Quando acordámos e depois de tomarmos o pequeno-almoço num bar que ficava ali mesmo na esquina, onde conhecemos a Maria, uma cadelinha rafeira e sem dono, que era conhecida por todos e que todos acarinhavam, partimos à descoberta da povoação.
Depois do almoço no Restaurante Migas, fomos pelas 15h00, para a Coudelaria Real de Alter, para ali fazermos uma visita guiada.
Alter do Chão é uma pequena vila de origem romana situada no coração do Alto Alentejo, a 13 quilómetros do Crato. Conhecida na época romana como “Elteri”, foi fundada em 204 d.C., sendo mais tarde arrasada pelo Imperador Adriano, após a população o ter acusado de deslealdade.
Como testemunho desta era, ergue-se ainda hoje a ponte de Vila Formosa, uma construção robusta situada a 12 quilómetros a Oeste, classificada como Monumento Nacional e que atravessa o rio Seda.
Há ainda muitos vestígios romanos em redor da vila, mas esta é a dominada pelo Castelo, de cinco torres e portal gótico, construído em 1359 pelo rei D. Pedro I, o eterno amante de D. Inês de Castro. O castelo de cinco torres e portal gótico, está fortificado com ameias, torreões cúbicos e uma torre de menagem de 44 m de altura.
Em plena Idade Média, no século XVI, a vila ganhou prosperidade devido aos têxteis e grande parte dos belos edifícios de Alter do Chão é desta época, (como o elegante Palácio do Álamo, que agora aloja o Posto de Turismo, uma galeria de arte e uma biblioteca), onde se observam trabalhos em mármore da época renascentista.
As suas ruas reflectem a vida calma de uma população quase inteiramente consagrada à agricultura. Mas Alter do Chão é sobretudo conhecida pela sua coudelaria, fundada em 1748 para produzir cavalos de raça lusitana para a Picaria Real e que nós pertendiamos visitar no dia seguinte.
Fonte: http://viajar.clix.pt
Situada no coração da Região Demarcada de Óbidos, na região Oeste do País, e com uma história que remonta ao séc. XV, ligada à produção de vinho e de espumante, a Quinta dos Loridos é um lugar único, onde a tranquilidade e o contacto directo com a natureza assumem um papel especial.
Para além dos vinhedos, o espaço circundante complementa o cenário, com pomares e o Jardim Buddha Éden, uma mistura de jardim oriental e jardim paisagista, com jardins em socalcos, um grande lago e mata com espécies indígenas, situada na freguesia do Carvalhal, concelho do Bombarral.
O jardim foi idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo, em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, naquele que foi um dos maiores actos de barbárie cultural, apagando da memória obras-primas do período tardio da Arte de Gandhara.
No lago central é possível observar os peixes koi e os dragões esculpidos que se erguem da água. A escadaria central é o ponto focal do jardim, onde os budas dourados nos dão calmamente as boas-vindas.
É das suas vinhas que se colhem as uvas para a produção dos espumantes de grande qualidade – os espumantes de marca Loridos. O seu espumante é produzido na adega centenária do Solar, que ainda conserva uma prensa de vara do séc. XVII, segundo o Método Clássico (“Méthode Champenoise”), onde todo o processo é realizado manualmente, tendo um período de estágio numa cave de envelhecimento, em que o espumante nos convida a conhecer os seus segredos.

Também queríamos fazer um pouco de Enoturísmo, um tipo de turismo que se baseia numa viagem de lazer em que a actividade turística é motivada pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos e nas tradições e cultura dos locais ou das localidades que os produzem e onde quem o pratica tem que contribuir para a economia do local.

O aglomerado populacional medieval original, encontrava-se no mesmo lugar que o de hoje, tendo pertencido aos mouros durante muito tempo. A conquista da cidade foi fundamental para a coroa de Castela, no seu progresso em direcção a Granada, que foi conseguida depois de várias tentativas, por D. João II de Castela, a 21 de Setembro 1484.

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O resto da cidade é constituído por edifícios modernos e praças projectadas durante o séc. XX. A partir da Plaza de España, caminhando para Norte, encontramos a Iglesia do Convento de la Merced, que conserva além da Igreja, uma parte significativa da primitiva edificação,, fechada em 1585. Possui três naves, sendo a central coberta por uma abobada.
A visita à cidade começou pelo clássico e velho Pueblo Blanco mourisco, no lado Sul da Puente Nuevo, com ruas empedradas, grades nas janelas e paredes caiadas, onde se encontram a maioria dos principais pontos históricos da cidade.
Ali se encontra também o Miradouro d’el Campillo, de onde se pode vislumbrar o esplêndido panorâma, não só de Ronda, mas do vale que a seus pés se estende. É deste miradouro, que se pode descer pelo desfiladeiro abaixo, por caminhos empedrados, estreitos e sinuosos, que perigosamente espreitam o desfiladeiro até lá abaixo ao vale, onde corre o rio Guadalevin.
Passando o velho arco da Calle San Juan Bosco encontramos a Igreja Santa Maria la Mayor, com um campanário que é o que resta de uma mesquita do séc. XIII, da qual também restou um nicho de orações.
Em seguida descemos pela Calle Marqués de Salvatierra, onde logo no início encontramos do lado esquerdo, a torre do Minarete San Sebastian, que é o que resta de uma antiga mesquita do séc. XIV. Mais abaixo encontramos o Palácio del Marqués de Salvatierra, com uma fachada embelezada com bizarras estatuetas incas e imagens com cenas bíblicas.
Subindo pela íngreme Calle Santo Domingo, chegamos ao Convento do mesmo nome, que outrora foi a sede local da Inquisição e que fica à beira do desfiladeiro, de onde podemos desfrutar de uma magnifica vista sobre o precipício e o vale a montante do desfiladeiro.
O Parador de Ronda fica situado do lado Norte da famosa Ponte Nueva, dominando a Plaza de España. A sua localização é soberba, com vista sobre o desfiladeiro de Ronda.
O restaurante apresentou para essa noite cozinha local, confeccionada com produtos frescos das montanhas. As especialidades incluíram carnes, peixes, doces e queijos locais. Após o lento e enfartante jantar, passámos ao salão de baile, onde decorreu o resto da noite.


Converteu o toureio numa técnica precisa e exacta, sóbria e eficaz, que preparava os touros para a morte, um estilo que ficou conhecido como escola de Ronda. São dele as seguintes palavras, ditas na escola de Sevilha: "... quem quiser ser um verdadeiro lidador, tem que usar pouco movimento da cintura para baixo... O toureio não é feito com as pernas, mas com as mãos."