Moral Verosímil como Meio de Criação Humana - Parte I

Martin Heidegger, em A Origem da Obra de Arte, diz-nos ser necessário que se recorra ao artista para conhecer a origem da obra de arte, porém só sabemos algo sobre o artista, se inquirimos a obra que, por sua vez, só é uma obra porque resultou do trabalho do artista. Desta feita, somos obrigados a penetrar num círculo que, conforme Heidegger, é uma forma que deve percorrer quem se ocupa do pensar.

Inseridos no círculo, o caminho devemos percorrer. Chegamos, então à conclusão de que uma obra de arte é aquela que é gerada no auge do conflito entre a Terra e o Mundo.

A primeira, reconhecida como a doadora, aquela que se retrai e se oculta no seu silêncio. O Mundo, resultado da construção humana, é aquele que reclama da Terra o proferir de qualquer coisa que o conduza à compreensão daqueles que lhe deram vida e que, por sua vez, ele e a terra são seus geradores. É nesta interdependência que se explica a relação entre Obra de Arte e Artista, sendo simultaneamente a partir desta premissa que se chegará à compreensão do Mundo e da Natureza (Terra). Verificamos assim que a expansão de um “ser”, de um “existir”, tem sempre retorno ao seu “ventre”.

Da Terra surge, se expande, mas mesmo através da ambiguidade do pensamento humano, ela retorna à sua origem. E assim se revela a verdade, na íntima relação com o Homem, com Mundo que resulta dele, e da sua Mãe Terra. Revela-se a verdade no mutismo de uma obra de arte, que parte do Homem, e simultaneamente, da Terra, sua origem.

Por fim espera-se que a obra de arte seja contemplada, para que, enfim, se revele esta verdade.

Penetrando, na problemática do Mundo, isto é, da Criação Humana, confrontamo-nos com a incoação na Natureza Humana.

De acordo com o conceito aceite pela ciência moderna, natureza humana é a parte do comportamento humano que se acredita que seja normal e/ou invariável através longos períodos de tempo em contextos culturais dos mais variados. Esse entendimento entretanto é equivocado, dado que a ciência não crê em natureza humana, pois essa tem um carácter metafísico.

Existindo várias perspectivas em relação à natureza e essência fundamentais dos seres humanos, foco-me no livre arbítrio e determinismo, tomando em conta, estas premissas, de grande parte do debate sobre a natureza humana.

Sendo um acto quase que Predestinado, a Criação Humana vive de um conflito inerente à sua própria natureza, a ignorância, sofrimento, o domínio da morte, inclinada ao pecado, e a procura simultânea de respostas, ou antes uma ambição inabalável, que garante a evolução da espécie. Não tomando partido do Criacionismo, creio que coexiste na natureza humana, determinismo e livre arbítrio, tal como defendem os compatibilistas contemporâneos.

Tal como todos os fenómenos físicos, os seres humanos, são objecto de causa e efeito.

As nossas acções resultam do meio social e factores biológicos ou teológicos, mas também da livre e espontânea vontade de lhes ceder, e, a meu ver, assim se concretiza a base para a criação humana, através de uma identidade completamente introvertida, ou integrada no seu meio, que procura respostas para de si para si mesmo, ou de/para o seu ambiente.
( Continua )

Estética e Criticismo

Lia Cardoso

Um passeio por Siena - Via Banchi di Sopra - Parte VII

Saindo da Piazza Timotei, caminhámos até encontrarmos uns metros mais à frente, do lado direito da Via Banchi di Sopra e situada num quadrado pequeno e agradável, a Piazza Salimbeni, onde está situado o Palazzo Salimbeni, um edifício notável construído em estilo gótico do século XIV. O palácio é a antiga sede do Banco Monte dei Paschi di Siena, fundado em 1472, um dos bancos mais antigos e importantes na economia da antiga cidade de Siena.

O Palazzo Salimbeni está situado no centro histórico de Siena e ali na mesma praça, também ficam situados alguns dos mais importantes palácios da cidade. À esquerda e direita do Palazzo Salimbeni, encontram-se respectivamente, o Palazzo Tantucci, originalmente projectado em meados de 1500 por Riccio, e o Palazzo Spannocchi originalmente de 1470, que foi desenhado por Giuliano da Majano. Todos os três edifícios foram remodelados e restaurados no séc. XIX, por José Partini.

