Porto - 5º Dia - Serra do Pilar e Ponte D. Luís I - Parte I




O 5º dia de estadia no Porto foi iniciado na margem esquerda do rio Douro, em Vila Nova de Gaia.
 Depois duma passadinha pelo El Corte Inglês, para umas comprinhas, seguimos de metro até à estação do Jardim do Morro, situada na Avenida da República, junto ao tabuleiro superior da Ponte D. Luís I.

Dali acede-se com facilidade ao topo da Serra do Pilar, situada do lado direito e onde podemos encontrar um dos mais bonitos miradouros de observação da cidade do Porto. Do lado esquerdo encontra-se o Jardim do Morro, onde encontramos a Estação de Teleférico de Vila Nova de Gaia, para quem quiser descer até ao Cais de Gaia.
No cimo da Serra do Pilar, considerada como um dos ex-líbris da cidade de Gaia, fica situado um convento, há muito extinto, que foi construído em 1538 pelos mestres Diogo de Castilho e João de Ruão para albergar os Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Conhecidos também por “cónegos pretos”, como referência à cor do hábito que usavam, ficaram ali instalados no séc. XVI, num dos locais mais bonitos de Gaia, a ver o rio e a beleza da cidade do Porto, como aliás é comum nas escolhas feitas por quase todas as ordens religiosas.

Mais tarde o local foi ocupado pelas tropas de Wellington em 1809, quando planeou o ataque contra a cidade do Porto.
Infelizmente o Mosteiro, bem como a sua Igreja estavam fechados para obras de restauro, aquando da nossa visita ao local. No entanto valeu a pena a visita, uma vez que o Terreiro fronteiriço ao Mosteiro é um dos melhores miradouros sobre o Porto antigo e o rio Douro, e um lugar excelente para descansar e tirar fotos.

Depois de estarmos bastante tempo desfrutando das belíssimas vistas no miradouro, descemos até ao Jardim do Morro, um bonito e refrescante espaço verde. Localizado no sopé da Serra do Pilar, junto ao tabuleiro superior da Ponte D. Luís, constitui também um magnífico miradouro para a zona histórica do Porto. Tem um lago, um coreto e uma vasta variedade de espécies vegetais, entre as quais se encontram 22 tílias alinhadas ao longo do tramo final da Avenida da República.

Seguiu-se depois a caminhada pelo tabuleiro superior da Ponte D. Luís até à margem direita do rio Douro.
Em toda a caminhada a vontade é de parar constantemente, não só para fazer inúmeras fotos, mas também para ficar durante muito tempo com as mãos agarradas à varanda/resguardo da ponte, não só para admirar as belíssimas vistas que solicitam constantemente o nosso olhar, num ângulo completo, mas também para nos focarmos no rio Douro, salpicado de bonitas embarcações. É ali que nos vem à memória a bela canção de Rui Veloso, e é ali que ela faz todo o sentido:
Quem vem e atravessa o rio,
junto à Serra do Pilar,
vê um velho casario
que se estende até ao mar.
(...)

A Ponte Luís I, popularmente chamada Ponte D. Luís, é uma ponte em estrutura metálica com dois tabuleiros, construída entre os anos 1881 e 1888, ligando as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia (margem norte e sul, respetivamente). Tem 395 metros de comprimento e 8 de largura, sendo o seu arco ainda hoje considerado o maior arco do mundo em ferro forjado. Atualmente o tabuleiro superior é ocupado por uma das linhas do Metro do Grande Porto, ligando a zona da Catedral no Porto, ao Jardim do Morro e à Avenida da Républica em Vila Nova de Gaia.
Esta construção veio substituir uma antiga ponte pênsil que existia no mesmo local e foi realizada mediante o projeto do engenheiro belga Theophile Seyrig, discípulo de Eiffel, também autor da ponte  ferroviária de D. Maria Pia.

Fonte: http://www.igogo.pt/ http://www.lifecooler.com/ Wikipédia.org

Porto - 4º Dia - Zona do Carmo - Parte III



Caminhando, percorreu-se o curto caminho desde a zona dos Clérigos até à zona do Carmo. Era ali que queríamos visitar a belíssima Igreja do Carmo, localizada no cruzamento entre a Praça Carlos Alberto e a Rua do Carmo, bem perto da zona dos Clérigos.
Chegados à Praça Carlos Alberto, observa-se ao longe, do lado direito a Igreja do Carmo ou Igreja da Venerável Ordem Terceira de N.ª Sr.ª do Carmo.
 
