Visita a Roma - 2º Dia, Parte III





A partir da Piazza Venezia, o autocarro segue para a Via dei Fori Imperiali, que liga esta praça ao Colosseo (coliseu). Chegámos ao coração da Roma Antiga!...



Logo no início da Via dei Fori Imperiali, observa-se do lado direito a Coluna de Trajano, com cerca de 37 metros de altura, em mármore branco (construída em 112-114) e as ruínas do Fórum de Trajano. O Fórum Trajano é o último dos fóruns imperiais da Roma Antiga, construído a mando do Imperador Trajano, com os despojos de guerra da conquista da Dácia, em 106, uma grande região da Europa Central, que corresponde à Roménia e à Moldávia actuais.

Para a construção deste monumental complexo, onde se podem ainda encontrar bem conservados os mercados e armazéns de Trajano, foram necessárias extensas escavações, que resultaram na remoção parcial de partes das colinas do Quirinal e do Capitólio, que fechavam o vale ocupado pelos fóruns imperiais em direcção a Campus Martius.



Presume-se que as escavações tenham sido iniciadas sob o reinado de Domiciano, embora o projecto do Fórum tenha sido atribuído na íntegra ao arquitecto grego Apollodorus de Damasco, que acompanhou o Imperador Trajano nas campanhas da Dácia.

Durante a construção, vários outros projectos decorriam em paralelo, como os mercados, o Fórum de César (onde foi construída a Basílica Argentária), e a remodelação do Templo de Vénus. (Ver vídeo)

Do mesmo lado, mas um pouco mais à frente, do lardo direito, observamos o Largo Corrado Ricci e do lado esquerdo o Fórum Romano. O Fórum Romano era o principal centro comercial da Roma Imperial. Ali havia lojas, praças de mercado e de reunião. Também era o local onde exactamente ficava o coração comunal. O seu pavimento final de travertino, ainda para ser visto e data do reinado do Imperador Augusto.

Continuámos pela Via dei Fori Imperiali e de repente a respiração pára, o coração bate mais forte, a emoção é inexplicável, pois começamos a ver ao longe, o enorme Colosseo de Roma! Denominado na época da sua construção por Anfiteatro Flávio, os gladiadores lutavam na arena e, segundo a história relata, era o lugar onde os cristãos eram lançados aos leões.


Mundialmente conhecido, o Coliseu, um grande anfiteatro oval de quatro níveis, com arquibancadas de mármore, tinha capacidade para 45 mil pessoas e foi construído por ordem do Imperador Vespasiano e concluído no ano 80 d.C., durante o governo de seu filho Tito, sendo um dos mais grandiosos monumentos da Roma Antiga.

A parede externa do anfiteatro preserva os quatro pavimentos da estrutura de concreto armado. Nas três arquibancadas inferiores estão as fileiras de arcos e na quarta, pequenas janelas rectangulares.


Construído em 72 d.C., ficou conhecido como “Colosseo” porque ali foi achada uma estátua gigante (colosso) do Imperador Nero, que incendiou Roma. Segundo reza a história, para a inauguração, apenas oito anos depois do início das obras em 80 d.C., as festas e jogos duraram cem dias, durante os quais morreram 9 mil animais e 2 mil gladiadores.

As actividades do Coliseu foram encerradas em 523 d.C., mas o espaço permanece carregado de grandiosidade e mistério.


À direita do Coliseu, podemos ver também o Arco de Constantino e o início do Monte Palatino.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br / Wikipédia.org / Mapa da cidade de Roma


Visita a Roma - 2º Dia, Parte II







A Piazza e o Palazzo del Quirinale estão situados no Monte Quirinal que é uma das sete colinas de Roma, no nordeste do centro da cidade. Como já se referiu é o local da residência oficial do chefe de Estado italiano, que reside no Palácio.

O autocarro turístico dá a volta à praça e novamente volta à Via 24 Maggio, que nos leva ao cruzamento com a Via Nazionale, no Largo Magnanapoli, onde confluem várias estradas do centro de Roma. O Largo Magnanapoli oferece-nos uma síntese visual deslumbrante da história da Roma antiga.


Ali perto encontram-se alguns dos edifícios históricos da época romana imperial, como os restos do Fórum de Trajano, contendo templos e artefactos com quase três mil anos de idade. O antigo Fórum Romano é um dos sítios arqueológicos mais notáveis e importantes do mundo.


Também ali se encontram vestígios das ruínas da antiga Muralha Serviana, que outrora estava localizada na fronteira da antiga cidade de Roma. Desta, ali existem ainda três fileiras de blocos de calcário, que provavelmente pertenceram a um dos lados da porta Sanqualis, uma das portas da Roma antiga.

A Torre del Milizie (Torre da milícia), que desde 1927 está anexada ao antigo mercado romano, Mercati Foro di Traiano (Mercado de Trajano). Esta torre é a mais antiga de Roma, entre aquelas que sobreviveram, e durante séculos a lenda dizia que essa estrutura de tijolo maciço foi o local de onde Nero testemunhou o célebre incêndio de Roma.

Na verdade, esta torre fazia parte de uma fortaleza construída pelos condes de Segni Gregório IX, no séc. XIII e depois de algumas décadas, foi comprada pelo Papa Bonifácio VIII. Este pontífice tinha fortificado a torre para combater os Colonna, seus inimigos e poderosos senhores. O terramoto de 1348 causou o colapso do terceiro andar da torre e causou-lhe forte inclinação. Do mesmo lado e em frente dos poucos restos da Muralha Serviana, fica a fachada da igreja dedicada a Santa Caterina de Siena, construída nas primeiras décadas de 1600. Fecha a esquina com a Via Nazionale, a Villa Aldobrandini, uma das casas principescas ligadas ao Palazzo del Quirinal. Os seus jardins foram destruídos e desapropriados para se construir a estrada.

Dali se chega à Via Quattro Novembre que rapidamente nos leva até à Piazza Venezia. A Piazza Venezia é uma belíssima praça no coração de Roma e situada no sopé da Colina do Capitólio e é considerada o centro do tráfego citadino.


Ao lado desta praça rectangular ergue-se o imponente Vittoriano, o Monumento Nacional ao rei Vittorio Emmanuele II, que é também o Monumento ao Soldado Desconhecido. No seu interior alberga um Museu da História Militar e Bélica da Itália, sendo jocosamente referido pelos romanos como a “Máquina de escrever”, devido à sua forma, ou ainda "Bolo de Noiva" e "Elefante Branco", devido à sua cor, de um branco imaculado que contrasta com o "sujo" das ruínas romanas, ali ao lado.

O lado Ocidental da praça é ocupado pela fachada renascentista do Palazzo Venezia que foi, por um breve período, o palácio papal e, entre 1564 e 1797, a sede da representação da Repubblica Serenissima, cognome atribuído pelos Estados Pontifícios. A fachada deste edifício pertence à memória dos habitantes, já que era nas suas varandas que Benito Mussolini fazia os seus inflamados discursos, nos anos do fascismo italiano. Actualmente é um museu.

Fonte: Wikipédia. org / Mapa da cidade de Roma

Visita a Roma - 2º Dia, Parte I










No segundo dia já acordámos tarde, pois o dia anterior tinha sido bastante frutuoso na envolvência com a cidade eterna, mas de certo modo cansativo. Por isso a saída do parque de campismo já foi feita após a hora de almoço.

Apanhámos o comboio, mais uma vez até à Stazione Centrale Roma Termini. Depois caminhámos até à Piazza della Repubblica, onde iriamos apanhar novamente o autocarro turístico para continuarmos a visita à cidade.

Era nossa intenção naquele dia, visitarmos o berço da cidade de Roma em primeiro lugar, e depois apanharmos novamente o autocarro turístico até ao centro da cidade, para deambularmos por ela, a fim de a sentirmos como nossa.



Da Stazione Termini, caminhámos pela Via delle Terme até à Piazza della Repubblica. A Piazza della Repubblica é uma praça semicircular, muito próxima da estação Termini e nela se encontra a estação de Metro que nos leva a qualquer ponto da cidade. Nela se destacam como principais monumentos, a Basílica de Santa Maria degli Angeli e dei Martiri e o Teatro dell'Opera.


Conhecida até a década de 1950 como "Piazza Esedra", esta localizada em frente das antigas “Terme di Diocleziano” (Termas de Diocleciano), hoje em grande parte convertida na Basílica di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri, um famoso ponto turístico de Roma.

A bela fonte no meio da praça, a Fontana delle Naiadi, foi originalmente o chafariz da Pia Acqua (ligado ao Aqueduto Aqua Marcia), encomendado por Pio IX em 1870. Concluída em 1888, originalmente apresentava quatro leões que foram substituídos em 1901, por esculturas de Náiades por Mario Rutelli de Palermo, o bisavô do político e ex-prefeito da cidade, Francesco Rutelli.


As Náiades representadas são as Ninfas. A Ninfa dos Lagos, a Ninfa dos Rios (esticada sobre um monstro dos rios), a Ninfa dos Oceanos (a cavalo, simbolizando o mar) e a Ninfa das Águas Subterrâneas (inclinando-se sobre um dragão misterioso). No centro está um grupo de Glaucos (1911-1912), que simbolizam o domínio do homem sobre as forças naturais.

Os pórticos em redor da praça, foram construídos em 1887-98 por Gaetano Koch, em memória dos edifícios antigos que existiram no mesmo local.


O autocarro levou-nos pela Via Nazionale até ao cruzamento com a Via 24 Maggio. A Via Nazionale é uma das principais ruas de Roma e um óptimo lugar para fazer algumas compras, pois é repleta de lojas e boutiques que vendem principalmente produtos de vestuário e de couro. Sendo uma das principais rodovias, que liga duas das principais praças da cidade, a Piazza della Repubblica e a Piazza Venezia.


Já no final da Via Nazionale, viramos à direita e a através da Via 24 Maggio, chegamos ao Palazzo del Quirinale que está situado na Colina do mesmo nome. Esta é a residência oficial do Presidente da República Italiana e um dos símbolos do Estado italiano.

A sua construção foi iníciada em 1583 e é um dos mais importantes edifícios na capital. Na sua construção e decoração trabalharam grandes mestres italianos como, Pietro da Cortona, Domenico Fontana, Ferdinando Fuga, Carlo Maderno, Giovanni Paolo Pannini e Guido Reni. Até 1870 era a residência de verão do pontífice romano, e mais tarde tornou-se o Palácio Real. Com a proclamação da República, o edifício tornou-se o quartel-general do Chefe de Estado republicano.


No centro da praça, um obelisco com as estátuas de Castor e Pólux. Nesta praça encontra-se também o Palácio da Consulta, que alberga hoje a Corte Constitucional. No varandim e miradouro em frente ao Palazzo del Quirinal, pode-se assistir-se a um belo panorama por acima dos telhados das casas de Roma.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.easytobook.com

Visita a Roma - 1º Dia, Parte V




A visita turística à cidade de Roma naquele dia, continuou. Através da Piazza Augusto Imperatore chega-se à Via Tomacelli e vira-se à esquerda até ser encontrada a Via del Corso, uma das maiores avenidas de Roma, que liga em linha recta a Piazza del Popolo à Piazza Venezia. É uma movimentada rua, muito popular entre os romanos e turistas e o lar de lojas famosas como a loja da Ferrari onde podemos ver para além de todo o merchandising da marca, um Formula 1 em exposição, bem como o motor do carro, e ainda a magnífica loja da Swarowski de cristais e jóias.



A Via del Corso ou simplesmente Corso é uma antiga rua de Roma que cruza a cidade e que não passa de um segmento da antiga estrada romana Via Flamínia, que se localiza dentro da capital italiana. A Via Flamínia é uma das muitas estradas romanas que partiam de Roma para a periferia. A Flamínia, foi mandada construir pelo cônsul romano Caio Flamínia perto do ano 220 a.C. e seguia em direcção a Ariminum (actual Rimini, no litoral Este), tornando-se rapidamente na mais importante via de comunicação para o Norte da Itália.


