A visita à cidade começou pelo clássico e velho Pueblo Blanco mourisco, no lado Sul da Puente Nuevo, com ruas empedradas, grades nas janelas e paredes caiadas, onde se encontram a maioria dos principais pontos históricos da cidade.Depois de se passar a Puente Nuevo, que é uma obra de engenharia impressionante, do séc. XVIII, que se eleva a uma altitude de 100 metros acima do rio Guadalevin, virámos para o lado direito, pela Calle Tenorio, que contorna as habitações situadas junto do precipício calcário a Sul da cidade até chegarmos à Plaza del Campillo.
Ali se encontra também o Miradouro d’el Campillo, de onde se pode vislumbrar o esplêndido panorâma, não só de Ronda, mas do vale que a seus pés se estende. É deste miradouro, que se pode descer pelo desfiladeiro abaixo, por caminhos empedrados, estreitos e sinuosos, que perigosamente espreitam o desfiladeiro até lá abaixo ao vale, onde corre o rio Guadalevin.Do lado esquerdo deste miradouro podemos ver o Palácio Mondragón, que possui um belo pátio com arcadas, tipicamente andaluz, que se encontra adornado com azulejos e estuques originais e que remontam à data de sua construção.
Passando o velho arco da Calle San Juan Bosco encontramos a Igreja Santa Maria la Mayor, com um campanário que é o que resta de uma mesquita do séc. XIII, da qual também restou um nicho de orações.Contornando pelo lado esquerdo a Igreja de Santa Maria la Mayor, encontramos a Plaza Duquesa de Parcent, com um belo jardim central, onde domina o edifício do Ayuntamiento (Câmara Municipal), que incorporou partes de edifícios mais antigos. É um bonito e imponente edifício, com uma fachada que possui dois andares de arcadas e tectos mudéjares.
Em seguida descemos pela Calle Marqués de Salvatierra, onde logo no início encontramos do lado esquerdo, a torre do Minarete San Sebastian, que é o que resta de uma antiga mesquita do séc. XIV. Mais abaixo encontramos o Palácio del Marqués de Salvatierra, com uma fachada embelezada com bizarras estatuetas incas e imagens com cenas bíblicas.Virando à direita, encontramos uma estrada empoleirada na maciça saliência rochosa que leva à Puente Viejo, encontramos os Banhos Árabes. Estes são compostos por três câmaras comunicantes. Noutros tempos, quando os banhos estavam em uso, cada câmara era mantida a uma temperatura diferente, sendo a temperatura progressiva à medida que se mudava de sala, duche frio, banho morno e banho quente.
Subindo pela íngreme Calle Santo Domingo, chegamos ao Convento do mesmo nome, que outrora foi a sede local da Inquisição e que fica à beira do desfiladeiro, de onde podemos desfrutar de uma magnifica vista sobre o precipício e o vale a montante do desfiladeiro.
O Parador de Ronda fica situado do lado Norte da famosa Ponte Nueva, dominando a Plaza de España. A sua localização é soberba, com vista sobre o desfiladeiro de Ronda.
O restaurante apresentou para essa noite cozinha local, confeccionada com produtos frescos das montanhas. As especialidades incluíram carnes, peixes, doces e queijos locais. Após o lento e enfartante jantar, passámos ao salão de baile, onde decorreu o resto da noite.


Converteu o toureio numa técnica precisa e exacta, sóbria e eficaz, que preparava os touros para a morte, um estilo que ficou conhecido como escola de Ronda. São dele as seguintes palavras, ditas na escola de Sevilha: "... quem quiser ser um verdadeiro lidador, tem que usar pouco movimento da cintura para baixo... O toureio não é feito com as pernas, mas com as mãos."
A chegada a Ronda é inesquecível. A rede de estradas montanhosas que ligam à cidade possuem um enorme valor paisagístico, uma vez que atravessam os numerosos passos de montanha da Cordilheira de Ronda, que oferecem aos viajantes vistas muito apreciadas por quem visita a região.
