Visita a Florença - 3º Dia (Parte I)

O terceiro dia em Florença já começou tarde para nós, pois o dia anterior tinha sido muito cansativo. Após o almoço, apanhámos o autocarro urbano nº 13, na Piazzale Michelangelo para descermos na paragem principal da cidade, na Piazza de Santa Maria Novella, onde está situada a Basílica do mesmo nome.

Esta paragem de autocarros é também o terminal de urbanas da cidade e ali perto, também se encontra a principal estação ferroviária da cidade de Florença, nas traseiras da Basílica de Santa Maria Novella.

Esta igreja, foi concebida por Giorgio Vasari, o arquitecto da penúltima reforma e tendo mais tarde a interferência de Enrico Romoli, que fez a última reforma.

No século IX, já ali existia um pequeno oratório de Santa Maria delle Vigne. Em 1049, foi sobre ele construída uma pequena igreja, com o nome de Santa Maria Novella, que foi concedida em 1221 aos frades dominicanos.

A ampliação principal foi realizada em 1279, seguindo o projecto de Fra Sisto da Firenze e Fra Ristoro da Campi. Ficou completa em meados do século XIII, sendo a nova igreja consagrada, pelo Papa Eugênio IV, em 1420.

Dali até ao centro histórico da cidade de Florença é um pulinho, caminhando por ruas cheias de turistas e de história. Ruas planas e empedradas, onde o caminhar se transforma a todo o momento, numa deliciosa aula de história.

Ali podemos encontrar além de várias capelas e igrejas, inúmeros palácios brasonados, alguns ainda com traça medieval e muitos é claro, renascentistas, alguns deles transformados em museus.

Por isso mesmo, as ruas de Florença são a todo o momento, sinónimas de cultura. Em cada esquina respira-se arte e em todas as ruas, há algo para ver. Encontramos sempre pessoas com mapas e guias da cidade nas mãos e claro, também ouvimos todos os tipos de sotaques e idiomas.

Naquele dia, queríamos deambular pelas ruas e ruelas estreitas de Florença, aproveitando para conhecer algumas praças da cidade ainda não visitadas, bem como muitas casas e palácios imponentes, escondidos nas ruas da cidade.

Assim sendo e partindo da Piazza Santa Maria Novella, fomos pela Via del Sole até ao Palazzo Strozzi (Palácio Strozzi), na zona central de Florença. Este é um dos mais notáveis edifícios da fase inicial da Renascença italiana.

De tamanho imponente (foi necessário destruir 15 edifícios para construí-lo), encontra-se entre as homónimas Via Strozzi e Piazza Strozzi e a Via Tornabuoni, com grandiosos portais que fazem de entrada, todos idênticos, em cada um dos três lados e não se encontram encostados a outros edifícios.

Autêntica obra-prima da arquitectura civil florentina do Renascimento, foi construído, entre 1489 e 1538, para a família Strozzi, uma das mais importantes linhagens florentinas, tradicionalmente hostil à facção dos Médici e que manteve este palácio na sua posse até 1907, ano em que foi legado ao Estado italiano. O projecto do edifício é do arquitecto Benedetto da Maiano, que o projectou por encomenda de Filippo Strozzi.

No exterior deste palácio, ainda podemos encontrar agarrados às esquinas do edifício, alguns apetrechos para a iluminação daquelas épocas distantes, como os porta-archotes com argolas, que serviam para amarrar também os cavalos.
A Piazza Strozzi foi usada durante todo o Renascimento como lugar de feira para venda de alimentos, uma ocupação que deixava diariamente muitos dejectos e que não agradava aos Strozzi. Uma placa ali colocada em 1762 pelos "Otto di Balia e di Guardia", (os precursores do corpo da policía municipal) na esquina da praça, proíbe o comércio de melancias, fruta e sucata, sob pena de severas multas.

Visita a Florença - Baptistério - 2º Dia (Parte VIII)


Naquele dia e por já ser tarde resolvemos deixar a visita ao interior do Palazzo Vecchio, para o dia seguinte. Resolvemos então ir até à Piazza del Duomo, para ver se ainda conseguíamos entrar nalgum dos edifícios do complexo.

Estávamos invadidos por vastas emoções que ao longo do dia se foram materializando nas várias visitas ao acervo artístico incomparável da cidade de Florença.

Àquela hora a cidade ainda apanha em cheio a famosa luz da Toscana e é um prazer deambular pelas suas ruas e aqui e ali desembocar nas suas inúmeras praças, onde o sol aparece com todo o seu esplendor.

