O fabuloso dia de praia tinha terminado, e após duche quente e um lanche, pegámos novamente nas bicicletas e fomos conhecer os locais mais utilizados durante a noite, por turistas e habitantes de
Rimini.

Já mencionada por
Dante na
"Divina Comédia", esta cidade tem uma longa tradição marítima, ligada às actividades de pesca e aos seus estaleiros.
A vida nocturna é intensa e ocorre sobretudo em duas áreas: o fim do passeio marítimo da praia, entre a Marina e o cais, com bares e locais de rua directamente na praia, e as ruas estreitas do centro antigo da cidade, principalmente perto do antigo Mercado do Peixe (Pescheria Vecchia), onde em todas as noites, muitos turistas e jovens se encontram para uma bebida ou um aperitivo, um concerto ou apenas uma reunião de amigos.

Na zona histórica o charme do antigo
Mercado do Peixe, combina a história com as novas tendências: adegas, bares e restaurantes à luz de velas, animam as praças e as ruas medievais do romântico centro histórico, transformando-a assim no
“Montmartre” de
Rimini. Ali se pode jantar sob as estrelas ou tomar uma bebida conversando. Tudo isto se passa no antigo
Mercado do Peixe, com a sua antiga bancada em mármore do século XVIII. Este mercado tornou-se moda imediatamente, depois de alguns dos polos universitários da
Universidade de Bolonha serem estabelecidos em
Rimini, trazendo para a cidade cerca de 6000 estudantes de toda a Itália.
A
Marina Centro é a alma de
Rimini, encontrando-se situada na área central da avenida da praia. Nasceu oficialmente em 1843 e trouxe verão após verão, mais e mais visitantes e muitas famílias da classe média, começaram a passar várias semanas em
Rimini, de modo que, em 1869 o Município Rimini decidiu dar mais valor à praia como um recurso económico real.
Rimini tornou-se rapidamente num resort, onde aos cuidados de saúde dos banhos de mar, se juntou entretenimento. Em vez de dunas de areia e zonas pantanosas, surgiu uma nova cidade, elegante, com muitas “villas” em estilo Liberty e muitas zonas verdes. Desde então as pessoas continuaram a chegar a
Rimini não só por motivos de saúde, mas acima de tudo para relaxar e se divertirem.
Os visitantes devem ver a
Marina em dois horários diferentes do dia: de manhã cedo, quando os hóspedes chiques do
Grand Hotel, fazem a caminhada em direcção à praia, e ao pôr-do-sol quando os barcos de pesca voltam para o antigo cais seguidos por bandos de gaivotas. O melhor lugar para esperar por eles é a
"Palata", que é o antigo cais no final da
Viale Tintori, uma passarela de 200 m ao longo da praia.

A
Marina é um lugar de meditação, cercado de água por todos os lados. Em cada época do ano é possível encontrar habitantes locais caminhando por ela, para um momento de relaxe, sozinhos ou acompanhados. E foi justamente ali, na noite, que
Federico Fellini, natural de
Rimini, imaginou a aparência do famoso transatlântico Rex, para o seu filme
“Amarcord” (que significa
"Eu me lembro", em dialecto local), de todos o mais autobiográfico deste cineasta. No entanto há muito sobre
Rimini em quase todos os filmes de
Fellini, embora as cenas tenham sido sempre reconstruídas nos estúdios da
Cinecittà ou em algum outro lugar.
No final desta visita a
Rimini, voltámos à autocaravana, para ainda naquele dia viajarmos até
Bologna, onde iriamos dormir.

Nenhum comentário:
Postar um comentário