Visita a Bologna - Parte VI





A caminhada continuou em direcção à zona universitária e mais à frente, pela direita aparecem duas praças, a primeira a Piazza Rossini, onde se encontra a Chiesa di San Giacomo Maggiore e a segunda uns 100 metros à frente, a Piazza Verdi, que tem o Teatro Comunale pela frente.
A Piazza Rossini, é uma praça que mantém a sua estrutura do século XV. No lado oeste está alinhada com o complexo majestoso que constituem os vários elementos do Convento e Igreja de San Giacomo Marggiori, que integram os restos das muralhas com ameias da antiga cidade medieval.

A Chiesa de San Giacomo Maggiore tem uma fachada românica-gótica que domina a Piazza Gioacchino Rossini, na frente do Palazzo Magnani e é um dos monumentos mais importantes da cidade de Bologna e abriga uma colecção notável de pinturas e artefactos. A fachada da igreja tem um portal românico decorado com leões esculpidos e coroado por um nicho com uma estátua de San Giacomo. Reza a história que Goethe ficou sem palavras, quando viu este magnífico lugar de culto. A Chiesa di San Giacomo Marggiori, foi construída por padres da Ordem dos Frades Eremitas de Santo Agostinho, em 1267. O maior destaque vai para a capela Bentivoglio com frescos de Lorenzo Costa e um retábulo de Francesco Raibolini, conhecido como Il Francia. No século XV, esta capela foi adicionada por Giovanni Bentivoglio e provavelmente desenhada por Lapo Portigiani.

O concerto em mi menor dos sinos da Igreja de San Giacomo é considerado um dosmais belos da cidade de Bologna, com harmónicos de afinação perfeita, que atravessam a zona universitária com o som de suave melancolia.

Do lado esquerdo desta igreja há um bonito pórtico em estilo renascentista, que corre até à Piazza Verdi do lado direito. Esta galeria porticada tem 36 colunas com capitéis coríntios e foi construída em 1477, a pedido de Giovanni Bentivoglio e possui no início da galeria antigos frescos já desbotados.

Já próximo do final deste belo pórtico da Chiesa di San Giacomo Maggiore da Via Zamboni entre a Piazza Rossini e a Piazza Verdi, encontramos a entrada para o Oratório de Santa Cecília. Este magnífico oratório de Santa Cecília é apelidado de "Capela Sistina" de Bologna, devido aos bonitos frescos nas suas paredes.A pequena Chiesa di Santa Cecília remonta ao século XIII e foi assumida pela Ordem Agostiniana em 1323. Em 1505, Giovanni II Bentivoglio, um homem rico de Bologna, instruiu todos os principais produtores de arte renascentista para ajudar na decoração deste pequeno santuário. Os dez frescos foram pintados pela escola de arte bolonhesa, entre os séculos XV e XVI, um o trabalho de artistas como Lorenzo Costa, Francia Francesco, Aspertini Amico e Tamaroccio Cesare.

Logo a seguir, do lado direito chegamos à Piazza Verdi, um lugar amplo, onde a música ecoava entre prédios porticados. Os cafés abertos em esplanada permitiam o descanso a jovens estudantes que gesticulavam conversando, enquanto a torre sineira esguia da Chiesa di Santa Cecilia, domina o lado direito da praça. À sua frente encontra-se o Teatro Comunale, um edifício neoclássico.O Teatro Comunale di Bologna é a casa de ópera de Bologna e é um dos locais mais importantes da ópera na Itália. Normalmente, ele apresenta cerca de oito óperas durante a sua temporada, que vai de Novembro a Abril.