A Praça Carlos Alberto outrora chamada Praça dos Ferradores, que se concentravam neste local. No topo nascente, encontra-se o Palácio dos Viscondes de Balsemão, construído no séc. XVIII.
Mas era a Igreja do Carmo que ansiávamos visitar e foi para lá que apressadamente se caminhou. Em estilo barroco/rococó é uma joia rara, que foi construída na segunda metade do séc. XVIII, entre 1756 e 1768, pela Ordem Terceira do Carmo, sendo o projeto do arquiteto José Figueiredo Seixas.
 
Quando se chega perto observa-se que esta igreja está geminada com a Igreja dos Carmelitas, a ela encostada do lado oeste, como que constituindo um volume único, embora se diferenciem bem uma da outra.
A fachada de cantaria, ricamente trabalhada, possui um portal retangular, que se encontra ladeado de duas esculturas religiosas dos profetas Elias e Eliseu executadas em Itália, rematado por um amplo frontão e no corpo superior da frontaria, podem ver-se coruchéus e esculturas com as figuras dos quatro Evangelistas, revelando influências do estilo “barroco Italiano” criado por Nicolau Nasoni.

Contudo não é a fachada frontal que mais impressiona, mas sim a fachada lateral esquerda, que está revestida por um grandioso painel de azulejos, representando cenas alusivas à fundação da Ordem Carmelita e ao Monte Carmelo. A composição foi desenhada por Silvestre Silvestri e pintada por Carlos Branco, sendo executada na fábrica da Torrinha, em Gaia e datados de 1912.
O interior é riquíssimo, destacando-se a excelente talha dourada dos retábulos rococós das capelas laterais e do altar-mor, além de diversa estatuária e pinturas a óleo, espalhados um pouco por toda a igreja.

Depois é a vez da Igreja dos Carmelitas ao seu lado. A fachada desta Igreja foi levantada entre 1619 e 1628 e tal como a Igreja do Carmo, apresenta uma expressiva decoração barroca em granito, uma das características das igrejas da cidade do Porto.
No final da visita a estas duas igrejas, foi a vez de um demorado descanso nas esplanadas em frente, a ver chegar a noite, ao que se seguiu um jantar de snacks, protegidos do frio da noite pelos enormes vidros da explanado do café em frente das duas belas Igrejas do Carmo, olhando a beleza dos seus magníficos portais.

Após o descanso e o jantar, o regresso ao Parque Biológico de Gaia. À saída da zona do Carmo uma passagem pelo Jardim da Cordoaria, hoje designado por Jardim de João Chagas.
O nome de Jardim da Cordoaria, por que é mais conhecido, deve-o à existência naquele lugar da Praça da Cordoaria, onde era realizada a atividade dos cordoeiros que ali estiveram instalados - na cordoaria nova - durante cerca de 200 anos.

No entanto no séc. XIX, a Câmara decidiu transformar essa Praça da Cordoaria num passeio público. O projeto, da autoria do paisagista alemão Emile David, foi executado em 1865/1866.
No Jardim estão as estátuas de Ramalho Ortigão e de António Nobre e um conjunto de esculturas de Juan Muñoz de 2001, assim como "O rapto de Ganímedes". No âmbito do Porto 2001, Capital Europeia da Cultura, este jardim sofreu uma remodelação.
 
Fonte: http://www.guiadacidade.pt/ Wikipédia.org

Porto - 4º Dia - Zona dos Clérigos - Livraria Lello & Irmão - Parte II




Acabada a visita à Igreja dos Clérigos e da sua Torre Campanário, seguimos para a emblemática Livraria Lello & Irmão, que o escritor espanhol Enrique Vila-Matas descreveu como, "A mais bonita livraria do mundo", e que mesmo que não o seja, uma vez que o conceito de beleza difere de pessoa para pessoa, é sem dúvida nenhuma, uma das mais belas do Mundo.

Fica situada na rua das Carmelitas 144, na freguesia da Vitória e bem próxima da Torre dos Clérigos.

Por fora o edifício chama desde logo a nossa atenção pela singularidade. Esta bela livraria de fachada clara e elegante destaca-se relativamente aos edifícios vizinhos.

