Dante Alighieri
Assisi era uma pequena cidade integrada no território do Ducado de Spoleto, quando nasce Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como San Francesco de Assisi (Assisi, 5 de Julho de 1182 – 3 de Outubro de 1226).
Filho de Pedro de Bernardone, um abastado comerciante de tecidos que ia buscar a França e de Pica Bourlemont, de Florença (naquela altura pertença de França). Pedro de Bernardone além de rico comerciante era também dono de diversas propriedades rurais. Sua esposa dedicava-se aos seus afazeres domésticos ajudada pelas empregadas. Vibrava por nobres ideais, pela fé cristã, a beleza, a poesia, a natureza... Pedro Bernardone era um fanático pelo poder. Não trabalhava para viver, vivia para trabalhar.
Quando nasceu, seu pai, estava em França a negócios, quando o filho nasceu e quando voltou rebaptizou-o com o nome de Francesco, isto é, "francês". Francesco cresceu desfrutando de muito luxo. O futuro fundador da Ordem dos Frades Menores passou a infância na cidade natal e sua primeira juventude foi alegre e despreocupada. Cordial, expansivo e de uma vitalidade exuberante, destacava-se entre seus jovens companheiros e estudante ajudava o pai na loja que possuía.Sonhou com as glórias militares, procurando desta maneira alcançar o “status” que a sua condição exigia, e aos vinte anos, alistou-se como cavaleiro no exército de Gualtieri de Brienne, que combatia pelo papa, até que partiu para lutar na guerra entre Assisi e Perúgia.
Decide ser guerreiro e tornar-se cavaleiro, no entanto cai enfermo a caminho de Spoleto, pelo que necessitou de longo repouso. É nesse momento que inicia a transformação de sua vida. Retorna a Assisi, afasta-se do luxo e de seus antigos companheiros e busca lugares para meditar e orar.
Francesco de Assisi abandonou tudo, riquezas, ambições, orgulho, e até a roupa que usava, para desposar a “Senhora Pobreza” e repropor ao mundo, em perfeita alegria, o ideal evangélico de humildade, pobreza e castidade, andando errante e maltrapilho, numa verdadeira afronta e protesto contra a sociedade burguesa da época.Já inteiramente mudado, passou um dia pela Igreja de São Damião, abandonada e quase em ruínas. Conta a lenda, que Francesco, levado pelo Espírito, entrou para rezar e ajoelhou-se devotamente diante do crucifixo. Ali terá sido tocado por uma sensação insólita, sentindo-se transformado. Pouco depois, a imagem do Crucificado mexeu os lábios e falou com ele. Chamando-o pelo nome, disse: “Francesco, vai e repara a minha casa que, como vês, está em ruinas”.
Após a renúncia definitiva aos bens paternos, aos 25 anos, Francesco deu início à sua vida religiosa. Com alguns amigos deu início ao que seria a Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, cuja ordem foi aprovada pelo Papa Inocêncio III, renovando o catolicismo de seu tempo.
Santa Chiara (Santa Clara), sua dilecta amiga, fundou também a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Em 1221, sob a inspiração de seu estilo de vida, nasceu a Ordem Terceira para os leigos consagrados. Este capítulo da vida do Santo é caracterizado por intensa pregação e incessantes viagens missionárias, para levar aos homens frequentemente armados uns contra os outros, a mensagem evangélica de Paz e Bem.Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Jesus Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo.
Sua atitude foi também original quando afirmou a Bondade e a Maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres e quando amou todas as criaturas chamando-as de seus irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das primeiras forças que levaram à formação da filosofia da Renascença.
Em 1220, voltou a Assisi após ter-se aventurado numa viagem à Terra Santa, à Síria e ao Egipto, redigindo a Segunda Regra, aprovada pelo Papa Honório III. Já debilitado fisicamente pelas duras penitências, entrou na última etapa de sua vida, acabando por morrer em 1226, na sua terra natal. Foi canonizado pela Igreja Católica menos de dois anos após falecer (em 1228), e por seu apreço à natureza, é mundialmente conhecido como o santo patrono da ecologia, pois dedicou a sua vida à ideia de uma irmandade que integrasse todos os homens, a natureza e os animais. De qualquer forma, a sua posição como um dos grandes santos da Cristandade, firmou-se quando ainda era vivo e permanece até hoje inabalada.
Fonte: Wikipédia.org / http://www.angelfire.com/
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