Os passos ecoam na calçada e Florença mostra-se como realmente é, pequena, concisa e compacta. É possível saborear em paz os tesouros da cidade, mesmo que esteja repleta de gente… Ela é mesmo assim! Mesmo cheia de gente, parece ter sempre espaço, e quem quer que a visite sente isso mesmo.

O Renascimento está presente nas ruas. Florença é um grande museu ao ar livre e para os moradores da capital do Renascimento, a convivência com hordas de turistas parece nunca incomodar, estando sempre prontos para responder com gentileza às perguntas e ajudar quem quer que precise.

Florença é o lugar mais encantador do mundo, especialmente quando o rio Arno fica dourado à luz do poente e por isso, quem a visita, tem que gozar pelo menos uma vez, a partida do Sol junto das suas margens.

A chegada à Piazza del Duomo foi rápida. Esta praça é dominada pela sua fabulosa Catedral ou Duomo e edifícios afins, como a alta e elegante Torre Campanário de Giotto e o Batistério de San Giovanni ainda aberto e que por isso ainda podemos visitar naquele dia.

O Baptistério de Florença é de uma beleza indescritível e ao contrário do que acontece em Pisa, o Baptistério é muito mais bonito interiormente do que o Duomo. É uma construção octogonal que simboliza o “oitavo dia”, o dia da Ascensão de Cristo aos Céus, simbolizando também a Vida Eterna, que é dada pelo baptismo.

O vasto interior é um tanto escuro, com a luz entrando através de pequenas janelas e pela lanterna no topo. A construção contém o esplêndido túmulo de Baldassare Coscia, o Antipapa João XXIII, projectado por Donatello e seu aprendiz Michelozzo.

Apresenta um magnífico tecto em mosaico, executado por vários artistas de Veneza (talvez até mesmo Cimabue) em 1225. Representa o "Julgamento Final", com cenas de horríveis castigos que fazem lembrar as obras do artista flamengo Hieronymus Bosch.

Dante Alighieri cresceu olhando os mosaicos e foi baseado neles que criou muitas das cenas que narra na sua obra “Inferno”. Dante e também muitos membros da família Médici, foram baptizados no local.

O estilo da igreja serviu como protótipo para a construção, por Leone Battista Alberti, de outras igrejas românicas na Toscana. O exterior é decorado por estátuas de Andrea Sansovino, Giovan Francesco Rustici e Vincenzo Danti.


Acredita-se que é o mais antigo prédio da cidade e é famoso pelas suas magníficas portas de bronze, que lhe foram adicionadas nos séculos XIV e XVI. Em 1329, Andrea Pisano, recomendado por Giotto, recebeu a encomenda de projectar as primeiras portas (as portas Sul). A execução durou seis anos e foi finalizada em 1336. Estas portas possuem 28 painéis quadrangulares, representando cenas da vida de São João Batista e as virtudes. Os relevos foram adicionados por Lorenzo Ghiberti, em 1452. Vincenzo Danti criou as estátuas acima das portas em 1571.

Em 1401, uma competição foi anunciada para a execução das portas Norte do Baptistério. Competiram sete escultores, mas Ghiberti, então com 21 anos, ganhou a encomenda, levando 21 anos para as finalizar.

São também constituídas por 28 painéis, com cenas do "Novo Testamento". As estátuas de bronze acima das portas norte foram feitas por Francesco Rustici, com assistência de Leonardo da Vinci.

Ghiberti tornou-se então uma celebridade e o artista máximo em seu campo. Em 1425 recebeu uma segunda encomenda, as portas Leste, que ele executou com a ajuda de Michelozzo e Benozzo Gozzoli.

São dez painéis com cenas do "Velho Testamento" e que utilizaram a nova técnica da perspectiva para que os painéis adquirissem profundidade. Michelangelo referiu-se a essas portas como "As Portas do Paraíso", nome que lhes permanece até hoje.

As portas que vemos agora no Baptistério são cópias das originais, que foram removidas em 1990, encontrando-se no Museo dell'Opera del Duomo. No topo das Portas do Paraíso está um grupo de estátuas que reproduzem “O Baptismo de Cristo”, por Andrea Sansovino e que foram finalizadas por Vincenzo Danti e Innocenzo Spinazzi.

Depois o simples mas saboroso jantar, uma bela Pizza Napolitana, seguida de um saboroso "gelatto", numa geladaria/pizzaria ali mesmo na Piazza del Duomo, do lado esquerdo do Duomo, numa esplanada ao ar livre, observando o passar dos turistas que inundavam a praça.

