É neste vale que encontramos um dos grandes santuários minhotos, o Santuário de Nossa Senhora da Peneda, eco de ancestrais religiões e romarias e que atrai milhares de pessoas durante todo o ano e em especial nos primeiros oito dias do mês de Setembro, quando ocorem as festas em homenagem à Sª da Peneda.
Chegados ao Santuário, fomos surpreendidos pela grande quantidade de camionetas de excurção, que invadiam a zona baixa do escadório. Nas imediações deste, piqueniques e grupos de pessoas que se entretinham a tocar e a dançar músicas populares regionais, de acordo com as regiões de onde provinham.
Já lá em cima, surge-nos a comparação e a dúvida quase imediata, quanto ao sagrado que é objecto de culto. A óbvia transposição de um imemorial culto da Natureza, a Peneda, para a religião oficial imposta ou mesmo facilmente aceite, aparece quase como evidente, pois a presença da enorme Peneda, mesmo ali ao lado, com a sua dimenção e situação dominadoura, não nos dá grande margem para dúvidas.No Santuário um casamento, faz com que a visita à igreja seja acompanhada de missa e circunstâncias solenes, em que a atração principal, para muitos, em vez da Sª da Peneda, foram os noivos e seus convidados.

A Senhora da Peneda terá aparecido a cinco de Agosto de 1220, a uma criança que guardava algumas cabras, a Senhora apareceu-lhe sob a forma de uma pomba branca e disse-lhe para pedir aos habitantes da Gavieira, para edificarem naquele lugar uma ermida. A pastorinha contou aos seus pais, mas estes não deram crédito à história.
No dia seguinte quando guardava as cabras no mesmo local, a Senhora voltou a aparecer, mas sob a forma da imagem que hoje existe, e mandou a criança ir ao lugar de Roussas, pedir para trazerem uma mulher entrevada há dezoito anos, de nome, Domingas Gregório, que ao chegar perto da imagem recuperou a saúde.
A paisagem não foge às características dominantes na região, onde podemos encontrar, nos montes e outeiros, o pinhal e nos vales e encostas suaves, os campos de milho e a vinha em latadas e ramadas a delimitarem os campos de cultivo, muitas vezes em socalcos, quando o acentuado dos declives o exige.
Depois a chegada a Lamas de Mouro, onde iríamos ficar, no Parque de Campismo, que seria a base de partida para as nossas incursões pela Serra da Peneda.
O dia que tinha decorrido com bom tempo, resolveu mudar e o parque de campismo já nos recebeu com burrifos de água benta, que rápidamente passou a chuvisco constante.
Castro Laboreiro é uma povoação situada a 950 metros de altitude e a sua origem parece remontar a um castro romanizado, como o próprio nome suger. A vila bem pequena, sede de concelho e comarca, mais parece uma aldeia, mas naquelas terras inóspitas e longínquas, a história e o passado ainda se sobrepõem às exigências dos dias de hoje.
Em Castro Laboreiro as penhas ou pedras, lembram “esculturas”, como a pedra-tartaruga, que a natureza e o acaso, ou mesmo o dedo de Deus, moldaram nessas fragas abruptas da paisagem.

A praça é visitada de vagar e a maior parte do tempo, foi passado no lindo miradouro alto, no topo da praça, sobre o rio Minho, de onde se desfrutam lindas paisagens, que têm o rio e as terras da Galiza como principais cenários.


Afastados que são os tempos das guerras com Espanha, Monção é hoje uma pacífica e airosa vila do concelho de Viana do Castelo, onde à mesa se come um bom cabrito e se bebe o divinal Alvarinho da sub-Região Demarcada e anualmente se comemora a curiosa Festa da Coca.
Monção afirma-se, quando, a partir de D. Sancho I, a linha de fronteira pelo Minho ganha relevo estratégico. Devia por essa altura, estar já fortificada. Monção inicialmente situava-se em Cortes, mais tarde os seus habitantes deslocaram-se para Badim.
D. Dinis, envolvido em guerra prolongada com Castela, em 1306 promoveu a reforma total das muralhas e o levantamento de um castelo robusto com uma torre de menagem. Estas terras foram palco de emocionantes episódios de cavalaria e heroísmo, que entrelaçaram o nome de Monção ao melhor da história de Portugal. 
Depois de passada uma antiga porta, a cidade surge com todas as características dos velhos burgos medievais. Subindo até ao cimo, por ruas empedradas, labirínticas e apertadas, algumas delas com travessas terminadas por vezes em sombrios becos e pátios, vão-nos trazendo à imaginação todo um riquíssimo passado.
De quando em quando, o aparecimento de uma praça, um largo ou um pátio, onde normalmente se encontram fontes ou chafarizes, numa demonstração clara de que a água sempre foi um problema crucial para as populações da região.
A artística fonte coroada, data de 1571 e a Igreja de Santo Antão de 1557, são os principais monumentos da Praça do Giraldo, obras mandadas executar pelo Cardeal-Infante D. Henrique, que ocupava por essa altura a cadeira metropolitana de Évora, completam o cenário daquele que foi e continua a ser o grande espaço comercial da cidade.
A Sé alberga o Museu de Arte Sacra, disposto em três salas. Junto à Sé, no Largo do Conde de Vila Flor, no edifício do antigo Paço Episcopal fica o Museu Regional, com uma interessante colecção de pintura.
São de uma fase mais tardia a igreja e o Convento dos Lóios (actual pousada), a actual residência do inquisidor-mor (Serviços Pastorais da Arquidiocese) e o Palácio da Inquisição, tomado aos condes da Vidigueira e depois mandado remodelar.