Visita a Assisi - Convento e Basílica de San Francesco - Parte V




Sempre tive uma enorme admiração por São Francisco de Assis, desde que bem nova, no colégio interno me fizeram ler acerca da sua vida. Sempre quisera ir a Assis e ali estava eu… Na verdade eu não sabia bem o que iria encontrar, só sabia que existia uma força maior que me impelia a ir até Assis. O momento ansiado tinha chegado!... Iria ver com os meus próprios olhos os lugares que marcaram a vida de São Francisco de Assis e que me levavam até ele, ou à sua sepultura… Estes lugares santos estavam mesmo ali ao pé de mim e eu poderia tocá-los e vê-los de perto!...

Entrei devagar, admirando os vitrais, os painéis, os lindos e cativantes frescos... Depois no final a descida à cripta… Foi quando comecei a sentir um arrepio e uma emoção diferente. À medida que avançava essa sensação tornava-se mais e mais intensa, até que percebi estar exactamente em frente ao altar em pedra tosca, onde estão os restos mortais de Francisco de Assis. A emoção foi grande e sem querer as lágrimas visitaram os meus olhos!
A simples e bonita Basílica de San Francesco, consagrada em 1253, anexada ao convento, é uma interessante construção, formada por duas igrejas sobrepostas. Encerra uma enorme colecção de belíssimos frescos, que sobressaem de forma grandiosa num interior simples e despojado de riquezas.

O Mosteiro Franciscano e a Basílica (inferior e superior) começaram a ser construídos imediatamente depois da canonização do Santo em 1228em 1228. Simone di Pucciarello doou o local para a igreja, numa colina a Oeste da cidade de Assisi, conhecida como Colina do Inferno (onde outrora os criminosos eram mortos). Hoje, o local é conhecido como Colina do Paraíso. A primeira pedra foi colocada pelo Papa Gregório IX, em 17 de Julho de 1228. A igreja foi projetada e supervisionada pelo irmão Elia Bombardone, um dos primeiros seguidores do santo. A basílica inferior foi terminada em 1230 e no Dia de Pentecostes, em 25 de Maio de 1230, o corpo de San Francesco foi trazido para o local.

A construção da Basílica Superior começou logo após 1239 e foi finalizada em 1253. A entrada da Basílica superior (que representa a glória) é feita pela arcada do convento dos frades. O estilo dessa área é completamente diferente da Basílica Inferior. Grandes janelas de vidro colorido banham com luz as obras de Giotto e Cimabue.

A sua arquitectura é uma síntese do Românico e do Gótico Italiano. As duas igrejas foram decoradas pelos maiores artistas daquele tempo, vindos de Roma, Toscana e Úmbria.

A Igreja Inferior, onde o Santo está sepultado, tem frescos elaborados por renomados artistas medievais, como Cimabue, Giotto, Pietro Lorenzetti e Simone Martini. Na igreja superior encontram-se os frescos de cenas da vida de San Francesco, realizados por Giotto e seus seguidores. A cripta foi acrescentada só em 1818, quando a sepultura de São Francisco foi aberta.


A Basílica Inferior, que representa a penitência, consiste numa nave central com várias capelas laterais com arcos semicirculares. É muito mais sombria que a igreja superior e a nave é decorada com os frescos mais antigos da igreja, criados por um artista chamado de "Mestre de São Francisco". Eles mostram cinco cenas da Paixão de Cristo à direita, e à esquerda, cenas da vida de San Francesco. Esses frescos foram finalizados em 1260-1263. São considerados os melhores exemplos da pintura mural da Toscana, antes de Cimabue.

Como a popularidade da igreja aumentou, capelas laterais para famílias nobres foram adicionadas entre 1270 e 1350, destruindo os frescos nas paredes. A primeira capela à esquerda é decorada com dez frescos de Simone Martini. Esses estão entre os maiores trabalhos de Martini e os melhores exemplos da pintura do século XIV.



A nave termina numa abside semicircular ricamente decorada. Os frescos no transepto direito mostram a Infância de Cristo, feitos parcialmente por Giotto e seus aprendizes e a Natividade pelo anónimo Mestre di San Nicola. O nível inferior mostra três frescos representando San Francesco ajudando duas crianças. Esses frescos de Giotto foram revolucionários para a época, pois mostravam pessoas reais com emoções numa paisagem realista.

