1º Dia - Monção




No entanto, D. Afonso III extinguiu a vila de Badim e da Penha da Rainha, para fundar a vila de Monção no local actual, que até então se chamava Couto de Mazedo. Nas Inquirições de 1258 recebeu o nome de "vila". O texto do foral dado em 1261, onde se sitam os "miles de Monçom" que têm regalias semelhantes aos de Valença, quer significar que se tratava de uma póvoa já fortificada.
D. Dinis, envolvido em guerra prolongada com Castela, em 1306 promoveu a reforma total das muralhas e o levantamento de um castelo robusto com uma torre de menagem. Estas terras foram palco de emocionantes episódios de cavalaria e heroísmo, que entrelaçaram o nome de Monção ao melhor da história de Portugal.
Primeiro na Idade Média e depois na Guerra da Independência, foi vítima constante de quase todas as lutas em que Portugal se envolveu. Curiosamente estas lutas têm como protagonistas as mulheres, as chamadas "Heroínas de Monção" dando o exemplo aos homens, ajudando-os, encorajando-os ou lutando a seu lado ou por eles. É o caso de Deu-La-Deu Martins, D. Mariana de Lencastre, Condessa de Castelo Melhor e o de Helena Peres, todas grandes mulheres que fazem até hoje ecoar os seus nomes.
Fonte: www.solaresdeportugal.pt
Serra da Peneda - Aldeias Brandas e Inverneiras

Situada no extremo norte do país e integranda no Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Serra da Peneda ergue-se a mais de 1200 metros de altitude.
Não tendo a pressão de visitantes que existe na parte central do parque, esta zona permite fazer percursos de encantar com a tranquilidade que o norte do país nos oferece.
A paisagem desta região é dominada por grandes rochedos, que alternam com manchas de carvalhais e planaltos desarborizados.
Por caminhos de montanha, que nos proporcionam vistas vastas e alargadas, encontramos em terras de fronteira, nos espaços da antiga Galécia que as vicissitudes politicas separaram, podemos encontrar aldeias remotas, castelos vigilantes, santuários, velhos mosteiros e refúgios em ruínas, de uma beleza ímpar.
No final pertendiamos visitar ainda a Feira do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço, que decorria também nesse final de semana, para acabar em beleza levando para casa produtos saborosos e de alta qualidade, a preços do produtor.
1º Dia: Casa; Monção;
2º Dia: Monção; Lamas de Mouro; Castro Laboreiro;
3º Dia: Visita à Serra da Peneda - Santuário de N.ª S.ª da Peneda, Aldeias Brandas e Inverneiras e Lamas de Mouro;
4º Dia: Lamas de Mouro; Alcobaça; Mosteiro de Fiães; Melgaço; Casa.
Mourão

Esta vila situada bem próximo da fronteira com Espanha, é um local de grande beleza natural, onde reina a beleza da paisagem e onde se encontra a verdadeira paz de espírito.
Mourão sempre sofreu grande influência do grande rio Guadiana, que muito contribuiu também para a fertilidade dos terrenos circundantes onde crescem oliveiras, amendoeiras, e outras árvores de fruto que moldam a paisagem.

A partir das ligações viárias, destaca-se a imagem da Vila de Mourão ao longe, que dá diferentes leituras consoante o ponto de vista. Assim, a partir da estrada que vem de Reguengos de Monsaraz o que se observa é o Castelo, solitário, dominante numa encosta de declive acentuado.

Do alto do Castelo de Mourão desfruta-se uma incrível panorâmica sobre a paisagem envolvente. Assim, para além da vista a sul sobre o casario de Mourão, agarrado às faldas do Castelo, para norte observa-se o mar de água do rio Guadiana que o Alqueva aprisionou e o Castelo e Vila de Monsaraz localizados no alto de uma elevação de declive muito acentuado e com quem o Castelo de Mourão estabelece cumplicidades há muito tempo.
A sul, envolvendo a vila, os campos de cultura são ocupados essencialmente por olivais e vinhas, são de forma regular e de pequena área, determinados quer pela topografia, já que o relevo se apresenta aplanado, quer pelos solos que são de muito boa qualidade, o que terá levado a sucessivas partilhas ao longo das gerações.

Abraçando a água, estão os campos de cultivo que do lado Norte apresentam formas irregulares de acordo com o relevo, delimitados por muros de pedra seca de xisto, com oliveiras de forma a deixar livres o resto dos terrenos para o cultivo dos cereais.

Foi esta situação natural de fronteira aberta com unidade na paisagem e sendo a Espanha simultaneamente uma tentação e uma ameaça que levou à construção e fortificação do Castelo de Mourão, marco importante na paisagem.