gualterio com um portal renascentista, altamente decorado (1550). O edifício, austero e elegante ao mesmo tempo, está localizado na esquina do cruzamento em frente à Torre del Moro e foi construído na primeira metade do século XVI, para uma família rica e poderosa da cidade.

Ladeado pela imponente Torre del Moro, o Palazzo dei Sette é o mais bonito entre os que enfrentam o Corso Cavour. O edifício data do final do século XIII e originalmente pertencia aos Sete Senhores do Poder Judiciário, sendo também mais tarde possuído pelo Papado.

Também conhecida como Torre del Papa e Casa da Santa Igreja, o prédio foi doado à cidade pelo Papa Leão X (1515), tornando-se a sede da Câmara Municipal. Desenhado por Ippolito Scalza, o edifício foi profundamente reestruturado, na segunda metade do século XVI. No final do século XX, o prédio foi reformado para abrigar exposições e eventos culturais, tornando-se o centro cultural da cidade.

Uma porta leva à Torre del Moro. A torre é orientada quase exactamente sobre os quatro pontos cardeais e dela a vista varre a cidade e arredores. No topo da torre encontra-se o sino histórico, que tocava frequentemente para chamar os cidadãos às armas, durante as lutas entre os guelfos e gibelinos do início do século XIV. Outrora nela estavam gravadas as armas de Orvieto e o selo do povo, mas na segunda metade do século XIX, um relógio foi instalado.

A uma pequena distância a norte da Torre del Moro, encontramos a Piazza del Capitano del Popolo (Piazza del Popolo), onde se realizam mercados às quintas e sábados.

Nela encontramos o Palazzo del Popolo, construído em pedra vulcânica. É uma construção simples, que ainda mantém uma grandeza impressionante. A construção do palácio começou no séc. XIII num terreno que havia sido ocupada desde 1157 pelo Palácio Papal, construído no reinado do Papa Adriano IV.
O original Palazzo del Capitano era uma “loggia” com um só piso térreo, que foi usado como um lugar de mercado ou para as reuniões, onde o magistrado ia falar aos cidadãos. Este era o lugar onde os senhores ou representantes da lei das cidades vencidas, vinham prestar fidelidade a Orvieto.

A partir de 1596 uma das salas da secção inferior abrigava a Studium, a universidade, onde os estudantes de teologia da lei e da lógica, vinham estudar duas vezes por dia, cada vez que o sino do Palazzo del Popolo tocava, até 1651.

Existem poucos registos da antiga universidade após esta data. No entanto algumas fontes indicam que ela teve início em 1013 e tinha ligações com os monges beneditinos Graziano e Gozio de Orvieto, que teriam sido os seus iniciadores.

Fonte: http://en.wikipedia.org / http://travelitaliacom / http://www.planetware.com/orvieto

Idade

Os homens assemelham-se aos vinhos: a idade estraga os maus e melhora os bons.

Marie von Ebner-Eschenbach

"Felicidade é ter também a certeza de que a nossa vida não está passando inutilmente."

Érico Veríssimo

Passeio por Orvieto – Parte II

A visita continuou caminhando pelo Corso Cavour. É gostoso andar por Orvieto, respirar o seu ambiente medieval e deambular pelas ruas de paralelepípedos, ladeadas de lojas de artesanato, onde as suas belas cerâmicas se destacam.

Após uma breve paragem num bar/restaurante situado na Piazza Sant’ Angelo, para se degustar um pequeno lanche, seguimos a pé até à Piazza Fracassini, situada do lado direito do Corso Cavour e dali fomos até à Piazza del Duomo, onde se encontra a bonita catedral da cidade.
Orvieto gira em torno de sua catedral, uma das maiores obras-primas da arte gótica italiana, erguida entre 1290 e 1330. Quando se olha para a cidade à distância, vê-se o seu Duomo que se ergue no meio do penhasco planáltico de travertino avermelhado, em que a cidade foi construída, parecendo quase irreal. Mas quando temos o prazer de chegar próximo, ele torna-se absolutamente fascinante e espectacular.

A Catedral de Orvieto é um dos mais importantes exemplos da arquitectura gótica na Itália. O Duomo é conhecido principalmente devido à sua beleza e pelos famosos frescos de Luca Signorelli sobre o Juízo Final, que serviram de inspiração a Michelangelo para pintar o tecto da Capela Sistina, no Vaticano.

Também são famosos os magníficos portais de bronze da entrada do Duomo, que foram concluídos por Emilio Greco, um escultor cujo nome se tornou sinónimo de Orvieto, graças à sua colecção de 32 esculturas em bronze e 60 obras gráficas e as impressões que ele doou à cidade e que estão actualmente alojadas no Palazzo Soliano, situado na Piazza del Duomo, ao lado da catedral.

A fachada principal da Catedral de Orvieto é ricamente decorada com uma mistura deslumbrante de mármore policromado, esculturas e mosaicos. A entrada do meio e da rosácea central foram desenhados por Andrea Orgagna.

O interior, em estilo românico, possui inúmeras obras de arte, como o busto em bronze de Urbano VIII, feito por Bernini, a Madona e os Santos de Pinturicchio e belos frescos de Gentile da Fabriano, Filippo Lippi e Signorelli. Muito idêntica à de Siena no seu exterior, comparada com outras catedrais da Europa, a Catedral de Orvieto é formalmente a menos linear e que utiliza uma variedade maior de materiais.

Na Piazza del Duomo, além do Palazzo Soliano existe também o Palazzo Faina, ambos transformados em museus de prestígio.

No lado direito da catedral há um pequeno grupo de residências, que outrora foram do Bispo e do Papa, conhecidas como “Palazzo Papale”, onde está também situado o Museu Nacional de Arqueologia.

Fonte: http://www.argoweb.it/orvieto / http://pt.wikipedia.org

Felicidade - I e II


"Quem ama a fama faz a sua felicidade depender dos outros; quem ama o prazer faz a sua felicidade depender das suas próprias sensações; quem é inteligente faz a sua felicidade depender dos seus próprios actos."

Marco Aurélio, Meditações


"A felicidade humana geralmente não se consegue com grandes golpes de sorte, que poucas vezes acontecem, mas com pequenas coisas que acontecem todos os dias."

Benjamin Franklin

Sossego


Há mais sossego na simples melancolia do que em todas as alegrias muito altas.

Vergílio Ferreira

Injustiça


"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros."

Che Guevara