Visita a Assisi - Parte III






Ao longo do tempo arquitectos, pedreiros e cortadores de pedra deram uma aparência incomparável à cidade de Assisi, e quando por ela caminhamos observamos que o tempo parece ter parado e a Idade Média continua a reinar nas ruas de Assisi, guardando até hoje a sua antiga beleza.


A cidade inteira está fechada dentro de muralhas e o seu perímetro abrange cerca de cinco quilómetros, que guardam religiosamente todos os testemunhos da sua rica história.


As portas das casas, apresentam muitas vezes arcos ogivais, também feitos de pedra, portas em madeira, seguidas de portais em ferro forjado, para uma melhor protecção da habitação. As alegres varandas embelezadas por gerânios e os telhados em terracota são muitas vezes sustentados por mísulas de madeira ou pedra.

Não existem estruturas simétricas e isso deve-se ao facto de terem sido restauradas inúmeras vezes ao longo dos séculos, em especial devido aos terramotos que se fizeram sentir na cidade.


As estradas principais de Assisi estão dispostas longitudinalmente, acompanhando as curvas de nível da encosta através da montanha, descendo ou subindo para a praça principal da cidade, a Piazza del Comune.

Pelo caminho, ruas, becos, arcos, subidas e descidas e por vezes escadas, que atravessam verticalmente as ruas principais. Localizadas ao longo destas ruas vemos as inúmeras casas medievais, construídas com pedra extraída no Monte Subasio, que resplandece com o sol ou se suaviza com a sombra.


Descendo pela Via San Rufino, entra-se na Piazza del Comune, uma luminosa e comprida praça, localizada no local onde existiu o antigo Fórum Romano. É ali que encontramos alguns dos principais monumentos que rodeiam a bela fonte construída em 1762, por John Martinucci.

Entre esses monumentos são particularmente notáveis: O Museo Civico/Fórum Romano onde os visitantes podem admirar a sua colecção arqueológica, com inscrições, epígrafes, sarcófagos e segmentos de colunas e capitéis da época umbria e romana. Uma passagem sinuosa leva-nos por baixo da Piazza del Comune, por galerias subterrâneas que ligam ao Fórum Romano e ao Templo de Minerva.


A entrada, pode ser feita pela praça, através de uma porta com abobada pintada com frescos desbotados, ou pelo Museo Civico, levando-nos a 3,9 m abaixo do solo. Lá em baixo, no meio, vemos uma laje de pedra rectangular simples, que provavelmente foi usada como um altar para estátuas votivas. À sua esquerda vê-se a base da escada que leva até o Templo de Minerva, ainda em boa forma na praça acima. Ao longo do corredor, as escavações em curso têm revelado as bases de alguns edifícios romanos, provavelmente lojas.


Novamente na praça, do lado esquerdo logo à entrada na praça, observa-se o Palazzo del Priori, hoje a Câmara Municipal. É composto de três secções construídas em diferentes períodos e, como o próprio nome indica, foi a residência dos priores da cidade. No rés-do-chão possui uma galeria de arte, aberta ao exterior pelo rendilhado de grandes portas em ferro forjado.
Mais à frente, do lado direito, fica o Palazzo del Capitano del Popolo. Foi construído em 1282 e foi a sede do Capitão do Povo, o comandante da milícia da cidade. No final do século XIV, tornou-se a residência do “Podestà”, o vigário do Papa, e só mais tarde foi utilizado para outros fins, mas sem perder o seu nome original. É composto por três pisos com uma fileira de quatro janelas por andar e quatro portas no piso térreo. Hoje, é a sede da Sociedade Internacional de Estudos Franciscanos.


Ao lado, bem mais alta do que os restantes edifícios da praça, observa-se a Torre del Popolo. Ela possui planta quadrada e a sua construção data da segunda metade do século XIII. No entanto, foi construída em várias etapas e o andar de cima não foi terminado até 1305. O relógio foi instalado em meados do século XV. O sino que foi doado a Assisi, pesa 4000 kg e foi instalado em 1926.
Colado à Torre del Popolo, do seu lado esquerdo, o famoso Templo de Minerva, que data do século I dC. De fachada elegante, com seis colunas caneladas e capitéis coríntios é a estrutura mais importante da época romana em Assisi. O interior do templo dedicado à deusa Minerva foi transformado numa igreja cristã, Santa Maria sopra Minerva.

