O 5º dia de estadia no Porto foi iniciado na margem esquerda do rio Douro, em Vila Nova de Gaia.
Depois
duma passadinha pelo El Corte Inglês, para umas comprinhas, seguimos de metro
até à estação do Jardim do Morro,
situada na Avenida da República, junto
ao tabuleiro superior da Ponte D. Luís I.
Dali acede-se com facilidade ao topo da Serra do Pilar, situada do lado direito e onde podemos encontrar um dos mais bonitos miradouros de observação da cidade do Porto. Do lado esquerdo encontra-se o Jardim do Morro, onde encontramos a Estação de Teleférico de Vila Nova de Gaia, para quem quiser descer até ao Cais de Gaia.
No cimo da Serra do Pilar, considerada como um dos ex-líbris da cidade de Gaia, fica situado um convento, há muito extinto, que foi construído
em 1538 pelos mestres Diogo de Castilho
e João de Ruão para albergar os Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Conhecidos
também por “cónegos
pretos”, como referência à cor do hábito que usavam, ficaram ali instalados no séc. XVI, num dos locais mais bonitos de Gaia, a ver o rio e a beleza da cidade
do Porto, como aliás é comum nas
escolhas feitas por quase todas as ordens religiosas.
Mais tarde o local foi ocupado pelas tropas de Wellington em 1809, quando planeou o ataque contra a cidade do Porto.
Infelizmente o
Mosteiro, bem como a sua Igreja estavam fechados para obras de restauro,
aquando da nossa visita ao local. No entanto valeu a pena a visita, uma vez que
o Terreiro fronteiriço ao Mosteiro é um dos melhores miradouros sobre o Porto antigo e o rio Douro, e um lugar excelente para descansar e tirar fotos.
Depois de estarmos bastante tempo desfrutando das belíssimas vistas no miradouro, descemos até ao Jardim do Morro, um bonito e refrescante espaço verde. Localizado no sopé da Serra do Pilar, junto ao tabuleiro superior da Ponte D. Luís, constitui também um magnífico miradouro para a zona histórica do Porto. Tem um lago, um coreto e uma vasta variedade de espécies vegetais, entre as quais se encontram 22 tílias alinhadas ao longo do tramo final da Avenida da República.
Seguiu-se
depois a caminhada pelo tabuleiro superior da Ponte D. Luís até à margem direita do rio Douro.
Em toda a
caminhada a vontade é de parar constantemente, não só para fazer inúmeras fotos,
mas também para ficar durante muito tempo com as mãos agarradas à
varanda/resguardo da ponte, não só para admirar as belíssimas vistas que solicitam
constantemente o nosso olhar, num ângulo completo, mas também para nos focarmos
no rio Douro, salpicado de bonitas
embarcações. É ali que nos vem à memória a bela canção de Rui Veloso, e é ali que ela faz todo o sentido:
Quem vem e atravessa o rio,
junto à Serra do Pilar,
vê um velho casario
que se estende até ao mar.
(...)
junto à Serra do Pilar,
vê um velho casario
que se estende até ao mar.
(...)
A Ponte Luís
I, popularmente chamada Ponte D. Luís, é uma ponte em estrutura
metálica com dois tabuleiros, construída entre os anos 1881 e 1888, ligando as
cidades do Porto e Vila Nova de Gaia (margem norte e sul,
respetivamente). Tem 395 metros de
comprimento e 8 de largura, sendo o seu arco ainda hoje considerado o maior arco
do mundo em ferro forjado. Atualmente o tabuleiro superior é ocupado por uma
das linhas do Metro do Grande Porto, ligando a zona da Catedral no Porto, ao
Jardim do Morro e à Avenida da Républica em Vila Nova de Gaia.
Esta construção
veio substituir uma antiga ponte pênsil que existia no mesmo local e foi
realizada mediante o projeto do engenheiro belga Theophile Seyrig, discípulo de Eiffel, também autor da ponte ferroviária de D. Maria Pia.
Fonte: http://www.igogo.pt/
http://www.lifecooler.com/ Wikipédia.org