Diz a lenda que os corvos que habitam o precipício, são as almas de todos os que morreram naquele lugar. No século XVII, também eram ali atirados para baixo, os cavalos feridos nas touradas, uma barbaridade de arrepiar. E, até mesmo o arquitecto que a construiu, morreu nela, quando tentava apanhar seu chapéu, sendo arremessado para baixo por uma violenta rajada de vento. Hoje, felizmente, há grades nas partes mais baixas da ponte.
A Praça de Touros de Ronda é a praça rainha das touradas, na Andaluzia e foi inaugurada em 1785. 
Ardales está situada numa área que faz fronteira com as montanhas da Serrania de Ronda, os campos de Antequera e Vale do Guadalhorce, e é muito rica em arquitectura de herança mourisca, vestígios arqueológicos e recursos naturais.
A aldeia de Ardales desenvolveu-se então à volta de um cerro escarpado, onde se encontram até hoje as ruínas da antiga fortaleza árabe, mas o seu mais notável monumento é a Igreja de Ntra. Sra. de los Remedios, de finais do séc. XVI, que se destaca ao longe, no meio do casario branco.
Os romanos instalaram-se aqui mais tarde, fortificando o lugar com um castelo na zona conhecida como Peña de Ardales, que mais tarde foi conquistado pelos mouros e pelo seu líder Alhur al Tagafi, em 716, que nomeou a povoação de “Ard-Allah”, que significa "o jardim ou terra de Deus".


No caminho entre estas povoações, a paisagem muda de maneira dramática o tempo todo. Colinas verdejantes dão lugar a montanhas com aparência de paisagem lunar, para serem rapidamente substituídas por prados com massas de cássias amarelas ou quilómetros e quilómetros de olivais. Uma hora são bosques de carvalhos e figueiras, meia hora depois, vastas áreas agrícolas.
Por causa da constante ameaça de ataque, uma vez que já se tinha iniciado a Reconquista, foram obrigados a escolher os locais mais elevadas e fáceis de defender e para isso estas aldeias cresceram no cimo de colinas, ou até mesmo no cimo de penhascos escarpados à volta de castelos.
El Chorro é uma das mais famosas áreas de escalada da Europa. Com mais de 650 rotas de escalada, centradas numa área acessível a pé. Para lá chegarem, à maioria destes penhascos escarpados, os escaladores têm que fazer o seu caminho através dos túneis ferroviários e carreiros perigosos.
Ao contrário de tantos outros lugares, El Chorro está como que parado no tempo, percebendo-se que pouco tem mudado, o que mantém este lugar vivo e vibrante, atraindo um fluxo constante de pessoas de todo o mundo, que para ali trazem perspectivas únicas, atraídas pela beleza ou a paixão pela escalada.
A chegada à pequena e silenciosa povoação de El Chorro, já noite cerrada, fez com que o lugar para a pernoita fosse encontrado com rapidez, num escaparate de estrada, com a albufeira da Barragem del Chorro aos nossos pés.
Na verdade, os três lagos artificiais criados por esta barragem construída a 200 m de altura, no rio Guadalhorce, rodeados por pinhais, fazem a moldura ideal para a conhecida Garganta del Chorro.
O caminho actualmente está altamente deteriorado, pois ficou muitos anos sem manutenção e em estado perigoso. Depois que quatro pessoas morreram no ano 2000, o governo local fechou as entradas.
O Camino del Rey pode ser encontrado desde o povoado de El Chorro, é uma trilha que fica numa estreita e perigosa passagem, ligando as montanhas de Chorro e Gaitanejo, e para o fazer deve tomar-se a estrada à esquerda antes da estação ferroviária, continuando após o parque de campismo, a caminho do desfiladeiro.
É um local tranquilo, onde as águias voam continuamente em círculo, em torno dos enormes penhascos.