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Fim da Viagem (Verão 2010)

Depois de uma tarde bem passada em Andorra La Vella, seguimos rumo a Portugal, o que já foi feito ao final da tarde. Queríamos fazer naquela noite o maior número de quilómetros possíveis, até estarmos cansados, pois já ansiávamos chegar a casa, após tantos dias de viagem.
Já bem tarde, por volta das duas horas da manhã, procurámos o lugar de pernoita, que recaiu, pela proximidade à estrada que se percorria, na pequena povoação espanhola de Saúca, um município espanhol, situado na Província de Guadalajara, na comunidade autónoma de Castilla - La Mancha.
Para chegarmos a Saúca, tomámos a saída 126 da N-II e encontrámos a aldeia a menos de uma milha de distância. A pernoita foi realizada à frente do quartel da polícia da cidade, onde a calma e o silêncio se fizeram sentir durante toda a noite.
Na manhã seguinte, seguimos viagem atravessando Espanha, a caminho de casa, praticamente sem pararmos, para que ainda naquele dia fossemos dormir a casa. No entanto pela hora de jantar, parámos em Cáceres para jantar e desentorpecer as pernas, num breve passeio noturno pela bela e silenciosa cidade antiga, antes de fazermos a etapa final desta nossa inolvidável viagem de tantos dias, com passagem por Portagem/Marvão, a caminho de casa.

Andorra . Parte II

No dia seguinte à nossa chegada a Andorra, saímos de Canillo a caminho da Andorra la Vella a capital do Principado de Andorra, para ali passarmos a tarde, para compras e conhecimento da nova cidade, que desde a nossa última visita tinha crescido muito.
A cidade antiga é atravessada por uma larga rua no sentido Norte-Sul, aliás praticamente a única rua da cidade. No bairro central, uma rede de ruas estreitas conduz o visitante à igreja românica e à Casa de La Vall (século XVI), a sede do governo: a visita com um guia permite descobrir sucessivamente a cozinha, no primeiro andar, o grande salão (pinturas murais do século XVI) de onde se pode ter acesso à Câmara do Conselho, onde se conservam os arquivos no armário «das sete chaves» (cada uma das sete paróquias de Andorra dispõe da sua).

A cidade nova encontra-se agora cheia de grandes centros comerciais, enormes parques de estacionamento, avenidas cheias de edifícios modernos onde o vidro predomina, um mundo incomparável de ofertas comerciais, onde abundam as lojas outlet e por isso um verdadeiro perigo para os gastadores compulsivos ou distraídos.

Andorra é um pequeno Principado, situado num país não muito extenso, mas a sua pequena extensão contrasta com o número de ofertas. A oferta turística de Andorra é muito ampla, pois nos dias de hoje vive dos desportos de inverno como o esqui, e de atividades desenvolvidas ao ar livre, dentro dos seus domínios.
Andorra é um principado livre de impostos onde se pode comprar produtos a preços muito mais baixos dos que se encontram no nosso país de origem. Trata-se por isso de uma região onde a maioria das pessoas vêm para esquiar, fazer compras ou passarem umas férias nas montanhas.
A história de Andorra é uma história relativamente jovem. A sua localização nas alturas, fez com que os seus domínios fossem zonas inexpugnáveis durante séculos. Segundo algumas lendas, Carlos Magno foi seu fundador no ano de 805.
Os primeiros sinais de povoamento, embora não sejam muito específicos encontram-se em Engordany e datam ao primeiro ou segundo séculos antes de Cristo.
O primeiro soberano conhecido de Andorra foi um nobre espanhol, o Conde de Urgel, que dominou a região no século IX. Por isso na Idade Média, Andorra e os seus vales pertenceram ao Condado de Urgel e pouco depois foram entregues ao Visconde de Castelbó. Mais tarde foi trocado por outras terras em Cerdaya, que passaram mais tarde para as mãos do condado de Foix e foram divididas entre o Conde de Foix e o Bispo de Urgell, após um tratado assinado em 1176. Essa situação perdurou até o século XIII, quando ambos decidiram dividir estas terras depois de anos e anos de disputas.
A partir dali, o bispo de Urgell e o rei de França ficaram a governar Andorra. Esta situação continua até aos dias de, com a diferença de que atualmente em França existe uma república e quem tem a responsabilidade sobre Andorra é o Presidente da República.
O Principado, desde o século XIII que mantêm esta condição política, exceto por um pequeno período de anexação que teve na altura em que Napoleão governou a França.
Durante o século XV, os condes de Foix tornaram-se reis do Reino de Navarra. Um século depois em 1589, Enric, rei de Navarra, Conde de Foix, visconde de Béarn e senhor das terras de Andorra, sobe ao trono da França. Em 1419 realizou-se a primeira forma de auto-governo em Andorra, com o Conselho da Terra.
No século XIX, a política de Andorra começou a germinar e estabelece-se uma democracia em que os chefes de família podiam votar e escolher os seus representantes.
Nos nossos dias, Andorra é um principado Parlamentar Constitucional. A sua constituição data de 1993, mais especificamente ao dia 14 de Março e o poder recai, da mesma forma que no século XIII, sobre o bispo de Seu d'Urgell e ao Presidente da República de França.
No que diz respeito à economia, nos dias de hoje o Principado conta com uma forte dependência do turismo europeu, com 80% do seu produto interno bruto que provêm das cerca de nove milhões de pessoas que o visitam anualmente. Andorra tem uma enorme procura no turismo de Inverno, devido à prática de ski e de verão, para as caminhadas de natureza e das montanhas. É por isso que é uma região onde os hotéis em grande parte, permanecem abertos durante todo o ano.