Fonte: http://www.premier.net/ / Wikipédia.org

Visita a Assisi - Parte II





A caminhada continua e ali bem perto espera-nos a Porta Cappuccini, uma das várias portas da cidade amuralhada de Assisi. Ao todo são 10 que até hoje guardam a bela e antiga cidade, que se estende nas encostas do Monte Subasio.

Do lado de fora desta porta existe um miradouro de onde se desfruta da bela paisagem. Para cima a montanhosa com floresta, vinhas e olivais, um verdadeiro paraíso para os caminhantes que por ali passam, para baixo a serena beleza da planície com os seus multicores campos de cultivo.


Após a passagem da Porta Cappuccini observa-se do lado esquerdo, o caminho estreito que leva até à Rocca Minore, um pequeno forte que remonta à época romana. Além deste a cidade ainda é dominada por outro forte maior, a Rocca Maggiore.

Entramos na cidade e logo se sente uma atmosfera de paz e tranquilidade, talvez por ser o local de nascimento de São Francisco de Assisi ou simplesmente por estar guardada entre os olivais e florestas das colinas de Assisi.



A caminhada pela cidade de Assisi levou-nos ao encontro dos seus monumentos, que na sua maioria estão relacionados com a vida de vários santos, estando entre eles Francisco e Clara, que nasceram na cidade. Desce-se a partir da Porta Cappuccini com 470m de altura, até à Piazza G. Matteotti, onde os visitantes deixam os seus carros para depois visitarem a cidade a pé. O intenso calor sentido levou-nos a uma geladaria, onde se fabricavam cremosos gelados caseiros.

Bem perto, do lado esquerdo da praça encontram-se os restos de um antigo Anfiteatro Romano, numa zona um pouco mais elevada. A partir da Piazza Matteotti caminhámos por um emaranhado de ruelas e praças medievais. A partir da Via del Torreone atinge-se a Piazza San Rufino, onde se encontra o Duomo com o mesmo nome, a Cattedrale di San Rufino di Assisi, que se ergue no fundo de uma praça rectangular, com uma bela fachada de pedra clara, em estilo românico.



Primeiramente construída no séc. V, esta igreja histórica com um interior do séc. XVI, é em parte construída sobre uma cisterna romana, cujos alicerces podem ser observados protegidos por um vidro no chão da catedral. Apresenta uma pia baptismal onde São Francisco, Santa Clara e o Imperador Frederico II, foram baptizados.

Depois da visita ao Duomo, segue-se descendo pela Via San Rufino até atingirmos a Piazza del Comune, a praça principal da cidade. Este é o centro da cidade e é, portanto, o cerne da vida social, cultural e política de Assisi. Como o resto do centro histórico da cidade, a praça está muito bem preservada, e os seus edifícios têm testemunhado todas as vicissitudes da cidade ao longo dos séculos.

Fonte: http:/www.premier.net/~Italy/comune">http://www.assisiweb.com/assisi_porte_it.html"&gt

Visita a Assisi - Parte I







Depois de uma boa noite escura e repousante de descanso, fez-se dia bem cedinho e com o dia, um piar insistente acordou-me. Estavamos em Assisi, a terra abençoada de São Francisco de Assis. Voltei no entanto a adormecer, como é aliás meu costume… e o novo acordar só aconteceu lá pelo meio da manhã. Ansiava pela visita à cidade, onde encontraria os lugares vividos por Francisco de Assis, esse mistério de sabedoria Universal, esse espírito de simplicidade, de renovação, força, ecologia, humanização, respeito e entendimento, mas a família estava preguiçosa e tive de refrear a vontade.


