Porto - 4º Dia - Zona dos Clérigos - Livraria Lello & Irmão - Parte II




Acabada a visita à Igreja dos Clérigos e da sua Torre Campanário, seguimos para a emblemática Livraria Lello & Irmão, que o escritor espanhol Enrique Vila-Matas descreveu como, "A mais bonita livraria do mundo", e que mesmo que não o seja, uma vez que o conceito de beleza difere de pessoa para pessoa, é sem dúvida nenhuma, uma das mais belas do Mundo.

Fica situada na rua das Carmelitas 144, na freguesia da Vitória e bem próxima da Torre dos Clérigos.

Por fora o edifício chama desde logo a nossa atenção pela singularidade. Esta bela livraria de fachada clara e elegante destaca-se relativamente aos edifícios vizinhos.

Em estilo neogótico, formada por um amplo arco abatido, a entrada é realizada por uma porta central, ladeada por duas montras. Por cima, três janelas retangulares, são ladeadas por duas figuras pintadas por José Bielman, representando a "Arte" e a "Ciência". Por cima destas janelas destaca-se a designação "Lello e Irmão". A fachada completa-se com uma ornamentação feita com motivos vegetais, própria da Arte Nova e bem ao gosto do início do séc. XX. É ainda de realçar o rendilhado que encima o edifício, que completa este edifício, fazendo dele um verdadeiro monumento artístico que já mereceu classificação de património nacional.

No interior, os arcos quebrados apoiam-se nos pilares em que, sob baldaquinos rendilhados, o escultor Romão Júnior esculpiu os bustos dos escritores Antero de Quental, Eça de Queirós Camilo Castelo Branco, Teófilo Braga, Tomás Ribeiro e Guerra Junqueiro.

Dois andares e uma união arrebatadora: uma linda e monumental "escadaria vermelha em espiral" semelhante a "uma flor exótica", como refere o guia Lonely Planet's Best in Travel de 2011.

Em estantes com prateleiras neogóticas encontram-se mais de 120.000 títulos, que embelezam este local de grande culto, das mais diversas áreas e línguas.

Os tetos trabalhados, o grande vitral que ostenta o monograma e a divisa da livraria "Decus in Labore" e a escadaria de grandes dimensões de acesso ao primeiro piso, são as marcas mais significativas da livraria.

Esta verdadeira joia arquitetónica é mais um dos ex-líbris da cidade, que atravessou todo o séc. XX, geração após geração, nas mãos da mesma família.

Em 1995, José Manuel Lello decide realizar uma profunda transformação no interior da livraria, cuja herança, segundo as suas palavras, lhe «trazia não só um passado de ricas tradições mas também a exigência de fazer perdurar esse ideal de amor pelos livros, que se traduziu na edificação de uma obra arquitetónica única no mundo». O trabalho de restauro e de adaptação às atuais formas de uso foi entregue ao arquiteto Vasco Morais Soares.

Fonte: http://cidadesurpreendente.blogspot.pt/ Wikipédia.org  

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