No centro desta praça está a estátua de Sallustio Bandini (1677 – 1760, foi um religioso, político e economista italiano natural de Siena), por Tito Sarrocchi de 1882.

Nesta praça encontrámos um pintor de rua, que com giz de cores pintava primorosamente no chão em pedra, uma enorme ampliação feita a partir de uma pequena foto ou desenho, que representava uma cena do juízo final.

Seguimos para a esquerda, pela Via della Sapienza, que deve seu nome ao “Senese Studium”, a mais antiga Universidade de Siena, fundada em 1392. O local onde se encontra esta antiga Universidade abriga agora a Biblioteca Comunale Intronati, utilizada desde 1810 como biblioteca pública, com um acervo único de incunábulos do séc. XVI e ambientes de grande encanto, como o beco medieval coberto na parte traseira e no hall.

Enquanto se caminhava pela Via della Sapienza, as altas fachadas das casas antigas iam-se fechando à nossa volta e logo ficámos aprisionados num labirinto de séculos atrás, que seguia a lógica do estilo de vida do passado. No centro da estreita via, ainda se observa o lugar por onde corriam as águas de esgoto, que na Idade Média era a céu aberto e que terão sido uma das causas da terrível Peste Negra, que assulou a cidade, em 1348.

Mais à frente seguimos para a esquerda até à Costa Santo Antonio, onde se encontra do lado direito e no início da Via della Galiuzza, o Santuário/Casa di Santa Caterina. A zona da Costa Santo Antonio é uma zona sombria e cheia de desníveis. A rua estreita e curta faz-nos chegar perto da Casa e Santuário de Santa Catarina, um pequeno complexo de capelas construídas no local onde Santa Catarina de Siena, a santa padroeira da cidade, nasceu.

Porque se adivinhava o pôr-do-sol, encaminhamo-nos para a zona da escada rolante pela Via di Fontebranda, a fim de descermos novamente até ao sopé de uma das colinas que suportam a cidade.

Dali tomámos o caminho de volta à autocaravana, caminhando a pé até ao Parque Fagiolone onde tínhamos estacionada a autocaravana, para ainda naquele dia viajarmos até Orvieto, onde iriamos pernoitar.

Fonte: http://www.contradadellacivetta.it / http://www.initalytoday.com / Mapa de Siena

O Carácter


O carácter não pode ser desenvolvido na calma e tranquilidade. Somente através da experiência de tentativas e sofrimentos, a alma consegue ser fortalecida, a visão clareada, a ambição inspirada e o sucesso alcançado.

Helen Keller

O Mundo


O problema com o mundo é que os estúpidos são excessivamente confiantes, e os inteligentes são cheios de dúvidas.

Bertrand Russell

Um passeio por Siena - Via Banchi di Sopra - Parte VI

Já com o intuito do regresso à autocaravana, pois já se adivinhava o final do dia, enveredámos pela Via Banchi di Sopra, para iniciarmos o caminho de volta.

A Via Banchi di Sopra, é a rua comercial mais sofisticada da cidade. Ao longo desta rua cheia de gente, encontramos muito comércio de todo o tipo e a meio caminho, do lado esquerdo aparece-nos uma construção muito bonita e peculiar, a Loggia dei Mercanti.

A Loggia dei Mercanti era a sede do Tribunal de Comércio, que foi um dos primeiros espaços formais para a bolsa de valores. Embora aparentemente sem o vasto espaço para troca de acções como os de hoje, ela está localizada numa espécie de varanda, compensada pelo seu belo design em arcos, com esculturas em nichos nas colunas e frescos no tecto muito interessantes.

Desenhada por Paulo Sano di Matteo e executada por Pietro del Minella, no início do século XV em estilo gótico-renascentista, tem bonitos elementos arquitectónicos.

A Loggia dei Mercanti, possui três arcos sobre pilares altos como nichos com estátuas em mármore representando em geral, filósofos da antiguidade. A decoração é um trabalho de Vecchietta Antonio Federighi e da Urbano Cortona. Internamente, os lados mais curtos do pórtico são fechadas por dois bancos de mármore, os tectos têm frescos e elegantes decorações de estuque.