A saída para a visita à cidade e aos lugares santos, foi só iniciada após o almoço. Estava muito calor e como sabíamos que a caminhada pelo caminho alcatroado era muito mais longa, optamos por um atalho pelo interior do parque de campismo. Esse caminho complicado e desconhecido, indicado numa folha A4 dada pela recepcionista do parque no dia anterior, não nos deixou ficar mal e fomos direitinhos à estrada que mais rapidamente nos levaria à cidade.

A vista do lado esquerdo é magnifica e foi amor à primeira vista!... Aos pés do Monte Subasio estende-se rodeada de vários montes arredondados, uma bela planície rendilhada com inúmeros quadradinhos de terras de cultivo, divididas entre si por colares de árvores e arbustos de um verde escuro profundo. Salpicada de múltiplas casas branquinhas que formam um enorme habitat disperso, próprio de lugar de terras férteis, a planície espreguiça-se até onde a vista alcança, linda, longa e repousante aos olhos de quem dali a observa.

O caminho a partir dali é sempre a descer até à cidade. Caminhando no mesmo sentido que nós, embora com passo mais largo, avistou-se um pouco mais a cima, um grande grupo de jovens acompanhados de um jovem frade franciscano e de algumas freiras Clarissas, que desciam apressadamente. Logo nos alcançaram, e para nosso espanto falavam português e como o Mundo é mesmo pequeno, dizem-nos ser da região de Leiria, das Caldas, de Porto de Mós e de Peniche. Tinham vindo conhecer os lugares santos, deixados para todos nós, por São Francisco e Santa Clara.

Como é bom encontrar compatriotas, em terras distantes!…

A caminho de Assisi




Após a visita a Spoleto, partimos com rumo a Assisi (Assis), onde chegámos já de noite. Pelo caminho mergulhamos nas montanhas dos Apeninos Umbro-Marchigiano, onde se encontra uma bela região montanhosa e verdejante, mais um território escondido e de encantos inesperados.

É uma região irregular de vales profundos e de intenso verde, uma vegetação extraordinária que é dada pela abundância de água do subsolo, com riachos e fontes que por ali brotam, onde se ouvem águas cantantes, afluentes do rio Tevere (rio que banha Roma), que aparecem na superfície aos pés das montanhas e que no seu todo compõem um panorama ondulado, a "Umbria verde".


Pelo caminho e já perto do nosso destino, avista-se do nosso lado direito empoleirada em cima de uma colina verdejante na encosta do Monte Subasio, a bela cidadezinha de Spello. Spello é uma antiga cidade medieval que deve o seu nome à cidade que outrora a dominava, Spoleto. A seus pés, as terras férteis e planas estendem-se até à montanha que são cultivadas com cereais, vinhas, oliveiras e pastos onde os animais são alimentados e criados.

À chegada a Assisi demos uma volta pela circular à cidade e logo nos dirigimos para o parque de campismo, pois não se pode entrar nem circular na cidade com autocaravanas. O parque de campismo, o Camping Village Assisi, ficava um pouco distante da cidade, situado acima desta, na encosta, em local densamente arborizado e com uma esplêndida vista sobre o vale. E como foi bom dormir na sua completa escuridão...


Assisi é uma bela cidade medieval encravada sobre o longo contraforte ocidental do Monte Subasio (1290 m), que domina o seu sugestivo vale. O aspecto medieval da cidade perdura até aos nossos dias, com ruas estreitas e tortuosas, frequentemente em descida até à Catedral de San Francisco, ou em subida a partir dela até ao final da cidade. A bela paisagem, a paz, a atmosfera mística, as lembranças franciscanas, os belos lugares de culto e as numerosas obras de arte, fazem de Assisi uma das metas mais frequentadas por peregrinos e turistas de todos os cantos do mundo.


