Antoni Placid Gaudí i Cornet, aparece como um arquitecto de novas concepções plásticas ligado ao modernismo catalão, a variante local da "Art Nouveau". Arquitecto cujo estilo distinto se caracteriza pela liberdade da forma, cor e texturas voluptuosas e na unidade orgânica, que usando de várias influências distintas criou um estilo próprio.Gaudí é o nome máximo da arquitectura catalã, e reconhecido no mundo inteiro. Influenciado por Viollet Le Duc e Ruskin, foi um dos pilares fundamentais do Modernismo. Suas obras arquitectónicas demonstram qualidades das mais inovadoras entre as demais obras de sua época, notáveis por estabelecer um conjunto harmonioso ao utilizar a fusão de estilos como o neogótico, o cubismo e o art nouveau.
Formou-se em arquitectura em 15 de Março de 1878, tendo começado à partir de então, a fazer seus primeiros projectos, como candeeiros de ruas, um quiosque em ferro fundido, uma oficina, entre outros. Seu estilo único caracteriza-se por formas e linhas curvas e orgânicas, e sua obra se localiza dentro do Movimento Modernista, ainda que ele o tenha superado, criando um estilo próprio, caracterizado por uma continuidade do gótico, baseado, de forma predominante, nas formas curvilíneas.
Logo aclamado por seu estilo nada convencional em matéria de tradição arquitectónica, Gaudí logo obteve reconhecimento, passando a ser patrocinado por Eusebio Güell, seu mecenas. Também se distingue pelo uso de mosaicos com diferentes tonalidades, assim como também pela utilização de vitrais e do ferro forjado como aspectos que definem a sua ornamentação. Com o tempo, entretanto, passou a adoptar uma linguagem escultórica bastante pessoal, projectando edifícios com formas fantásticas e estruturas complexas. Algumas de suas obras-primas, mais notavelmente o Templo Expiatório da Sagrada Família possuem um poder quase alucinatório. Gaudí é conhecido por fazer extenso uso do arco parabólico catenário, uma das formas mais comuns na natureza.
Para tanto, possuía um método de trabalho incomum para a época, utilizando modelos tridimensionais em escala, moldados pela gravidade. Gaudí usava correntes metálicas presas pelas extremidades e quando elas ficavam estáveis, ele copiava a forma e reproduzia-as ao contrário, formando suas conhecidas cúpulas catenárias.
Também utilizou da técnica catalã tradicional do “trencadis”, que consiste de usar peças cerâmicas quebradas para compor superfícies. Gaudí dimensionava seus prédios de forma integral, fazendo desde as fundações e estruturas até os menores detalhes ornamentais, o que o caracterizava como um arquitecto peculiar e único.

Em 1883 começou a construção da Casa Vincens, com estilo de influência Mudéjar, que se caracteriza por uma mistura especial da arte muçulmana com a cristã. Nesse mesmo ano foi nomeado arquitecto-chefe da Sagrada Família por recomendação de Joan Martorell, um grande amigo de Gaudí, que teve considerável importância na projecção da sua vida profissional.
Nos anos posteriores, construiu um edifício na área da Sagrada Família. Outro cliente de renome foi Eusebi Güell, o qual lhe confiou a construção de um palácio para si, o Palau Güell, tendo-se iniciado a sua construção em 1886. Em 1889 trabalhou na construção do Palácio Episcopal a pedido de Joan Baptista Grau i Vallespinós, um padre de Reus, conterrâneo de Gaudí.
Já em 1891 construiu a Casa Fernández y Andrés. Nesta época outros edifícios importantes foram realizados, como a Casa Calvet e ainda nesse período foi iniciada a construção do Parque Güell, inspirado nas cidades-jardim inglesas.
Antoni Gaudí i Cornet, foi mestre de uma forma de arquitectura fora do vulgar e extraordinariamente original, e na sua obra pode encontrar-se uma prodigiosa imaginação, rebeldia e fúria de viver não usual no seu tempo, fazendo dele um génio e um ícine da arquitectura mundial.
Faleceu em 1926, atropelado por um eléctrico, quando tinha 74 anos, deixando uma obra revolucionária para a Arquitectura Moderna, e um sonho, a conclusão do Templo da Sagrada Família, que continua em construção.
O projecto começou quando Gaudí tinha 31 anos de idade e foi o último de sua vida, no qual dedicou os seus últimos 40 anos de vida. Gaudí modificou tudo, improvisando à medida que avançava. Passou a ser o trabalho da sua vida e viveu no local, como um recluso, durante 14 anos.
Na parte frontal, a fachada principal dá também para uma praça grande, de onde não se tem uma vista muito boa, porque a sua calçada é ocupada por barraquinhas de "suvenires". Esta fachada é completamente diferente da posterior, chama-se da "Paixão" e foi concluída em 1977, com uma arquitectura cubista.
