A Porciúncula (la Porziuncola) é uma pequena igreja fora de Assisi, na fracção comunal de Santa Maria degli Angeli, actualmente contida dentro de uma igreja muito maior, a Basílica de Santa Maria degli Anjeli, que foi construída para proteger e venerar a tradição da pequena igreja.
É o lugar mais sagrado da Ordem Franciscana, pois foi ali que morreu Francesco de Assisi. Foi ali também que o jovem Francesco compreendeu a sua vocação e renunciou ao mundo para viver na pobreza e entre os pobres, dando origem ao movimento franciscano. O local onde se encontra a Basílica, é hoje uma pequena cidade, muito diferente do local ermo onde Francesco de Assisi, se refugiava para rezar e acolher os doentes e pobres.

Na Igrejinha Porciúncula aconteceram vários eventos importantes que marcaram a vida de San Francesco:
- Foi ali que ele recebeu do Senhor a primeira mensagem para servir a Igreja.
- Foi ali que San Francesco fundou a Ordem dos Franciscanos e dali partiram os primeiros frades, enviados por Francesco para anunciar a paz.
- Foi ali que San Francesco num domingo do ano de 1211, consagrou Santa Chiara (Santa Clara) à Virgem Maria.
- Foi ali que San Francesco recebeu do Senhor a promessa extraordinária que todas as pessoas, através de todos os séculos, que fossem confessar-se na Porciúncula, receberiam a graça do Senhor. Esse evento é conhecido como "O Perdão de Assisi". De facto, uma grande parte da Basílica é destinada a confissões do pecado. E é muito interessante, porque ali todos se podem confessar em diversas línguas. Existem padres disponíveis para isso.
- E finalmente, foi ali, que San Francesco faleceu, no dia 3 de Outubro de 1226.

Quando chegámos à enorme Basílica, o lugar estava cheio de turistas, peregrinos e vários grupos de jovens escuteiros. Em redor da Basílica muitas eram as barracas de artigos religiosos, como é aliás hábito nos lugares de peregrinação.
Não se pode falar da Basílica sem contar a história da Capelinha ou “Chiezzeta Porziuncula”, pois de todos os lugares onde viveu San Francesco este é o mais ligado à memória do Santo, do seu apostolado e da sua vida. Segundo a tradição, a Porciúncula foi construída no século IV, por eremitas provenientes da Palestina. Em 576, foi assumida por São Bento e seus monges. A Porciúncula foi a terceira igreja restaurada por San Francesco, depois de ter tido um sonho no qual ouviu o chamado de Deus para "recuperar a sua Igreja".

Em 1200 a “Porziuncula” era uma igrejinha humilde e solitária, dedicada a Virgem Assunta e estava rodeada de mato num estado de completo abandono. Foi então que Francesco a restaurou com as suas próprias mãos, e onde segundo a lenda no dia 24 de Fevereiro de 1208, recebeu em sonho no interior da capelinha a palavra de Jesus: "Vai e anuncia a todos que o Reino dos Céus está próximo, não procureis nem ouro, nem prata. O que gratuitamente receber, gratuitamente deve doar aos outros".
Depois da morte de San Francesco em 1226, os frades construíram várias pequenas cabanas ao redor da Porciúncula. Em 1230 um refeitório e alguns edifícios adjacentes foram adicionados. No decorrer do tempo pórticos e acomodações para os frades foram adicionados também em redor da Porciúncula. Algumas fundações destas edificações foram descobertas durante escavações sob o piso da basílica entre 1967 e 1969.
Com o passar do tempo, grande número de peregrinos vinham reunir-se em Assisi para receber o "Perdão de Assisi" e o pequeno espaço da Porciúncula tornou-se completamente inadequado para abrigar todos esses peregrinos. Cresceu por isso a necessidade de construir uma igreja maior incorporando a Porciúncula.
Os edifícios em torno do santuário foram retirados por ordem do Papa Pio V, excepto a Porciúmcula e a Capela do Transito, a célula em que San Francesco viveu os últimos dias de sua vida. Tinha sido outrora uma pequena cabana que serviu como primitiva enfermaria para os doentes.