Pelo que nos disseram na recepção do parque, são numerosas e sugestivas as festas tradicionais que ali ocorrem durante a Semana Santa, nas festas do primeiro de Maio e na ocasião do perdão de Assisi. Nos redores, o ermo de São Francisco conhecido como Le Carceri também deve ser visitado. A cidade com construção aparentemente medieval, tem um aspecto muito limpo e novo, com os edifícios todos reconstruídos, pois em Setembro de 1997, Assisi sofreu gravíssimos danos causados por um violento terramoto que destruiu numerosas casas e muitos monumentos umbros e marquegianos


No terramoto, o arco da Basílica Superior da Igreja de São Francisco desabou parcialmente, provocando vítimas. Muitas obras de arte foram danificadas. Além desta basílica, sofreram danos também a Catedral de San Ruffino, a Igreja de San Giorgio, Santa Maria Maggiore e a Abazia de San Pietro.As casas mais pequenas e realmente medievais que não foram gravemente danificadas pelo terramoto de 1997 apresentam-se em pouca quantidade nas praças da cidade e também sofreram melhoramentos.

O terramoto fez das suas em numerosos edifícios, como por exemplo em alguns palácios públicos, como o Palazzo dei Capitano del Popolo, no Palazzo dei Consoli e no Palazzo dei Priori, no pórtico del Monte Frumentario (1267) e nas igrejas românicas e góticas de San Rufino, (o Duomo), Santa Maria Maggiore, San Giacomo, San Giorgio (no Convento de Santa Chiara), Santa Maria delle Rose, San Pietro e Santa Chiara.A restauração começou imediatamente após o desastre e muitas construções já foram recuperadas, mantendo tanto quanto possível, a sua traça original.


Em quase todos os edifícios recuperados se encontram estranhos tirantes em aço pintado da cor do ferro (aparentando o antigo), que apertam as paredes contra os pavimentos nos vários andares. Estanhas engenhocas anti-sismo, que nunca tinha visto em lado algum. Fonte: http://www.initalytoday.com / Wikipédia.org

Spoleto




Um pouco antes da hora de almoço partimos de Roma, com o intuito de chegarmos a Assissi (Assis) ao final do dia. Pelo caminho queríamos parar durante a tarde na pequena cidade medieval de Spoleto, que nos ficava no caminho.


A tarde estava quente e foi muito agradável parar para um lanche depois de muitos quilómetros realizados, a que se seguiu a visita à cidade. A cidade estava calma, com alguns jovens na Piazza del Mercato, e só na rua de maior comércio é que se encontrava mais movimento.
Spoleto é uma esplêndida cidade enquadrada por belas florestas e localizada no centro da Itália, na região da Úmbria, uma região que se destaca pelo equilíbrio entre homem e natureza, no tratamento que seus cidadãos sempre tiveram com sua terra e seu rico passado.

Na Idade Média e na Renascença, foi uma activa região no coração histórico, cultural e religioso da Itália, onde as cidades se desenvolveram de forma extraordinária, acumulando uma enorme riqueza artística.
Spoleto está localizada no extremo sul do Valle Umbra, uma vasta planície aluvial criada em tempos pré-históricos pela presença de um grande lago, o Umber Lacus, que secou na Idade Média.

A cidade está construída sobre o Monte St. Elias, um promontório baixo, no sopé da Colina Monteluco, e que vai descendo até às margens do rio Tessino, sendo a leste cercada pelas montanhas que cercam a Valnerina.
Apesar de apresentar traços da era romana na sua estrutura urbana, Spoleto ainda mantém uma forte aparência medieval, herdada do próspero período do Ducado "Longobardi" e, depois, por ter sido uma importante cidade dentro do Estado Papal.


Possui elementos arquitectónicos bastante antigos, que remontam à época imperial, como o Arco de Druso, de 23 d.C., encontrado perto da Igreja romana de Sant'Ansano, a casa romana que pertenceu à mãe de Vespasiano e o esplêndido Teatro Romano, construído antes dos primeiros anos do Império e a Basílica de San Salvatore do séc. IV, são testemunhas das mais antigas origens de Spoleto. Perto da igreja de San Gregorio Maggiore, do séc. XII e caracterizada pelo elevado presbitério, há uma ponte romana (também chamada de "a sangrenta") que consiste em 3 arcos construídos em blocos de pedra e o anfiteatro do séc. II d.C., também pode ser ali encontrado.