Esta praça, elevada sobre pilotis, designada Gran Plaza Circular, tem a forma e dimensões de uma praça tradicional, inclusive com piso em areia. Nela um banco ocupa todo o seu perímetro, numa extensão de cerca de 152 metros, todo revestido por mosaicos executados em cacos e pedaços de azulejos, cujo resultado é extremamente invulgar e bonito, plasticamente artístico e visualmente muito atraente. Esta praça foi executada pelo arquitecto Josep Jujol, então um dos principais colaboradores de Gaudí.
De cima desta praça, que por ser bem elevada e ficar situada numa colina, como se fosse um enorme balcão, pode desfrutar-se uma vista magnífica, quer da cidade de Barcelona, quer do parque, podendo ver-se tanto a parte frontal do conjunto que integra o Parc Güell quando a sua parte posterior. A zona frontal do parque fica ao nível da rua, na entrada do parque, onde ficam dois pequenos e bonitos prédios com o estilo personalíssimo e inconfundível de Gaudí, também revestidos por mosaicos de pedaços irregulares de azulejos a darem unidade ao conjunto.
A praça suspensa por colunas, onde o vento sopra ameno, é delimitada pelos seus bancos sinuosos, cujo encosto é também o guarda corpo, que com a sua forma sinuosa serpenteia todo o perímetro da área elevada proporcionando um efeito visual extremamente curioso, incomum e criativo. Igualmente curioso e atraente é o lagarto/dragão colorido revestido de cacos de azulejo que recepciona os visitantes e fica bem no centro da primeira e mais importante escadaria que conduz os visitantes à parte elevada da praça.
Depois de subir as escadas do lagarto chega-se à parte inferior da praça, um grande espaço coberto, onde estão as 86 colunas que sustentam a praça, em cujo local deveria realizar-se um mercado onde os moradores do nunca concretizado bairro-jardim poderiam abastecer-se. No tecto ficam rosetas executadas com pedaços multicoloridos de azulejos e cristais de vidro.
Foi um edifício construído entre os anos 1906 e 1910, La Pedrera afastou-se completamente dos princípios estabelecidos para a construção do seu tempo e daí ter sido ridicularizada e atacada pelos intelectuais de Barcelona.
Esta casa fica situada do Passeig de Gràcia, no coração de zona mais elegante de Barcelona, que enamora todos aqueles que a visitam e que amam o fantástico, o teatral e o vital da arquitectura. Na visita que fizemos a esta magnifica casa, podemos pisar alguns dos seus salões modernistas.
A fachada possuí uma característica peculiar de Gaudí, já mencionada em obras anteriores: o uso dos motivos naturais, que lembram fauna e flora. Estes ornamentos da composição nesse edifício, são bem visíveis no piso térreo, no primeiro andar e no telhado. Contudo toda fachada possui vários mosaicos e ornamentação considerável.

O Passeig da Gràcia é a principal avenida do Eixample, com uma mostra de edifícios altamente originais e de lojas elegantes. Os graciosos candeeiros públicos são da autoria de Pere Falqués (1850-1916). Aqui podemos encontrar a Casa Batlló e a Casa Milá, ambas de Antoni Gaudí, e a Casa Amatller, desenhada por Puig i Cadafalch em 1898.
Mais abaixo e numa travessa ao Passeig da Gràcia, encontra-se a Fundació Tàpies (Fundação Tàpies), não visitada por nós, num edifício e que é encimado pela escultura "Nuvem e Cadeira", em arame, de Antonio Tàpies. Este edifício de 1879, de Domènech i Montaner, abriga uma grande e variada colecção de pinturas, grafismos e esculturas de Tàpies.
Foram todos criados entre 1900 e 1910. São eles, a Casa Batlló de Gaudí, tendo ao seu lado a Casa Amatller de Puig i Cadafalch, a Casa Ramon Mulleres e a Casa Lleó Morera. Esta última, foi construída entre 1902 e 1906, e foi o primeiro trabalho residencial de Lluís Domènech i Montaner, conservando nos pisos superiores os interiores modernistas. A Casa Amatller de Puig i Cadafalch, tem uma fachada com uma harmoniosa mistura de estilos, com janelas mouriscas e góticas com grades e o seu telhado está salpicado de azulejos.
O Maremagnum é mais uma atracção turística do que um shopping center, com lojas caras, um enorme cinema (com filmes dobrados em espanhol). Tem um mini campo de golfe no telhado, um bar irlandês, restaurantes e muitas casas nocturnas abertas só durante a noite, muitos e bons restaurantes, discotecas e pastelarias sempre abertos até às 23h00 e alguns até às 00h00, onde é possível fazer compras todos os dias do ano.