A construção da Basílica começou em 25 de Março de 1569. Esta igreja majestosa, a sétima maior igreja cristã, foi projectada em estilo barroco, por dois arquitectos famosos, Galeazzo Alessi e Viggnola.
O visitante peregrino que cruza o limiar da grande Basílica de Santa Maria degli Angeli, sente-se imediatamente atraído para a pequena igreja romanesca, que é também o coração espiritual do santuário inteiro. A Porciúncula é uma parte da alma que vem de longe, onde Francesco despertou para a nostalgia do paraíso e para a santidade, e nela uma força maior faz-nos ajoelhar e rezar.

Simone Weil, um filósofo judeu, sensível e fascinado por Cristo, visitou o lugar e escreveu sobre a Porciúncula: "Enquanto eu estava sozinho na pequena capela românica de Santa Maria degli Angeli, um lugar incomparável de pureza, em que Francesco rezou muitas vezes, algo mais forte do que eu, me obrigou, pela primeira vez na minha vida, a me ajoelhar”. (autobiografia espiritual)
O interior da Basílica é simples e elegante, com apenas algumas decorações, em contraste com a decoração das capelas laterais. As capelas laterais foram decoradas por grandes artistas de vários períodos e a nave e corredores foram reconstruídos em estilo dórico neoclássico por Luigi Poletti. Mantém na abside do coro preciosas esculturas em madeira, esculpidas por frades franciscanos, a partir de 1689, possuindo baixos-relevos de E. Manfrini no altar.

Para quem se ajoelha no limiar da Porciúncula, pode observar uma pequena frase escrita na porta, "locus sanctus hic est", que quer dizer, “este lugar é santo”. Se olharmos para cima da porta leste, então podem ler-se as palavras na parte superior da porta: "AHCE vitae aeternae", que quer dizer “para aqui entrar na vida eterna”. Palavras que segundo a crença devem ser levadas a sério, porque elas fazem alusão ao mistério contido neste lugar, imbuído da emoção de Francesco de Assisi.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.noticiasdabota.com / http://www.porziuncola.eu/
Depois de deambularmos pela Piazza del Comune, parámos um pouco junto da fonte no centro da praça para fazermos mais alguns registos fotográficos, quando reparámos que ali perto, no rés-do-chão da Câmara Municipal, decorria uma exposição de obras de arte. Aproximamo-nos e na ampla sala separada do exterior por pesadas portas rendilhadas em ferro forjado, os quadros coloridos entre o cubismo e o neofigurativo de Luciano Busti sobressaíam. Lá dentro Luciano esbracejava indignado pela ousadia da minha câmara fotográfica, que não parava de lhe “roubar” a obra. Disse-lhe que descansa-se pois não era nem artista plástica, nem queria apossar-me de forma alguma da sua obra.
Ainda imbuídos da memória de São Francisco, percorrem-se os últimos metros que nos separam da Porta Cappuccini. Mesmo pequena, não nos podemos esquecer que esta cidade da Umbria é considerada a segunda mais importante cidade santa da Itália, ficando somente atrás de Roma.
Um pouco mais à frente do lado esquerdo, encontramos um antigo e bonito edifício com sete arcos, que formam o pórtico de Monte Frumentario, um hospital antigo e lugar de descanso para os peregrinos, construído em 1267.
Pelo caminho até chegarmos à Piazza del Comune, observam-se lojas de artesanato e lojas gourmet com produtos da Úmbria, escadarias que pararam no tempo e varandas medievais tão bem preservadas, que a todo o momento esperamos que a elas assolem personagens vestidos com trajes da época. 
Sonhou com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o “status” que a sua condição exigia, e aos vinte anos, alistou-se como cavaleiro no exército de Gualtieri de Brienne, que combatia pelo papa, até que partiu para lutar na guerra entre Assisi e Perúgia.
Já inteiramente mudado, passou um dia pela Igreja de São Damião, abandonada e quase em ruínas. Conta a lenda, que Francesco, levado pelo Espírito, entrou para rezar e ajoelhou-se devotamente diante do crucifixo. Ali terá sido tocado por uma sensação insólita, sentindo-se transformado. Pouco depois, a imagem do Crucificado mexeu os lábios e falou com ele. Chamando-o pelo nome, disse: “Francesco, vai e repara a minha casa que, como vês, está em ruinas”.
Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Jesus Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo.
Foi canonizado pela Igreja Católica menos de dois anos após falecer (em 1228), e por seu apreço à natureza, é mundialmente conhecido como o santo patrono da ecologia, pois dedicou a sua vida à ideia de uma irmandade que integrasse todos os homens, a natureza e os animais. De qualquer forma, a sua posição como um dos grandes santos da Cristandade, firmou-se quando ainda era vivo e permanece até hoje inabalada.
O momento ansiado tinha chegado!... Iria ver com os meus próprios olhos os lugares que marcaram a vida de São Francisco de Assis e que me levavam até ele, ou à sua sepultura… Estes lugares santos estavam mesmo ali ao pé de mim e eu poderia tocá-los e vê-los de perto!...
A simples e bonita Basílica de San Francesco, consagrada em 1253, anexada ao convento, é uma interessante construção, formada por duas igrejas sobrepostas. Encerra uma enorme colecção de belíssimos frescos, que sobressaem de forma grandiosa num interior simples e despojado de riquezas.
A primeira pedra foi colocada pelo Papa Gregório IX, em 17 de Julho de 1228. A igreja foi projetada e supervisionada pelo irmão Elia Bombardone, um dos primeiros seguidores do santo. A basílica inferior foi terminada em 1230 e no Dia de Pentecostes, em 25 de Maio de 1230, o corpo de San Francesco foi trazido para o local.
A sua arquitectura é uma síntese do Românico e do Gótico Italiano. As duas igrejas foram decoradas pelos maiores artistas daquele tempo, vindos de Roma, Toscana e Úmbria.