O seu Duomo é um raro exemplo que sintetiza a arquitectura românica e conserva frescos do Pinturicchio e de Filippo Lippi, natural da cidade e que ali morreu depois de ter pintado os belos frescos da catedral. Na área encontrada em frente à Chiesa di San Pietro tem-se um amplo panorama de toda a Spoleto e da poderosa e esplêndida Ponte delle Torri (Ponte das Torres), do séc.XIV, com dez arcos com um total de 80 metros de altura e 230 de comprimento, que liga ao Forte (Rocca Albornoziana) construído em 1352, sob as ordens do Cardeal Egidio Albornoz e desenhado por Matteo Gattaponi, nos declives da montanha que domina a cidade. Um passeio por estes lugares oferece um admirável panorama da cidade de Spoleto e do lindo vale do rio Tessimo.


Monumentos mais modernos, tão fascinantes quanto os outros, são as igrejas de San Domenico e San Ponziano, ambas construídas durante o séc. XII. Fonte: http://www.initalytoday.com / http://www.spoleto.com.br/

A caminho da Úmbria




A primeira vez que li algo sobre a Úmbria, relembro uma frase que dizia ser esta “…uma terra permeada por um sopro místico, onde vivem numerosas cidades históricas ricas de arte e de arquitectura, que convidam ao descanso e à meditação.” Situada no coração da península, a Úmbria é uma das regiões de maior apelo para o turismo cultural, por resguardar vivos e intactos belos lugares do saber medieval e humanístico.

Este aspecto é ainda mais valorizado pela harmoniosa relação com uma paisagem doce e meditativa, em grande parte formada por colinas tapeçadas por cultivos e bosques, por oliveirais e vinhedos, que nos proporcionam belos cenários que inspiraram durante muitos séculos os seus artistas.A partir de Roma foi para esta terra que nos dirigimos. Esta é uma região única, discreta e despojada de vaidade, que embora não exiba o esplendor da Toscana, possui uma beleza genuína e agreste, pois é uma região que ainda vive predominantemente da agricultura.

Fica situada no centro do país, onde o verde brota por todos os cantos, possuindo parques naturais incríveis, sendo por isso um verdadeiro paraíso. Algumas dessas áreas naturais ficam próximas às colinas ou na montanha e são lugares perfeitos para quem quer um lugar para descansar.


Para quem como nós se aventurar por suas estradas, fica deliciado com as belas e únicas paisagens proporcionadas pelos vales e pelas montanhas dos Apeninos, enveredando por caminhos que nos levam aqui e ali a cidadezinhas que, embora não pareçam, foram vigorosos reinos independentes, antes de serem dominadas pelos papas.

Ainda assim, a maioria das pequenas cidades da Úmbria, estão empoleiradas em cima de colinas e remontam à Idade Média, tal como os seus monumentos e quem as quiser visitar prepare as pernas, pois será preciso subir ladeiras íngremes e deambular por ruelas inclinadas e estreitas. Entre os diversos tipos de aldeamento presentes na região (de cume, de encosta, de fundo vale, de planície), prevalecem amplamente os primeiros, preferidos pelo clima mais ameno e salubre, além de mais defensáveis em caso de ataque. Em contraste, e devido ao sistema de meação das terras prevalecente na região, era significativa a parcela da população que vivia isolada em casebres no campo, muitos deles encimados por uma torre de observação quadrada, a “palombara” (pombal).


Por tudo isto trafegar por ali foi um prazer, pois o número de visitantes é menor e a região reserva relíquias incalculáveis. De toda a Itália, só as regiões da Úmbria, da Toscana e do Lácio, é que conservaram a herança dos etruscos, invasores que antes do Império Romano ocuparam a área central da península. O seu nome, "Úmbria", deriva da população (os Úmbros) que, junto com os Etruscos, ocupavam o território antes da conquista romana e da qual temos poucas notícias históricas. Em todo caso, esta denominação veio a desaparecer quando a região foi englobada no Ducado de Spoleto, instituído pelos Longobardos e, mais tarde, no Estado da Igreja, reassumindo o seu antigo nome só após a unificação da Itália, em 1861.