Continuámos o caminho até desembocarmos numa pequena praça do lado direito, a Piazza Tolomei, onde se encontra o Palazzo Tolomei e a Chiesa di San Cristoforo.


O Palazzo Timotei, tem o nome da família nobre que o habitou e é um edifício de pedra cinza, com arcos elegantes nas janelas de traça medieval, com vista para a praça e para a Igreja de São Cristóvão (Chiesa di San Cristoforo).

Ergue-se isolado, severo e gracioso, possuindo surpreendentemente intactas as linhas do século XIII, amenizadas pela arquitectura renascentista superior. Segundo a repórter Andrea Dei, foi construído por volta de 1208, por Ptolomeu e Rinaldo James Ptolomeus.

Os Ptolomeus foram uma das mais poderosas e mais antigas famílias de Siena. Segundo os escritos da época, era uma família descendente dos reis da dinastia dos Ptolomeus do Egipto, (Ptolomeu I, pai da rainha Cleopatra do Egipto, era um dos generais de Carlos Magno, que após a sua morte dividiram as suas possessões entre eles, ficando Ptolomeu com o Egipto), que terão vindo para a Itália, na esteira de Carlos Magno.

Radicados no território de Siena, logo acumularam enorme fortuna e estavam entre as primeiras famílias de banqueiros da cidade e possuiam muitas casas e torres na cidade. Os ptolomeus também tinham o patrocínio de várias igrejas, incluindo a Igreja de São Cristóvão, que até ao ano de 1274, abrigava a maioria das reuniões do Conselho da Cidade.

Em 1267, os proprietários do palácio foram forçados ao exílio e o edifício sofreu a ira dos gibelinos, mas foi completamente reconstruído no ano de 1270, com a utilização de materiais reciclados recolhidos dos escombros de casas demolidas.

Alguns anos mais tarde, em 1277, a residência dos Ptolomeus sofreu um incêndio devastador, mas, apesar disso, mesmo com o peso dos anos, a elegante mansão foi lindamente restaurada em 1971 e é hoje um dos mais belos e nobres edifícios de Siena.

Fonte: http://www.toscanapocket.com / http://viaggi.viamichelin.it

Um passeio por Siena - Parte V


Depois de estarmos uma boa parte da tarde na Piazza del Campo, sentados numa das esplanadas da praça, partimos à descoberta do resto da cidade.
A partir da Via San Giovanni Dupré fomos até à Via del Mercato, descendo sempre até à Piazza del Mercato, onde se encontra o principal mercado da cidade.

Depois de ter sido em terra batida e cheia de árvores, a praça do antigo mercado foi usada originalmente para o mercado de gado, conhecido como o “Foro Boario”. Actualmente é um mercado de produtos da região, com instalações para flores e vegetais e fornecedores de frangos e coelhos, para quem foi construído um telhado em 1886.

Este telhado é semelhante a uma tartaruga, o que explica o seu nome "Tartarugone", tartaruga em italiano. O mercado também atraiu ao longo do tempo vendedores ambulantes conhecidos como trecconi treccolonior, que vendiam fios, botões e bugigangas diversas para as senhoras, apresentando-se com uma caixa pendurada ao pescoço.

A Piazza del Mercato oferece uma bela vista do lado Sul da cidade e das ruas que descem a partir da parte traseira da Piazza del Campo e do Palazzo Pubblico ou Comunale.

Enveredámos em seguida pelas ruelas da cidade, a caminho da zona conhecida por Casato di Sotto, onde se encontram as ruas mais antigas da cidade. Ali as ruas são tão estreitas, íngremes e sinuosas, que acabámos por nos perder.

Esta é a zona mais antiga da cidade, que mantém uma aparência arquitectónica típica do século XIV. Estas são as ruas por onde passa a manifestação mais marcante da cidade, a histórica Parade Drappellone, um cortejo com o carro triunfal puxado por bois a caminho do Palio de Siena.
É também ali que encontramos o Palazzo Chigi, que hoje alberga a Accademia Chigiana, uma famosa escola de música italiana e um centro internacional de estudos musicais avançados.

A atmosfera desta antiga cidade medieval é sentida a todo o momento nas suas ruas tortuosas que sobem e descem em desníveis constantes entre si. Estas ruelas encontram-se cheias de atalhos, que nos oferecem cenários de absoluto fascínio, que se desenrolam entre as casas medievais e as pracinhas ou pátios, desta cidade maravilhosa.

