De Torino a Briançon

Saímos de Torino ao final da tarde, ainda com algumas horas de dia pela frente, a caminho dos Alpes italianos, pois iriamos ainda passar por estradas perigosas antes de atravessarmos a fronteira francesa, situada nos Altos Alpes, a fim de pernoitarmos na bela e histórica cidade de Briançon.
O caminho desde Torino até aos Alpes italianos é realizado pela E70, uma estrada que se faz primeiro por um longo vale bem cultivado, onde os milharais e vinhas abundam. Toma-se o caminho em direção aos Alpes e a estrada vai ziguezagueando pelo vale entre altas montanhas.
Depois vai-se trepando montanhas acima, atravessando tuneis e não mais parando de subir. Por vezes a estrada apresenta-se estreita e com piso em mau estado de conservação, com fendas que adivinham cedência de terras, devidas à erosão. Escavada nas montanhas a estrada vai ziguezagueando até ao cimo das montanhas, onde encontramos lá no alto, a povoação de Cesana Torinese, uma estação de esqui italiana muito bonita, onde se sente um ar muito puro e de uma frescura infinita.
Depois de muito se subir já quase sem gasóleo, foi ali que abastecemos de combustível, para encetarmos a última etapa daquele dia de viagem.
Passa-se a fronteira para a região francesa dos Altos Alpes e entramos no portão sul da Serre Chevalier. Bem perto da fronteira está localizada a povoação de Serre Chevalier, entre os 1.200 m e 2.800 m acima do nível do mar, é uma das maiores áreas de ski da França, com 250 quilómetros de pistas.
A povoação de Serre Chevalier está situada num vale virado para sul, entre o Col du Lautaret e a cidade de Briançon, rodeada com 13 aldeias que à distancia pontilham os vales mais baixos, situados entre altas montanhas.
Depois sempre a descer, em vertente virada a sul, a folhagem vai variando de tons, entre o verde-escuro, o verde-claro e o verde-amarelado das árvores, ganhando por vezes até tons alaranjados que vão colorindo a paisagem, passando-nos a ilusão de calor, mas que na verdade é o sinal que a natureza nos dá, relativo às baixas temperaturas sentidas durante a noite, naqueles lugares alpinos.
Assim se chega a Briançon, ao cair da noite. Depois de descermos até à cidade nova para irmos ao parque de autocaravanas, a fim de se fazer o reabastecimento de águas e esvaziamento de esgotos, fomos novamente para cima, até junto da cidade antiga amuralhada, para ali passarmos a noite, num grande parque de estacionamento, situado junto às muralhas, onde a maioria dos autocaravanistas preferiu ficar a pernoitar.
A bonita cidade alpina de Briançon situa-se na confluência dos vales dos rios Durance, Guisane e Cerveyrette. A 1.326 m de altitude, é a mais alta cidade francesa e a segunda da Europa (depois de Davos, na Suíça).
O largo vale do rio Durance abre-se ao norte, pelo passo de Montgenèvre, as portas da Itália, e desce para o sul a caminho de Gap e da Provença. Briançon é famosa pelo seu centro antigo situado numa antiga cidadela fortificada, outrora construída sob as ordens do Marechal de Vauban. É igualmente uma estação de ski pertencente ao domínio da Serre-Chevalier, de que ela foi a origem, em 1941, no sítio de Chantemerle.
Fonte: http://www.snow-forecast.com / Wikipédia.org / http://www.snow-forecast.com / http://www.briancon-online.com

Nenhum comentário: