4º Dia - Parte I - Descida até Melgaço



No 4º e último dia (domingo), partimos para Melgaço ao início da tarde a fim de visitarmos a Festa do Alvarinho e do Fumeiro, que naquele fim-de-semana decorria no pavilhão da feira e que é um dos momentos mais altos das festividades do concelho.

O caminho escolhido para ir até Melgaço foi diferente do caminho de ida para Lamas de Mouro. Desta feita iríamos por Alcobaça, outro dos pequenos lugares pertencentes à freguesia de Lamas de Mouro, que encontramos logo no início do caminho, do lado esquerdo da estrada.

Logo a seguir a Alcobaça e do alto da serra, com o céu limpo como naquele dia, têm-se uma vista esplêndida da Serra da Peneda, que se vê descer até ao vale e onde se observam grande parte das povoações da sua vertente a nascente.

Esta estrada é estreita, sinuosa e na maioria das vezes com precipícios nas vertentes. É uma estrada maravilhosa, onde as serranias se erguem a perder de vista. A paisagem é colorida pelo verde das florestas e do amarelo das pastagens.

Aqui e acolá surgem as manchas de povoações serranas que ainda mantém muito do seu carácter secular. O granito está sempre presente nos rochedos redondos que atravancam vales e encostas ou coroam o alto dos montes. Por outro lado, o silêncio, a tranquilidade, a Natureza na sua total pujança.

As aldeias que no caminho se encontram, rudes e típicas de casas graníticas, são de uma beleza inimaginável, assim como todos aqueles montes e vales, planaltos e vertentes, que, com um verde bem verde, à mistura com um colorido, bem multicolor, dão á paisagem uma formosura única.

A meio caminho encontra-se o antigo Mosteiro Cisterciense de Fiães. Situado a setecentos metros de altitude, num sítio ermo e recolhido. A Igreja do convento é, ainda hoje, a paroquial de Fiães, um templo de cantaria em pedra escurecida pelo tempo e em alguns locais coberto por musgos bem verdes, sendo também abundantemente verde toda a área envolvente.


A Igreja de raiz românica é o que resta de um antigo mosteiro da Ordem de Cister e foi construída na primeira metade do século XIII e reformada nos séculos XVII e XVIII na fachada e no interior das naves, adquirindo a partir daí feição barroca.

Da fachada baixa e reforçada por quatro contrafortes, merecem destaque o recorte simples do portal, levemente ogival, e três nichos com imagens que o encimam e é flanqueada por uma torre sineira quadrangular.

Possui, no seu interior, três naves e encostados à sua parede sul, alguns túmulos de cavaleiros/guerreiros, em pedra e ostentando as respectivas armas. Tem ainda um interessante conjunto de imagens (do século XVI até aos séculos XVII e XVIII).


No exterior uma santa em cima de uma coluna em granito, um cruzeiro e uma bonita fonte cheia de heras em pedra, dá um encanto e enorme romantismo ao lugar.

A seguir a descida até Melgaço, onde a vista se estende por um vastíssimo e formoso panorama. Ali correm ribeiros de águas cristalinas e cantantes. Nesta Serra são as águas, que cantando nas ribeiras marcam o fundo de cada vale e que dão uma nota de frescura permanente a esta paisagem serrana. Lá mais abaixo, no sopé da serra estende-se, numa distância de 6 km, a verde e fértil veiga de Melgaço, que nos acompanha até à vila.

Fonte: Wikipédia

3º Dia - Passeio pela Serra da Peneda (Parte III) - Visita a Lamas de Mouro

A chegada a Lamas de Mouro, ainda a boas horas, fez com que a visita à povoação se podesse fazer. Em seguida e porque ainda é dia, a procura da povoação para a visita real.

Lamas de Mouro é composta por vários lugares: Lugar de Cima, Touca, Igreja, Alcobaça, Gavião e Porto Ribeiro. Lugares separados, mas unidos na mesma freguesia.

Segundo o Sr. Padre Aníbal Rodrigues, Lamas de Mouro toma o nome da qualidade do seu solo – lamas, pastagens de gado cheias de água – e do rio Mouro, que nasce no seu território. Foi terra com povoamento muito remoto, possuindo alguns vestígios da cultura dolménica e castreja (de origem céltica).