A própria cultura da cidade, cria por si só uma atmosfera especial, onde é normal ouvir concertos de música clássica realizados nos pátios da cidade, pelos estudantes da Accademia Chigiana, uma instituição famosa de música em todo o mundo.

As casas da cidade que crescem em altura fazem com que as ruas, mesmo em dias de sol, sejam sombrias. Em quase todas as ruas as casas estão decoradas com bandeiras medievais, que presas às varandas e janelas ostentam os brasões da zona da cidade a que pertencem.
Em algumas pracinhas da cidade também podemos observar momentos de ensaio de práticas medievais que serão usadas nos dias festivos do Palio, com jovens rapazes vestidos com trajes medievais, que atiram bandeiras coloridas ao ar apanhando-as em seguida com agilidade e precisão.
Fonte: Wikipédia / http://www.initalytoday.com

Solidão


Quem não souber povoar a sua solidão, também não conseguirá isolar-se entre as gentes.

Charles Chaplin

Coragem


Saber o que é correcto e não o fazer, é falta de coragem.

Confúcio

Um passeio por Siena - Piazza del Campo - Parte III

Após a visita ao complexo do Duomo, caminhámos a partir da Piazza San Giovanni, pela Via dei Pellegrini em direcção à Piazza del Campo, o verdadeiro coração da cidade.
As ruas estreitas e empedradas, ladeadas por casas que crescem em altura de traça medieval, são belíssimas. Caminhar pelas ruas de Siena, é como passear pela história, onde a loba romana como símbolo, está omnipresente, em estátuas e em baixos-relevos nas soleiras de portas, ou em brasões que enfeitam as varandas, vigia segura que com olhar maternal, observa os turistas que vagueiam pela cidade.

Siena é provavelmente das mais belas cidades de Itália, que nos proporciona enquadramentos cénicos, dignos de muitas horas fotográficas. Totalmente cercada por muralhas, maravilhosamente preservada, Siena é um dos mais belos legados da história medieval.

Nesta cidade somos várias vezes invadidos por uma enorme sensação de pequenez, em especial quando entramos na Piazza del Campo, a mais bela praça central de Itália, onde se realiza o seu famoso Palio, uma corrida de cavalos que acontece duas vezes por ano, nos dias 2 de Julho e 16 de Agosto, desde o século XVII.

A Piazza del Campo é belíssima e conhecida mundialmente pela sua enorme beleza e integridade arquitectónica. Quando lá entramos sentimos que é um lugar único em todo o mundo, começando pela sua conformação tão peculiar, que transforma a praça num grande escudo côncavo, em forma de concha.

A praça ganhou forma no final do ano de 1200, num espaço que foi por muito tempo usado para feiras e mercados e que outrora estava situada numa encruzilhada de ruas importantes.

Quando foi construída, a população de Siena reunia-se ali para participar de vários eventos, como torneios e corridas de touros, e até aos nossos dias, a Piazza del Campo, já recebeu quase todos os eventos importantes na história da cidade, desde o tempo da República até ao período Médici, durante o qual Siena esteve sob o controle de Florença e de Cosimo I de Médici.

A pavimentação desta praça remonta ao ano 1300 e é feita de tijolos vermelhos dispostos em espinha de peixe e dividida em nove partes por tiras de travertino, em memória do Grupo ou Governo dos Nove, que governou a cidade de 1292-1355.

Na ponta noroeste da praça encontra-se a refrescante e bela Fonte Gaia. O mármore branco desta fonte destaca-se na pavimentação e é uma obra-prima de 1419, realizada por Jacopo della Quercia, mais tarde substituída por uma cópia.

Nesta praça destaca-se sem dúvida nenhuma o Palazzo Comunale, a Câmara Municipal, construído na parte mais baixa da praça, como a sua alta e elegante Torre del Mangia, que se destaca contra o céu e que atinge 102 metros, incluindo o pára-raios.

Na base do Palazzo Comunale encontramos a Capela da Virgem, ou Capela da Praça, construída pelo povo de Siena, após o fim da Peste Negra, em 1348.

