O momento ansiado tinha chegado!... Iria ver com os meus próprios olhos os lugares que marcaram a vida de São Francisco de Assis e que me levavam até ele, ou à sua sepultura… Estes lugares santos estavam mesmo ali ao pé de mim e eu poderia tocá-los e vê-los de perto!...
A simples e bonita Basílica de San Francesco, consagrada em 1253, anexada ao convento, é uma interessante construção, formada por duas igrejas sobrepostas. Encerra uma enorme colecção de belíssimos frescos, que sobressaem de forma grandiosa num interior simples e despojado de riquezas.
A primeira pedra foi colocada pelo Papa Gregório IX, em 17 de Julho de 1228. A igreja foi projetada e supervisionada pelo irmão Elia Bombardone, um dos primeiros seguidores do santo. A basílica inferior foi terminada em 1230 e no Dia de Pentecostes, em 25 de Maio de 1230, o corpo de San Francesco foi trazido para o local.A construção da Basílica Superior começou logo após 1239 e foi finalizada em 1253. A entrada da Basílica superior (que representa a glória) é feita pela arcada do convento dos frades. O estilo dessa área é completamente diferente da Basílica Inferior. Grandes janelas de vidro colorido banham com luz as obras de Giotto e Cimabue.
A sua arquitectura é uma síntese do Românico e do Gótico Italiano. As duas igrejas foram decoradas pelos maiores artistas daquele tempo, vindos de Roma, Toscana e Úmbria.
A Igreja Inferior, onde o Santo está sepultado, tem frescos elaborados por renomados artistas medievais, como Cimabue, Giotto, Pietro Lorenzetti e Simone Martini. Na igreja superior encontram-se os frescos de cenas da vida de San Francesco, realizados por Giotto e seus seguidores. A cripta foi acrescentada só em 1818, quando a sepultura de São Francisco foi aberta. 
 A Basílica Inferior, que representa a penitência, consiste numa nave central com várias capelas laterais com arcos semicirculares. É muito mais sombria que a igreja superior e a nave é decorada com os frescos mais antigos da igreja, criados por um artista chamado de "Mestre de São Francisco". Eles mostram cinco cenas da Paixão de Cristo à direita, e à esquerda, cenas da vida de San Francesco. Esses frescos foram finalizados em 1260-1263. São considerados os melhores exemplos da pintura mural da Toscana, antes de Cimabue.
Como a popularidade da igreja aumentou, capelas laterais para famílias nobres foram adicionadas entre 1270 e 1350, destruindo os frescos nas paredes. A primeira capela à esquerda é decorada com dez frescos de Simone Martini. Esses estão entre os maiores trabalhos de Martini e os melhores exemplos da pintura do século XIV.

A nave termina numa abside semicircular ricamente decorada. Os frescos no transepto direito mostram a Infância de Cristo, feitos parcialmente por Giotto e seus aprendizes e a Natividade pelo anónimo Mestre di San Nicola. O nível inferior mostra três frescos representando San Francesco ajudando duas crianças. Esses frescos de Giotto foram revolucionários para a época, pois mostravam pessoas reais com emoções numa paisagem realista.
Pela nave se desce para a cripta através de uma escadaria dupla. Este local, que guarda o túmulo de San Francesco, foi descoberto em 1818. O túmulo tinha sido escondido pelo irmão franciscano Elia Bombardone, para evitar que suas relíquias se espalhassem pela Europa medieval.

Por ordem do Papa Pio IX, uma cripta foi construída por baixo da Basílica Inferior. Foi projectada por Pasquale Belli com mármore fino em estilo neoclássico, mas foi redesenhada em pedra crua em estilo neo-Românico por Ugo Tarchi entre 1925 e 1932.
Ao lado da Basílica, fica o Sacro Convento, que se assemelha a uma fortaleza e que começou a ser habitado em 1230. A Basílica é administrada pelos Frades Menores Conventuais ou Frades Franciscanos Conventuais, que são os guardiães dos restos mortais do Santo de Assis.
Fonte: Wikipédia.org /http://www.sabercultural.org 
Além destas típicas residências há também, devido principalmente ao movimento turístico, diversos estabelecimentos comerciais e restaurantes. Toda a cidade é um labirinto de estreitas e sinuosas ruas, que fazem do lugar um convite irresistível à caminhada e exploração de suas vielas.
A Via San Paolo é um lugar onde se podem adquirir com facilidade lembranças e souvenirs nas inúmeras lojinhas repletas de artigos de artesanato, que oferecem uma grande variedade de artigos religiosos e outros típicos da Úmbria.
No final desta rua, já no entroncamento com a Via Aluigi, aparece-nos a Piazzeta Aluigi, uma pequena praça de onde se desfruta do belíssimo panorama da linda planície que se estende desde o sopé do Monte Subasio, que suporta a cidade.
Já no final da Via Metastasio, começamos a subir até ser encontrada a Porta San Giacomo, uma das portas principais de entrada na cidade. Depois e sempre a descer, pela Via Cardinal Merry del Val, a Basílica de San Francesco domina a nossa atenção, ofuscando o próprio sol que sobre ela se inclina para a iluminar melhor. Para além dela a bela paisagem dos férteis campos da planície, que aos pés do Monte Subasio se estendem.
 