Fonte: http://pt.wikipedia.org

Construtores da paz e da justiça


Mensagem de Ano Novo de D. Manuel Pelino

A passagem de ano é motivo de festejarmos a vida e de manifestarmos os votos de um novo ano feliz, com qualidade, sem grandes problemas. Mostramos assim que gostamos de viver, que apreciamos cada ano que passa e queremos mais anos e anos melhores. A pessoa humana vive do sonho do futuro. Temos consciência de que a vida termina na morte mas o nosso anseio profundo é a vida mais plena e um futuro mais radioso.

Mas o futuro próximo está ensombrado por nuvens negras. De facto, para 2011 prevê-se a agudização da crise económica, o drama do aumento do desemprego, a diminuição dos ordenados, o fim de alguns subsídios. Como podemos pretender qualidade de vida com estes prognósticos?

A qualidade de vida não depende apenas da economia, do bem-estar material, do poder de compra. Uma existência harmoniosa e feliz não depende só do que temos mas sobretudo do que somos. O que conta decisivamente para a qualidade de vida é a paz interior, a harmonia com a vida, com os outros, connosco mesmos e, em última análise, com Deus. Segundo a concepção bíblica, a paz é a síntese de todos os bens, aparece associada à justiça, à bondade, ao perdão, à boa relação. Por isso, celebramos no primeiro dia do ano o dia mundial da paz.

Assim, os meus votos para o novo ano de 2011, vão no sentido de um maior empenho de todos os cristãos e pessoas de boa vontade em construir a paz pela justiça e pelo combate à pobreza. Foi a reflexão de Bento XVI, em 1 de Janeiro de 2009, uma reflexão que volta a estar muito actual.

A sociedade civil, disse na altura o Papa, desempenha um papel fundamental neste combate. Como cristãos devemos estar muito atentos para que ninguém, à nossa volta, passe necessidades primárias de alimentação ou vestuário. A prática da solidariedade tem de ser mais criativa, mais dinâmica.

Não podemos apenas esperar que os necessitados venham ter connosco a pedir ajuda. Devemos descobri-los e ajudar de forma discreta e fraterna. Na diocese vamos procurar revitalizar o serviço de solidariedade e ajuda fraterna de forma a conjugar a acção da Caritas, Conferências Vicentinas e Associações de solidariedade como Centros Sociais Paroquiais e Santas Casas da Misericórdia.

A crise é uma oportunidade para rever o nosso estilo de vida consumista, ávido de luxos, fechado no bem-estar individual. É um convite a uma vida mais simples e mais solidária. Para superar a crise todos temos de colaborar e fazer o trabalho de casa. Resumo assim os meus votos de Ano Novo: Dêmo-nos as mãos, numa responsabilidade comum, para construir a paz e a justiça.

Manuel Pelino Domingues, Bispo de Santarém

Visita a Florença - Piazza della Signoria - 2º Dia (Parte VII)


Após o deambular pelo bairro Oltrarno, foi altura de passar a Ponte Vecchio, sempre cheia de turistas e artistas de rua, para acedermos às vielas situadas junto da margem direita do rio Arno, a caminho da Piazza della Signoria.

Assim e na paz bucólica das vielas à beira do rio Arno, caminhámos através do centro medieval de Florença, com a orientação naturalmente prestada pela torre do Palácio Vecchio, até chegarmos ao coração da cidade, a Piazza della Signoria.

Na Piazza della Signoria respira-se permanentemente um ar de festa, encontrando-se sempre cheia de turistas, quer de Verão, quer de Inverno. Tem sido o centro da vida política em Florença desde o séc. XIV e foi o palco de grandes acontecimentos históricos da cidade, como o retorno dos Medici, em 1530, bem como o local onde durante a época da Inquisição, se realizavam as fogueiras do Santo Ofício.

Foi nesta praça que morreu Savonarola (reformador dominicano que veio de uma antiga e tradicional família de Ferrara. Um intelectual muito talentoso que devotou os seus estudos, em especial à filosofia e à medicina), em 25 de Maio de 1498, depois de ser denunciado à Inquisição como herege. A inscrição existente no círculo de mármore no centro da Piazza della Signoria, mostra o local onde Savonarola morreu queimado na praça pública.

A maior atracção da praça é sem dúvida o Palazzo Vecchio, mas não lhe ficam atrás as muitas e belas esculturas da Piazza della Signoria, que transpiram várias conotações políticas, muitas das quais extremamente contraditórias.