Em estilo neogótico, formada por um amplo arco abatido, a entrada é realizada por uma porta central, ladeada por duas montras. Por cima, três janelas retangulares, são ladeadas por duas figuras pintadas por José Bielman, representando a "Arte" e a "Ciência". Por cima destas janelas destaca-se a designação "Lello e Irmão". A fachada completa-se com uma ornamentação feita com motivos vegetais, própria da Arte Nova e bem ao gosto do início do séc. XX. É ainda de realçar o rendilhado que encima o edifício, que completa este edifício, fazendo dele um verdadeiro monumento artístico que já mereceu classificação de património nacional.

No interior, os arcos quebrados apoiam-se nos pilares em que, sob baldaquinos rendilhados, o escultor Romão Júnior esculpiu os bustos dos escritores Antero de Quental, Eça de Queirós Camilo Castelo Branco, Teófilo Braga, Tomás Ribeiro e Guerra Junqueiro.

Dois andares e uma união arrebatadora: uma linda e monumental "escadaria vermelha em espiral" semelhante a "uma flor exótica", como refere o guia Lonely Planet's Best in Travel de 2011.

Em estantes com prateleiras neogóticas encontram-se mais de 120.000 títulos, que embelezam este local de grande culto, das mais diversas áreas e línguas.

Os tetos trabalhados, o grande vitral que ostenta o monograma e a divisa da livraria "Decus in Labore" e a escadaria de grandes dimensões de acesso ao primeiro piso, são as marcas mais significativas da livraria.

Esta verdadeira joia arquitetónica é mais um dos ex-líbris da cidade, que atravessou todo o séc. XX, geração após geração, nas mãos da mesma família.

Em 1995, José Manuel Lello decide realizar uma profunda transformação no interior da livraria, cuja herança, segundo as suas palavras, lhe «trazia não só um passado de ricas tradições mas também a exigência de fazer perdurar esse ideal de amor pelos livros, que se traduziu na edificação de uma obra arquitetónica única no mundo». O trabalho de restauro e de adaptação às atuais formas de uso foi entregue ao arquiteto Vasco Morais Soares.

Fonte: http://cidadesurpreendente.blogspot.pt/ Wikipédia.org  

Clara Schumann (1819 - 1896)


Num ano em que se festeja o grande compositor alemão Robert Schumann é da mais elementar justiça relembrar também a sua esposa Clara. É justo por várias razões, não sabendo qual delas a mais relevante. É justo porque é artisticamente relevante tanto enquanto pianista, como compositora. É justo porque soube sempre defender e ajudar em todas as circunstâncias o marido e a preservar a sua memória. É justo essencialmente porque sem ela, Schumann não teria possivelmente composto nem metade das obras que nos deixou.
 
Clara Schumann, nascida Clara Josephine Wieck (Leipzig, Saxônia, 13 de setembro de 1819 - Frankfurt am Main, 20 de maio de 1896), foi uma pianista e compositora romântica alemã, casada com o também compositor Robert Schumann.

Desde muito jovem, com 5 anos, Clara começou a ter lições de piano mediante a disciplina rígida do pai, Friedrich Wieck. A mãe, Marianne, era também uma excelente musicista e dava concertos.
Quando Clara tinha 4 anos, os pais divorciaram-se, e posteriormente Friedrich Wieck ganhou a custódia da menina.


A partir dos 13 anos desenvolveu uma brilhante carreira pianística, apresentando-se em vários palcos pela Europa. Aos 14 anos, começou a compor o ‘Concerto para piano em lá menor’, que foi apresentado quando ela contava 16 anos, sob a regência de Felix Mendelssohn.

Destacou-se não só por isso, mas também por fazer parte da performance de compositores românticos da época, como Chopin e Carl Maria Von Weber.


Ainda na adolescência iniciou um romance com Robert Schumann, que na época era aluno de seu pai. Ao tomar conhecimento da ligação de Robert e Clara, Wieck ficou furioso, pois Robert apresentava problemas relacionados com a bebida, o fumo e sofria de crises depressivas. Preocupado com o futuro da filha, proibiu a relação, e em consequência disso encetou uma longa batalha judicial, que culminou após um ano de litígio, com a permissão de Schumann desposar Clara, após completar 21 anos.