O lugar da "Igreja" é o lugar da real povoação de Lamas de Mouro. É uma pequena e simpática aldeia, de ruas em pedra, casas em granito e bebedouros para o gado. Silenciosa devido à pouca população, mas ainda com algumas gentes que trabalham no campo.

No centro do lugar encontra-se a pequena Igreja toda em granito, como que parada no tempo. Vinda do passado como um barco que atravessa o nevoeiro. Atravessando o passado e ancorando no presente, ali estava à nossa espera, a despeito de traços históricos e localizados.

A Igreja Paroquial é o que resta de um antigo mosteiro dos templários, que ali existiu na Idade Média e que após a supressão desta ordem, em 1344, reverteu para a coroa, que o doou à Ordem de Malta, em 1349. A população de Lamas de Mouro, pagava aos cavaleiros muitos foros, mas tinha os grandes privilégios próprios dos caseiros de Malta.

O templo actual, de características românicas (tanto nas portas, especialmente a lateral norte, como nas próprias paredes cujas pedras estão pejadas de siglas), foi restaurado há pouco tempo. A capela-mor, a sacristia e a torre sineira são de século XIII.
A Igreja estava aberta! Parámos a mota e dirigimo-nos para a porta no cimo de uma pequena escada em pedra calcária, pois a principal encontrava-se fechada. Mas o que realmente seduz é penetrar por detrás desta, de costas dobradas, por exigência do pequeno portal e penetrar num espaço realmente inesperado e com bastantes fieis, para nosso espanto.

Lá dentro decorria missa, no momento do clássico sermão, cujo som se elevava no ambiente. O que se avista é um objecto uno e complexo, de um todo que se esbate devido ao esplendor do altar-mor, com um retábulo em talha dourada e com motivos pintados sobre madeira, do séc. XV ao séc. XVII, que invocam a via sacra onde o sofrimento de Jesus Cristo está bem marcado.

Os frescos roubados ao tempo são sedução suprema, não exactamente pela qualidade artística, mas pela ingenuidade dos desenhos quase naif, facto substancial que nos lembra outros autores, porque são idênticos aos que um dia criámos em nossos cadernos escolares.

Depois o deambular pelas ruas, estreitas e por vezes íngremes, mas sempre solitárias, pois os poucos habitantes deveriam estar todos na missa, e em seguida o regresso ao Parque de Campismo.

À noite, no parque de campismo, à laia de animação é preparada uma queimada como se usa em terras galegas, para todos os utentes que quiseram assistir. E o dia termina!...

Fonte: http://www.cm-melgaco.pt/portal

3º Dia - Passeio pela Serra da Peneda (Parte II)


No final da visita ao Santuário de Nª. Sª. da Peneda, seguimos viagem. O vale é suave e o declive repousante, prosseguindo o curso do rio da Peneda até à povoação de Tibo, local de encontro com o rio Veiga e também local de encontro dos dois caminhos que têm como arranque Lamas de Mouro e que ali se acabam por unir.
Em Tibo, no cruzamento de estradas, pedimos ajuda a um grupo de senhoras que vinham do campo, para saber qual a estrada que deveríamos tomar, a fim de se poder visitar o maior número de Brandas, pois as Inverneiras ficavam de Tibo para baixo.
A poente e mais chegadas ao vale, as Inverneiras, Tibo e Rouças, rodeadas de um mar de milho e Gavieira, a cabeça da freguesia. Em maior altitude, as Brandas, Junqueira, Bosgalinhos, Aveleira e outras...

Os seus habitantes possuem por vezes dois tipos de moradias: A Branda, onde residem de Abril a Dezembro, quando a temperatura se suaviza e a Inverneira, mais aconchegada contra os rigores da neve e dos gelos.

A dureza do clima e as necessidades de uma melhor gestão agro-pecuária, criaram a necessidade destas aglomerações duplas para os povos desta região. Habitadas alternadamente de Inverno, (“as Inverneiras”, situadas em zonas mais baixas da serra, para onde levam família, mobílias e animais), e no Verão (“as Brandas", em zonas mais altas da serra).

Seguimos a estrada que nos leva à Branda da Bouça dos Homens, que observamos à nossa direita e que se estende placidamente no terreno. No entanto a suavidade da paisagem é cortada a nascente, pela presença do relevo a nu das fragas e do bloco da Peneda, que domina o local de romaria.

Depois começamos a subir e em seguida atingimos a plataforma a mil metros de altitude, passando ao cruzamento que nos leva à Branda da Aveleira, que após uma boa subida, se observa do nosso lado direito.

Subimos ainda mais, por uma estrada bem íngreme e encontramos a Branda de S. Bento do Canto, lugar inóspito silenciosa que se estende junto à margem esquerda do caminho, acompanhando a estrada. Parece uma povoação abandonada e fantasma, não se vendo vivalma.

Bem mais lá em acima e já numa espécie de planalto, encontramos um cruzamento, junto a um campo de futebol, seguimos para a direita e mais à frente começamos a vislumbrar ao longe, solitária a Branda de Sto. António e a seguir, mais à frente e a alguma distância desta última e já na descida, a Branda da Senhora da Guia.

A vegetação é agora escassa, a serra mostra afloramentos rochosos de onde sobressai alguma vegetação arbustiva e rasteira, dominada por urzes e giestas, que dão um colorido impressionante e avassalador.

Atingimos o alto da serra. O caminho segue, por uma estrada em mau estado, toda esburacada, sempre a descer levemente, fazendo com que a nossa atenção se fixe no caminho, em vez de se olhar a paisagem.

Continuamos sempre a descer e passado algum tempo começam a aparecer algumas árvores, depois algumas casas e a vegetação dá lugar ao bosque. Estamos novamente em Lamas de Mouro, vindos da estrada da serra!...

3º Dia - Passeio pela Serra da Peneda (Parte I)


O 3º dia foi destinado ao passeio pela Serra da Peneda. O dia acordou ainda com alguns chuviscos, que desapareceram ao início da tarde que se tornou solarenga.
Deixámos a AC no Parque de Campismo e partimos de mota após um breve almoço. Saímos de Lamas de Mouro pelo caminho mais fácil, que segue as linhas de água. Primeiro desenrola-se ao longo de um vale que acompanha uma ribeira, que parece dar-se pelo nome de Moadoura ou Moadeira e que acaba em contínuo, no rio Mouro, o primeiro rio deste vale e depois deste, o rio da Peneda.

Neste caminho, a paisagem é pintada de um verde intenso, sendo a estrada bordada por arvoredo de densa folhagem, que nos cerca de todos os lados. Aqui e além abrem-se clareiras por onde se podem vislumbrar as águas límpidas, ora mansas, ora rápidas dos rios.
É neste vale que encontramos um dos grandes santuários minhotos, o Santuário de Nossa Senhora da Peneda, eco de ancestrais religiões e romarias e que atrai milhares de pessoas durante todo o ano e em especial nos primeiros oito dias do mês de Setembro, quando ocorem as festas em homenagem à Sª da Peneda.
Encravado numa garganta da serra, ergue-se o Santuário, lá no alto, solitário a 780 metros de altitude, encostado a um rochedo, com cerca de 300 metros de altura, pelo qual desliza uma impressionante cascata de água limpida, rodeada de intenso arvoredo.
Chegados ao Santuário, fomos surpreendidos pela grande quantidade de camionetas de excurção, que invadiam a zona baixa do escadório. Nas imediações deste, piqueniques e grupos de pessoas que se entretinham a tocar e a dançar músicas populares regionais, de acordo com as regiões de onde provinham.

Depois o subir dos lanços do alto e comprido escadório, que baixa do templo. O conjunto arquitectónico é notóriamente inspirado no Santuário do Bom Jesus de Braga. Lá em cima, a igreja toda em granito, com a sua monumentalidade abarrocada, que guarda a imagem sacra de Nª Sª da Peneda.
Já lá em cima, surge-nos a comparação e a dúvida quase imediata, quanto ao sagrado que é objecto de culto. A óbvia transposição de um imemorial culto da Natureza, a Peneda, para a religião oficial imposta ou mesmo facilmente aceite, aparece quase como evidente, pois a presença da enorme Peneda, mesmo ali ao lado, com a sua dimenção e situação dominadoura, não nos dá grande margem para dúvidas.

No Santuário um casamento, faz com que a visita à igreja seja acompanhada de missa e circunstâncias solenes, em que a atração principal, para muitos, em vez da Sª da Peneda, foram os noivos e seus convidados.

Lenda de Nª Sª da Peneda

A Senhora da Peneda terá aparecido a cinco de Agosto de 1220, a uma criança que guardava algumas cabras, a Senhora apareceu-lhe sob a forma de uma pomba branca e disse-lhe para pedir aos habitantes da Gavieira, para edificarem naquele lugar uma ermida. A pastorinha contou aos seus pais, mas estes não deram crédito à história.

No dia seguinte quando guardava as cabras no mesmo local, a Senhora voltou a aparecer, mas sob a forma da imagem que hoje existe, e mandou a criança ir ao lugar de Roussas, pedir para trazerem uma mulher entrevada há dezoito anos, de nome, Domingas Gregório, que ao chegar perto da imagem recuperou a saúde.
Fonte: guiadacidade.pt

2º Dia - Parte II - A caminho da Serra da Peneda

Depois da visita a Monção, seguimos viagem a caminho da Serra da Peneda. Já às portas de Melgaço, que nos serve de prefácio ao início da nossa incursão serrana, começamos a subir à Serra da Peneda por estradas estreitas e ingremes, em direcção a Lamas de Mouro, porta de entrada para o Parque Nacional da Peneda-Gerês.

A paisagem não foge às características dominantes na região, onde podemos encontrar, nos montes e outeiros, o pinhal e nos vales e encostas suaves, os campos de milho e a vinha em latadas e ramadas a delimitarem os campos de cultivo, muitas vezes em socalcos, quando o acentuado dos declives o exige.

No caminho, à medida que se sobe, a mancha de vegetação vai mudando, tornando-se mais frequente a existencia de carvalhos e alguns castanheiros, mas mais lá em cima a floresta rarefaz-se. Nas encostas, as povoações formam conjuntos harmoniosos, que contrastam com a serra nua,que ali passa a dominar, riscada aqui e além por uma ou outra estrada.

Depois a chegada a Lamas de Mouro, onde iríamos ficar, no Parque de Campismo, que seria a base de partida para as nossas incursões pela Serra da Peneda.

Para se chegar ao parque de campismo, deixa-se Lamas de Mouro, passa-se a porta de entrada do Parque da Peneda-Gerês, que fica do lado esquerdo e após cerca de 200 metros, chegamos ao parque de campismo de Lamas de Mouro.

O dia que tinha decorrido com bom tempo, resolveu mudar e o parque de campismo já nos recebeu com burrifos de água benta, que rápidamente passou a chuvisco constante.

Tinhamos planeado ir de mota a Castro Laboreiro, jantar e visitar a vila e mesmo a chover não quisemos deixar de o fazer e lá fomos nós. A chuva intensificou-se pelo caminho e embora com alguma protecção, chegámos lá bem molhados.

Castro Laboreiro é uma povoação situada a 950 metros de altitude e a sua origem parece remontar a um castro romanizado, como o próprio nome suger. A vila bem pequena, sede de concelho e comarca, mais parece uma aldeia, mas naquelas terras inóspitas e longínquas, a história e o passado ainda se sobrepõem às exigências dos dias de hoje.

A visita começou pelo centro da vila, com suas casas do tipo arcaico, com paredes em pedra grosseiramente aparelhada e um pequeno largo onde o principal se encontra. A Igreja Matriz, de Santa Maria da Visitação, pré-românica do séc. IX, com o coro, a torre e a capela-mor, construídos no século XVIII, o Polourinho manuelino (1520) e a casa em granito do pequeno Tribunal e até uma pequena loja aberta, com tudo (como nos dizia o recepcionista do parque de campismo, enquanto nos fazia o croqui da vila), e claro um cão Castro Laboreiro à porta da loja, como não podia deixar de ser...

Castro Laboreiro parece à primeira vista uma vila fantasma, mas se nos sentarmos um pouco e esperar-mos, aparece gente, pouca... mas gente, ou que se dirige para a loja, ou do campo vem ou para casa vai...

Sobre um monte de rocha viva e de acesso difícil, a 1033 metros de altitude encontram-se as ruinas de um castelo, mandado construir por D. Dinis, no local onde havia uma fortificação rudimentar, com a existência de séculos.

Em Castro Laboreiro as penhas ou pedras, lembram “esculturas”, como a pedra-tartaruga, que a natureza e o acaso, ou mesmo o dedo de Deus, moldaram nessas fragas abruptas da paisagem.

A chuva continuava a cair, tinhamos forçosamente de nos abrigar-mos, pelo que nos dirigimos ao afamado restaurante da Albergaria Mira Castro, que a revista Evasões e o portal Rotas & Destinos recomendam e onde se degustou um excelênte cabrito serrano assado no forno de lenha, preparado por D. Rosa, a excelênte cozinheira e proprietária da Albergaria.
O restaurante é situado mesmo sobre o miradouro, de onde se têm vistas altas e panorâmas extensos e a sensação de domínio do mundo, até porque o silêncio a isso ajuda, numa verdadeira “vista aérea” do vale que se abre à nossa frente.

2º Dia - Parte I - Visita a Monção

Depois do acordar, levámos a AC para o Parque das Termas, ali bem perto, junto ao rio Minho, à direita de quem olha a Galiza.

O Parque das Termas é enorme e muito aprazivel, sob a sombra protectora de frondosas árvores, com áleas ajardinadas e bordadas de enormes plátanos.

As termas, ali ao lado, possuem àguas quentes e alcalinas, que são recomendadas para o tratamento de doenças reumaticais e bronquites, que jorram à temperatura de 39ºC a 49,5ºC.

Junto à margem do rio Minho, um passadiço em madeira acompanha a margem esquerda até ao início da muralha que cerca a vila, sendo por este que iniciámos o nosso passeio à vila de Monção.

A vila medieval encontra-se dentro de um amplo polígono amuralhado, pelo que para entrarmos, passámos uma porta, junto à base da muralha.

Fora das muralhas medievais desenvolveu-se a vila moderna, em redor do terreiro da feira, com casas brasonadas e outras valiosas edificações.

Depois o entrar novamente por uma enorme porta antiga e o caminhar por uma série de ruelas empedradas e estreitas, que nos levam á praça principal, a Praça Deuladeu Martins. Logo no início encontramos do lado esquerdo a Capela da Mesericórdia, barroca (séc. XVIII), que se apresenta com um pórtico flanqueado por quatro pilastras jónicas. Lá dentro a beleza da sua rica talha dourada.

È nesta praça que se realiza a típica Festa da Coca, no dia de Corpo de Deus, que alguns dizem remontar ao séc. XVI. Nesta festa, um dragão (a Coca), pesado e barulhento, tenta escapar à preseguição que lhe move São Jorge, montado a cavalo e vestido como um cavaleito medievail. Termina com a vitória do Bem (São Jorge), sobre o Mal (a Coca).

A praça é visitada de vagar e a maior parte do tempo, foi passado no lindo miradouro alto, no topo da praça, sobre o rio Minho, de onde se desfrutam lindas paisagens, que têm o rio e as terras da Galiza como principais cenários.

Depois foi a vez da visita à Igreja Matriz, toda em granito, é um templo simples de raiz românica (séc. XII). Lá dentro encontramos várias capelas, uma delas, em gótico flamejante é dedicada a São Sebastião e nela se encontra a estátua de D. Vasco Marinho e do lado esquerdo de quem entra, encontramos a capela tumular de Deuladeu Martins, a heroína da vila.


Reza a história que durante as guerras de D. Fernando, rei de Portugal, com Castela, a vila sofreu vigorosos ataques das forças de Henrique de Trastâmara, tendo então ocorrido o lendário levantamento de um cerco, graças ao estratagema congeminado por Deuladeu Martins, mulher do alcaide Vasco de Abreu, ao lançar os últimos pães que restavam na fortaleza aos castelhanos, fazendo-lhes assim crer que os mantimentos dos sitiados, que eles pensavam render à fome, davam ainda para muito tempo.

Na volta à AC, passámos ainda pelos interessantes jardins e parques de diversões, resultantes das obras de requalificação urbana, das margens do rio até ao Parque das Termas.

Fonte: lendasecalendas.omeuforum.net