Além destas típicas residências há também, devido principalmente ao movimento turístico, diversos estabelecimentos comerciais e restaurantes. Toda a cidade é um labirinto de estreitas e sinuosas ruas, que fazem do lugar um convite irresistível à caminhada e exploração de suas vielas.
A Via San Paolo é um lugar onde se podem adquirir com facilidade lembranças e souvenirs nas inúmeras lojinhas repletas de artigos de artesanato, que oferecem uma grande variedade de artigos religiosos e outros típicos da Úmbria.
No final desta rua, já no entroncamento com a Via Aluigi, aparece-nos a Piazzeta Aluigi, uma pequena praça de onde se desfruta do belíssimo panorama da linda planície que se estende desde o sopé do Monte Subasio, que suporta a cidade.
Já no final da Via Metastasio, começamos a subir até ser encontrada a Porta San Giacomo, uma das portas principais de entrada na cidade. Depois e sempre a descer, pela Via Cardinal Merry del Val, a Basílica de San Francesco domina a nossa atenção, ofuscando o próprio sol que sobre ela se inclina para a iluminar melhor. Para além dela a bela paisagem dos férteis campos da planície, que aos pés do Monte Subasio se estendem.
Mais à frente, do lado direito, fica o Palazzo del Capitano del Popolo. Foi construído em 1282 e foi a sede do Capitão do Povo, o comandante da milícia da cidade. No final do século XIV, tornou-se a residência do “Podestà”, o vigário do Papa, e só mais tarde foi utilizado para outros fins, mas sem perder o seu nome original. É composto por três pisos com uma fileira de quatro janelas por andar e quatro portas no piso térreo. Hoje, é a sede da Sociedade Internacional de Estudos Franciscanos.
Colado à Torre del Popolo, do seu lado esquerdo, o famoso Templo de Minerva, que data do século I dC. De fachada elegante, com seis colunas caneladas e capitéis coríntios é a estrutura mais importante da época romana em Assisi. O interior do templo dedicado à deusa Minerva foi transformado numa igreja cristã, Santa Maria sopra Minerva.