Embora houvesse vários teatros de ópera em Bologna desde o início do século XVII, ou caíram em desuso ou sofreram incêndios. No início do século XVIII, o Teatro Malvezzi, construído em 1651, sofreu um incêndio em Fevereiro de 1745 o que levou à construção de um novo teatro público, o Teatro Nuovo Publicco, como o foi chamado pela primeira vez o Teatro Communale. Projectado pelo arquitecto Antonio Galli Bibiena, o teatro foi inaugurado em 14 de Maio de 1763. Fonte: Fonte: http://www.travelchannel.com / http://www.ricettebolognagrasse.it/storia / Wikipédia.org

Visita a Bologna - Parte V







A caminhada continuou pelo coração do centro histórico de Bologna e já bem perto das duas torres gigantes, do lado direito observa-se a Chiesa dei SS. Bartolomeo e Gaetano. A tradição diz que esta igreja dedicada a São Bartolomeu, já existia ali no séc. V, erguida por San Petronio sobre os alicerces de uma primitiva igreja cristã. No lugar onde hoje se ergue a basílica, uma outra igreja existia em tamanho bastante modesto, com a frente virada para a Piazza di Porta Ravegnana, que é o ponto de confluência de 7 ruas e uma das mais importantes da cidade.


Depois a chegada junto às duas torres, que impressionam, quer pelo tamanho, quer pela sensação de pequenez forçada que qualquer um tem sob a sua esmagadora presença!... As duas torres inclinadas de Bologna, são as últimas que restam de um grande conjunto de torres que existiam na cidade e que anteciparam sem dúvida os arranha-céus de Manhattan e que realizam hoje uma das mais poderosas formas do imaginário medieval, a verticalidade, a ascensão aos céus e ao mesmo tempo o símbolo de poder.Por volta do ano 1000, havia em Bologna mais de 200 torres, que eram construídas por famílias aristocráticas medievais, para mostrar o seu poder e riqueza. Hoje, existem apenas estas duas torres da Piazza Ravegnana. A torre mais baixa e aparentemente inacabada, é a chamada Torre Garisenda e a mais alta, a Torre degli Asinelli, com 98 metros de altura.

Diz a lenda que um pobre homem se apaixonou por uma jovem nobre. Depois de ficar rico, pediu a mão da senhora em casamento, mas como condição imposta para se casar com ela, teria que construir a torre mais alta da cidade, que segundo a lenda, teria sido a Torre degli Asinelli. Na realidade os nomes das torres referem-se aos sobrenomes das famílias que as construíram. Para se observar a mais bonita vista da cidade de Bologna, basta subir à Torre degli Asinelli, embora com algum esforço, os seus 498 degraus, mas vale bem a pena.
Pela Via Zamboni caminha-se para a zona universitária, situada a Noroeste da zona histórica de Bologna. Na sua extensão estão grande parte dos edifícios da Università di Bologna. Logo no início do caminho a cidade escurece, devido ao calcetamento com paralelepípedos de escuro basalto e das fachadas de antigos prédios escurecidas pelo tempo, que dão um aspecto escuro e insalubre a esta zona da cidade.


Nos velhos e históricos edifícios com arcadas vamos observando lápides que os distinguem por terem pertencido em tempos recuados a alguns polos universitários, como é o caso da primeira sede da Academia de Literatura e História Polaca e Eslava.
No caminho e logo no início da Via Zamboni, encontramos no cruzamento com a Via Canonica, a Chiesa di San Donato, uma antiga igreja construida em 1454 e alterada em 1751, quando foi pintada toda a sua fachada com frescos, hoje já bastante desbotados.

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Visita a Bologna - Parte IV





Após a visita à Basílica di San Dominico e a observação detalhada aos túmulos da Piazza San Dominico, atalhámos por uma ruela estreita até à Via de Poeti, onde se encontra uma pequena praça para estacionamento automóvel, a Piazzeta Caldederini. Dali é um pulinho até à acolhedora, bonita e refrescante Piazza Minghetti. A Piazza Minghetti tomou este nome após Marco Minghetti, um ilustre político ter morrido em 1886. No meio da praça destaca-se uma estátua de Mingehtti, um trabalho de Giulio Monteverde, em 1896. Para a inauguração da mesma, no dia 28 de Junho desse mesmo ano, esteve presente o rei Umberto I e sua esposa a rainha Margherita. No passado a Piazza Mingehtti foi uma das principais paragens para os eléctricos antigos que corriam até San Ruffillo. O Palazzo delle Poste, situado logo atrás da praça, foi construído entre 1909-1911 pelo Emilio Saffi, um engenheiro civil de renome internacional.

