
Rodeado por avenidas, ele é considerado um dos principais símbolos da cidade e recebe, anualmente, mais de 3 milhões de visitantes, que circulam dentro dele para sentir um pouco o clima do mais grandioso Anfiteatro da Antiguidade.
Ao entrar no Coliseu, não é necessário ter muita imaginação, para se sentir toda a energia e vibração de épocas distantes, em que ele era visto como principal ponto de diversão de toda a Roma. Embora esteja em ruínas devido ao desgaste do tempo, terramotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitectura.

Outrora o Coliseu era todo construído em mármore, ladrilhos e pedra calcária. A fachada tem arcadas decoradas com colunas dóricas jónicas e coríntias, de acordo com o pavimento, criando assim uma grande diversidade do espaço.
Os assentos eram em mármore e a arquibancada dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; a maeniana, era o sector destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e para as mulheres. A tribuna imperial ou pulvinar encontrava-se situada no podium e era balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados.

Depois da visita ao Coliseu, caminhámos para o Arco de Constantino, à direita e bem perto do Coliseu, edificado em 315 d.C., um pouco antes do Imperador Constantino abandonar a cidade e partir para Bizâncio. Apesar de ser muito discreto em comparação às outras majestosas obras romanas, o Arco faz parte do simbolismo da maravilhosa cidade de Roma. É um grande e imponente monumento onde também nos sentimos pequeninos. Foi erguido para comemorar a vitória de Constantino numa batalha e representa a grandiosidade e o poder conquistador do seu povo. É de facto muito bonito e está em muito bom estado.
Do lado direito do Arco de Constantino, pode ver-se um torço da Via Sacra, ainda muito bem conservado. A Via Sacra era a principal da estrada da Roma Antiga. Conduzia desde cima do Monte Capitolino, passando por alguns lugares religiosos mais importantes do Fórum, onde a via era mais ampla, até chegar ao Coliseu.

Este caminho estava continuamente cheio de solenes festivais religiosos ou com generais vitoriosos celebrando seus triunfos. A multidão diariamente também ali se reunia nas basílicas para conversar, jogar dados, fechar negócios ou assegurar a justiça entre os cidadãos.
Caminhando a pé em direcção do Monte Palatino, chegamos às ruínas do Palácio de Flaviano e dali temos uma vista para o “Circus Maximus”. Restam apenas vestígios do que foi o grande estádio de corridas de Roma. O Circo Massimo era a maior e mais antiga arena de Roma, e sediou corridas durante o século 4 a.C.; foi reconstruído por Júlio César para receber cerca de 300 mil pessoas. Participavam das corridas 12 carruagens puxadas por 4 cavalos cada; o primeiro cocheiro que completasse as sete traiçoeiras voltas ao redor da spina (no centro da pista) ganhava uma generosa quantia de dinheiro e o respeito da população. O circo também foi usado como cenário de representações de batalhas marinhas (a arena era inundada com milhões de litros de água), das populares lutas com animais selvagens e, às vezes, de execuções em larga escala.

Estávamos em cima do Monte Palatino e a sensação era indescritível. O seu nome deriva da palavra “Pale”, o Deus dos pastores. Segundo a lenda, a fundação de Roma foi feita sobre o Monte Palatino, onde teria sido edificada a cidade quadrada de Rómulo. O sítio, já habitado na Idade do Ferro (como provam vestígios arqueológicos), acolhe também as ruínas mais antigas de Roma, com restos de muralha(séc. VI e IV a.C.),e uma cisterna.
Seguindo um caminho natural o passeio pelo parque do Palatino é dos mais agradáveis desta zona. Este era o endereço mais desejado de Roma no séc. 1 a.C. e nela viviam poetas, escritores, além da nobreza. O Monte Palatino é uma das sete colinas de Roma. Tem 70 m de altura e nas suas encostas foram construídos, de um lado, o Fórum Romano, e do outro o Circo Massimo. O local é hoje um grande Museu ao ar livre, onde se encontravam outrora, agora em ruínas, os palácios de César Augusto, Tibério e Domiciano.