O autocarro turístico leva-nos através da Via del Corso até à Piazza Colonna, uma praça no centro histórico de Roma, que está rodeada por alguns dos mais importantes edifícios históricos da cidade. O seu nome é devido à grande e bela coluna em mármore branco que está no meio da praça, a Coluna de Marco Aurélio, que ali está desde 193 CE. A estátua de bronze de São Paulo, que encima a coluna foi lá colocada em 1589, por ordem do Papa Sisto V.


Em frente da Coluna de Marco Aurélio, a Norte da praça, encontra-se a entrada do Palazzo Chigi, que outrora foi a Embaixada do Império Austro-Húngaro e que agora abriga o Conselho de Ministros. À esquerda encontra-se o Palazzo Wedekind, o berço histórico do jornal “Il Tempo”, que possui um pórtico de colunas jónicas originárias da antiga cidade de Veii (hoje em ruínas), localizada a cerca de 20 km a Noroeste de Roma e um antigo centro de manufactura de esculturas em terracota.


Continuando a olhar a praça no sentido dos ponteiros do relógio, observa-se a Igreja de São Bartolomeu e dei Alessandro, a Sul da praça, bem como o Palazzo Ferraioli, que pertenceu à família Aldobrandini (família de cardeais e do Papa Clemente VIII) agora sede de vários escritórios comerciais. Finalmente, com vista para a praça, mas também na Via del Corso, encontra-se a Leste, o Palazzo della Galleria Colonna, agora a Galleria Alberto Sordi , um lindo centro comercial, que merece uma visita.


De seguida virámos para a Via del Tritone, uma rua que tem a uma curta distância a famosa Fontana di Trevi, bem como a Via Veneto e da Escadaria da Piazza di Spagna (Praça de Espanha). É um dos pontos de paragem mais usados pelos turistas que tal como nós usa os autocarros turísticos para conhecer a cidade. Naquele dia era nossa intenção parar na Via Veneto, a rua mais famosa de Roma, para jantarmos no Hard Rock Café.


A Via Vittorio Veneto fica após a Via dei Tritoni e depois de passarmos a Piazza Barberini. Também um bom ponto de paragem para turistas, a Piazza Barberini está localizada no centro histórico de Roma, na Colina Quirinale, uma das lendárias sete colinas de Roma que durante séculos protegeu o sítio onde a capital do Império foi fundada.


Foi criada no século XVI, mas muitos dos edifícios circundantes foram construídos posteriormente. No centro da praça está a famosa Fontana del Tritone, uma das primeiras fontes de Gian Lorenzo Bernini, esculpida em 1643 por encomenda do papa Urbano VIII. Na fonte Tritão, filho de Neptuno, toma água de uma concha, sendo sustentado por quatro peixes. Até ao século XVIII, cadáveres humanos desconhecidos eram nela colocados para serem mostrados ao público para identificação.


Depois a famosa Via Veneto, onde queríamos parar. Há muito tempo atrás, durante o Império Romano, a Via Veneto foi habitada por famílias ricas, que possuíam ali luxuosas vilas romanas. Mais tarde já no séc. XX, a zona mais uma vez experimentou um ressurgimento da sua antiga fama, após o cineasta italiano Federico Fellini, em 1960 a ter lançado no seu clássico "La Dolce Vita".


Fonte: http://rome-vacation.net / Wikipédia.org /http://www.eujafui.com.br/ http://www.romanlife-romeitaly.com

Visita a Roma - 1º Dia, Parte IV




Quando chegámos à Ponte Regina Margherita, virámos à direita, prosseguindo até à Piazza del Popolo. A Piazza del Popolo ou Praça do Povo, é uma das praças mais célebres da cidade de Roma. A poucos passos da Piazza di Spagna, esta praça gigantesca e elegante tem várias igrejas deslumbrantes.


Uma delas é a Igreja de Santa Maria del Popolo, situada o lado da antiga porta da praça, foi erigida no século XI no local onde Nero morreu e foi sepultado, sendo mais tarde reconstruída no papado de Sisto IV, por Baccio Pontelli e Andrea Bregno, entre 1472 e 1477, que lhe imprimiram um aspecto maioritariamente renascentista. Entre 1655 e 1660, o Papa Alexandre VII decidiu restaurar a igreja, dando-lhe um aspecto brioso e para isso encarregou Giano Lorenzo Bernini, que restauraria novamente a igreja, desta vez imprimindo-lhe uma expressão barroca, que permanece até hoje.


