Esta vila situada bem próximo da fronteira com Espanha, é um local de grande beleza natural, onde reina a beleza da paisagem e onde se encontra a verdadeira paz de espírito.
Mourão sempre sofreu grande influência do grande rio Guadiana, que muito contribuiu também para a fertilidade dos terrenos circundantes onde crescem oliveiras, amendoeiras, e outras árvores de fruto que moldam a paisagem.
A partir das ligações viárias, destaca-se a imagem da Vila de Mourão ao longe, que dá diferentes leituras consoante o ponto de vista. Assim, a partir da estrada que vem de Reguengos de Monsaraz o que se observa é o Castelo, solitário, dominante numa encosta de declive acentuado.
Do alto do Castelo de Mourão desfruta-se uma incrível panorâmica sobre a paisagem envolvente. Assim, para além da vista a sul sobre o casario de Mourão, agarrado às faldas do Castelo, para norte observa-se o mar de água do rio Guadiana que o Alqueva aprisionou e o Castelo e Vila de Monsaraz localizados no alto de uma elevação de declive muito acentuado e com quem o Castelo de Mourão estabelece cumplicidades há muito tempo.
A sul, envolvendo a vila, os campos de cultura são ocupados essencialmente por olivais e vinhas, são de forma regular e de pequena área, determinados quer pela topografia, já que o relevo se apresenta aplanado, quer pelos solos que são de muito boa qualidade, o que terá levado a sucessivas partilhas ao longo das gerações.
Abraçando a água, estão os campos de cultivo que do lado Norte apresentam formas irregulares de acordo com o relevo, delimitados por muros de pedra seca de xisto, com oliveiras de forma a deixar livres o resto dos terrenos para o cultivo dos cereais.
Foi esta situação natural de fronteira aberta com unidade na paisagem e sendo a Espanha simultaneamente uma tentação e uma ameaça que levou à construção e fortificação do Castelo de Mourão, marco importante na paisagem.
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