O David (o original está na Galleria dell'Accademia), uma notável escultura de Michelangelo foi colocado fora do Palazzo Vecchio, como símbolo da República. Hércules e Caco (1534), do escultor renascentista Bandinelli, situada à direita de David, foi apropriado pelos Medici para mostrar a sua força física após seu retorno do exílio. O Neptuno (1575) de Ammannati, comemora as ambições marítimas dos Medici e a estátua equestre de duque Cosimo I de Medici (1595) de Giambologna, simboliza o poderio militar dos Medici.

Algumas estátuas no entanto, estão protegidas na graciosa Loggia dei Lanzi, que funciona como uma galeria de escultura ao ar livre e que foi desenhada por Orcagna, em 1376. Seus arcos curvados são próprios do classicismo renascentista.

Situada no canto direito do Palazza Vecchio, na Piazza della Signoria, foi construída entre 1376 e 1382 para abrigar as assembleias do povo e realizar cerimónias públicas, como por exemplo, a posse de cargos do exército ou do clero.

Foi originalmente chamada de Loggia della Signoria ou Orcagna, a partir do nome do artista que a projectou. Durante o reinado de Cosimo I de Medici, foi usada para abrigar as tropas mercenárias.

Ali se encontra a famosa estátua de Perseo, segurando a cabeça de Medusa, de Cellini (1554), simbolizando o que acontecia a quem cruzasse perfidamente com os Medici. Ali também se encontra, entre outras a complexa escultura do artista flamengo Jean de Boulogne, mais conhecido por Giambologna, o Rapto das Sabinas, uma das mais belas esculturas encontradas ao abrigo dos arcos da Loggia dei Lanzi.

Depois foi a vez de irmos até ao belíssimo pátio do Palazzo Vecchio. Este é o primeiro pátio, ao qual se acede pelo portão principal da Piazza della Signoria. Foi projectado em 1453 por Michelozzo e é um lugar único e quem o visita nunca mais o esquece.

Em 1565, por ocasião das bodas entre Francisco I de Médici, filho de Cosme I, e Joana de Áustria, irmã do imperador Maximiliano II, o pátio foi transformado e maravilhosamente decorado em estilo maneirista, segundo projecto de Giorgio Vasari.

Fonte: Wikipédia / www.igougo.com/attractions-reviews

Visita a Florença - 2º Dia (Parte VI)


Depois da visita ao Palazzo Pitti e aos jardins Boboli, resolvemos enveredar pela zona a Sul do palácio, mergulhando durante mais algum tempo pelo bairro Oltrarno.

Virámos à esquerda do Palazzo Pitti até atingirmos a Piazza di San Felice, onde encontramos a Chiesa di San Felice (Igreja de São Felix), na esquina a Sul da Piazza Pitti.

Esta praça em forma triangular, forma a junção entre a Via Romana, a Piazza Pitti e a Via Maggio e possui no meio uma coluna talhada em pedra.
A Chiesa di San Felice é uma antiga igreja em estilo gótico, com fachada renascentista, uma obra de Michelozzo, adicionada em 1457. No interior, sobre o altar-mor, um grande e belo crucifixo atribuído a Giotto ou à sua escola.

Em seguida tomámos a estreita Via Mazzetta, até à Piazza Santo Spirito, onde se encontra a Basílica de Santa Maria do Espírito Santo. Esta praça foi criada no século XIII, assim como outras praças na frente de importantes edifícios religiosos, para acomodar as multidões que assistiram as orações dos Frades Agostinianos, os antigos proprietários da Basílica.
Frequentemente ali se realiza um movimentado mercado de rua (em alguns dias da parte da manhã ou nos finais de semana). À sua volta podemos encontrar restaurantes e clubes nocturnos, lojas e estúdios de artistas.

A Basílica de Santa Maria do Espírito Santo é uma das principais igrejas de Florença e foi erguida sobre ruínas de um convento do século XIII. No seu interior possui numerosas obras de arte de vários mestres da pintura e escultura florentina.
Depois da visita à Basílica di Santo Spirito, seguimos depois pela Via Sant’ Agostino e depois pela Via Santa Monaca até à Piazza del Carmine, onde se encontra a Chiesa Santa Maria del Carmine e a famosa Capela Brancacci.

A Chiesa Santa Maria del Carmine é uma igreja da Ordem Carmelita, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, o título dado à Virgem Maria, no seu papel como padroeira da Ordem das Carmelitas.

