Esta paragem de autocarros é também o terminal de urbanas da cidade e ali perto, também se encontra a principal estação ferroviária da cidade de Florença, nas traseiras da Basílica de Santa Maria Novella.
Esta igreja, foi concebida por Giorgio Vasari, o arquitecto da penúltima reforma e tendo mais tarde a interferência de Enrico Romoli, que fez a última reforma.
No século IX, já ali existia um pequeno oratório de Santa Maria delle Vigne. Em 1049, foi sobre ele construída uma pequena igreja, com o nome de Santa Maria Novella, que foi concedida em 1221 aos frades dominicanos.
Por isso mesmo, as ruas de Florença são a todo o momento, sinónimas de cultura. Em cada esquina respira-se arte e em todas as ruas, há algo para ver. Encontramos sempre pessoas com mapas e guias da cidade nas mãos e claro, também ouvimos todos os tipos de sotaques e idiomas.
Assim sendo e partindo da Piazza Santa Maria Novella, fomos pela Via del Sole até ao Palazzo Strozzi (Palácio Strozzi), na zona central de Florença. Este é um dos mais notáveis edifícios da fase inicial da Renascença italiana.De tamanho imponente (foi necessário destruir 15 edifícios para construí-lo), encontra-se entre as homónimas Via Strozzi e Piazza Strozzi e a Via Tornabuoni, com grandiosos portais que fazem de entrada, todos idênticos, em cada um dos três lados e não se encontram encostados a outros edifícios.
Autêntica obra-prima da arquitectura civil florentina do Renascimento, foi construído, entre 1489 e 1538, para a família Strozzi, uma das mais importantes linhagens florentinas, tradicionalmente hostil à facção dos Médici e que manteve este palácio na sua posse até 1907, ano em que foi legado ao Estado italiano. O projecto do edifício é do arquitecto Benedetto da Maiano, que o projectou por encomenda de Filippo Strozzi.No exterior deste palácio, ainda podemos encontrar agarrados às esquinas do edifício, alguns apetrechos para a iluminação daquelas épocas distantes, como os porta-archotes com argolas, que serviam para amarrar também os cavalos.
A Piazza Strozzi foi usada durante todo o Renascimento como lugar de feira para venda de alimentos, uma ocupação que deixava diariamente muitos dejectos e que não agradava aos Strozzi. Uma placa ali colocada em 1762 pelos "Otto di Balia e di Guardia", (os precursores do corpo da policía municipal) na esquina da praça, proíbe o comércio de melancias, fruta e sucata, sob pena de severas multas.
Àquela hora a cidade ainda apanha em cheio a famosa luz da Toscana e é um prazer deambular pelas suas ruas e aqui e ali desembocar nas suas inúmeras praças, onde o sol aparece com todo o seu esplendor.
O Renascimento está presente nas ruas. Florença é um grande museu ao ar livre e para os moradores da capital do Renascimento, a convivência com hordas de turistas parece nunca incomodar, estando sempre prontos para responder com gentileza às perguntas e ajudar quem quer que precise.
A chegada à Piazza del Duomo foi rápida. Esta praça é dominada pela sua fabulosa Catedral ou Duomo e edifícios afins, como a alta e elegante Torre Campanário de Giotto e o Batistério de San Giovanni ainda aberto e que por isso ainda podemos visitar naquele dia.
São também constituídas por 28 painéis, com cenas do "Novo Testamento". As estátuas de bronze acima das portas norte foram feitas por Francesco Rustici, com assistência de Leonardo da Vinci.
Depois o simples mas saboroso jantar, uma bela Pizza Napolitana, seguida de um saboroso "gelatto", numa geladaria/pizzaria ali mesmo na Piazza del Duomo, do lado esquerdo do Duomo, numa esplanada ao ar livre, observando o passar dos turistas que inundavam a praça.
Assim e na paz bucólica das vielas à beira do rio Arno, caminhámos através do centro medieval de Florença, com a orientação naturalmente prestada pela torre do Palácio Vecchio, até chegarmos ao coração da cidade, a Piazza della Signoria.
Foi nesta praça que morreu Savonarola (reformador dominicano que veio de uma antiga e tradicional família de Ferrara. Um intelectual muito talentoso que devotou os seus estudos, em especial à filosofia e à medicina), em 25 de Maio de 1498, depois de ser denunciado à Inquisição como herege. A inscrição existente no círculo de mármore no centro da Piazza della Signoria, mostra o local onde Savonarola morreu queimado na praça pública.