Pela nave se desce para a cripta através de uma escadaria dupla. Este local, que guarda o túmulo de San Francesco, foi descoberto em 1818. O túmulo tinha sido escondido pelo irmão franciscano Elia Bombardone, para evitar que suas relíquias se espalhassem pela Europa medieval.



Por ordem do Papa Pio IX, uma cripta foi construída por baixo da Basílica Inferior. Foi projectada por Pasquale Belli com mármore fino em estilo neoclássico, mas foi redesenhada em pedra crua em estilo neo-Românico por Ugo Tarchi entre 1925 e 1932.

Ao lado da Basílica, fica o Sacro Convento, que se assemelha a uma fortaleza e que começou a ser habitado em 1230. A Basílica é administrada pelos Frades Menores Conventuais ou Frades Franciscanos Conventuais, que são os guardiães dos restos mortais do Santo de Assis.Fonte: Wikipédia.org /http://www.sabercultural.org




Visita a Assisi - Parte IV





Após a visita à Piazza del Comune, o coração da cidade de Assisi, continuámos a caminhar pela Via San Paolo, uma comprida e estreita viela sombreada pelas altas casas em pedra de traça medieval. Pelo caminho observam-se antigos bebedouros, nichos de oração, janelas decoradas com gerânios e passagens elevadas entre as altas casas.


Além destas típicas residências há também, devido principalmente ao movimento turístico, diversos estabelecimentos comerciais e restaurantes. Toda a cidade é um labirinto de estreitas e sinuosas ruas, que fazem do lugar um convite irresistível à caminhada e exploração de suas vielas.

Ondulando sobre as suaves colinas da Úmbria como um tapete de pedras, todas as ruas desta cidade parecem conduzir ao seu coração espiritual, a Basílica de San Francesco. Discreta, sossegada e bela como a própria vida do Santo, a visita a esta pequena cidade medieval é uma jornada mágica e emocionante.A Via San Paolo é um lugar onde se podem adquirir com facilidade lembranças e souvenirs nas inúmeras lojinhas repletas de artigos de artesanato, que oferecem uma grande variedade de artigos religiosos e outros típicos da Úmbria.

Para evitar danos ao seu património histórico, o acesso de veículos à cidade é controlado, só podendo circular pequenos autocarros ou carros de moradores. A cidade é pequena, mas muito comprida, mas mesmo assim, a caminhada é gostosa, pois raramente somos importunados com a passagem de veículos motorizados.No final desta rua, já no entroncamento com a Via Aluigi, aparece-nos a Piazzeta Aluigi, uma pequena praça de onde se desfruta do belíssimo panorama da linda planície que se estende desde o sopé do Monte Subasio, que suporta a cidade.



A partir desta praceta e durante toda a caminhada pela rua seguinte, a Via Metastasio, as belas vistas acompanham-nos pela esquerda, pelo que se pode descrever esta rua, como uma autêntica varanda de onde se alcança uma deslumbrante vista sobre os telhados das casas da parte mais baixa de Assisi, pois esta acompanha uma curva de nível mais elevada, na encosta por onde se espreguiça a cidade.
Já no final da Via Metastasio, começamos a subir até ser encontrada a Porta San Giacomo, uma das portas principais de entrada na cidade. Depois e sempre a descer, pela Via Cardinal Merry del Val, a Basílica de San Francesco domina a nossa atenção, ofuscando o próprio sol que sobre ela se inclina para a iluminar melhor. Para além dela a bela paisagem dos férteis campos da planície, que aos pés do Monte Subasio se estendem.

Fonte: http://www.imagensviagens.com/assissi.htm / http://www.assisionline.com/assisi

Visita a Assisi - Parte III






Ao longo do tempo arquitectos, pedreiros e cortadores de pedra deram uma aparência incomparável à cidade de Assisi, e quando por ela caminhamos observamos que o tempo parece ter parado e a Idade Média continua a reinar nas ruas de Assisi, guardando até hoje a sua antiga beleza.


A cidade inteira está fechada dentro de muralhas e o seu perímetro abrange cerca de cinco quilómetros, que guardam religiosamente todos os testemunhos da sua rica história.