Em torno da praça podemos observar as fachadas elegantes dos Signorili Palazzi, que a circundam e que são as casas senhoriais pertencentes às famílias mais ricas, como o Palazzo Sansedoni, o Piccolomini, e o Saracini.

Fonte: http://www.zerozero.pt / http://www.italyguides.it/us/siena_italy

Parecer/ser ou não ser


Parecer o que se é, é um crime; parecer o que não se é, um sucesso.

Madame de Girardin

A Mudança


Seja a mudança que você quer ver no mundo.

Dalai Lama

A Verdade


"De vez em quando os homens tropeçam na verdade, mas a maioria deles levanta-se rapidamente e continua o seu caminho como se nada tivesse acontecido."

Winston Churchill

Passeio por Siena - Museu Dell’Opera del Duomo e Baptistério - Parte II



Depois da visita ao Duomo, caminhámos a partir da Piazza del Duomo, para a praça ao lado da igreja, que ocupa o espaço que deveria ser da imensa nave lateral do novo projecto do Duomo.

Ali fica o Museu Dell’Opera del Duomo, que visitámos a seguir e que está localizado onde deveria estar implantada a nova nave do Duomo, que devido a problemas económicos e à Peste Negra, em meados do século XIV, nunca foi concluída. Dentro dele encontram-se todas as obras de arte outrora guardadas dentro e fora do Duomo.

Há entrada somos recebidos por inúmeras obras de arte, que se destacam numa bela sala que tem como fundo uma grande janela redonda em vitral, que deixa entrar uma luminosidade colorida que faz sobressair as belas estátuas expostas na sala, parecendo que todas elas nos reverenciam, pois têm a cabeça baixa como que em sinal de respeito por quem passa..

Este museu é usado para abrigar uma colecção de estátuas em mármore de antigos profetas e filósofos, esculpidas por Giovanni Pisano entre 1285 e 1297, e a famosa Virgem e o Menino, conhecida como a "Maestà", de Duccio Maesto (1308-1311), que é uma das realizações de arte suprema, bem como a "Madonna col Bambino" de Donatello.

O museu contém numerosas obras-primas de mestres artesãos de Siena, como Ambrogio Lorenzetti, Taddeo di Bartolo, Sano di Pietro, Giovanni di Matteo, e Domenico Beccafumi.

Muitas das esculturas que foram retirados das portas e nichos da fachada do Duomo, bem como do seu interior, foram substituídas por cópias ficando os originais a pertencer ao espólio do museu. Entre os anos de 1998 a 2000, o museu foi totalmente reorganizado e as obras de arte exibidas são muitas. É um museu que nunca tem muitos visitantes e que por isso se pode facilmente admirar todo o seu espólio, com calma.

Outras peças importantes da colecção são esculturas de madeira por Francesco di Valdambrino, Jacopo della Quercia e Francesco di Giorgio Martini, e uma extraordinária exibição de objectos litúrgicos de ouro e prata. Especialmente notável é o conjunto de vasos de altar feitos para a Capela Chigi situada na catedral, de prata em relevo, esmaltes, ouro e cristal de rocha.

A Câmara dos Paramentos dá acesso a uma escada dentro da parede que leva ao topo do que teria sido a fachada da Catedral Nova, familiarmente chamado de "Facciatone", que oferece uma magnífica vista da cidade e da paisagem circundante.

Depois da visita ao Museu Dell’Opera del Duomo, descemos a escadaria do lado direito para acedermos ao Baptistério, cuja entrada fica na Piazza San Giovanni, servido por uma larga escadaria, numa solução arquitectónica singular que aproveita o desnível do terreno, onde o Baptistério foi construído e terminado em 1325.

Consagrado a São João Baptista, o Baptistério foi construído por Camaino di Crescentino. Possui uma fachada principal mais simples do que o Duomo, mas o seu interior é digno de uma visita, uma vez que se encontra cheio de tectos abobadados e pintados com maravilhosos frescos, de Lorenzo di Pietro (Vecchietta), que são considerados os melhores do século XV, em Siena.

A sua maravilhosa fonte baptismal, apresenta figuras esculpidas por Donatello, Lorenzo Ghiberti e Jacopo della Quercia.

Fonte: Wikipédia / http://wazari.wordpress.com

Indiferença


"O oposto do amor não é o ódio, mas sim a indiferença".

Érico Veríssimo