Pela Via Luígi Carlo Farini, seguimos para a direita e antes de chegarmos à Via Santo Stefano, numa pequena e inclinada ruela empedrada destacava-se a Chiesa San Giovanni in Monte. Subimos a íngreme ruela e lá em cima do lado direito observa-se a recatada e silenciosa Piazzeta com o mesmo nome, que serve de estacionamento aos moradores dos prédios em volta. A Chiesa di San Giovanni in Monte foi reconstruída por volta de 1286. A lenda atribui a sua origem a San Petronio (séc. V), o santo padroeiro de Bolonha. No entanto, estudos recentes têm revelado que ela foi pela primeira vez construída em 1045. A fachada foi projectada em 1474, por Bernardi segundo os modelos venezianos do Renascimento.

O interior é em estilo gótico e está dividido em três naves, que são suportadas por pilares octogonais. As janelas, que foram construídas no final do séc. XV, segundo um projecto de Francesco del Cossa, são muito bonitas. No centro da nave central, existe uma coluna em mármore pardacento, encostada à qual está um precioso Cristo Crucificado em madeira, uma bela escultura atribuída a Afonso Lombardi. No cruzamento com a Via Santo Stefano, segue-se para a esquerda a caminho do coração da cidade velha. Observam-se ao longe as enormes Due Torri, como são denominadas as duas torres medievais inclinadas situadas na Piazza Ravegnana.

Pelo caminho cafés e restaurantes onde muita gente conversa e bebe para se refrescar e alguns dos edifícios que datam do séc. VIII. Como de costume, alguns destes edifícios encontram-se sob pórticos. Na verdade, os pórticos são o traço que mais distingue Bologna, que no seu conjunto formam as galerias de pórticos mais longas do mundo, medindo mais de 40 km! Numa esquina, entre a Via Santo Stefano e a Via Castiglione, observa-se a Loggia dei Mercanti, um belo edifício de cor rosa ocre, que é um dos edifícios mais antigos em Bologna. Era o Tribunal onde se julgavam todos os problemas entre vendedores e compradores, uma casa digna da importância da Associação de Comerciantes, Artes e Ofícios. Hoje, o edifício é a sede da Câmara de Comércio de Bologna.

Fonte: Fonte: Fonte: http://www.travelchannel.com / http://www.ricettebolognagrasse.it/storia.

Visita a Bologna - Parte III








Bem perto da Piazza Cavour e seguindo pela Via Garibaldi, chega-se à Piazza San Domenico toda em seixos rolados de rio e alguns paralelepípedos, dominada por duas altas colunas, em cima das quais estão as imagens de San Dominico e Nossa Senhora do Rosário. Nela se destaca a Chiesa di San Domenico, onde nasceu a Ordem Dominicana. A igreja e o convento ao lado são dois dos mais importantes monumentos da cidade de Bologna.


A Piazza San Dominico era utilizada para conter as multidões que se reuniram para ouvir os sermões dos frades dominicanos, e era originalmente separada da rua por um muro. Na parte posterior da praça está presente uma coluna em pedra e bronze, obra de Guido Reni, que comemora o fim da epidemia de peste negra que por vários anos afligiu a cidade.

Muito características são as tumbas de Rolandino dei Passeggeri (1305 - um advogado italiano mestre na arte notarial da Universidade de Bolonha e um dos mais famosos juristas medievais, que se tornou o chefe principal de Bolonha, em torno de 1300. Até à sua morte, ele conduziu um regime de tirania e violência idêntico à maioria das ditaduras modernas) e de Egidio Foscherari (1289 - jurista bolonhês do final do séc. XIII). Uma terceira tumba, da Família Muzzarelli, similar às outras duas ficou ao lado da tumba de Rolandino. A Basílica de San Domenico além de ser uma das igrejas mais importantes de Bologna é a sede da Ordem Dominicana. Dentro da igreja existe a chamada Arca de São Domingos, onde estão os restos mortais de San Dominico (São Domingos), fundador da Ordem Religiosa dos Frades Pregadores ou Dominicanos, realizada por Nicola Pisano e com contribuições de Niccolò dell'Arca, Michelangelo, Alfonso Lombardi e Jean-Baptiste Boudard.