As portas das casas, apresentam muitas vezes arcos ogivais, também feitos de pedra, portas em madeira, seguidas de portais em ferro forjado, para uma melhor protecção da habitação. As alegres varandas embelezadas por gerânios e os telhados em terracota são muitas vezes sustentados por mísulas de madeira ou pedra.

Não existem estruturas simétricas e isso deve-se ao facto de terem sido restauradas inúmeras vezes ao longo dos séculos, em especial devido aos terramotos que se fizeram sentir na cidade.


As estradas principais de Assisi estão dispostas longitudinalmente, acompanhando as curvas de nível da encosta através da montanha, descendo ou subindo para a praça principal da cidade, a Piazza del Comune.

Pelo caminho, ruas, becos, arcos, subidas e descidas e por vezes escadas, que atravessam verticalmente as ruas principais. Localizadas ao longo destas ruas vemos as inúmeras casas medievais, construídas com pedra extraída no Monte Subasio, que resplandece com o sol ou se suaviza com a sombra.


Descendo pela Via San Rufino, entra-se na Piazza del Comune, uma luminosa e comprida praça, localizada no local onde existiu o antigo Fórum Romano. É ali que encontramos alguns dos principais monumentos que rodeiam a bela fonte construída em 1762, por John Martinucci.

Entre esses monumentos são particularmente notáveis: O Museo Civico/Fórum Romano onde os visitantes podem admirar a sua colecção arqueológica, com inscrições, epígrafes, sarcófagos e segmentos de colunas e capitéis da época umbria e romana. Uma passagem sinuosa leva-nos por baixo da Piazza del Comune, por galerias subterrâneas que ligam ao Fórum Romano e ao Templo de Minerva.


A entrada, pode ser feita pela praça, através de uma porta com abobada pintada com frescos desbotados, ou pelo Museo Civico, levando-nos a 3,9 m abaixo do solo. Lá em baixo, no meio, vemos uma laje de pedra rectangular simples, que provavelmente foi usada como um altar para estátuas votivas. À sua esquerda vê-se a base da escada que leva até o Templo de Minerva, ainda em boa forma na praça acima. Ao longo do corredor, as escavações em curso têm revelado as bases de alguns edifícios romanos, provavelmente lojas.


Novamente na praça, do lado esquerdo logo à entrada na praça, observa-se o Palazzo del Priori, hoje a Câmara Municipal. É composto de três secções construídas em diferentes períodos e, como o próprio nome indica, foi a residência dos priores da cidade. No rés-do-chão possui uma galeria de arte, aberta ao exterior pelo rendilhado de grandes portas em ferro forjado.
Mais à frente, do lado direito, fica o Palazzo del Capitano del Popolo. Foi construído em 1282 e foi a sede do Capitão do Povo, o comandante da milícia da cidade. No final do século XIV, tornou-se a residência do “Podestà”, o vigário do Papa, e só mais tarde foi utilizado para outros fins, mas sem perder o seu nome original. É composto por três pisos com uma fileira de quatro janelas por andar e quatro portas no piso térreo. Hoje, é a sede da Sociedade Internacional de Estudos Franciscanos.


Ao lado, bem mais alta do que os restantes edifícios da praça, observa-se a Torre del Popolo. Ela possui planta quadrada e a sua construção data da segunda metade do século XIII. No entanto, foi construída em várias etapas e o andar de cima não foi terminado até 1305. O relógio foi instalado em meados do século XV. O sino que foi doado a Assisi, pesa 4000 kg e foi instalado em 1926.
Colado à Torre del Popolo, do seu lado esquerdo, o famoso Templo de Minerva, que data do século I dC. De fachada elegante, com seis colunas caneladas e capitéis coríntios é a estrutura mais importante da época romana em Assisi. O interior do templo dedicado à deusa Minerva foi transformado numa igreja cristã, Santa Maria sopra Minerva.

Fonte: http://www.premier.net/ / Wikipédia.org

Visita a Assisi - Parte II





A caminhada continua e ali bem perto espera-nos a Porta Cappuccini, uma das várias portas da cidade amuralhada de Assisi. Ao todo são 10 que até hoje guardam a bela e antiga cidade, que se estende nas encostas do Monte Subasio.