Atualmente, Andorra não é membro da União
Europeia, mas está diretamente relacionada com a instituição supranacional, tendo acordos específicos, como por exemplo, a moeda corrente em Andorra é o Euro.
Atualmente, este país tem cerca de 80 000 habitantes, divididos entre Andorrenses (35%), Espanhóis (38%), Franceses e Portugueses que compõem cerca de 20% e de outras nacionalidades são á volta de 5%.

Fonte:
http://andorra.costasur.com / Wikipédia.org

Andorra - Parte I

Depois de dois dias de descanso passados em Narbonne Plage, seguimos para o Principado de Andorra que já não visitávamos há muito tempo e onde queríamos passar para fazer algumas compras, antes de entrarmos em Espanha, a caminho de casa.
Saímos de Narbonne a caminho de Perpignam, seguindo depois pela N116 em direção aos Pirenéus, para ainda naquele dia irmos dormir a Andorra. Nesta estrada acompanham-nos cenários de enorme beleza cénica. É uma estrada espetacular, onde o verde abunda e que é pontuada por pequenas aldeias que se agarram às encostas.
Já perto do Principado de Andorra, apanha-se a N20 que nos leva até à N22, que nos conduz até à fronteira com Andorra. A partir dos enormes tuneis da fronteira com a França e da estação de ski de Pas de la Case, seguimos a CG-2, que nos leva montanhas a dentro por tuneis e estrada ziguezagueante, que não para de subir.
Pas de la Case é uma animada estância (referida localmente somente como Pas) está situada a apenas algumas centenas de metros da fronteira francesa. Fica a uma altitude de 2050m e é a estância mais alta dos Pirenéus. Devido à sua excelente localização, Pas goza de neve na maioria do ano, complementada por uma abundância de sol e céu azul. Enquanto no resto de Andorra o idioma que mais se ouve é o catalão e o espanhol, em Pas de la Case a língua predominante nas ruas é o francês.
Cai a noite em plena montanha e o silêncio e breu combinam-se para nos incentivar a um maior respeito pelo cuidado na condução. O ar é puro e de uma frescura inexplicável, o que me levou a abrir a janela, para me inebriar com o sublime vento fresco que oscilava entre o boémio e o atrevido.
Começam a aparecer algumas das povoações de montanha, que vivem da neve e a nossa atenção centra-se na procura de um lugar para a pernoita. Esse lugar é encontrado na famosa estância de ski de Canillo, no fresco e reconfortante Camping Janramon, situado junto da estrada, na margem esquerda do rio Valira d´Orient, cujas águas rápidas e cantantes, descem pelas vertentes, embalando-nos pela noite dentro.
Na manhã seguinte, o dia acordou ensolarado e pela janela por onde entrava um ar gélido, observámos com melhor perceção o pequeno parque de campismo, confinado entre a margem esquerda do rio Valira d’Orient e altas montanhas escarpadas, que caem a pique no fresco relvado do parque, que se espalha aos pés de uma paisagem vegetal de verde intenso.
Fonte: Wikipédia.org