Nesta praça impõem-se as duas igrejas gémeas, como são chamadas, a de Santa Maria in Montesanto (1675) e Santa Maria dei Miracoli ou dos Milagres (1678), que são simétricas e que foram construídas segundo o desejo do Papa Alexandre VII. Embora os trabalhos terminassem apenas após o final do Papado (1667), renovaram profundamente o aspecto da praça, constituindo os dois pólos do Tridente, formado pela Via del Corso, Via dela Babuino e Via Ripetta. Os dois edifícios foram iniciados por Carlo Rainaldi e completados por Bernini, com a colaboração de Carlo Fontana.


O obelisco no meio da grande Piazza del Popolo, tem 25 metros de altura, foi erguido inicialmente em Heliopolis em honra de Ramses II e mais tarde veio para Roma com as legiões do Imperador Augusto.


Contorna-se a Piazza del Popolo e a partir da Igreja Santa Maria dei Miracoli, entrámos pela Via di Ripetta. Até ao séc. XVIII esta rua era conhecida como Via Leonina, em honra do Papa Leão V, que a tinha construído 200 anos antes, e só mais tarde tomou o nome de Via Ripetta. É uma rua que nos leva novamente até à margem do rio Tibre (Tevere).


Nela há uma série de monumentos importantes: o Mausoléu do Imperador Augusto, o Ara Pacis e as igrejas de San Rocco, San Girolamo degli Illirici e Santa Maria Portae Paradisi. É uma das três ruas, que com a Via del Corso e a Via del Babuino, formam um Tridente, um modelo de planeamento de cidade concebida no século XVI.


Perto do final desta rua vemos novamente o Ara Pacis do lado direito e do lado esquerdo o Mausoléu do Imperador Augusto, que contornamos chegando à Piazza Augusto Imperatore. Esta praça é um vasto espaço rodeado por grandes edifícios onde se destaca o moderno edifício da Academia de Belas Artes, que tem do se lado direito o antigo Mausoléu de Augusto, uma grande tumba construída pelo Imperador romano Augusto em 28 a.C.. O Mausoléu já não se encontra aberto ao público, uma vez que os estragos do tempo e o descuido o fizeram entrar em ruína.

Fonte: http://www.mytravelguide.com / Wikipédia / Mappa ufficiale della Città di Roma

Visita a Roma - 1º Dia, Parte III




Após a visita à Basílica e à Piazza de San Pietro e depois de se terem comprado os habituais recuerdos, encaminhámo-nos para a saída da praça para apanharmos o autocarro turístico a fim de fazermos uma visita guiada à cidade de Roma.

A paragem de autocarro ficava ali mesmo, no início da Via Della Conciliazione, uma moderna avenida em frente da Piazza San Pietro. O percurso foi iniciado percorrendo a Via Dei Corridori, paralela à Via Della Conciliazione, até ao Borgo S. Angelo, já na fronteira da Cidade do Vaticano.

O Borgo, encontra-se na margem oeste do rio Tevere e tem um formato trapezoidal. Por vezes chamado de I Borghi, foi outrora lugar de sepultamento. Apesar de fortemente transformado durante a primeira metade do séc. XX, mantém a sua importância histórica, possuindo algumas portas para a Cidade do Vaticano.

Do lado direito vemos o Castel de Sant’Angelo, o antigo Mausoléu de Adriano, um imponente edifício cilíndrico. Foi inicialmente encomendado pelo imperador romano Adriano como mausoléu para si próprio e sua família. O prédio foi usado mais tarde pelos papas como um castelo-fortaleza e é agora um museu.


Depois vamo-nos afastando-se da Cidade do Vaticano, ao longo da Via Crescenzio, até chegarmos à Piazza Cavour. Esta Piazza é rodeada por edifícios, que incluem o grande e bonito Palácio da Justiça, o Teatro-Auditório Adriano, e a Igreja Evangélica Valdese, pertencente ao culto dos antigos seguidores de Pedro Valdo e a principal igreja protestante de Roma.A praça é decorada com flores e palmeiras e tornou-se mais popular nos últimos anos, como o lugar onde se realiza a feira anual do livro, transferida do Castel Sant'Angelo. O monumento no centro, dedicado ao famoso estadista Camillo Benso, o conde Cavour, foi inaugurado em 1895.


Após a passagem da Ponte Cavour, encaminhamo-nos pela margem direita do rio Tevere até à Ponte Regina Margherita, uma ponte construída entre 1889 e 1891, dedicada a Margherita di Savoia, que foi a primeira rainha da Itália.


Logo no início deste percurso pela margem direita do Tevere, observamos do lado direito, o Museo dell’Ara Pacis. Este museu está situado num edifício de moderna arquitectura todo em vidro, que deixa ver do lado de fora o belíssimo Ara Pacis Augustae, ou Altar da Paz de Augusto, um altar encomendado pelo Senado romano em 4 de Julho, no ano 13 a.C., para homenagear o retorno triunfal da Hispânia e da Gália do Imperador romano Augusto e para celebrar a paz estabelecida no Império, após as vitórias de Augusto.


O altar procurou retratar na época da sua construção, a prosperidade provocada pela supremacia militar do Império Romano e é universalmente reconhecido como uma verdadeira obra-prima sobrevivente da escultura da época do Imperador Augusto. O Ara Pacis é elaborado inteiramente em cintilante mármore branco e esculpido com cenas da religiosidade tradicional romana, na qual o imperador com sua família, aparece preparado para o acto de oferecer animais para serem sacrificados aos deuses.


Fonte: http://www.romeguide.it / Wikipédia / Mappa ufficiale della Città di Roma

Adeus meu Pai


Um telefonema… Um minuto apenas e tudo mudou para sempre. O meu coração parou, o meu corpo esfriou e mesmo com vida fiquei como tu. No dia anterior não quiseste jantar, mas aceitas-te um chá. Acarinhei-te, abracei-te e disse que te amava…


Certa vez conheci um homem.

Um homem diferente

Dos de sua época.

Evoluído.

Um homem com sua história

De felicidade e sofrimento

Um homem de sentimento!

Um homem consciente

Que se dava...

Que se envolvia...

Tudo que era seu,

Naturalmente dividia...

Um homem que nasceu

E morreu pobre... Um homem nobre!

Um homem sem preconceitos

Amigo de brancos e pretos

Respeitado e amado

Em qualquer classe social...

Um homem liberal!

Um dia percebi

Que no íntimo do seu ser

Guardava a nostalgia da perfeição...

Um homem de coração!

Um homem que nunca se deixou corroer

Pelo orgulho do poder

Um homem amigo... Leal...

Um homem total!

Um homem que não capitalizou

Em seu próprio benefício.

Até se negou a isso.

Em detrimento de outros homens

Para ele não havia

Mundo em construção

E sim ganância em evolução.

Um homem onde a justiça,

A bondade,

O amor

Transbordavam do seu interior

Com um brilho tão intenso,

Que se reflectiam num espaço imenso.

Um homem que se foi

Mas deixou uma herança

Do tamanho da esperança,

O seu exemplo.

Este homem

A quem eu tanto devo

Está presente em todos

Os meus momentos.

Este homem que partiu sem adeus

Era o meu Pai


Adaptado de um poema de Carmen Vervloet

Estar só, não quer dizer estar sozinho (a)...

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milénio. As relações afectivas também estão a passar por profundas transformações e a revolucionar o conceito de amor.

O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.


A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fracção e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona as suas características, para se amalgamar ao projecto masculino.


A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou mansa, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência, e pouco romântica por sinal. A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos a trocar o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão a perder o pavor de ficar sozinhas e a aprender a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão a começar a perceber que se sentem uma fracção, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fracção. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de se ir reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos a entrar na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.

Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar a sua individualidade.

Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afectiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afectivas são óptimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.


Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gémea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir a sua força pessoal.

Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele torna-se menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar-se a si mesmo...

Texto de Flávio Gikovate, médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor brasileiro.