Passamos pela Horti Farnesiani, originalmente o Domus Tiberiana, à direita. Este talvez seja o lugar mais agradável, tranquilo e gostoso de Roma. Entre parques, jardins de oliveiras e laranjeiras, árvores e bastante verde, sobre a colina, passeia-se calmamente respirando-se história por todos os poros. Este jardim criado no séc. XVI, tornando-se um dos mais antigos jardins botânicos da Europa, mas o que se hoje se vê, é apenas uma "recriação interpretativa" do início do séc. XX.
No século III a.C. foram também ali construídos os templos de Júpiter, de Vitória e da Magna Mater (Deusa-mãe, a Grande Mãe), enquanto no último período Republicano foram construídas muitas habitações patrícias. Por entre as ruínas da Casa de Augusto, do Criptopórtico, um túnel semi-subterrâneo construído por Nero tanto para o lazer quanto para rota de fuga, o Domus Aurea, da Casa de Livia, do Domus Flavia, do Palácio de Sétimo Severo, do Domus Augustana, das Cabanas de Rômulo, do Templo de Cibele, até à entrada do Forum Romano.
Fonte: http://interata.squarespace.com / wikipédia.org
Logo no início da Via dei Fori Imperiali, observa-se do lado direito a Coluna de Trajano, com cerca de 37 metros de altura, em mármore branco (construída em 112-114) e as ruínas do Fórum de Trajano. O Fórum Trajano é o último dos fóruns imperiais da Roma Antiga, construído a mando do Imperador Trajano, com os despojos de guerra da conquista da Dácia, em 106, uma grande região da Europa Central, que corresponde à Roménia e à Moldávia actuais.
À direita do Coliseu, podemos ver também o Arco de Constantino e o início do Monte Palatino.
Ali perto encontram-se alguns dos edifícios históricos da época romana imperial, como os restos do Fórum de Trajano, contendo templos e artefactos com quase três mil anos de idade. O antigo Fórum Romano é um dos sítios arqueológicos mais notáveis e importantes do mundo.
A Torre del Milizie (Torre da milícia), que desde 1927 está anexada ao antigo mercado romano, Mercati Foro di Traiano (Mercado de Trajano). Esta torre é a mais antiga de Roma, entre aquelas que sobreviveram, e durante séculos a lenda dizia que essa estrutura de tijolo maciço foi o local de onde Nero testemunhou o célebre incêndio de Roma.
Do mesmo lado e em frente dos poucos restos da Muralha Serviana, fica a fachada da igreja dedicada a Santa Caterina de Siena, construída nas primeiras décadas de 1600. Fecha a esquina com a Via Nazionale, a Villa Aldobrandini, uma das casas principescas ligadas ao Palazzo del Quirinal. Os seus jardins foram destruídos e desapropriados para se construir a estrada.

Apanhámos o comboio, mais uma vez até à Stazione Centrale Roma Termini. Depois caminhámos até à Piazza della Repubblica, onde iriamos apanhar novamente o autocarro turístico para continuarmos a visita à cidade.
A bela fonte no meio da praça, a Fontana delle Naiadi, foi originalmente o chafariz da Pia Acqua (ligado ao Aqueduto Aqua Marcia), encomendado por Pio IX em 1870. Concluída em 1888, originalmente apresentava quatro leões que foram substituídos em 1901, por esculturas de Náiades por Mario Rutelli de Palermo, o bisavô do político e ex-prefeito da cidade, Francesco Rutelli.
Os pórticos em redor da praça, foram construídos em 1887-98 por Gaetano Koch, em memória dos edifícios antigos que existiram no mesmo local.

Em frente da Coluna de Marco Aurélio, a Norte da praça, encontra-se a entrada do Palazzo Chigi, que outrora foi a Embaixada do Império Austro-Húngaro e que agora abriga o Conselho de Ministros. À esquerda encontra-se o Palazzo Wedekind, o berço histórico do jornal “Il Tempo”, que possui um pórtico de colunas jónicas originárias da antiga cidade de Veii (hoje em ruínas), localizada a cerca de 20 km a Noroeste de Roma e um antigo centro de manufactura de esculturas em terracota.
De seguida virámos para a Via del Tritone, uma rua que tem a uma curta distância a famosa Fontana di Trevi, bem como a Via Veneto e da Escadaria da Piazza di Spagna (Praça de Espanha). É um dos pontos de paragem mais usados pelos turistas que tal como nós usa os autocarros turísticos para conhecer a cidade. Naquele dia era nossa intenção parar na Via Veneto, a rua mais famosa de Roma, para jantarmos no Hard Rock Café.
Foi criada no século XVI, mas muitos dos edifícios circundantes foram construídos posteriormente. No centro da praça está a famosa Fontana del Tritone, uma das primeiras fontes de Gian Lorenzo Bernini, esculpida em 1643 por encomenda do papa Urbano VIII. Na fonte Tritão, filho de Neptuno, toma água de uma concha, sendo sustentado por quatro peixes. Até ao século XVIII, cadáveres humanos desconhecidos eram nela colocados para serem mostrados ao público para identificação. 
Nela há uma série de monumentos importantes: o Mausoléu do Imperador Augusto, o Ara Pacis e as igrejas de San Rocco, San Girolamo degli Illirici e Santa Maria Portae Paradisi. É uma das três ruas, que com a Via del Corso e a Via del Babuino, formam um Tridente, um modelo de planeamento de cidade concebida no século XVI.
A paragem de autocarro ficava ali mesmo, no início da Via Della Conciliazione, uma moderna avenida em frente da Piazza San Pietro. O percurso foi iniciado percorrendo a Via Dei Corridori, paralela à Via Della Conciliazione, até ao Borgo S. Angelo, já na fronteira da Cidade do Vaticano.
Do lado direito vemos o Castel de Sant’Angelo, o antigo Mausoléu de Adriano, um imponente edifício cilíndrico. Foi inicialmente encomendado pelo imperador romano Adriano como mausoléu para si próprio e sua família. O prédio foi usado mais tarde pelos papas como um castelo-fortaleza e é agora um museu.
A praça é decorada com flores e palmeiras e tornou-se mais popular nos últimos anos, como o lugar onde se realiza a feira anual do livro, transferida do Castel Sant'Angelo. O monumento no centro, dedicado ao famoso estadista Camillo Benso, o conde Cavour, foi inaugurado em 1895.
