Visita a Florença - Palazzo Pitti - 2º Dia (Parte V)



Depois das Galerias Uffizi, caminhámos até ao Palazzo Pitti, a alguns metros de distância e do outro lado do rio Arno. Passámos novamente a Ponte Vecchio e enveredámos pela Via Guicciardini, cheia de comércio, restaurantes, galerias de arte e antiquários, onde podemos também observar situações da boa prática de sedução masculina italiana, tão natural naquele povo. Depois a chegada à Piazza Pitti.

Esta praça situada no bairro Oltrarno, na margem esquerda do rio Arno e dominada pela massa imponente do Palazzo Pitti é bastante alongada e foi ampliada em 1837, após terem sido demolidos alguns edifícios nas laterais, como o Palazzo Guidetti.

A ampla Piazza Pitti marca o início da visita ao Palazzo Pitti e encontra-se cheia de cafés e pequenas casas de pasto, onde parámos para um pequeno lanche. A praça foi recentemente repavimentada, sob a mesma concepção que foi utilizada no século XVIII, com três rampas e calçadas de pedra que se estendem até à porta do palácio.

Nela destaca-se sem sombra de dúvidas o Palácio Pitti (Palazzo Pitti), um grande palácio renascentista de Florença. Este palácio é, actualmente, o maior complexo museológico de Florença e foi construído para o influente banqueiro Luca Pitti, por uma questão de mera rivalidade e inveja, querendo sobrepujar o poder e fortuna da família Medici.

Assim sendo, resolveu mandar construir o Palazzo Pitti, para ostentar todo seu dinheiro e poder. Por ironia, os Medici acabaram mais tarde por comprar o palácio aos seus herdeiros, que devido aos custos da obra estavam a beira da falência. Em 1550, este palácio tornou-se a residência principal dos Medici e de todos os governantes da cidade. Hoje as suas luxuosas salas exibem tesouros que foram também colecionados pelos Medici.

O aspecto actual do palácio data do século XVII, tendo sido originariamente projectado por Brunelleschi (1458) e pelo seu aprendiz Luca Fancelli.

A Galeria Palatina, situada no primeiro andar do “piano nobile” é, talvez, a mais famosa das suas galerias, com um conjunto de mais de 500 importantes obras de pintores renascentistas, que faziam parte das colecções privadas dos Médici e dos seus sucessores.

Esta galeria, que atravessa os apartamentos reais, contém trabalhos de Rafael, Tiziano, Correggio, Rubens e Pietro da Cortona. A galeria mantém um carácter de colecção privada, com as obras de arte dispostas em grande parte, como devem ter estado nas grandes salas para as quais foram idealizadas, em vez de estarem organizadas segundo uma sequência cronológica ou de acordo com a escola de arte.

Infelizmente dentro do palácio, não nos deixam fotografar as exposições, no entanto, a maioria dos visitantes iam fazendo à socapa os seus registos fotográficos, sempre que podiam e nós claro também...

As salas mais admiráveis foram decoradas por Pietro da Cortona em puro estilo barroco. Os bem recebidos frescos de Cortona descrevendo a “Idade do Ouro” e a “Idade da Prata” na Salla della Stuffa, foram pintados em 1637 e seguidos, em 1641 de mais dois dedicados à “Idade do Cobre” e à “Idade do Ferro”. Representam a confusão da vida e são consideradas obras-primas do pintor.

O artista foi, consequentemente, convidado a decorar um conjunto de sete salas do palácio. O tema para estes deveria ser a influência astrológica na vida do governante. Em 1647, quando Cortona deixou Florença, havia finalizado apenas três das salas, Marte, Júpiter e Vénus, as quais inspirariam, mais tarde as Salas dos Planetas no Palácio de Versailles de Luís XIV. As outras salas foram concluídas na década de 1660 por Ciro Ferri.

A colecção foi aberta ao público pela primeira vez, embora com alguma relutância, no final do séc. XVIII, pelo Grão Duque Pedro Leopoldo, o primeiro governador da Toscânia, o qual se encontrava desejoso de obter popularidade, depois do fim dos Médici.

Localizado na parte de trás do Palazzo Pitti, depara-se-nos o esplendor de um grande e belo jardim italiano que influenciou muitos pátios e jardins em toda a Europa. O Jardim de Boboli foi projectado para os Medici, depois da compra do Palazzo Pitti. Foi aberto ao público em 1766 e é composto por muita vegetação, uma fonte e várias cavernas artificiais, uma característica importante dos jardins da Toscana do século XVI, um exemplo de ficção e realidade, natureza e arte.

Fonte: Wikipédia / http://www.florencevillas.com

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