A Caminho da Provença - Parte II

Da Ponte de Savines até à cidade de Gap, são cerca de 25 km pela N94. Esta estrada atravessa mais à frente uma zona de históricas cidades. É ali que se encontra Chorges, uma pequena cidade situada ainda na margem do Lac de Serre-Ponçon.
Chorges vem do latim "caturigomagus”, que significa “mercado dos reis da guerra”. Foi por volta de 400 a.C, que a tribo celta Caturiges se instalou na região ocidental dos Alpes. Eles eram caçadores, agricultores, fazendeiros e comerciantes, fazendo trocas comerciais especialmente com as grandes tribos vizinhas do norte da Itália.

Na pré-época Romana, Chorges era uma cidade com um importante mercado, então situada num lugar chamado o Castelo. No período romano, deu-se ali uma batalha contra os exércitos de Júlio César, e Chorges torna-se uma das principais cidades romanas da região, situada na Via Domitia, a estrada romana que ligava a Espanha à Itália. Neste período a cidade torna-se um centro económico, que será seguido por um longo período de anarquia, devido às invasões bárbaras, no início da Idade Média.
Mais à frente, do lado direito da estrada, vê-se a cidade de La Bâtie-Neuve, distribuída por uma área de 28 Km2, que se estende por um vale entre serranias. La Bâtie-Neuve é uma pequena cidade localizada entre a região dos Hautes-Alpes e a região francesa de Haute-Provence, já bem perto da cidade de Gap.

A 14 Km a sul de Gap, apanha-se a A51, a Autoroute du Val de Durance, que tal como o nome indica, segue todo o vale do rio Durance, a caminho do rio Ródano. A partir dali o vale do rio muda drasticamente e o rio flui através de uma paisagem a montante, cercado por morros e planaltos. Mais à frente o vale amplia-se numa planície aluvial, com vários quilómetros de largura.
Ali, o regime do rio Durance tornava-se Mediterrâneo, provocando inundações aquando das chuvas de outono e graves baixos fluxos no verão. Assim sendo, foram feitas várias obras de regularização e várias barragens foram construídas ao longo do vale médio do rio Durance, a fim de evitar as cheias e as secas. O rio passou para um leito condicionado e assim nasceu o Canal EDF de Ventavon, que acompanha a estrada por muitos quilómetros.

É ali que se encontra a aldeia de La Saulce, situada no sopé de um contraforte montanhoso, que do lado esquerdo da estrada chama a nossa atenção. Do lado direito da estrada os campos de cultivo situados na margem esquerda do rio Durance e do largo Canal de Ventavon.
A aldeia deve seu nome à presença de uma mola de sal. No topo da colina em cujo pé está construída La Saulce, ergue-se ainda hoje uma torre quadrada em ruínas, do século XII, que foi construída pelos antigos senhores da povoação, com vista para o vale e que foi usada para fazer guarda à antiga estrada romana.

A pequena aldeia de La Saulce fica situada numa encruzilhada ensolarada que une o Durance ao Vale do Gapençais, principalmente agrícola, com plantações de árvores de fruta, em especial de maçãs e peras.
A 26 Km a sul, encontramos a bela cidade de Sisteron na margem direita do rio Durance, situada do lado direito da A51. É a partir da estrada que vemos a velha cidade de Sisteron, construída a ver o rio Durance e dominada por uma cidadela.

A Cidadela é um lugar turístico e cultural. Da majestosa cidadela, situada no cimo de uma rocha com vista para a cidade, podem ver-se os telhados da antiga cidade. Localizada a 485 metros de altitude, a cidade é considerada "a porta de entrada para La Provence". Sisteron é também o berço do poeta Paulo Arena (1843-1896).
Por trás da cidade de Sisteron podemos observar um enorme rochedo, a rocha de Baume, que se eleva a 1147 m, além de outras montanhas em redor. A bela rocha de la Baume tem uma forma muito específica, como se fosse uma extensão natural da cidadela, na margem oposta do rio Durance.