Esta igreja é famosa por nela se encontrar a Capela Brancacci, uma capela muitas vezes chamada de “Capela Sistina” do começo da Renascença, onde nasceu a arte do Renascimento e que possui belos frescos de Masaccio, Masolino da Panicale e Filippino Lippi.

A construção foi encomendada por Pietro Brancacci, e começou em 1386. Masolino da Panicale foi contratado para pintar a capela, junto com seu assistente, Masaccio. Esse último era tão bom pintor, que Masolino deixou a obra e deu-a inteiramente a Masaccio. Contudo, Masaccio foi chamado a Roma antes de concluir a obra e morreu aos 27 anos. Porções da capela não concluídas foram então finalizadas por Filippino Lippi.

Caminhámos de seguida para a margem esquerdo do rio Arno, onde pelo Lungarno Guicciardini, fomos parando aqui e ali para as fotos ao rio, à margem direita e à Ponte Vecchio que novamente se aproximava.

Antes de chegarmos à Ponte Vecchio, caminhámos pelas Vias Guicciardini e Borgo San Jacopo, duas ruas próximas do lado esquerdo da Ponte Vecchio. Numa destas ruas e do lado direito, deparou-se-nos uma alta torre medieval, a Torre de Belfredelli, uma das mais bem preservadas torres medievais de Florença. É uma torre coberta por um manto espesso de hera, que pertenceu outrora à família Belfredelli, possuidoura de várias propriedades nesta área.

A torre está entre os maiores edifícios da cidade e tem um revestimento típico de pedra e várias janelas abertas para o rio e não alinhadas, possuindo alguns postigos antigos "cobradores de portagem", que outrora serviram para cobrar as entradas na cidade. O piso superior com grandes janelas é de construção mais recente. Na frente da torre abre-se um pequeno jardim privado sem gradeamento, único em Florença.

Fonte: Wikipédia / www.visitflorence.com

Visita a Florença - Palazzo Pitti - 2º Dia (Parte V)



Depois das Galerias Uffizi, caminhámos até ao Palazzo Pitti, a alguns metros de distância e do outro lado do rio Arno. Passámos novamente a Ponte Vecchio e enveredámos pela Via Guicciardini, cheia de comércio, restaurantes, galerias de arte e antiquários, onde podemos também observar situações da boa prática de sedução masculina italiana, tão natural naquele povo. Depois a chegada à Piazza Pitti.

Esta praça situada no bairro Oltrarno, na margem esquerda do rio Arno e dominada pela massa imponente do Palazzo Pitti é bastante alongada e foi ampliada em 1837, após terem sido demolidos alguns edifícios nas laterais, como o Palazzo Guidetti.

A ampla Piazza Pitti marca o início da visita ao Palazzo Pitti e encontra-se cheia de cafés e pequenas casas de pasto, onde parámos para um pequeno lanche. A praça foi recentemente repavimentada, sob a mesma concepção que foi utilizada no século XVIII, com três rampas e calçadas de pedra que se estendem até à porta do palácio.

Nela destaca-se sem sombra de dúvidas o Palácio Pitti (Palazzo Pitti), um grande palácio renascentista de Florença. Este palácio é, actualmente, o maior complexo museológico de Florença e foi construído para o influente banqueiro Luca Pitti, por uma questão de mera rivalidade e inveja, querendo sobrepujar o poder e fortuna da família Medici.

Assim sendo, resolveu mandar construir o Palazzo Pitti, para ostentar todo seu dinheiro e poder. Por ironia, os Medici acabaram mais tarde por comprar o palácio aos seus herdeiros, que devido aos custos da obra estavam a beira da falência. Em 1550, este palácio tornou-se a residência principal dos Medici e de todos os governantes da cidade. Hoje as suas luxuosas salas exibem tesouros que foram também colecionados pelos Medici.

O aspecto actual do palácio data do século XVII, tendo sido originariamente projectado por Brunelleschi (1458) e pelo seu aprendiz Luca Fancelli.

A Galeria Palatina, situada no primeiro andar do “piano nobile” é, talvez, a mais famosa das suas galerias, com um conjunto de mais de 500 importantes obras de pintores renascentistas, que faziam parte das colecções privadas dos Médici e dos seus sucessores.

Esta galeria, que atravessa os apartamentos reais, contém trabalhos de Rafael, Tiziano, Correggio, Rubens e Pietro da Cortona. A galeria mantém um carácter de colecção privada, com as obras de arte dispostas em grande parte, como devem ter estado nas grandes salas para as quais foram idealizadas, em vez de estarem organizadas segundo uma sequência cronológica ou de acordo com a escola de arte.