 
 
Mais à frente, do lado direito, fica o Palazzo del Capitano del Popolo. Foi construído em 1282 e foi a sede do Capitão do Povo, o comandante da milícia da cidade. No final do século XIV, tornou-se a residência do “Podestà”, o vigário do Papa, e só mais tarde foi utilizado para outros fins, mas sem perder o seu nome original. É composto por três pisos com uma fileira de quatro janelas por andar e quatro portas no piso térreo. Hoje, é a sede da Sociedade Internacional de Estudos Franciscanos. 
Colado à Torre del Popolo, do seu lado esquerdo, o famoso Templo de Minerva, que data do século I dC. De fachada elegante, com seis colunas caneladas e capitéis coríntios é a estrutura mais importante da época romana em Assisi. O interior do templo dedicado à deusa Minerva foi transformado numa igreja cristã, Santa Maria sopra Minerva. 



Voltei no entanto a adormecer, como é aliás meu costume… e o novo acordar só aconteceu lá pelo meio da manhã. Ansiava pela visita à cidade, onde encontraria os lugares vividos por Francisco de Assis, esse mistério de sabedoria Universal, esse espírito de simplicidade, de renovação, força, ecologia, humanização, respeito e entendimento, mas a família estava preguiçosa e tive de refrear a vontade. 
 
 Como é bom encontrar compatriotas, em terras distantes!…
É uma região irregular de vales profundos e de intenso verde, uma vegetação extraordinária que é dada pela abundância de água do subsolo, com riachos e fontes que por ali brotam, onde se ouvem águas cantantes, afluentes do rio Tevere (rio que banha Roma), que aparecem na superfície aos pés das montanhas e que no seu todo compõem um panorama ondulado, a "Umbria verde".
 
 A bela paisagem, a paz, a atmosfera mística, as lembranças franciscanas, os belos lugares de culto e as numerosas obras de arte, fazem de Assisi uma das metas mais frequentadas por peregrinos e turistas de todos os cantos do mundo. 
A cidade com construção aparentemente medieval, tem um aspecto muito limpo e novo, com os edifícios todos reconstruídos, pois em Setembro de 1997, Assisi sofreu gravíssimos danos causados por um violento terramoto que destruiu numerosas casas e muitos monumentos umbros e marquegianos
As casas mais pequenas e realmente medievais que não foram gravemente danificadas pelo terramoto de 1997 apresentam-se em pouca quantidade nas praças da cidade e também sofreram melhoramentos.
A restauração começou imediatamente após o desastre e muitas construções já foram recuperadas, mantendo tanto quanto possível, a sua traça original.
Spoleto é uma esplêndida cidade enquadrada por belas florestas e localizada no centro da Itália, na região da Úmbria, uma região que se destaca pelo equilíbrio entre homem e natureza, no tratamento que seus cidadãos sempre tiveram com sua terra e seu rico passado.
Spoleto está localizada no extremo sul do Valle Umbra, uma vasta planície aluvial criada em tempos pré-históricos pela presença de um grande lago, o Umber Lacus, que secou na Idade Média.
Apesar de apresentar traços da era romana na sua estrutura urbana, Spoleto ainda mantém uma forte aparência medieval, herdada do próspero período do Ducado "Longobardi" e, depois, por ter sido uma importante cidade dentro do Estado Papal.
Perto da igreja de San Gregorio Maggiore, do séc. XII e caracterizada pelo elevado presbitério, há uma ponte romana (também chamada de "a sangrenta") que consiste em 3 arcos construídos em blocos de pedra e o anfiteatro do séc. II d.C., também pode ser ali encontrado.
Na área encontrada em frente à Chiesa di San Pietro tem-se um amplo panorama de toda a Spoleto e da poderosa e esplêndida Ponte delle Torri (Ponte das Torres), do séc.XIV, com dez arcos com um total de 80 metros de altura e 230 de comprimento, que liga ao Forte (Rocca Albornoziana) construído em 1352, sob as ordens do Cardeal Egidio Albornoz e desenhado por Matteo Gattaponi, nos declives da montanha que domina a cidade. Um passeio por estes lugares oferece um admirável panorama da cidade de Spoleto e do lindo vale do rio Tessimo.