Do lado de fora desta porta existe um miradouro de onde se desfruta da bela paisagem. Para cima a montanhosa com floresta, vinhas e olivais, um verdadeiro paraíso para os caminhantes que por ali passam, para baixo a serena beleza da planície com os seus multicores campos de cultivo.


Após a passagem da Porta Cappuccini observa-se do lado esquerdo, o caminho estreito que leva até à Rocca Minore, um pequeno forte que remonta à época romana. Além deste a cidade ainda é dominada por outro forte maior, a Rocca Maggiore.

Entramos na cidade e logo se sente uma atmosfera de paz e tranquilidade, talvez por ser o local de nascimento de São Francisco de Assisi ou simplesmente por estar guardada entre os olivais e florestas das colinas de Assisi.



A caminhada pela cidade de Assisi levou-nos ao encontro dos seus monumentos, que na sua maioria estão relacionados com a vida de vários santos, estando entre eles Francisco e Clara, que nasceram na cidade. Desce-se a partir da Porta Cappuccini com 470m de altura, até à Piazza G. Matteotti, onde os visitantes deixam os seus carros para depois visitarem a cidade a pé. O intenso calor sentido levou-nos a uma geladaria, onde se fabricavam cremosos gelados caseiros.

Bem perto, do lado esquerdo da praça encontram-se os restos de um antigo Anfiteatro Romano, numa zona um pouco mais elevada. A partir da Piazza Matteotti caminhámos por um emaranhado de ruelas e praças medievais. A partir da Via del Torreone atinge-se a Piazza San Rufino, onde se encontra o Duomo com o mesmo nome, a Cattedrale di San Rufino di Assisi, que se ergue no fundo de uma praça rectangular, com uma bela fachada de pedra clara, em estilo românico.



Primeiramente construída no séc. V, esta igreja histórica com um interior do séc. XVI, é em parte construída sobre uma cisterna romana, cujos alicerces podem ser observados protegidos por um vidro no chão da catedral. Apresenta uma pia baptismal onde São Francisco, Santa Clara e o Imperador Frederico II, foram baptizados.

Depois da visita ao Duomo, segue-se descendo pela Via San Rufino até atingirmos a Piazza del Comune, a praça principal da cidade. Este é o centro da cidade e é, portanto, o cerne da vida social, cultural e política de Assisi. Como o resto do centro histórico da cidade, a praça está muito bem preservada, e os seus edifícios têm testemunhado todas as vicissitudes da cidade ao longo dos séculos.

Fonte: http:/www.premier.net/~Italy/comune">http://www.assisiweb.com/assisi_porte_it.html"&gt

Visita a Assisi - Parte I







Depois de uma boa noite escura e repousante de descanso, fez-se dia bem cedinho e com o dia, um piar insistente acordou-me. Estavamos em Assisi, a terra abençoada de São Francisco de Assis. Voltei no entanto a adormecer, como é aliás meu costume… e o novo acordar só aconteceu lá pelo meio da manhã. Ansiava pela visita à cidade, onde encontraria os lugares vividos por Francisco de Assis, esse mistério de sabedoria Universal, esse espírito de simplicidade, de renovação, força, ecologia, humanização, respeito e entendimento, mas a família estava preguiçosa e tive de refrear a vontade.


A saída para a visita à cidade e aos lugares santos, foi só iniciada após o almoço. Estava muito calor e como sabíamos que a caminhada pelo caminho alcatroado era muito mais longa, optamos por um atalho pelo interior do parque de campismo. Esse caminho complicado e desconhecido, indicado numa folha A4 dada pela recepcionista do parque no dia anterior, não nos deixou ficar mal e fomos direitinhos à estrada que mais rapidamente nos levaria à cidade.

A vista do lado esquerdo é magnifica e foi amor à primeira vista!... Aos pés do Monte Subasio estende-se rodeada de vários montes arredondados, uma bela planície rendilhada com inúmeros quadradinhos de terras de cultivo, divididas entre si por colares de árvores e arbustos de um verde escuro profundo. Salpicada de múltiplas casas branquinhas que formam um enorme habitat disperso, próprio de lugar de terras férteis, a planície espreguiça-se até onde a vista alcança, linda, longa e repousante aos olhos de quem dali a observa.