A igreja foi iniciada logo após a morte do santo em 1221 e concluída em 1240, sendo modificada e ampliada nos séculos seguintes. Possui uma fachada em forma de cabana, construída inteiramente em tijolo, como queria San Dominico, em estilo pobre próprio das ordens mendicantes. O pórtico foi realizado em estilo românico pelo arquitecto Raffaele Faccioli em 1910, para restaurar a aparência românica original. Se o exterior parece simples, o interior é o oposto, encontrando-se cheio de magníficas obras de arte, incluindo pinturas de Guercino, Cambiaso Luca, Lodovico Carracci e Pisano Giunta. O fresco localizado na luneta do pórtico, retrata “San Dominico abençoando a cidade de Bologna” e é uma reprodução de uma imagem em mosaico do século XVIII, de Luca Casalini-Torelli, na entrada do convento.


O local principal da igreja é sem dúvida a Capela de San Domenico, por conter a arca em mármore branco com os restos mortais do santo. Esta arca é considerada uma das mais importantes esculturas da arte italiana, esculpidas por artistas famosos como Nicolò Pisano e Michelangelo. O coro em madeira, também não deve passar despercebido, pois os seus contemporâneos chamavam-lhe a "oitava maravilha do mundo". San Dominico chegou a Bologna, em Janeiro de 1218, estabelecendo-se com seus monges na igreja do mosteiro, que na época estava fora das muralhas, dedicada a Santa Maria da Purificação, conhecida como a "Mascarella", situada agora na esquina da Via Irnerio com a Via Mascarella, e que foi reconstruída após um bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial.


Por ter necessidade de mais espaço, San Dominico estabeleceu-se em 1219, no Convento de San Nicolò delle Vigne, o mesmo lugar onde agora se ergue a Basílica Dominicana. Ali, entre 1220 e 1221, San Dominico escreveu os dois primeiros capítulos gerais, que visavam definir os elementos-chave da ordem. Também foi ali que em 6 Agosto de 1221, San Dominico morreu e foi enterrado atrás do altar de San Nicolau. Em 1233, enquanto a construção da basílica e o alargamento do convento estavam em andamento, os restos mortais de San Domenico foram colocados num caixão de madeira de cipreste, que por sua vez foi colocado dentro de um sarcófago de mármore simples e colocado atrás do altar de uma capela lateral do corredor, onde hoje está a Capela do séc. XVII, de San Dominico. No ano seguinte, a 13 de Julho de 1234, San Dominico foi canonizado pelo Papa Gregório IX. A fim de tornar visível o túmulo aos fiéis, cada vez mais numerosos desde a canonização do santo, em 1267, os seus restos mortais foram colocados num sarcófago mais rico e decorado por Nicola Pisano e seus alunos. Os anjos da base são um dos primeiros trabalhos de Michelangelo.


Fonte: Wikipédia.org / http://www.iguidez.com/Bologna

Visita a Bologna - Parte II




Até ao início do séc. XIX, Bologna permaneceu uma das cidades medievais mais bem preservadas da Europa e até hoje ela permanece única em seu valor histórico. O centro histórico é o segundo maior da Europa, e contém uma imensa riqueza com importantes edifícios da época medieval, renascentista e barroco, mostrando-nos as imensas particularidades artísticas das várias épocas.À frente da Basílica de San Petronio encontra-se o interessante Museo Morandi, alojado no Palazzo d'Accursio ou Palazzo Comunale (Câmara Municipal da cidade). Nele podem ser encontradas colecções de arte, contendo a maioria da produção de Bolognese (Giorgio Morandi - 1890-1964), que era natural de Bologna e professor de Desenho na Universidade de Bologna. A colecção em grande parte composta por obras doadas à Câmara Municipal pela família do artista é caracterizada por temas recorrentes, tais como garrafas, naturezas mortas, vasos e copos.


