No segundo dia em Granada e depois de termos tido a desilusão de no dia anterior não podermos visitar o Alhambra e o Generalife, porque a visita tem hora marcada e número limitado de turistas e porque para aqueles dias já se encontravam esgotados (também se podem comprar via internet), resolvemos como era já nossa intenção dedica-lo ao reconhecimento real da cidade.
A descoberta da cidade, começou pela subida de autocarro até ao alto da cidade, junto do Alhambra e a descida a pé até meia encosta. Depois a descida, movamente de autocarro até ao centro da cidade antiga.
A partir da Gran Via de Colon, devemos entrar nas ruelas da cidade antiga, um labirinto de ruas estreitas e empedradas de sentido único, que nos levam até à Catedral de Granada, que não pudemos visitar, por estar fechada para obras. No entanto a porta estava aberta, para quem quisesse ver o presépio.
Antes de lá chegár-mos, à nossa direita, encontramos a Capilha Real e do lado esquerdo o Palácio de la Madraza. Ali também se encontra a Alcaicería, uma reconstrução de um bazar mourisco que ardeu em 1843.
A primeira foi mandada construir pelos reis católicos, o casal composto pela rainha Isabel I de Castela e o rei Fernando II de Aragão, que por casamento unificaram os reinos ibéricos no país que se tornou Espanha.
Construída entre 1506 e 1521, por
Enrique de Egas, possui à entrada uma convidativa grade dourada do mestra
Bartolomó de Jaén e no interior tem destaque o seu altar-mor, com as figuras em mármore de Carrara, dos reis católicos e de sua filha e genro, que ali se encontram sepultados.
O segundo, o Palácio de la Madraza, é uma antiga universidade árabe, que atraía filósofos e sábios de todos os países do Mundo, que fica situada em frente da Capela Real. Parte do edifício pertence ainda hoje, à Universidade de Granada e outra parte, à Câmara Municipal. No interior destaca-se um salão mourisco com um belo "mihrab" (portal).
As duas principais praças de Granada, são a Plaza Bib-Rambla, perto da Catedral e a Plaza Nueva ou Plaza de Santa Ana, junto à igreja do mesmo nome.
O nome Bib-Rambla significa "Porta do Rio", uma vez que a praça se situava na margem de um rio de areia. Nos tempos dos Mouros, eram ali efectuados os festivais e justas e depois mais tarde, touradas na época cristã.
Foi nesta e noutras praças de Granada que foram queimados muitos dos importantes manuscritos árabes, documentos e livros, após a conquista da cidade pelos reis católicos. Acredita-se que mais de um milhão foram destruídas desta forma.
Ao longo do tempo muitas mudanças foram feitas e muitos edifícios foram construídos sendo nesta praça, que os escribas da cidade trabalharam e as alfândegas foram criadas, para controlar o comércio das especiarias e têxteis. Ali também eram realizadas as feiras de cavalos.
Mais tarde foi a praça usada para um mercado de vegetais, carne e peixe, e nela existia um chafariz ao centro, hoje substituído pela estátua de Frei Luís de Granada.
A Plaza Nueva, mais a cima foi construída para encobrir o rio Darro, que corre por baixo, a fim de criar mais espaço na cidade. A praça tornou-se um dos mais importantes centros em Granada, onde outrora decorriam torneios e touradas, bem como execuções públicas.
Do lado esquerdo de quem chega à Plaza Nueva, pode ver-se a Chancelaria Real. Na parte de trás deste edifício, existiu uma prisão, que foi construída no séc. XVII e que serviu até o final do séc. XIX. O edifício é usado hoje como o Supremo Tribunal.
À direita da praça e junto à Igreja de Santa Ana, encontra-se a Fonte do Boi, que ali foi instalada em 1941, com o seu touro no centro, jorrando água e um meninos de cada lado.
O perfume das essências de narguilé, exala pelas ruas de Granada, que encanta pela atmosfera das histórias de mil e uma noites, imaginadas quando se deambula pela cidade. As músicas que vêm das lojas remetem à dança do ventre e lembranças e roupas à venda têm alma árabe.
Nas casas de chá, o aroma das bebidas, feitas com flores e frutas e doces à base de folhados e mel. Em muitos momentos, circular por Granada, confunde. "Será que estou numa cidade árabe?"
De vários pontos da cidade avista-se o Alhambra, construído como fortaleza militar no topo da montanha La Sabika, que foi transformado em residência real no séc. XIII.
Fiquei impressionada com a quantidade de pessoas nas ruas! Tanto a meio da tarde, como já de noite que quase se acotovelavam nos passeios. Granada é uma cidade cheia de vida!!!
Fonte: Wikipédia
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