Depois do casamento, Clara e Robert começaram uma longa colaboração, ele compondo e ela interpretando e divulgando as suas composições. Clara continuou a compor, mas a vida em comum era complicada, pois ela foi forçada a parar a carreira por diversos períodos, devido às 8 gestações e, apesar de Schumann aparentemente encorajar sua criação musical, ela abdicou muitas vezes de sua carreira como compositora para promover a do marido. A situação era agravada por várias diferenças entre o casal: Clara adorava turnês, mas Robert odiava; ele precisava de silêncio e tranquilidade para praticar, o que significa que Clara ficava em segundo plano, pois somente após os estudos do marido, é que ela podia dedicar-se ao seu estudo.


Outro problema eram as constantes crises nervosas do marido, que fizeram Clara assumir as responsabilidades familiares sozinha. A pior crise de sua vida aconteceu quando Schumann entrou em depressão crónica, o que obrigou a família a interná-lo num hospício, onde ficou por dois anos, até sua morte.
Após 14 anos de casamento, Clara Schumann ficou sozinha com os filhos, tendo que dar aulas e apresentações para sustentar a família. A partir daí, ironicamente, ela ficou livre para compor e dar concertos, e sua carreira finalmente pode desenvolver-se.


A partir deste momento enceta uma grande amizade com Johannes Brahms, que foi o seu principal sustentáculo nesse período, e o que deu infelizmente, margem a falatórios de que os dois teriam um romance. Seguiram-se anos de colaboração mútua, já que os dois artistas eram defensores ferrenhos da 'estética romântica' ligada a um padrão mais formal e opositores de Wagner e Liszt. Esta amizade durou até o final da vida de Clara Schumann.
 
Durante certo período, Clara sofreu de uma síndrome de dor, ligada a tendinites e atribuída aos excessos de treinos, na tentativa de executar as obras orquestrais de Brahms. O tratamento multimodal realizado à época foi bem sucedido e Clara pode continuar sua carreira.


Além de instrumentista de eleição, verdadeira chefe de família e compositora Clara Schumann ainda encontrou tempo para se dedicar ao ensino da música, tendo valorizado de forma sistemática a importância da vontade do compositor, do tom e da sensibilidade. Estes ensinamentos chegaram em grande parte aos nossos dias pela influência de alguns dos seus alunos nas melhores escolas de música do século XX.

Os últimos anos da compositora foram marcados por uma brilhante carreira como professora e o reconhecimento como concertista, chegando até a ser comparada com Liszt. Clara Schumann faleceu a 20 de maio de 1896, em Frankfourt.


Fonte: Wikipédia.org / http://guiadamusicaclassica.blogspot.com


Ler mais: http://guiadamusicaclassica.blogspot.com/2010/02/clara-schumann-1819-1896.html#ixzz26M0VNvZh

Já não era sem tempo...

 
 