No lado oposto da praça, do lado esquerdo da Basílica de San Petronio encontra-se o Palazzo dell'Archiginnasio, construído em 1562 e originalmente utilizado como salas de aula da Universidade de Bologna, até que a universidade se mudou para o seu endereço actual, o nº 33 da Via Zamboni, em 1803.
Na sua frente a galeria porticada tem 30 arcadas e 139 metros de comprimento, enquanto que as escadarias e as galerias são densamente decoradas com inscrições e milhares de emblemas com os nomes dos alunos. O patamar de seu pátio interior é decorado com as capas dos melhores alunos de armas. O palácio abriga uma enorme biblioteca que contém 750.000 volumes e um emocionante Teatro Anatómico (Sala Anatómica), usada pelos professores e os alunos para dissecar cadáveres.


Ali perto, numa ruela medieval, por trás do Palazzo Comunale, na Via degli Orefici, que desemboca na Piazza Marggiori, encontramos o artesanato local mais notável, que é a produção de cobre e artefactos de ouro e prata, uma tradição que remonta à Idade Média. Esta rua ainda se encontra repleta de lojas de joalharia.
Abandonamos a Piazza Marggiori e caminhamos a pé pela Via dell’ Archinnasio que é uma rua com muitas montras das melhores marcas mundiais. Ali perto também se encontra a Galleria Cavour, onde podem ser encontradas as melhores lojas da cidade.

Encaminhamo-nos para a Piazza Cavour, em volta da qual as ruas medievais e os edifícios com pórticos, são um bom exemplo da arquitectura típica do elegante centro de Bologna. A construção desta praça, significou a demolição de dois belos edifícios, conhecidos como Palazzo Labella e Palazzo Benati, sendo um deles, rico em frescos de Ludovico Carracci. As obras começaram no 18 de Janeiro de 1861, terminando em 1865, e embora houvesse quem quisesse impedir a demolição, as obras prosseguiram, tornando-a irreversível. É um lugar sossegado, cheio de arvoredo, que convida à meditação. Nela sobressai a estátua de Camillo Benso, Conde de Cavour (político e unificador da Itália), por Carlo Monari, em 1892. Em torno da Piazza Cavour observam-se vários edifícios históricos, nomeadamente a Banca Nazionale, agora Banca d'Italia, o Palazzo Barbazzi e outros palácios de famílias importantes da cidade.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.iguidez.com/Bologna

Visita a Bologna - Parte I





A chegada à cidade de Bologna já bem tarde, levou-nos de imediato para o parque de campismo Città di Bologna (Via Romita 12/4°A • 40127 Bologna), situado a poucos quilómetros do centro da cidade. O parque de campismo situado em zona sossegada, entre campos de milho e culturas hortícolas, tinha de hora a hora, autocarros que rapidamente nos levavam à cidade. A noite decorreu chuvosa e na manhã seguinte, choveu e trovejou muito. No entanto, após o almoço o tempo melhorou, e fomos no autocarro urbano 68, para a cidade de Bologna.

Bologna é uma cidade conhecida internacionalmente por possuir a mais antiga universidade do mundo ainda em funcionamento, e nela estudaram alguns dos poetas italianos mais famosos, como Dante e Petrarca. É por isso uma cidade cheia de prestígio e de cultura. A Alma Mater Studiorum, a sua Universidade, foi fundada em 1088. Queríamos fazer o percurso recomendado pelo Guia American Express, para a visita ao centro histórico da cidade, e ao deixarmos o autocarro 68, já bem perto do centro, foi para lá que caminhámos. Pelo caminho a “Piazzola”, uma feira popular ao longo da estrada, cativou por vezes a nossa atenção, mas os belos edifícios de tijolo de traça medieval encantaram-nos.


