Após a chegada ao porto de Amesterdão logo pela manhã do dia 20 de Julho, fomos de táxi para o hotel, que já estava reservado. Pelas 10h00 estávamos livres de bagagens para iniciarmos a visita à cidade. Depois de uma boa caminhada a pé pela cidade, decidimos dar um passeio de barco pelos canais de Amesterdão, e a meio visita navegando já em águas do porto de Amesterdão, tivemos a feliz coincidência de vermos partir o Century para mais uma das suas viagens.
Amesterdão é uma das pequenas cidades mais extraordinárias do mundo, onde eu gostaria de poder ter vivido toda a vida. Desde os seus canais até aos mundialmente conhecidos museus e atracções históricas, Amesterdão é uma das cidades mais românticas e encantadoras da Europa.
Amesterdão, (em neerlandês: Amsterdam) é a capital, e a maior cidade dos Países Baixos, situada na província Holanda do Norte. A cidade localiza-se entre os rios Amstel e Schinkel, na chamada baia de IJ. A maior parte da cidade está assente em pôlders, (terrenos baixos e planos conquistados ao mar).
Seu nome é derivado de uma represa (dam) no rio Amstel, o rio onde fica a cidade. O nome do rio Amstel pode ser interpretado como ame (água) e stelle (terra seca). A cidade é atravessada por mais de 100 canais, em cujas margens se encontram permanentemente atracadas barcaças onde residem, em permanência, milhares de cidadãos. A cidade é conhecida por seu porto histórico, seus museus de fama internacional, e seus inúmeros canais que levaram Amesterdão a ser chamada a "Veneza do Norte".
Amesterdão é também uma cidade tolerante e diversificada. Tem todas as vantagens de uma grande cidade: cultura, vida nocturna, restaurantes de renome internacional, bons meios de transporte, porém é calma, em grande parte graças aos seus canais, e ao reduzido tráfico rodoviário. A cidade ganha beleza própria quando vista da água. Não realizar um passeio pelos canais é impensável! É um dos modos mais aliciantes de observar os belos edifícios da cidade.
Os prédios, com as suas fachadas estreitas repletas de janelas, são pintados de diferentes tonalidades, o que empresta à cidade um colorido muito próprio que nos remete para o século XVII, altura em que foram construídos os edifícios mais antigos. Uma particularidade destes antigos e estreitos edifícios é terem no seu topo um gancho para içar o mobiliário para os andares superiores, uma vez que os edifícios para além de serem estreitos têm escadas íngremes.
Há oitocentos anos Amesterdão era um pequeno porto de pescadores. Segundo a lenda, a cidade foi fundada por dois pescadores da província da Frísia, que por casualidade amarraram o seu barco nas margens do rio Amstel, juntamente com o seu cachorro, e por lá ficaram.
A data tradicional da fundação da cidade, 27 de Outubro de 1275, que ao mesmo tempo comemora o retirar da obrigação dos seus habitantes, de pagar taxas associadas à passagem em pontes neerlandesas. No ano de 1300 foi concedido o direito oficial de cidade, e a partir do século XIV, Amesterdão começou a florescer como centro comercial, principalmente pelo comércio com outras cidades neerlandesas e alemãs, conhecidas como a Liga Hanseática.
No início do século XVII, com a crescente imigração na cidade, Amesterdão colocou em prática um plano para a construção de canais de meio círculo e concêntricos que se encontravam na baia de IJ. Foram feitos quatro canais: 3 canais residenciais (Herengracht ou Canal dos Lordes; Keizersgracht ou Canal dos Imperadores; e Prinsengracht ou Canal do Príncipe) e um canal de defesa (Nassau/Stadhouderskade).
O plano ainda ligou os canais paralelos a esses novos quatros canais, como por exemplo o canal do bairro de Jordaan (bairro onde viveu Anne Frank). A cidade de Amsterdam é hoje cercada por 160 canais atravessados por mais de 1.200 pontes.
Hoje é uma das mais populares cidades europeias, procurada anualmente por centenas de milhares de turistas. As multidões afluem sem cessar aos pontos mais conhecidos, mas a identidade de Amesterdão passa também por outros sinais mais ou menos discretos, para os quais é preciso tempo, um olhar diferente e todos os sentidos despertos.