Situada no canto direito do Palazza Vecchio, na Piazza della Signoria, foi construída entre 1376 e 1382 para abrigar as assembleias do povo e realizar cerimónias públicas, como por exemplo, a posse de cargos do exército ou do clero.
Ali se encontra a famosa estátua de Perseo, segurando a cabeça de Medusa, de Cellini (1554), simbolizando o que acontecia a quem cruzasse perfidamente com os Medici. Ali também se encontra, entre outras a complexa escultura do artista flamengo Jean de Boulogne, mais conhecido por Giambologna, o Rapto das Sabinas, uma das mais belas esculturas encontradas ao abrigo dos arcos da Loggia dei Lanzi.
Virámos à esquerda do Palazzo Pitti até atingirmos a Piazza di San Felice, onde encontramos a Chiesa di San Felice (Igreja de São Felix), na esquina a Sul da Piazza Pitti.
A Chiesa di San Felice é uma antiga igreja em estilo gótico, com fachada renascentista, uma obra de Michelozzo, adicionada em 1457. No interior, sobre o altar-mor, um grande e belo crucifixo atribuído a Giotto ou à sua escola.
Frequentemente ali se realiza um movimentado mercado de rua (em alguns dias da parte da manhã ou nos finais de semana). À sua volta podemos encontrar restaurantes e clubes nocturnos, lojas e estúdios de artistas.
Depois da visita à Basílica di Santo Spirito, seguimos depois pela Via Sant’ Agostino e depois pela Via Santa Monaca até à Piazza del Carmine, onde se encontra a Chiesa Santa Maria del Carmine e a famosa Capela Brancacci.
Esta igreja é famosa por nela se encontrar a Capela Brancacci, uma capela muitas vezes chamada de “Capela Sistina” do começo da Renascença, onde nasceu a arte do Renascimento e que possui belos frescos de Masaccio, Masolino da Panicale e Filippino Lippi.
Caminhámos de seguida para a margem esquerdo do rio Arno, onde pelo Lungarno Guicciardini, fomos parando aqui e ali para as fotos ao rio, à margem direita e à Ponte Vecchio que novamente se aproximava.
A torre está entre os maiores edifícios da cidade e tem um revestimento típico de pedra e várias janelas abertas para o rio e não alinhadas, possuindo alguns postigos antigos "cobradores de portagem", que outrora serviram para cobrar as entradas na cidade. O piso superior com grandes janelas é de construção mais recente. Na frente da torre abre-se um pequeno jardim privado sem gradeamento, único em Florença.
Nela destaca-se sem sombra de dúvidas o Palácio Pitti (Palazzo Pitti), um grande palácio renascentista de Florença. Este palácio é, actualmente, o maior complexo museológico de Florença e foi construído para o influente banqueiro Luca Pitti, por uma questão de mera rivalidade e inveja, querendo sobrepujar o poder e fortuna da família Medici.
O aspecto actual do palácio data do século XVII, tendo sido originariamente projectado por Brunelleschi (1458) e pelo seu aprendiz Luca Fancelli.

As Galerias Uffizi foram inauguradas em 1580 e são um dos museus de pintura e escultura mais famosos e antigos do mundo. A colecção de arte primitiva e da Renascença compreende obras-primas aclamadas mundialmente, que incluem trabalhos de Giotto, Piero della Francesca, Fra Angelico, Botticelli, Leonardo da Vinci, Raphael, Michelangelo e Caravaggio. O acervo de obras de mestres alemães, holandeses e flamengos é composto por pinturas de Dürer, Rembrandt e Rubens.
Cosimo I pediu a Giorgio Vasari, um dos principais pintores e arquitectos da época, que construísse um edifício para sediar os escritórios administrativos da Toscana, chamados “Ofícios” (uffizi). No andar superior do edifício, o Grão Duque Francesco I criou as Galerias Uffizi, que foi enriquecida por vários membros da família Medici, grandes coleccionadores de pinturas, esculturas e obras de arte.
Com o fim da dinastia Medici no século XVIII, a colecção foi doada a Florença e a sua exibição foi reorganizada pelos Duques de Lorraine, que passaram a governar a Toscana, e depois pelo próprio Estado italiano.