Do lado esquerdo, apareceu-nos no caminho a Cattedrale di San Pietro e entrámos para a visitar. A igreja primitiva já existia em 1028, sendo construída em torno de 910, foi destruída por um incêndio em 1141. A segunda igreja, construída no lugar da primeira, foi consagrada pelo Papa Lúcio III em 1184 e mais tarde foi severamente danificada pelo terramoto de 1222. Foi mais tarde reconstruída e modificada ao longo do tempo, apresentando hoje um interior barroco, que lhe confere uma grandeza majestosa. Entre as obras de arte que lá se encontram, podem ver-se a “Anunciação”, por Ludovico Carracci, pintado na luneta central do Presbitério, uma crucificação romana de madeira de cedro e um grupo de esculturas em terracota, “Lamentação sobre Cristo Morto”, por Afonso Lombardi, uma obra do século XVI.


Já no centro, fizemos uma paragem para um refrescante “gelatto”, para depois iniciarmos a visita à cidade. O melhor lugar para começar a visitar a cidade é sem dúvida o centro propriamente dito, com as suas duas praças centrais, a Piazza Maggiore e a Piazza del Nettuno de Bologna.Entrámos pela Piazza del Nettuno, e logo do lado direito se observa a "Parede da Memória", com as fotos de muitos homens e mulheres, naquele que é designado por "Sacrario dei caduti della Resistenza", vítimas do fascismo, que foi considerado o massacre de Bolonha, 1944-1945. Ao lado também se encontra uma lápide em acrilíco, que faz alusão ao 2º massacre de Bologna, a 2 de Agosto de 1980, provocado por uma bomba e que fez 85 mortes e mais de 200 feridos. Foi reivindicado por uma organização de extrema-direita intitulada Núcleos Armados Revolucionários e ignoram-se até hoje, quem foram os autores morais deste morticínio.

A Piazza del Nettuno possui no centro a Fontana del Nettuno, do séc. XVI, de Giambologna (Jean de Boulogne) e seus assistentes, com bela estatuaria em bronze e nus um pouco eróticos por certo, para a época da sua construção, representando figuras da mitologia romana, cuja figura principal é Neptuno, o deus da água e do mar. Diz a lenda que antes de um exame importante, o aluno que quer ter a sorte do seu lado, deve caminhar em torno da fonte, duas vezes no sentido dos ponteiros do relógio. A Piazza Maggiore e a adjacente Piazza del Nettuno, constituem o coração de Bologna e são o centro de sua vida civil e religiosa. A aparência actual das duas praças é o resultado da história da cidade, com edifícios nobres de diferentes épocas. A Piazza Marggiori é uma das mais bonitas praças italianas, emoldurada por magníficos palácios medievais.


É dominada a partir do topo de uma escadaria pela imponente Basílica de San Petronio, construída entre 1390 e 1659, que é a quinta maior igreja da Europa, depois de Saint Peter e Saint Paul, em Londres, da Catedral de Sevilha, do Duomo de Milão e do Duomo de Florença. De grande tamanho, estende-se por 132 metros de comprimento e 60 de largura, enquanto no interior atinge 45 metros de altura e 51 metros a fachada. A frente da fachada principal permanece inacabada até hoje.Elisa Bonaparte, irmã de Napoleão Bonaparte está ali enterrada. A Igreja possui também um relógio de sol, "La Meridiana del Tempio di S. Petronio", que forma de uma linha do meridiano, embutido no pavimento da basílica do corredor à esquerda. A luz do sol entra por um buraco no tecto, marcando a hora certa. Data de 1655, e foi calculado e desenhado pelo famoso astrónomo Giovanni Domenico Cassini, que ensinava astronomia na Universidade de Bologna. Tem 66,8 metros e é o maior relógio de sol em todo o mundo, cujas medidas foram para o tempo excepcionalmente precisas.