O caminho a partir dali é sempre a descer até à cidade. Caminhando no mesmo sentido que nós, embora com passo mais largo, avistou-se um pouco mais a cima, um grande grupo de jovens acompanhados de um jovem frade franciscano e de algumas freiras Clarissas, que desciam apressadamente. Logo nos alcançaram, e para nosso espanto falavam português e como o Mundo é mesmo pequeno, dizem-nos ser da região de Leiria, das Caldas, de Porto de Mós e de Peniche. Tinham vindo conhecer os lugares santos, deixados para todos nós, por São Francisco e Santa Clara.

Como é bom encontrar compatriotas, em terras distantes!…

A caminho de Assisi




Após a visita a Spoleto, partimos com rumo a Assisi (Assis), onde chegámos já de noite. Pelo caminho mergulhamos nas montanhas dos Apeninos Umbro-Marchigiano, onde se encontra uma bela região montanhosa e verdejante, mais um território escondido e de encantos inesperados.

É uma região irregular de vales profundos e de intenso verde, uma vegetação extraordinária que é dada pela abundância de água do subsolo, com riachos e fontes que por ali brotam, onde se ouvem águas cantantes, afluentes do rio Tevere (rio que banha Roma), que aparecem na superfície aos pés das montanhas e que no seu todo compõem um panorama ondulado, a "Umbria verde".


Pelo caminho e já perto do nosso destino, avista-se do nosso lado direito empoleirada em cima de uma colina verdejante na encosta do Monte Subasio, a bela cidadezinha de Spello. Spello é uma antiga cidade medieval que deve o seu nome à cidade que outrora a dominava, Spoleto. A seus pés, as terras férteis e planas estendem-se até à montanha que são cultivadas com cereais, vinhas, oliveiras e pastos onde os animais são alimentados e criados.

À chegada a Assisi demos uma volta pela circular à cidade e logo nos dirigimos para o parque de campismo, pois não se pode entrar nem circular na cidade com autocaravanas. O parque de campismo, o Camping Village Assisi, ficava um pouco distante da cidade, situado acima desta, na encosta, em local densamente arborizado e com uma esplêndida vista sobre o vale. E como foi bom dormir na sua completa escuridão...


Assisi é uma bela cidade medieval encravada sobre o longo contraforte ocidental do Monte Subasio (1290 m), que domina o seu sugestivo vale. O aspecto medieval da cidade perdura até aos nossos dias, com ruas estreitas e tortuosas, frequentemente em descida até à Catedral de San Francisco, ou em subida a partir dela até ao final da cidade. A bela paisagem, a paz, a atmosfera mística, as lembranças franciscanas, os belos lugares de culto e as numerosas obras de arte, fazem de Assisi uma das metas mais frequentadas por peregrinos e turistas de todos os cantos do mundo.


Pelo que nos disseram na recepção do parque, são numerosas e sugestivas as festas tradicionais que ali ocorrem durante a Semana Santa, nas festas do primeiro de Maio e na ocasião do perdão de Assisi. Nos redores, o ermo de São Francisco conhecido como Le Carceri também deve ser visitado. A cidade com construção aparentemente medieval, tem um aspecto muito limpo e novo, com os edifícios todos reconstruídos, pois em Setembro de 1997, Assisi sofreu gravíssimos danos causados por um violento terramoto que destruiu numerosas casas e muitos monumentos umbros e marquegianos


No terramoto, o arco da Basílica Superior da Igreja de São Francisco desabou parcialmente, provocando vítimas. Muitas obras de arte foram danificadas. Além desta basílica, sofreram danos também a Catedral de San Ruffino, a Igreja de San Giorgio, Santa Maria Maggiore e a Abazia de San Pietro.As casas mais pequenas e realmente medievais que não foram gravemente danificadas pelo terramoto de 1997 apresentam-se em pouca quantidade nas praças da cidade e também sofreram melhoramentos.