Infelizmente dentro do palácio, não nos deixam fotografar as exposições, no entanto, a maioria dos visitantes iam fazendo à socapa os seus registos fotográficos, sempre que podiam e nós claro também...

As salas mais admiráveis foram decoradas por Pietro da Cortona em puro estilo barroco. Os bem recebidos frescos de Cortona descrevendo a “Idade do Ouro” e a “Idade da Prata” na Salla della Stuffa, foram pintados em 1637 e seguidos, em 1641 de mais dois dedicados à “Idade do Cobre” e à “Idade do Ferro”. Representam a confusão da vida e são consideradas obras-primas do pintor.

O artista foi, consequentemente, convidado a decorar um conjunto de sete salas do palácio. O tema para estes deveria ser a influência astrológica na vida do governante. Em 1647, quando Cortona deixou Florença, havia finalizado apenas três das salas, Marte, Júpiter e Vénus, as quais inspirariam, mais tarde as Salas dos Planetas no Palácio de Versailles de Luís XIV. As outras salas foram concluídas na década de 1660 por Ciro Ferri.

A colecção foi aberta ao público pela primeira vez, embora com alguma relutância, no final do séc. XVIII, pelo Grão Duque Pedro Leopoldo, o primeiro governador da Toscânia, o qual se encontrava desejoso de obter popularidade, depois do fim dos Médici.

Localizado na parte de trás do Palazzo Pitti, depara-se-nos o esplendor de um grande e belo jardim italiano que influenciou muitos pátios e jardins em toda a Europa. O Jardim de Boboli foi projectado para os Medici, depois da compra do Palazzo Pitti. Foi aberto ao público em 1766 e é composto por muita vegetação, uma fonte e várias cavernas artificiais, uma característica importante dos jardins da Toscana do século XVI, um exemplo de ficção e realidade, natureza e arte.

Fonte: Wikipédia / http://www.florencevillas.com

Visita a Florença - Galerias Uffizi - 2º Dia (Parte IV)


Após a travessia do rio Arno pela Ponte Vecchio e virando à direita, passa-se o Corredor Vasariano e chega-se às Galerias Uffizi. Ali junto à margem direita do rio é obrigatório parar para as fotos à Ponte Vecchio e margem esquerda do rio. Depois a entrada nas Galerias Uffizi.
As Galerias Uffizi foram inauguradas em 1580 e são um dos museus de pintura e escultura mais famosos e antigos do mundo. A colecção de arte primitiva e da Renascença compreende obras-primas aclamadas mundialmente, que incluem trabalhos de Giotto, Piero della Francesca, Fra Angelico, Botticelli, Leonardo da Vinci, Raphael, Michelangelo e Caravaggio. O acervo de obras de mestres alemães, holandeses e flamengos é composto por pinturas de Dürer, Rembrandt e Rubens.

A história das Galerias Uffizi está intimamente relacionada com a história da família Medici. Quando Cosimo I de Medici chegou ao poder em 1537, com apenas 18 anos, demonstrou extraordinárias habilidades políticas e militares, e logo se tornou senhor de quase toda a Toscana. Para destacar o centro do Estado, ele decidiu promover um imponente desenvolvimento urbano em Florença.

Cosimo I pediu a Giorgio Vasari, um dos principais pintores e arquitectos da época, que construísse um edifício para sediar os escritórios administrativos da Toscana, chamados “Ofícios” (uffizi). No andar superior do edifício, o Grão Duque Francesco I criou as Galerias Uffizi, que foi enriquecida por vários membros da família Medici, grandes coleccionadores de pinturas, esculturas e obras de arte.

A construção é cheia de detalhes que mostram a riqueza dos Medici. Para facilitar o trânsito entre sua residência, o Palazzo Pitti, e as Galerias Uffizi, os Medici construíram um corredor ligando os dois terrenos, passando por cima do rio Arno e por dentro de vários outros prédios. O Corredor Vasariano, como ficou conhecido, era um indicador do prestígio da família Medici, que construiu uma maneira própria de chegar ao centro administrativo do ducado, sem precisar de escolta para se deslocar.

Com o fim da dinastia Medici no século XVIII, a colecção foi doada a Florença e a sua exibição foi reorganizada pelos Duques de Lorraine, que passaram a governar a Toscana, e depois pelo próprio Estado italiano.
Fonte: Wikipédia / galeria-uffizi-florenca.