Fonte: http://www.roma.guide.com.br / http://www.portalitalia.com.br

Visita a Roma - 4º Dia, Parte X





Ainda na Piazza di Spagna procurámos pela Via Condotti. A Via Condotti é a rua que se encontra em absoluta perpendicularidade com a Fontana della Barcaccia e por isso situada mesmo em frente da Scalinata della Trinità dei Monti (Escadaria Espanhola) sendo assim muito fácil encontra-la.

Segue-se então pela Via Condotti, que se encontrava com muita gente que saia ou entrava na Piazza di Spagna. Nos tempos da Roma Antiga, a Via dei Condotti era uma das ruas que cruzaram a antiga Via Flaminia e permitia que as pessoas que cruzavam o rio Tibre chegassem à Colina Pincio. Ela inicia-se na Piazza di Spagna e recebeu o seu nome, devido às condutas que nela passavam e que transportavam água para as Termas de Agripa.

A Via Condotti é um dos centros da moda em Roma e nela se encontram as lojas das melhores marcas da moda italiana e mundial, desde que o atelier da Bulgari, que ali foi aberto em 1905. Agora, além de Valentino, outros estilistas, como Zara, Armani, Hermès, Cartier, Louis Vuitton, Fendi, Gucci, Prada, Chanel, Dolce & Gabbana e Salvatore Ferragamo, têm lojas na Via Condotti. Outros ainda, como Laura Biagiotti, têm seus escritórios no local.No segundo edifício do lado direito da Via Condotti, a partir da Piazza Di Spagna, encontra-se o Antico Caffè Greco. O Antico Caffè Greco (muitas vezes apenas referido como Caffè Greco) é um marco histórico da cidade, que foi inaugurado em 1760, no nº 86 da Via dei Condotti. É talvez o mais conhecido e antigo café de Roma.

Ali tomaram café figuras históricas entre as quais se incluem, Stendhal, Goethe, Thorvaldsen Bertel, Mariano Fortuny, Lord Byron, Shelley, Franz Liszt, Keats, Henrik Ibsen, Hans Christian Andersen, Felix Mendelssohn e María Zambrano , e ainda hoje, continua sendo um refúgio para escritores, políticos, artistas e pessoas notáveis em Roma. Ao entrarmos fomos muito bem acolhidos por um simpático empregado de mesa com a idade de quem já deu as boas vindas a muitas dessas figuras históricas, mas que sem qualquer diferenciação continua a bem receber quer simples visitantes, quer figurões.

O ambiente de início do séc. XX, o belo mobiliário, os magníficos doces expostos e depois por nós escolhidos, o seu capuccino, o sossego e o fresco do ar condicionado, fizeram com que me viesse à memória a tão conhecida frase italiana: "Quanto è dolce non far niente" (como é doce não fazer nada).Este belo café não poderia existir noutro local que não fosse Roma, pois como se sabe um dos grandes prazeres da vida romana é saborear um café de preferência num dos seus cafés elegantes a ver o mundo passar. Assim sendo, ninguém deve passar por Roma sem experimentar dar um passeio através de Via Condotti com as suas magníficas lojas e de passar um fim de tarde descansado dentro do histórico Antico Caffè Greco. E como foi bom despedirmo-nos de Roma, neste belo e antigo café…


À saída o turbilhão de movimento da Via Condotti e um cheirinho inesquecível a castanhas assadas, ali bem próximo de nós. Depois o regresso ao parque de campismo, onde nos esperavam os preparativos para a partida no dia seguinte. No final do dia, o jantar no restaurante do parque, saboroso e bastante italiano. Fonte: http://trifter.com/practical-travel/world-cuisine/a-trip-to-caffe-greco / Wikipédia.org