Novo Estatuto do Aluno publicado em Diário da República
 
 
Lusa
05 Set, 2012, 12:18
 
"Publicado hoje em Diário da República, o diploma reuniu a discordância da oposição, no parlamento, tendo contado somente com votos favoráveis da maioria PSD/CDS.
Os representantes dos pais também apresentaram reservas, considerando que a medida que prevê multar os encarregados de educação dos alunos faltosos é "um presente envenenado" para as escolas, por se tratar de matéria para os tribunais de menores.
Os pais dos alunos faltosos passam a ser responsabilizados pelos comportamentos dos filhos e podem ser punidos com coimas que podem ir dos 13 aos 79 euros, tendo por base os valores em vigor.
O Estatuto refere que a falta de cumprimento "consciente e reiterado" por parte dos pais e encarregados de educação de alunos menores a um conjunto de deveres, "aliado à recusa, não comparência ou ineficácia das ações de capacitação parental determinadas constitui contraordenação".
Entre as obrigações listadas estão a matrícula, frequência, assiduidade e pontualidade dos alunos, a comparência na escola sempre que os filhos atinjam metade do limite de faltas injustificadas ou em caso de audição obrigatória devido a procedimento disciplinar, mas também a realização pelos estudantes das medidas de recuperação definidas pela escola.
Quando aqueles deveres não são cumpridos, a escola deve comunicar à comissão de proteção de crianças e jovens ou ao Ministério Público, mas também avançar para contraordenações "punidas com coimas de valor igual ao máximo estabelecido para os alunos do escalão B do ano ou ciclo de escolaridade frequentado pelo educando" para aquisição de manuais escolares.
Os deveres do aluno incluem estudar, respeitar a autoridade e instruções dos professores e pessoal não docente, tratar com respeito e correção qualquer membro da comunidade educativa ou respeitar a integridade física e psicológica de todos.
Na lista das obrigações consta não possuir ou consumir substâncias aditivas, como drogas, tabaco ou bebidas alcoólicas, não utilizar equipamentos tecnológicos, como telemóveis, nos locais onde decorram aulas, e não captar sons ou imagens sem autorização dos professores.
"Não difundir, na escola ou fora, nomeadamente via internet, sons ou imagens captados nos momentos letivos e não letivos, sem autorização do diretor da escola", pode igualmente ler-se no diploma.
Entre as medidas disciplinares corretivas previstas no Estatuto estão a advertência, ordem de saída de aula, realização de tarefas e atividades de integração na escola ou na comunidade, condicionamento de acesso a alguns espaços ou mudança de turma.
Um aluno que agrida física ou moralmente um colega ou um professor pode ser transferido para outra turma a pedido dos agredidos.
As medidas disciplinares sancionatórias são a repreensão registada, suspensão até 12 dias, transferência de escola ou expulsão.
"A lei protege a autoridade dos professores" garante o diploma e os crimes cometidos contra a sua pessoa ou património, no exercício da profissão, levam a penas agravadas em um terço nos seus limites mínimo e máximo."

Porto - 4º Dia - Zona dos Clérigos Igreja e Torre dos Clérigos- Parte I


O 4º Dia de visita ao Porto, foi destinado ao conhecimento particular da zona onde se situa a Torre dos Clérigos, ex-líbris da cidade e da zona do Carmo.
 
 
Além desta belíssima Torre Campanário e da sua Igreja, ficam ali também situados o Largo da Cordoaria e o respetivo Jardim da Cordoaria, bem como a Livraria Lello & Irmão.


Iniciámos naquele dia pela visita à Igreja dos Clérigos. À entrada observa-se logo a imponente e única nave de forma elítica, desenhando uma ampla oval de aspeto grandioso, com uma capela-mor de formato retangular, que apresenta um magnífico retábulo de mármores policromos, contendo ainda quatro altares laterais.

É formada por diversas dependências, possuindo além da igreja, uma enfermaria e uma secretaria. É um emblemático edifício do barroco portuense. Da autoria do italiano Nicolau Nasoni, a sua edificação foi da responsabilidade da Irmandade dos Clérigos, congregação religiosa surgida no Porto, em 1707.

Nos finais do ano de 1731, Nasoni o seu plano para a nova igreja aprovado, e no ano seguinte é dado início às obras na Igreja Barroca dos Clérigos, consagrada a Nossa Senhora da Assunção.

As outras dependências, como a casa dos clérigos, enfermaria e secretaria, são também obra de Nicolau Nasoni e foram concretizadas mais cedo, entre 1754 e 1759. Situam-se na parte traseira da igreja e apresentam a forma de um polígono.

No entanto é ao seu lado, mais precisamente do seu lado direito, que se encontra o verdadeiro ex-líbris desta casa religiosa, que é a sua imponente torre sineira, mais conhecida por Torre dos Clérigos, e a última construção do conjunto dos Clérigos. Edificada entre os anos de 1757 e 1763, com uma altura de 75,6 metros, está seccionada em seis zonas repartidas por quatro andares e 75 metros de altura, que se sobem por uma escada em espiral com 240 degraus.

É virada para ocidente que se encontra a fachada principal desta torre sineira, onde foi rasgada a porta de acesso.  
 
A torre é decorada segundo o estilo barroco, com esculturas de santos, fogaréus, cornijas bem acentuadas e balaustradas e uma movimentada decoração de motivos fitomórficos, próprios da linguagem escultórica do barroco.

No primeiro andar apresenta uma porta encimada pela imagem de São Paulo, tendo por debaixo, inserido num medalhão, um texto de São Paulo, da Carta aos Romanos.


Os materiais utilizados na construção da Torre dos Clérigos foram, principalmente, o granito e o mármore, e a espessura das paredes do primeiro andar, chega a atingir os dois metros. Destacam-se também as janelas balaustradas do último andar, mais comprimido e decorado, e os quatro mostradores de relógio.