O terramoto fez das suas em numerosos edifícios, como por exemplo em alguns palácios públicos, como o Palazzo dei Capitano del Popolo, no Palazzo dei Consoli e no Palazzo dei Priori, no pórtico del Monte Frumentario (1267) e nas igrejas românicas e góticas de San Rufino, (o Duomo), Santa Maria Maggiore, San Giacomo, San Giorgio (no Convento de Santa Chiara), Santa Maria delle Rose, San Pietro e Santa Chiara.A restauração começou imediatamente após o desastre e muitas construções já foram recuperadas, mantendo tanto quanto possível, a sua traça original.


Em quase todos os edifícios recuperados se encontram estranhos tirantes em aço pintado da cor do ferro (aparentando o antigo), que apertam as paredes contra os pavimentos nos vários andares. Estanhas engenhocas anti-sismo, que nunca tinha visto em lado algum. Fonte: http://www.initalytoday.com / Wikipédia.org

Spoleto




Um pouco antes da hora de almoço partimos de Roma, com o intuito de chegarmos a Assissi (Assis) ao final do dia. Pelo caminho queríamos parar durante a tarde na pequena cidade medieval de Spoleto, que nos ficava no caminho.


A tarde estava quente e foi muito agradável parar para um lanche depois de muitos quilómetros realizados, a que se seguiu a visita à cidade. A cidade estava calma, com alguns jovens na Piazza del Mercato, e só na rua de maior comércio é que se encontrava mais movimento.
Spoleto é uma esplêndida cidade enquadrada por belas florestas e localizada no centro da Itália, na região da Úmbria, uma região que se destaca pelo equilíbrio entre homem e natureza, no tratamento que seus cidadãos sempre tiveram com sua terra e seu rico passado.

Na Idade Média e na Renascença, foi uma activa região no coração histórico, cultural e religioso da Itália, onde as cidades se desenvolveram de forma extraordinária, acumulando uma enorme riqueza artística.
Spoleto está localizada no extremo sul do Valle Umbra, uma vasta planície aluvial criada em tempos pré-históricos pela presença de um grande lago, o Umber Lacus, que secou na Idade Média.

A cidade está construída sobre o Monte St. Elias, um promontório baixo, no sopé da Colina Monteluco, e que vai descendo até às margens do rio Tessino, sendo a leste cercada pelas montanhas que cercam a Valnerina.
Apesar de apresentar traços da era romana na sua estrutura urbana, Spoleto ainda mantém uma forte aparência medieval, herdada do próspero período do Ducado "Longobardi" e, depois, por ter sido uma importante cidade dentro do Estado Papal.


Possui elementos arquitectónicos bastante antigos, que remontam à época imperial, como o Arco de Druso, de 23 d.C., encontrado perto da Igreja romana de Sant'Ansano, a casa romana que pertenceu à mãe de Vespasiano e o esplêndido Teatro Romano, construído antes dos primeiros anos do Império e a Basílica de San Salvatore do séc. IV, são testemunhas das mais antigas origens de Spoleto. Perto da igreja de San Gregorio Maggiore, do séc. XII e caracterizada pelo elevado presbitério, há uma ponte romana (também chamada de "a sangrenta") que consiste em 3 arcos construídos em blocos de pedra e o anfiteatro do séc. II d.C., também pode ser ali encontrado.



O seu Duomo é um raro exemplo que sintetiza a arquitectura românica e conserva frescos do Pinturicchio e de Filippo Lippi, natural da cidade e que ali morreu depois de ter pintado os belos frescos da catedral. Na área encontrada em frente à Chiesa di San Pietro tem-se um amplo panorama de toda a Spoleto e da poderosa e esplêndida Ponte delle Torri (Ponte das Torres), do séc.XIV, com dez arcos com um total de 80 metros de altura e 230 de comprimento, que liga ao Forte (Rocca Albornoziana) construído em 1352, sob as ordens do Cardeal Egidio Albornoz e desenhado por Matteo Gattaponi, nos declives da montanha que domina a cidade. Um passeio por estes lugares oferece um admirável panorama da cidade de Spoleto e do lindo vale do rio Tessimo.


Monumentos mais modernos, tão fascinantes quanto os outros, são as igrejas de San Domenico e San Ponziano, ambas construídas durante o séc. XII. Fonte: http://www.initalytoday.com / http://www.spoleto.com.br/