Nesta cidade “compacta” qualquer ponto é de fácil e rápido acesso. Amesterdão é famosa pela enorme quantidade de bicicletas, o transporte de eleição da cidade, sendo considerada o seu centro mundial. Quase todas as ruas principais têm vias para ciclistas, e pode-se deixar a bicicleta em qualquer lugar. Em Amesterdão existem cerca de 700.000 ciclistas (para 750.000 habitantes). Cada ano, 80.000 bicicletas são roubadas, e quem é roubado rouba também uma como represália.
Amesterdão é também a cidade das flores, exuberando harmonia e uma beleza indescritível. As tulipas predominam e dão cor à cidade. Na cidade encontra-se também muitos museus de fama internacional, como o Rijksmuseum, (com uma larga colecção de pinturas da idade de ouro neerlandesa e uma substancial colecção de arte asiática), o museu de arte moderna Stedelijk Museum, o Museu Casa de Rembrandt, (onde Rembrandt viveu e pintou entre 1636 e 1658) e Museu van Gogh, que possui a maior colecção de pinturas de Van Gogh no mundo.
Também a Casa de Anne Frank é um destino turístico muito popular. Assim como o Hortus Botanicus Amsterdam, fundado no começo da década de 60, é um dos mais antigos jardins botânicos do mundo, com muitas antigas e raras espécies, entre as quais está a planta de café da qual saiu o ramo que serviu como base das plantações na América Central e América do Sul, (O ramo foi um presente de Luís XIV de França e foi veio da colónia francesa, Martinica em 1714).
Em Amesterdão encontra-se a conhecida fábrica de cerveja Heineken, que também tem seu Museu Heineken Experience. O clube desportivo AFC Ajax tem a sua sede e seu estádio na cidade, chamado Amsterdam ArenA. Também a prestigiosa sala de concertos Concertgebouw é sede da igualmente famosa orquestra sinfónica, a Orquestra Real de Concertgebouw, que deu seu primeiro concerto em 3 de Novembro de 1888.
Há numerosos edifícios, igrejas, praças, pontes que merecem uma visita. Uma data bem interessante para visitar a cidade é o Dia da Rainha ou Koninginnedag em 30 de Abril. Neste dia todos os habitantes da cidade vendem nas ruas todo tipo de coisas, principalmente objectos de casa que já não utilizam. A cidade envolve-se em enorme dia de mercado numa verdadeira festa e as ruas ficam a abarrotar de gente vestida da cor da casa real, o laranja.
O espírito liberal que ela herdou da Idade do Ouro justifica o facto de nela existirem alguns cafés, os chamados Coffeeshops, onde está autorizado o consumo de drogas leves e de existir o comércio do sexo legalizado. No "Red Light District" (ou Bairro da Luz Vermelha) as ruelas estão lotadas de sex shops, bares onde decorrem shows eróticos, cinemas eróticos e até um museu do sexo. A prostituição nos Países Baixos é completamente legalizada nas zonas designadas para ela.
A Sinagoga Portuguesa de Amsterdam, denominada de "Esnoga" (pronúncia holandesa: snoge), projectada pelo arquitecto holandês Elias Bouman, fica situada numa rua (Visserplein) próxima do centro histórico de Amesterdão, frente ao Museu da história judaica de Amesterdão, é um edifício monumental que foi mandado construir no século XVII, (o chamado século de ouro da Holanda) pela congregação de Judeus de origem Sefardita de Amesterdão "Talmud Tora" (Congregação Portuguesa Israelita de Amsterdam).
Hoje, após a Segunda Guerra Mundial e o resultante extermínio dos judeus (Holocausto), não existem mais do que 700 membros da Congregação. Apesar disso, o imponente edifício, que escapou milagrosamente à destruição pelos nazis (a maioria das sinagogas alemãs foram incendiadas) permanece aberto ao público.
É uma urbe comercial por excelência, especialmente de produtos oriundos de outros continentes: café, cacau, chá, borracha... As suas principais indústrias são os estaleiros navais, a construção de máquinas e a lapidação de diamantes. Deve fazer-se uma visita a uma fábrica de lapidação de diamantes encontrando-se a mais conhecida, junto aos Museus Van Gogh e Rrijksmuseum.
A cidade, com as inúmeras esplanadas e bancas de flores, onde a túlipa, flor nacional, tem sempre um lugar cativo e onde, como em todas as grandes cidades europeias, encontramos artistas de rua em todos os locais: estátuas-vivas, músicos, actores, cantores...
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