Nela também há a destacar um fresco pintado por Giovanni da Modena, que representa uma cena do “Inferno” de Dante Alighieri, que retrata Maomé no inferno sendo devorado por demónios. Por causa deste fresco em 2002, cinco homens foram presos, por estarem ligados à Al-Qaeda e a planear, fazer explodir a basílica. Novamente em 2006, os planos de terroristas muçulmanos, para destruir a basílica, foram frustrados pela polícia italiana. Fonte: Wikipédia.org / http://www.pt.webtourist.net/it/bologna / http://www.comune.bologna.it / http://guide.travelitalia.com/it/guide/bologna

Lugares da noite em Rimini




O fabuloso dia de praia tinha terminado, e após duche quente e um lanche, pegámos novamente nas bicicletas e fomos conhecer os locais mais utilizados durante a noite, por turistas e habitantes de Rimini.Já mencionada por Dante na "Divina Comédia", esta cidade tem uma longa tradição marítima, ligada às actividades de pesca e aos seus estaleiros.

A vida nocturna é intensa e ocorre sobretudo em duas áreas: o fim do passeio marítimo da praia, entre a Marina e o cais, com bares e locais de rua directamente na praia, e as ruas estreitas do centro antigo da cidade, principalmente perto do antigo Mercado do Peixe (Pescheria Vecchia), onde em todas as noites, muitos turistas e jovens se encontram para uma bebida ou um aperitivo, um concerto ou apenas uma reunião de amigos.

Na zona histórica o charme do antigo Mercado do Peixe, combina a história com as novas tendências: adegas, bares e restaurantes à luz de velas, animam as praças e as ruas medievais do romântico centro histórico, transformando-a assim no “Montmartre” de Rimini. Ali se pode jantar sob as estrelas ou tomar uma bebida conversando. Tudo isto se passa no antigo Mercado do Peixe, com a sua antiga bancada em mármore do século XVIII. Este mercado tornou-se moda imediatamente, depois de alguns dos polos universitários da Universidade de Bolonha serem estabelecidos em Rimini, trazendo para a cidade cerca de 6000 estudantes de toda a Itália.

A Marina Centro é a alma de Rimini, encontrando-se situada na área central da avenida da praia. Nasceu oficialmente em 1843 e trouxe verão após verão, mais e mais visitantes e muitas famílias da classe média, começaram a passar várias semanas em Rimini, de modo que, em 1869 o Município Rimini decidiu dar mais valor à praia como um recurso económico real. Rimini tornou-se rapidamente num resort, onde aos cuidados de saúde dos banhos de mar, se juntou entretenimento. Em vez de dunas de areia e zonas pantanosas, surgiu uma nova cidade, elegante, com muitas “villas” em estilo Liberty e muitas zonas verdes. Desde então as pessoas continuaram a chegar a Rimini não só por motivos de saúde, mas acima de tudo para relaxar e se divertirem.

Os visitantes devem ver a Marina em dois horários diferentes do dia: de manhã cedo, quando os hóspedes chiques do Grand Hotel, fazem a caminhada em direcção à praia, e ao pôr-do-sol quando os barcos de pesca voltam para o antigo cais seguidos por bandos de gaivotas. O melhor lugar para esperar por eles é a "Palata", que é o antigo cais no final da Viale Tintori, uma passarela de 200 m ao longo da praia.
A Marina é um lugar de meditação, cercado de água por todos os lados. Em cada época do ano é possível encontrar habitantes locais caminhando por ela, para um momento de relaxe, sozinhos ou acompanhados. E foi justamente ali, na noite, que Federico Fellini, natural de Rimini, imaginou a aparência do famoso transatlântico Rex, para o seu filme “Amarcord” (que significa "Eu me lembro", em dialecto local), de todos o mais autobiográfico deste cineasta. No entanto há muito sobre Rimini em quase todos os filmes de Fellini, embora as cenas tenham sido sempre reconstruídas nos estúdios da Cinecittà ou em algum outro lugar.


No final desta visita a Rimini, voltámos à autocaravana, para ainda naquele dia viajarmos até Bologna, onde iriamos dormir.
Fonte: http://www.comune.rimini / http://goitaly.about.com/od/rimini/p/rimini.htm