Andorra - Parte I

Depois de dois dias de descanso passados em Narbonne Plage, seguimos para o Principado de Andorra que já não visitávamos há muito tempo e onde queríamos passar para fazer algumas compras, antes de entrarmos em Espanha, a caminho de casa.
Saímos de Narbonne a caminho de Perpignam, seguindo depois pela N116 em direção aos Pirenéus, para ainda naquele dia irmos dormir a Andorra. Nesta estrada acompanham-nos cenários de enorme beleza cénica. É uma estrada espetacular, onde o verde abunda e que é pontuada por pequenas aldeias que se agarram às encostas.
Já perto do Principado de Andorra, apanha-se a N20 que nos leva até à N22, que nos conduz até à fronteira com Andorra. A partir dos enormes tuneis da fronteira com a França e da estação de ski de Pas de la Case, seguimos a CG-2, que nos leva montanhas a dentro por tuneis e estrada ziguezagueante, que não para de subir.
Pas de la Case é uma animada estância (referida localmente somente como Pas) está situada a apenas algumas centenas de metros da fronteira francesa. Fica a uma altitude de 2050m e é a estância mais alta dos Pirenéus. Devido à sua excelente localização, Pas goza de neve na maioria do ano, complementada por uma abundância de sol e céu azul. Enquanto no resto de Andorra o idioma que mais se ouve é o catalão e o espanhol, em Pas de la Case a língua predominante nas ruas é o francês.
Cai a noite em plena montanha e o silêncio e breu combinam-se para nos incentivar a um maior respeito pelo cuidado na condução. O ar é puro e de uma frescura inexplicável, o que me levou a abrir a janela, para me inebriar com o sublime vento fresco que oscilava entre o boémio e o atrevido.
Começam a aparecer algumas das povoações de montanha, que vivem da neve e a nossa atenção centra-se na procura de um lugar para a pernoita. Esse lugar é encontrado na famosa estância de ski de Canillo, no fresco e reconfortante Camping Janramon, situado junto da estrada, na margem esquerda do rio Valira d´Orient, cujas águas rápidas e cantantes, descem pelas vertentes, embalando-nos pela noite dentro.
Na manhã seguinte, o dia acordou ensolarado e pela janela por onde entrava um ar gélido, observámos com melhor perceção o pequeno parque de campismo, confinado entre a margem esquerda do rio Valira d’Orient e altas montanhas escarpadas, que caem a pique no fresco relvado do parque, que se espalha aos pés de uma paisagem vegetal de verde intenso.
Fonte: Wikipédia.org

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