Pelo caminho para sul, encontramos também a região vinícola de Claret, situada já na região de Languedoc-Roussillon, no sul de França, a 28 km de Montpellier. Dali até à costa azul, no sul de França é uma viagem curta.

A costa sul da França está convenientemente dividida em duas seções, a oeste do rio Rhone, o Languedoc, e no leste do rio Ródano, a Provença e a Costa Azul.

Já no sul de França percorremos a região a caminho do oeste, até a Narbonne Plage, no litoral sul, onde queríamos ficar durante dois dias, para descansarmos e fazer praia. Narbonne Plage é uma estância na costa sul da França, situada no sopé do maciço calcário de Montagne de la Clape, onde se encontram praias grandes e bem cuidadas.

O parque de campismo escolhido foi o Camping “La Cote des Roses”, que aninhado nas montanhas de Clape entre o mar e o mato, possui 16 ha, com acesso direto à lagoa adjacente e com uma praia de areia de cerca de 200m, onde se pode desfrutar de uns belos dias de férias com os "pés na água".

Nos dias de descanso ali passados, fizemos um pouco de tudo, desde passeios de bicicleta, praia e banhos de mar, bem como belas sestas após o almoço, embora os dias tenham decorrido ventosos e quentes, com uma humidade atmosférica muito elevada.

Fonte: http://www.map-france.com / http://about-france.com/tourism / http://fr.wikipedia.org / http://www.photos-provence.fr/



A região de Languedoc oferece milhas e milhas de praias pouco movimentadas com grandes areais e onde a água é geralmente mais quente do que estamos habituados na costa atlântica. Ao redor do delta do Ródano, entre a Camargue e Marselha, a costa não é particularmente turística, e por isso é uma zona muito sossegada, com a proximidade de portos de embarque, como o de Fos e Marselha.

A Caminho da Provença - Parte I

A partir da cidade nova de Briançon, vai-se descendo e ziguezagueando pelos Alpes, deixando para trás as fortificações de Vauban, com os seus 1.326 metros acima do nível do mar, sempre acompanhados pelo céu azul encontrado a partir do lado francês dos Hautes Alpes.
A paisagem encontrada é magnífica e exuberante. Os Alpes constituem a mais elevada cimeira da Europa e apesar da sua massa ter uma altitude média de cerca de 1.121 m, os Alpes franceses constituem um maciço montanhoso facilmente penetrável e arejado por profundas calhas glaciares.
Estas calhas glaciares formam largos corredores de penetração longitudinais, como o vale do rio Durance nos Alpes do Sul, que segue no meio de montanhas, que facilitam as comunicações e que favoreceram implantações urbanas muito precoces. É por estas calhas de origem glaciar que segue a estrada, sempre acompanhada de belas e altas montanhas.
Mais à frente e depois de descermos mais um pouco, entramos no largo vale de Gap. É nele que se observa a pequena cidade de Embrun, que nos aparece do lado esquerdo.

A cidade de Embrun senta-se num platô no topo de uma falésia (o "Roc"), com vista para o rio Durance superior, pouco antes de desaguar no Lac de Serre-Ponçon.
As colinas que cercam a cidade de perto, são cobertos com prédios modernos e chalés de férias. Mesmo da estrada tem-se uma boa visão de Embrun do outro lado do rio, porém, as montanhas mais altas que a cercam, fazem um conjunto de uma beleza inesquecível.     

Chegamos após alguns quilómetros uma pequena localidade de Savines-le-Lac, à beira de um enorme lago, uma povoação bastante turística e onde fazem passeios de barco pelo lago, que se destaca do lado esquerdo da estrada. Atravessamos depois uma comprida ponte sobre o Lac Serre-Ponçon, que vai dar à outra margem do lago. Depois de duas centenas de metros a subir a encosta, encontramos uma área de merendas, situada num miradouro de onde se desfrutam belas panorâmicas sobre o lago e arredores.
O Lac de Serre-Ponçon é um grande lago, alimentado pelos rios Durance e Ubaye e que é também o maior lago artificial da Europa. Esta bela jóia azul de límpidas águas, fica abaixo das montanhas dos Hautes-Alpes e no extremo norte da Haute-Provence.
O lago foi formado pela Barragem de Serre-Ponçon que foi construída na bacia do rio Durance, logo abaixo da zona onde o rio Ubaye se lhe junta. A barragem com 123 m de altura foi iniciada em 1955, construída a partir de um solo de argila de aluvião, retirada do leito do rio Durance.
A aldeia de Savines-le-Lac, localizado na costa do sul ao lado da ponte, é uma reconstrução da antiga aldeia de Savines, que agora está inundada debaixo do lago. A Chapelle Saint-Michel, que agora podemos ver numa pequenina e pitoresca ilha no meio do lago, ficava no topo de uma colina, sobranceira à anterior aldeia de Savines.

Hautes-Alpes - Briançon

Briançon, devido à sua posição estratégica, sempre foi uma cidade com guarnição defensiva por ser uma cidade de fronteira com a Itália. Ao olhar para as pesadas fortificações ​​em torno da cidade velha, é fácil entender porque resistiu a várias ondas de invasões, às vezes sem mesmo lutar. Como muitas outras cidades francesas, foi fortificada três séculos atrás, embora sendo uma cidade já naturalmente protegida, pela sua localização em cima de uma enorme montanha de rocha íngreme.
A cidade antiga fortificada por Vauban e também chamada de "Cité Vauban" ou "Gárgula" é um lugar muito popular entre os turistas visitantes. As fortificações e arquitetura pitoresca fazem desta antiga cidadela uma verdadeira obra de arte.
O antigo centro histórico protegido dentro de muralhas rodeadas de um fundo fosso, foram construídos para defender a região das tropas austríacas no séc. XVII. O seu objetivo era duplo, prestar atenção à estrada para a Itália e negar ao inimigo uma posição estratégica que poderia ameaçar a cidade.
À sua volta podem ser descobertas as pistas para caminhantes, marcadas há muito por quem se aventura pelas colinas circundantes, um giro que nos leva em torno das muralhas, onde se pode desfrutar de magníficas vistas sobre os vales circundantes.
No interior das suas muralhas a antiga cidadela contém muitos tesouros, como igrejas, vários elementos arquitetónicos, fontes, relógios de sol… As suas ruas empedradas são muito íngremes e estreitas, embora muito pitorescas, que descem até à cidade nova, já fora de muralhas.
Briançon fica no sopé da descida do Col de Montgenèvre, possuindo ainda outras fortificações em seu redor, empoleiradas nas colinas à volta da principal cidade antiga amuralhada. Estas pequenas fortificações foram construídas nas alturas em torno dela, especialmente em direção ao leste, como o Forte Janus situado a menos de 1.200 m acima da cidade.
Dentro de muralhas a igreja paroquial, com suas duas torres, foi construída em 1703-1726, e ocupa uma posição muito visível fora de muralhas.
A Pont d'Asfeld, uma antiga ponte a leste da cidade, construída em 1734, forma um arco de 40 m de diâmetro, numa altura de 56 m sobre o vale profundo do rio Durance.
Em 8 de julho de 2008, vários edifícios de Briançon foram classificadas pela UNESCO como Património Mundial, como fazendo parte do grupo das "Fortificações de Vauban". Estes edifícios são: as Muralhas da cidade antiga, des Salettes Redoute, Fort des Trois-Têtes, Fort du Randouillet e a Ponte Asfeld. Estas obras foram projetadas por Sébastien Le Prestre de Vauban (1633-1707), um engenheiro militar do rei Louis XIV.
A cidade moderna, que possui um ótimo parque de autocaravanas, estende-se numa planície situada no sopé do planalto sudoeste, onde se situa a cidade velha, que hoje forma o subúrbio de St. Catherine.
Pelos vales à volta da cidade nova, correm rápidos os seus rios de águas límpidas, onde o Durance se destaca, por ser um afluente do rio Ródano. O rio Ubaye, afluente do Durance, dá ao seu vale e à cidade de Briançon, todas as boas razões para ser um centro incontornável do turismo desportivo, por proporcionar a prática do rafting e outros desportos de águas vivas.
No verão, o rio é um domínio de predileção para os rafts, caiaques e outros. A montante, transversalmente do Colo de Larche e do Colo de la Bonnette encontra-se o Parque do Mercantour, um paraíso para os caminhantes e os amantes da  Natureza.           
Descendo para Sul, ao longo de la Durance, atinge-se o Vale de La Valloise, porta aberta sobre o Parque National des Ecrins, que oferece aos alpinistas experientes uma escolha interessante de corridas em alta montanha.
Fonte: Fonte: http://www.snow-forecast.com / Wikipédia.org / http://www.snow-forecast.com / http://pt.franceguide.com / http://www.briancon-online.com

