Existem duas boas estações de serviço para autocaravanas, em Siena. Uma fica à entrada da cidade moderna a um quilómetro da porta Sul da cidade medieval dentro de muralhas, sendo esta a que foi por nós escolhida, e outra que fica próxima da entrada Norte, bastante distante da primeira. São duas boas estações para ACs, sossegadas, seguras e limpas, com todos os serviços à excepção de ligações à corrente eléctrica. Há também 2 ou 3 parques subterrâneos, para quem leva automóvel, próximos da Porta Fontebranda, à entrada da cidade amuralhada.
 Naquela noite já não se saiu e o jantar foi de confecção caseira, uma fritada de peixes e mariscos, acompanhados de uma boa salada verde, finalizando com saborosas taças de tiramisu, que em Itália se compram em qualquer bom supermercado.
No dia seguinte, fomos a pé até à entrada da cidade amuralhada. Pelo caminho o verde brota de todos os lados, servindo de aconchego e berço a inúmeras flores silvestres, que durante a caminhada nos iam dando as boas vindas.
O calor apertava e após uma boa subida chega-se à Porta Fontebranda, a porta Sul da muralha. Ali bem perto e um pouco mais acima à direita, uma moderna fonte branca onde brota água fresca e límpida, refresca-nos. Depois a escada rolante espera-nos levando-nos em vários lances, até lá acima já bem perto da Piazza S. Giovanni, onde se encontra o Baptistério de S. Giovanni. 
Ali chegados, foi altura de descansar durante algum tempo, numa simpática esplanada à porta do Baptistério. Para serem adquiridos os bilhetes para a visita ao complexo, temos que subir uma íngreme escadaria do lado esquerdo do Baptistério e a bilheteira fica no topo desta, do lado direito de quem sobe.
 Decidimos iniciar a visita pelo Duomo, que fica um pouco mais à frente, na Piazza del Duomo. Nesta Piazza, em frente ao antigo Hospital de Santa Maria della Scala, hoje transformado em hotel, ergue-se enorme e majestosa a Catedral, um esplêndido exemplo do gótico italiano. A porta de entrada do Duomo, no cimo de uma ampla escadaria, leva-nos ao seu interior.
 A nave central foi levantada e iluminada por três arcos janelas e a fachada foi trabalhada, entre outros, por Giovanni Pisano. Em 1300, começaram no primeiro semestre as obras numa tentativa ambiciosa, de transformar esta Catedral no maior templo da cristandade.
No entanto em 1348, as obras foram interrompidas pela peste negra que assolou a cidade, matando 3/5 da sua população, ficando até hoje inacabada. Ainda há vestígios da estrutura efectivamente construída, no lado esquerdo do Duomo actual. 
 A Catedral de Siena, é uma das igrejas mais bonitas que nós já tivemos oportunidade de visitar, não só por fora como por dentro. O interior é maravilhoso e o efeito do mármore preto e branco é o que mais marca quem visita esta Catedral.
O preto e o branco são as cores do brasão de Siena. Os capitéis das colunas da parte da frente da nave, são esculpidos com bustos e animais alegóricos. Há bustos de 172 Papas, começando com São Pedro até Lúcio III e de 36 Imperadores.
 O vitral redondo do coro, representando a Última Ceia, foi feito em 1288 a partir de desenhos de Duccio. É um dos mais antigos exemplares de vitrais da Itália. A cúpula é adornada com uma lanterna, como se fosse um sol dourado. As duas fontes foram construídas em 1462 e 1463. O altar de mármore foi construído em 1532 e é uma obra de Baldassarre Peruzzi.
O enorme cibório de bronze é obra de Vecchietta (1467 - 1472) e os anjos em volta do altar são obras-primas de Francesco di Giorgio Martini. Contra os pilares estão oito candelabros na forma de anjos, feitos por Domenico Beccafumi.
O púlpito de Siena, feito em mármore de Carrara, foi esculpido em 1265, por Nicola Pisano e seu filho, Giovanni Pisano, bem como seus assistentes Arnolfo di Cambio, Lapo di Ricevuto e vários outros artistas. É a obra mais antiga da igreja. Nicola Pisano ganhou essa encomenda a partir de seu trabalho no púlpito do Duomo de Pisa. O púlpito de Siena é mais ambicioso e é considerado a sua obra-prima. Toda a mensagem do púlpito é centrada na doutrina da Salvação e no Julgamento Final.O pavimento da Catedral é belíssimo, com baixos-relevos em mármore branco embutidos em mármore preto, cobrindo toda a área da Catedral sendo um dos mais decorados da Itália. A sua construção durou dois séculos e quarenta artistas trabalharam na obra. São 56 painéis em diferentes tamanhos. O chão inteiro pode ser visto apenas durante três semanas do ano e nós tivemos a sorte de o observar. Para o proteger, no resto do ano, o pavimento é coberto e poucas áreas podem ser vistas.
Fonte: Wikipédia / http://www.sacred-destinations.com / http://www.italiansrus.com/


Emoldurada entre três colinas, a sul de Florença, esta pitoresca, e bem conservada cidade medieval, é um dos principais centros da Toscana.
No entanto reza a história que Siena foi fundada pelos etruscos e que mais tarde se tornou uma colónia romana conhecida como Saena Julia. Os romanos estabeleceram um posto militar naquele lugar, a que chamaram Saena, e que se transformou num posto de troca de legiões, pouco ocupado nos anos seguintes.
Apesar de ambas as disputas, externas com os países vizinhos e internas pelo domínio da cidade, nos anos de 1150 a 1300, os grandes artistas renascentistas foram descobertos e a cidade foi embelezada por belos monumentos.
O Conselho dos Nove, um corpo de cidadãos que governou a cidade em meados do séc. XIII, foi o responsável por muitas destas melhorias, que ainda hoje se podem ver. Mas em 1348, a peste negra atingiu Siena, enquanto o Conselho dos Nove estava a planear o alargamento do Duomo, matando 3/5 da população da cidade, ficando até hoje inacabadas essas obras. Este desaire, juntamente com a agitação política subsequente, deu início a uma queda drástica na sorte da cidade.


 
 
Vale a pena fazer uma visita a este belo palácio, pois possui um acervo de preciosidades, como a Capela dos Magos (Cappella dei Magi), decorada com maravilhosos frescos, obra-prima do florentino Benozzo Gozzoli, aluno de Beato Angelico. 
 

Na realidade esta rua juntou duas ruas antigas, a Via Larga e o Caminho de São Leopoldo, que levava até à Praça da Liberdade, também chamada de Piazza Cavour. A Via Larga era, como o próprio nome indica, uma das maiores ruas no antigo centro de Florença e que era muitas vezes utilizada como local para festas e eventos, por ser mais larga do que muitas praças da antiga Florença.
Escavações arqueológicas debaixo da igreja trouxeram à luz os restos de uma casa romana e também uma câmara que parece ter sido um lugar de culto primitivo, dando razão à crença de que o seu nome actual provém de uma capela pertencente a uma residência cristã do séc. VI, que mais tarde se transformou numa igreja no séc. V.
 
Depressa se chegou à Piazza del Duomo, onde nos esperava uma longa fila de turistas que também queriam visitar a catedral. Depois de uma breve paragem para se degustar um saboroso “gelatto”, fomos para a fila que rapidamente se desvaneceu dentro da catedral.
 
 
 