Depois de se subirem os 240 degraus, chega-se ao seu topo, e dali observa-se uma soberba vista panorâmica, sobre a cidade e o rio Douro, valendo bem o esforço de se subir a sua “infinita” escadaria.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.portoturismo.pt/ http://www.infopedia.pt/

Porto - 3º Dia - Passeio pelo Porto - Parte II




A partir da zona de Cedofeita o autocarro toma o rumo da Foz do Douro, o local onde o rio Douro encontra o Oceano Atlântico.
 
Já no passeio marítimo que acompanha o rio até ao mar, observam-se os amplos passeios marítimos e as zonas ajardinadas, permitindo também observar bonitas paisagens de mar e terra da zona.
 
É ali que no verão a vida noturna é mais animada, sendo o lugar onde se encontram diversas discotecas e bares da zona. Também se passa pelo Forte de São João Baptista e a Igreja Matriz, que segundo se diz na visita guiada, merecem a visita dos visitantes da cidade do Porto.
Agora no caminho de volta, faz-se o circuito das Pontes, que é uma forma ideal para se ficar a conhecer o percurso que acompanha o rio Douro até ao Freixo.
Assim como ex-libris desta zona da cidade estão as várias pontes que ligam o Porto a Vila Nova de Gaia, como a Ponte D. Luís I e a Ponte Maria Pia (foi construída pela empresa de Gustave Eiffel). Mais recentes são as Pontes do Freixo e do Infante, naturalmente com uma arquitetura totalmente distinta.
Desde a Foz do Douro até à Ribeira, vamo-nos deixando encantar pela vista magnífica que a Marginal do Porto nos oferece. No caminho começa-se pela observação da Alfândega do Porto (Edifício e Museu) onde, segundo reza a história, os reis costumavam alojar-se.
Prossegue-se pela marginal em direção ao Museu do Vinho do Porto, onde quando visitado, se poderá ficar a conhecer a história e a importância que o vinho do Porto teve para o desenvolvimento histórico da região do Douro. Ainda na marginal, passa-se pelo Museu do Carro Elétrico, onde se podem apreciar os antigos elétricos históricos, autenticas relíquias da cidade do Porto.
Chega-se depois à Ribeira, um dos locais mais antigos, tradicionais e históricos da cidade do Porto. Fazendo parte do Centro histórico do Porto, e sendo Património Mundial da Unesco, é dos locais mais procurados pelos turistas que visitam a cidade do Porto.
Depois e após ser percorrida a Avenida Gustavo Eiffel e Avenida Paiva Couceiro e deslumbrarmo-nos com todas as pontes que ligam as duas margens do rio Douro, chega-se ao Palácio do Freixo, atualmente uma das Pousadas de Portugal.
Volta-se para trás para a zona da Ribeira, onde há a destacar a Praça e Cais da Ribeira, a Casa do Infante e os Pilares da Ponte Pênsil. Um pouco mais acima, junto ao ponto de partida dos circuitos, encontra-se o Palácio da Bolsa, com uma mistura de estilos arquitetónicos esplendorosos. Ao seu lado destaca-se Igreja de São Francisco, a única igreja gótica da cidade do Porto, classificada como património nacional desde 1910.
Da Ribeira sobe-se depois para o centro da cidade, em direção de Santa Catarina e da Praça da Batalha.
Na Praça da Batalha há diversos pontos que merecem a nossa atenção, como a antiga estação Central dos Correios que data do séc. XVII.
A sul destaca-se o Teatro São João, construído no início do séc. XX, após o edifício original ter sido destruído por um incêndio. Ali se podem ver diversos cafés e hotéis que tornam esta praça, um dos pontos mais movimentados e visitados pelos turistas da cidade do Porto. A agitação da Praça da Batalha também se justifica com a proximidade da rua de Santa Catarina, a principal artéria comercial da Baixa do Porto.
É ali que se encontra o Café Majestic, um lindo café do início do séc. XX, com decoração arte Deco, um dos melhores restaurantes da cidade e um dos principais pontos de interesse da rua de Santa Catarina. É ali que paramos, para jantar no Majestic, acabando ali, no nosso entender, a noite da melhor maneira possível.

 
Fonte: Panfleto dos autocarros turísticos /http://www.yellowbustours.com/