De Torino a Briançon

Saímos de Torino ao final da tarde, ainda com algumas horas de dia pela frente, a caminho dos Alpes italianos, pois iriamos ainda passar por estradas perigosas antes de atravessarmos a fronteira francesa, situada nos Altos Alpes, a fim de pernoitarmos na bela e histórica cidade de Briançon.
O caminho desde Torino até aos Alpes italianos é realizado pela E70, uma estrada que se faz primeiro por um longo vale bem cultivado, onde os milharais e vinhas abundam. Toma-se o caminho em direção aos Alpes e a estrada vai ziguezagueando pelo vale entre altas montanhas.
Depois vai-se trepando montanhas acima, atravessando tuneis e não mais parando de subir. Por vezes a estrada apresenta-se estreita e com piso em mau estado de conservação, com fendas que adivinham cedência de terras, devidas à erosão. Escavada nas montanhas a estrada vai ziguezagueando até ao cimo das montanhas, onde encontramos lá no alto, a povoação de Cesana Torinese, uma estação de esqui italiana muito bonita, onde se sente um ar muito puro e de uma frescura infinita.
Depois de muito se subir já quase sem gasóleo, foi ali que abastecemos de combustível, para encetarmos a última etapa daquele dia de viagem.
Passa-se a fronteira para a região francesa dos Altos Alpes e entramos no portão sul da Serre Chevalier. Bem perto da fronteira está localizada a povoação de Serre Chevalier, entre os 1.200 m e 2.800 m acima do nível do mar, é uma das maiores áreas de ski da França, com 250 quilómetros de pistas.
A povoação de Serre Chevalier está situada num vale virado para sul, entre o Col du Lautaret e a cidade de Briançon, rodeada com 13 aldeias que à distancia pontilham os vales mais baixos, situados entre altas montanhas.
Depois sempre a descer, em vertente virada a sul, a folhagem vai variando de tons, entre o verde-escuro, o verde-claro e o verde-amarelado das árvores, ganhando por vezes até tons alaranjados que vão colorindo a paisagem, passando-nos a ilusão de calor, mas que na verdade é o sinal que a natureza nos dá, relativo às baixas temperaturas sentidas durante a noite, naqueles lugares alpinos.
Assim se chega a Briançon, ao cair da noite. Depois de descermos até à cidade nova para irmos ao parque de autocaravanas, a fim de se fazer o reabastecimento de águas e esvaziamento de esgotos, fomos novamente para cima, até junto da cidade antiga amuralhada, para ali passarmos a noite, num grande parque de estacionamento, situado junto às muralhas, onde a maioria dos autocaravanistas preferiu ficar a pernoitar.
A bonita cidade alpina de Briançon situa-se na confluência dos vales dos rios Durance, Guisane e Cerveyrette. A 1.326 m de altitude, é a mais alta cidade francesa e a segunda da Europa (depois de Davos, na Suíça).
O largo vale do rio Durance abre-se ao norte, pelo passo de Montgenèvre, as portas da Itália, e desce para o sul a caminho de Gap e da Provença. Briançon é famosa pelo seu centro antigo situado numa antiga cidadela fortificada, outrora construída sob as ordens do Marechal de Vauban. É igualmente uma estação de ski pertencente ao domínio da Serre-Chevalier, de que ela foi a origem, em 1941, no sítio de Chantemerle.
Fonte: http://www.snow-forecast.com / Wikipédia.org / http://www.snow-forecast.com / http://www.briancon-online.com