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A Cidade de Nápoles

Chegámos ao porto de Nápoles às 12h00, do dia 6 de Abril. O porto fica próximo do centro da cidade. Para se chegar lá, tem apenas que se precorrer uma distância de cerca de 15 min. a pé.
A cidade de Nápoles, localiza-se na baia com o mesmo nome, no mar Tirreno. É um porto importante e o principal centro industrial e comercial do sul do país. É também um centro turístico pois nos seus subúrbios localizam-se vários locais de interesse: o vulcão do monte Vesúvio, as ruínas de Pompeia e Herculano, as ilhas de Capri e Ischia. O seu centro histórico foi declarado património mundial pela UNESCO.
Nápoles, (Napoli em italiano) é uma comuna italiana do sul de Itália, da região da Campania, província de Nápoles, com cerca de 1.000.000 habitantes e com cerca de 4.400.000 habitantes na região metropolitana (que compreende áreas na província de Caserta, Avellino e Salerno.) Nápoles é a terceira cidade da Itália após Roma e Milão e tem a segunda maior região metropolitana após a de Milão. Estende-se por uma área de 117 km2, de densidade populacional 8.490 h/km2. É conhecida mundialmente por ser a terra natal da pizza.
A baía de Nápoles, musa inspiradora de numerosos artistas (Virgílio, nos seus belíssimos poemas), evocando sempre a imagem da luminosa cidade, do bandolim e da sua lua. Apesar da realidade Napolitana, ter o seu lado obscuro, devido à Camorra, máfia napolitana, que a alegria e o entusiasmo típico dos napolitanos, soube sempre atenuar. Com cerca de 3000 anos de história movimentada, a antiga civilização que se desenvolveu no litoral do Golfo de Nápoles, sempre se dedicou à actividade mercantil, exportando os produtos do Mediterrâneo Ocidental para os mercados do Oriente.

A partida de Génova

O Monterey, partiu do Porto de Génova às 16h00 locais, do dia 5 de Abril de 2004, com destino à Cidade de Nápoles. Às 21h00, passámos pela ilha de Gorgona, visível à nossa direita, a uma distancia de cerca de 2 mg. Cerca das 23h20, atravessámos o Canal de Piombino, e à direita tivemos a possibilidade de ver a ilha de Elba, (figura acima), local do primeiro exílio de Napoleão, e de onde, num gesto de grande ousadia, conseguiu fugir, voltando a França. À esquerda, também se pode observar o promontório de Piombino, (primeira figura).

Génova, Cidade


Cansados da viagem até Génova, chegámos ao fim da tarde, e fomos directos para o porto, afim de procurar hotel, uma vez que no dia seguinte teríamos que embarcar.
Gênova, cidade de 800 mil habitantes, a 500 km de Roma, acariciada pelo sopro do mar e rodeada por costas rochosas e escarpadas. Ali, o viajante tem a impressão de ter entrado num grande antiquário.

Com uma história única, a capital da Ligúria nasceu por volta de 500 a.C. e, de súbito, tornou-se personagem importante no tráfego marítimo do Mediterrâneo, comerciando com a Córsega, e com pontos tão distantes como Bizâncio (atual Istambul), Argélia e Síria.

Por volta do ano 1000, Gênova passou por contínuas transformações. Pela forte demanda da navegação e do comércio, readaptou o seu espaço e a sua estrutura.

Já no século XVI, que alguns historiadores chamam de "o século dos genoveses", foi um tempo em que seus habitantes sobreviveram fechados.

Nas mãos de Andrea Doria (1466-1560), o grande doge da então Cidade-Estado, alcunhada "A Soberba" e rival de Veneza, "A Sereníssima", Gênova teve seu esplendor recuperado, depois de participar das Cruzadas e de combater invasões mouras.

Com vias estreitas e palácios suntuosos, como o palácio Ducal, antiga casa dos doges, hoje centro cultural, a cidade guarda um Centro Medieval bem conservado, mas com algumas áreas abandonadas.

Seus habitantes, a quem os italianos de outras regiões atribuem uma certa pão-durice, mantêm uma obstinada atenção às tradições locais, aos hábitos deixados por seus antepassados e à culinária feita com rigor, onde reina o "pesto à la genovesa", um molho à base de manjericão, queijo pecorino, azeite e pinólis. Em alguns lugares, batata cozida é colocada nesse macerado servido frio sobre a massa.

Em meados do século passado, Génova ficou espremida entre um viaduto e a velha zona portuária, que tem monumentos como a Porta dei Vaca, do século XIV.

Precisamente em 2004, a cidade foi momeada Capital Cultural da Europa e naquele ano, renasceu como um dos melhores exemplos de regeneração urbana em zona portuária, recuperando prédios públicos seculares da parte antiga e criando, ajudada por arquitetos como Renzo Piano, espaços urbanos e ganhando, inclusive, o maior aquário do mundo.

Para conhecê-la melhor é preciso descobrir de perto, vendo o contraste do encontro e desencontro entre o mar e as montanhas que abraçam esse território peculiar.

Alguns forasteiros, eternamente desprezados pelos genoveses, artistas e escritores fincaram morada nessa cidade. Talvez tenham sido esses românticos incorrigíveis, como Byron, Balzac e Rimbaud, com as suas crônicas, cartas e contos, a tornar viva essa cidade cheia de memórias.

Gênova vive dias de uma certa dualidade. Recebe, além de turistas, imigrantes clandestinos que surgem a todo instante, à procura de trabalho ou mascateando, formando comunidades que provêm principalmente do Equador, seguido de Marrocos, China, Albânia, Senegal e Nigéria.

Estas concentram-se principalmente na área do porto, nas periferias e nas ruas estreitas do centro da cidade. Ali, especialmente de noite, há prostituição e tráfico de drogas. Mas há também ruas burguesas nessa terra de personalidade difusa.

Páscoa no Mediterrâneo


Em Abril de 2004, iniciámos um cruzeiro no Mediterrâneo, a bordo do navio MSC Monterey, sob o comando do Capitão António Siviero, com início no porto da Cidade de Génova – Itália. Nesta viagem que decorreu desde 5 a 16 de Abril de 2004, foi percorrido o seguinte rumo:

- Génova a Nápoles ……………………………..... 333 Milhas

- Nápoles a Santorini (Grécia)…………………. 670 Milhas

- Santorini a Antalya (Turquia)……………….. 300 Milhas

- Antalya a Limassol (Chipre)………………….. 199 Milhas

- Limassol a Port Said (Egipto)………………… 205 Milhas

- Pot Said a Hetaklion (Creta)………………….. 447 Milhas

- Heraklion a Capri……………………………........ 667 Milhas

- Capri a Genova………………………………........ 334 Milhas